𝟢𝟥𝟩. 𝘏𝘺𝘥𝘳𝘢 𝘊𝘩𝘢𝘪𝘯𝘴
Bucky mal podia acreditar que estava entrando por vontade própria em uma instalação que muito provavelmente era da HYDRA.
Theressa realmente era capaz de fazer ele fazer qualquer coisa. O mais estranho de tudo isso, era que ela havia tentado o matar, como se ele fosse a missão dela. As palavras que ela disse para ele, o idioma russo soando dos lábios dela de maneira tão fria e mecânica: apenas essa memória já o causava arrepios.
O esquadrão entrou na base, Bucky segurava a arma com forma e seu coração batia mais rápido do que o comum. No comunicador, ele conseguia ouvir a voz irritante de Tony, que estava sobrevoando o local em sua armadura de milhões de dólares enquanto hackeava o mapa do local.
No entanto, felizmente eles não pareciam ter um exército ou coisa parecida. Apenas alguns homens, que logo começaram a aparecer.
O esquadrão atirou, alguns homens da equipe adversária, todos vestindo máscaras, vieram para cima e Barnes notou que seu próprio time não era bom o suficiente em combate corpo a corpo.
Um homem da HYDRA veio para cima dele, mas James usou o corpo desse como escudo para receber um tiro disparado em sua direção, e depois jogou o corpo no chão, atirando no ombro do que havia atirado.
— Stark! Dá para falar logo a rota? — Bucky bufou enquanto dava golpes certeiros naqueles que os atacavam.
— Tô tentando, seu velho rabugento. — Stark respondeu, revirando os olhos por de baixo da armadura enquanto ouvia o som de disparos no plano de fundo.
O Homem de Ferro entrou no salão, disparando pequenos explosivos em todos os inimigos, que se entre olharam poucos segundos antes de explodirem.
— Devia ter feito isso antes. — Bucky murmurou, avançando mais para dentro do esconderijo.
— Procurem minha irmã. — Tony disse em um tom autoritário, ignorando totalmente a provocação do Barnes.
O Stark começou a acessar tudo que podia, assim que informou quantos homens ainda restavam no prédio: oito, no total. Ele queria invadir os sistemas, saber se aquilo, de alguma forma, era uma base da HYDRA e quem estava por trás daquilo.
James avançou pelas escadas, atirando em um ou outro que entrou em seu caminho. A sensação estranha ainda estava apertando seu peito.
Ele chutou uma porta com força, fazendo a fechadura estourar, mas ao entrar viu que era apenas uma sala vazia. Xingou baixo, correndo na direção da próxima sala.
Após um golpe com o segundo de metal, a segunda porta se abriu, revelando um par de olhos familiares, o encarando de trás de uma mesa com computador.
— Que porra é essa? — Bucky rosnou com os olhos semi cerrados enquanto encarava o homem do outro lado da sala.
— Bem-vindo de volta, Soldado Invernal. — Tyler disse com um sorriso torto, seus dedos continuavam a trabalhar no teclado do computador, embora seus olhos estivessem no Barnes.
— Tá falando com quem, desmemoriado? — Tony perguntou no comunicador.
— Com meu vizinho. — James respondeu com o sarcasmo pingando na voz, embora, de certa forma, fosse verdade. — Então é isso? Advogado em período integral e... Uma espécie de agente secreto do mal nas horas vagas?
Tyler riu da ironia de James e revirou os olhos, antes de começar a falar, demonstrando uma espécie de sotaque que Bucky não havia notado até então.
— Estamos reerguendo a HYDRA. Precisávamos das nossas maiores armas de volta. — Tyler deixou o computador para trás, andando em direção a Bucky.
— Cadê a Theressa? — Bucky perguntou com firmeza, o outro homem apenas sorriu. — Responde.
— Нет. Часовой. Девять. — Ele começou, com a pronúncia meio arrastada, mas com o olhar que demonstrava claramente que esperava que James começasse a se tornar o Soldado Invernal.
— Cadê ela? — Ele perguntou mais firmemente, empurrando o homem contra a parede mais próxima e pressionando o braço biônico contra o pescoço dele.
— Одиннадцать. Грузовик. Рассвет. Семнадцать. — Tyler continuou, mesmo com o ar já se tornando mais pesado, ele esperava ver algum traço de submissão e obediência cega nos olhos de Bucky, mas não havia nada além de raiva. — Ржавый. Рассвет. Печь. Девять.
Seja lá o que fizeram com Bucky em Wakanda, havia aparentemente sido eficaz, pois as malditas palavras não estavam tendo efeito. No entanto, só o fato de o homem estar tentando fazer aquilo já o deixava louco de raiva.
— Семнадцать.— Tyler disse a última palavra, já como um sussurro sem ar. Bucky soltou um grito de frustração enquanto batia a cabeça do homem na parede com força e o soltava.
Tyler deslizou até cair no chão em um baque, o pescoço vermelho e o nariz e a nuca sangrando. Ele estava desacordado, mas Barnes não se preocupou em checar se estava morto ou apenas desmaiado.
Ele saiu da sala movido a ódio, arrombando todas as portas que encontrava em seu caminho naquela maldita base de corredores confusos e escuros.
Sua expressão finalmente suavizou quando, atrás de uma das portas, ele finalmente viu Theressa.
Ela estava com os olhos parados, em pé no chão do quarto sujo. Um dos braços algemados a uma corrente presa na parede, que fazia o peito do Barnes acelerar de raiva. Ele não podia acreditar que ela estava presa como um animal, revivendo o que com certeza era o pior pesadelo deles dois.
— Thessa? — Falou com a voz baixa, tendo cuidado para não a alarmar, embora já esperasse que ela não fosse o reconhecer. — Sou eu. Bucky... — Ele chegou perto, em passos lentos e cautelosos, enquanto ela não reagia.
Bucky estendeu a mão direita cuidadosamente para tocar o rosto dela, e soltou uma respiração que nem sabia que estava segurando quando ela não desviou do toque.
— Isso, sou eu. — O canto de seus lábios se inclinaram minimamente em um sorriso mal contido. — Vou levar você para casa... Vai ficar tudo bem, amor.
Os olhos dele vagaram pelo rosto dela, a expressão facial dele estava séria, enquanto ele continuava segurando o rosto dela, procurando algum sinal de ferimento ou coisa do tipo. Ela parecia inteira.
Quando os olhos de James pousaram sobre os lábios entre abertos de Theressa, ele sentiu uma vontade avassaladora de beijá-la ali mesmo. Talvez não fosse politicamente correto, no entanto, a saudade que ele sentia dela era maior e mais forte do que ele gostaria de admitir e o homem sentia que essa sensação deixava seus outros sentidos desinibidos. Ele não queria nunca mais precisar ter que ficar longe dela.
Ele umedeceu os lábios com a língua, e sua mão foi da bochecha dela para a nuca, seus dedos se enroscando suavemente nos fios castanhos enquanto a puxava para mais perto.
Só um beijo — pensou. Só um beijo para provar que ela realmente estava ali.
No entanto, antes mesmo de seus lábios se tocarem, Theressa pegou impulso e, em um movimento rápido, usou a corrente que prendia seu braço para enforcar James por trás.
Barnes precisou reunir alguma força para quebrar as correntes com seu braço de vibranio, antes que o ar começasse a fazer falta. A corrente se estilhaçou depois de alguns segundos, deixando Theressa livre, enquanto Bucky se encostava na parede atrás dele para recuperar o ar.
— Amor, você não quer me matar. Eu sei que você acha que você quer, mas você não quer de verdade, porra! — ele gritou enquanto ela vinha para cima dele. Antes que pudesse reagir, o rosto de Bucky foi empurrado violentamente contra o concreto da parede.
A sensação do sangue escorrendo pelo nariz logo tomou conta. Ele a empurrou e limpou o sangue com as costas da mão.
— Isso é o pior que pode fazer? — Ele perguntou com um sorriso malicioso no canto dos lábios e foi na direção dela, em passos firmes e nada hesitantes.
Theressa deu uma espécie de pirueta e, em um salto, as pernas dela estavam no pescoço dele. As mãos dele foram para a cintura dela, enquanto sentia os joelhos apertarem a lateral de sua cabeça.
Bucky a forçou para baixou, fazendo-a cair no chão, mas não com força total.
— Tá me atacando ou flertando, ou comigo? — ele provocou com a voz ofegante. Theressa se levantou rapidamente, conseguindo se soltar da imobilização dele.
Ela deu um chute alto, acertando no pescoço, fazendo o homem perder o equilíbrio e cambalear para trás.
Quando a paciência de Bucky já estava se esgotando, os homens de seu esquadrão finalmente chegaram, mas antes que James tivesse a chance de dizer algo, eles dispararam repetidas vezes contra ela.
— O que vocês fizeram? Cacete, quem... — as palavras fugiram, não conseguindo terminar a frase. Bucky estava uma bagunça, o cabelo preto e longo grudado no rosto por conta do suor. O sangue no nariz e nos lábios escorrendo pelo queixo e pingando em sua camisa.
— Foi só um tranquilizante. — um dos homens disse. Bucky virou para Theressa, ela estava caída, mas não havia sangue.
A respiração de Bucky ainda estava presa na garganta. Com mais força do que o necessário, ele tirou a arma da mão do homem e a analisou, comprovando o que ele havia dito e, em seguida, jogando a arma contra a parede do cômodo.
Bucky caminhou em direção a Thessa, ele checou o pulso dela e respirou aliviado, enquanto a levantava em seus braços com uma certa delicadeza desproporcional às suas ações recentes e a levava em direção à saída da base.
De volta à base da ONU em Nova York, Tony havia ido para o laboratório com toda a tecnologia que achou na base, por mais preocupado que estivesse com Theressa, ele precisava de mais informações, se a HYDRA estivesse sendo levantada novamente, eles precisavam, ao menos dessa vez, cortar o mal pela raiz.
— O que aconteceu com Tyler? O cara que eu... Enfim. — Bucky perguntou, ele estava exausto, o sol já estava nascendo do lado de fora do prédio, mas suas preocupações atuais eram maiores que seu cansaço físico.
— Ele ainda não acordou. — Um dos homens que trabalhava para Ross respondeu. James assentiu com a cabeça.
— E a Theressa? — Barnes perguntou, mas internamente ele temia pela resposta.
— Também não acordou ainda. — O secretário Ross quer transferir ela para um centro de detenção de segurança máxima, para que ela... não faça mais bagunça, quando acordar.
— Quero ver ela. — Ele disse com a voz firme.
— Isso não é possível. — O agente respondeu prontamente, mantendo o tom profissional. — Como eu disse, ela ainda está sob o efeito do calmante. E será interrogada assim que acordar.
— Ela não vai responder nada. Não enquanto estiver sob efeito da programação mental. — Disse, sua voz firme e ameaçadora. Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre ele e o agente. — Eu vou falar com ela.
— Isso não está autorizado... — começou o agente, mas a frase morreu em sua garganta quando Bucky o encarou diretamente, o interrompendo.
— Não foi um pedido. Quando ela acordar, eu vou falar com ela. — Bucky disse lentamente, com sua voz baixa e ameaçadora, sem deixar espaço para negociação. — Entendeu?
O agente assentiu, um pouco nervoso. E James se sentou em um banco, ansioso para que Theressa despertasse logo.
Ele se acomodou o máximo que pode no assento, mas não pode relaxar nem por um segundo. Os olhos azuis continuavam fixos no relógio de ponteiro na parede e os minutos continuavam passando e lentamente se transformando em horas, até que finalmente o agente de antes retornou e acenou para ele.
James levantou e respirou fundo, caminhando atrás do homem. Ele não estava realmente pronto para falar com Thessa naquelas condições. Ele não era a pessoa positiva do relacionamento, então como ele iria a trazer de volta? Bucky sabia muito bem o que era estar sob o controle mental da HYDRA, era como estar fora do próprio corpo. Não era simples de resolver, ela não ia magicamente voltar ao normal se ele pedisse com jeitinho.
Mas ainda assim, ele entrou na sala. Theressa estava sentada do outro lado de uma mesa de interrogatório. O tornozelo preso à cadeira, que era parafusada no chão, e a mão direita algemada na barra de segurança da parede.
— Oi... — Ele disse, sem jeito, as palavras sumiam ao ver ela naquela situação. James só queria que aquilo fosse um dos seus pesadelos usuais e que ele pudesse só acordar com ela dormindo ao lado dele. Apenas vê-la assim já era o suficiente para deixar um gosto amargo na boca dele.
Ela não respondeu e ele mordeu seu próprio lábio, tentando pensar em algo que pudesse dizer ou fazer para chegar até ela.
— Thessa. — Bucky chamou novamente, um pouco mais firme, embora não se sentisse nenhum pouco seguro de si. — Sou eu, Thessa. James. — Ele disse, suavizando o tom, tentando trazer um pouco de calor para o ambiente frio e hostil da sala.
James se sentou na cadeira, seu pulso estava acelerado e a falta de expressão dela o deixava mais nervoso a cada segundo que passava.
— Eles machucaram você? — perguntou suavemente, quase temendo a resposta.
Theressa não respondeu. Ela o encarava com olhos frios e vazios, como se ele fosse um estranho. — Thessa, por favor. — A voz dele tremeu, sua garganta apertada. — Me diga o que eles fizeram. Eu sei que você está aí em algum lugar, eu já estive onde você está. Nós dois sabemos disso.
Ainda sem resposta. A sala parecia pesar sobre ele, cada segundo mais sufocante. Ele inclinou o corpo levemente para frente, tentando se aproximar dela, tentando alcançar qualquer parte dela que ainda estivesse ali.
— O que você quer? — Ele finalmente perguntou, a tristeza evidente em seu tom.
Ela inclinou levemente a cabeça, o rosto vazio e inexpressivo, ganhando um leve tom de ironia.
— Minha missão é clara. — Ela respondeu, a voz fria, mas com um toque de consciência, quase como se estivesse se divertindo às custas dele. — Levar você para a HYDRA. Ou eliminar você. Soldado Invernal.
Bucky sentiu o coração apertar. Ele esperava algo assim, mas ouvir diretamente dela era como uma faca em seu peito.
— E depois disso? — Ele perguntou, tentando manter a voz firme, mas o tremor em seu tom o traiu. — Eles prenderam todos. A HYDRA caiu de novo. Não há mais nada para você lá, Thessa.
Ela sorriu amargamente e desviou o olhar, mas não disse nada. Bucky achou aquilo quase assustador.
— Você não quer fazer isso. — Ele insistiu, o olhar fixo no dela. — Você não quer me matar.
— E o que faz você pensar isso? — Ela rebateu, um tom de desafio surgindo em sua voz.
— Porque você gosta de mim. — Bucky respondeu com firmeza, as palavras carregadas de uma vulnerabilidade que ele raramente deixava transparecer.
Theressa soltou uma risada fria, sarcástica, que ecoou pela sala.
— Gosto de você? — Ela repetiu, como se achasse graça na ideia.
Bucky se inclinou um pouco para frente, tentando olhar mais fundo nos olhos dela.
— Você me salvou. — Ele disse, a voz baixa e cheia de sinceridade. — E, por mais que você tente me afastar agora, eu não vou descansar enquanto não fizer o mesmo por você.
A morena arqueou uma sobrancelha, mas seu rosto não demonstrou nenhum sinal de afeto.
— Você é patético. — Ela disse, com uma risada curta e amarga. — Não sei por que a HYDRA quer alguém tão inútil.
Um sorriso malicioso surgiu nos lábios do Barnes, a confiança voltando ao seu olhar.
— Acho que é porque, apesar de tudo, ainda sou irresistível. — Ele disse, com um tom de brincadeira, a voz cheia de charme.
Os olhos de Theressa se estreitaram com desdém e frieza atípicos dela.
— Você é apenas o Soldado Invernal, A HYDRA te deu isso, como deu a mim e... — ele a interrompeu.
Ele se levantou de repente e caminhou até ela, sem pensar nas consequências, até parar na frente da cadeira onde ela estava presa. Com um movimento brusco, ele segurou o queixo dela, forçando-a a olhar diretamente para ele.
— Olhe para mim, Thessa. — A voz dele estava baixa, mas intensa. Ele apertou um pouco mais, o gesto firme, mas não agressivo o suficiente para machucar. — A gente se conhece há anos. Sala Vermelha, a HYDRA, sim, você está certa. Mas isso já acabou! Estamos morando juntos no seu apartamento em Nova York há quase um ano. Faço o seu café da manhã todas as manhãs, e toda noite, você vai para a cama comigo. E agora você não se lembra mais disso? Não se lembra de nós? Acha que nós dois somos apenas ativos da HYDRA? Sério?
Theressa ficou imóvel e engoliu as palavras, seus olhos castanhos se estreitaram ainda mais enquanto ela olhava diretamente para James e sentia um arrepio estranho passar por seu corpo.
Ele apertou o queixo dela com mais força, sua raiva transbordando agora.
— Não deixe a HYDRA apagar tudo de você de novo, Thessa. — Ele falou com raiva, a frustração visível em seu rosto. — Não deixe eles roubarem tudo o que a gente construiu, tudo o que você realmente é.
O silêncio que se seguiu foi pesado, as palavras de Bucky flutuando no ar, a tensão entre eles cortante. Theressa não respondeu imediatamente, mas seus olhos estavam fixos nos dele, e Bucky sabia que, por mais que ela tentasse se distanciar, uma parte dela ainda o reconhecia. Ela ainda o via. E isso era tudo o que ele precisava.
Sem pensar muito, ele se inclinou e a beijou com certa força, e para surpresa dele, ela cedeu mais rápido do que ele havia imaginado, como se o toque dele tivesse quebrado a resistência interna dela.
Ele aprofundou o beijo, se inclinando mais em direção a ela, colocando para fora a raiva, a frustração, a preocupação e também as saudades, enquanto ainda segurava o queixo dela.
No entanto, logo as coisas saíram do controle e ele sentiu uma dor aguda quando ela mordeu com força o lábio inferior dele. Logo, o corte profundo se abriu e o sangue começou a escorrer.
James se afastou instantaneamente, passando a língua pelo corte no lábio, a sensação metálica do sangue preenchendo sua boca. A dor foi rápida, mas o gosto ficou. Ele segurou uma risada amarga, olhando diretamente para ela.
— Que delícia, amor. — Ele provocou, com um sorriso torto no rosto, um brilho de malícia nos olhos. — Se você queria me marcar, tá feito. Não precisa morder, já sou todo seu.
Barnes se afastou um pouco, o sorriso ainda no rosto, mas algo em seu olhar havia mudado. Ele estava decepcionado, triste, mas não bravo. Ele já havia perdido a conta de quantas vezes ela arrancou sangue dele naquela noite, e, por mais que a dor estivesse ali, não era isso que o consumia.
Bucky sabia, no fundo, que aquilo não era culpa dela. Era a HYDRA, a maldita organização que a transformara em uma máquina de destruição. Por mais que a raiva tivesse tentado tomar conta dele, o que ele sentia agora era uma tristeza profunda. E, ainda assim, ele não conseguia deixar de sorrir, por mais amargo que fosse, por provocar, por flertar com ela.
E agora, a única solução que restava era levá-la para Wakanda. Eles fariam com ela o mesmo que fizeram com ele meses atrás. Era a única chance de resgatar a mulher que ele amava, de tirá-la daquele pesadelo no qual a HYDRA a havia aprisionado.
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