𝟢𝟥𝟧. 𝘛𝘩𝘦 𝘷𝘰𝘪𝘥 𝘰𝘧 𝘢𝘣𝘴𝘦𝘯𝘤𝘦
Ao notar que horas haviam se passado e Theressa não estava voltando para casa, Barnes resolveu subir novamente e entrar no apartamento.
Assim que ele passou pela porta soltou um suspiro pesado, ele se sentou no sofá tombando a cabeça para trás. Alpine inclinou a cabeça e lentamente caminhou e subiu no colo dele, de maneira elegante de mais para uma gata tão pequena.
— Eu disse algo errado? — murmurou, e obviamente, a gata não respondeu, ao invés disso, começou a 'amassar pãozinho' na perna dele, antes de se enrolar e deitar na posição de uma pequena bolinha. Bucky passou o dedo na cabecinha de Alpine e bufou novamente. — Caramba, eu sou muito idiota.
Mais alguns minutos se passaram de maneira dolorosamente lenta. Bucky entendeu que deveria esfriar a cabeça, Theressa não iria só ir embora deixando tudo para trás.
Ou iria? Ela gostava de fugir de problemas e era mais desapegada do que Bucky gostava de admitir.
Por volta das três da tarde, O Barnes resolveu que precisava comer algo. Ele levantou e foi até a cozinha, pegou a lata de ração de Alpine e colocou uma quantidade suficiente na tigela dela, antes de abrir a geladeira e procurar algo para ele próprio comer.
Ele pegou alguns ovos e quebrou preguiçosamente em uma frigideira, junto com queijo, bacon e qualquer outra coisa que ele encontrasse na frente.
Mexeu os ovos na força do ódio, não se preocupando em ter como resultado um prato com uma apresentação bonita. Afinal, Theressa não estava ali para tentar impressionar.
Depois de comer tudo, jogou o prato vazio na pia com um pouco mais de força do que o necessário, fazendo com que a louça partisse em muitos pedacinhos. Barnes respirou fundo e tentou lembrar do que a psicóloga havia orientado que ele fizesse em situações de estresse.
Mas não lembrou, então limpou sua bagunça enquanto murmurava todos os palavrões que lembrava.
E assim, a tarde foi passando, os minutos virando horas e a ausência da Kuznetsov ainda era total e absoluta.
Quando a noite chegou, Bucky estava deitado no sofá com Alpine em sua barriga e o toca-discos — que Theressa havia comprado algumas semanas atrás — estava ligado em uma música antiga.
Barnes adormeceu assim, em uma posição não muito confortável, mas ao menos, o som do ronronar de Alpine era relaxante.
Contudo, a paz não durou muito. Longo os pesadelos se infiltraram de maneira sorrateira e cruel na mente de James, fazendo ele relembrar de maneira vívida seus momentos como soldado invernal.
Os pesadelos sempre o deixavam suado e com a respiração descompensada. Mas dessa vez foi um pouco pior. Ele sonhou que estava lutando com Theressa, ela estava mais jovem, os dois estavam na Sala Vermelha, sendo observados por treinadores.
Os golpes eram cruéis, fortes e certeiros e ela não estava com o habitual controle de sua força, e mesmo no sonho, ele não queria a machucar, mas não tinha controle sobre isso. Seus pesadelos eram sempre sobre os piores momentos de sua vida, ele queria acreditar que era apenas a sua mente lhe pregando peças, mas no fundo sabia que era mais que isso.
Ele despertou com um pulo, assustando Alpine, que saltou para longe e soltou um miado irritado antes de se afastar com dignidade ofendida. Ele estava suado, com a respiração ofegante, e percebeu que lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Respirou fundo, tentando se recompor. Lembrou-se das técnicas de respiração que funcionavam para acalmar sua mente e as colocou em prática.
Quando conseguiu recuperar o mínimo de controle, levantou-se e foi até o quarto de Theressa. Abriu a janela, permitindo que o vento frio da noite entrasse, na esperança de que a brisa clareasse sua mente.
Finalmente, quando a respiração estava estável, ele se deitou na cama dela, enterrando o rosto no travesseiro que ainda tinha o cheiro suave do shampoo dela. O aroma familiar trouxe uma sensação agridoce de conforto e saudade. Ele fechou os olhos, agarrando o travesseiro como se fosse sua âncora, tentando ignorar o vazio esmagador que sua ausência deixava.
Quando Bucky acordou na manhã seguinte, o quarto estava inundado pela luz do sol, mas não havia sinal de Theressa. Ele piscou algumas vezes, tentando afastar o torpor do sono, antes de se sentar lentamente na cama.
Olhou ao redor, esperando encontrar algum indício de que ela tivesse voltado enquanto ele dormia. Um casaco jogado, talvez até mesmo um bilhete. Mas o quarto estava exatamente como ele havia deixado na noite anterior.
A ficha começou a cair. Ela não voltara.
O homem passou uma mão pelo rosto, os dedos pressionando as têmporas enquanto o silêncio do apartamento parecia ensurdecedor. Theressa havia ido embora. Não era algo novo para ela, essa mania de fugir quando as coisas ficavam difíceis, mas, dessa vez, doía mais do que ele estava preparado para admitir.
— Droga... — murmurou, sua voz rouca e carregada de frustração.
Bucky levantou da cama, os movimentos pesados. Ele caminhou até a sala, onde Alpine o esperava sentada na entrada da cozinha, olhando para ele com seus olhos curiosos e quase julgadores.
— Parece que é só nós dois, hein? — disse, tentando manter o tom casual, mas a amargura escapou em cada palavra.
Ele abriu a geladeira mecanicamente, pegou qualquer coisa que pudesse comer, mas a comida parecia perder o sabor antes mesmo de alcançar sua boca. A sensação de vazio era quase física.
Enquanto comia em silêncio, Bucky tentou encontrar lógica na situação. Talvez ele tivesse pressionado demais com aquela conversa sobre futuro e filhos. Talvez ele tivesse se enganado ao pensar que eles estavam na mesma página. Ou talvez ela estivesse apenas assustada demais para enfrentar o que eles tinham.
Mas, no fundo, ele sabia que essa era apenas Theressa sendo Theressa. Fugindo antes que as coisas se tornassem irreparáveis. E ele, estúpido como sempre, havia acreditado que dessa vez seria diferente.
Por mais que quisesse sair correndo atrás dela, ele se obrigou a ficar no lugar. Ela era uma Viúva Negra, alguém que sabia desaparecer como ninguém. E, se Theressa não queria ser encontrada, não haveria força no mundo que a faria mudar de ideia.
Ele soltou um suspiro pesado e se encostou na pia.
— Parabéns, Barnes. Mais uma vez, você estragou tudo.
Depois de comer e se ocupar ajeitando a casa para que continuasse apresentável, Bucky encontrou-se parado na sala, encarando o celular de Theressa jogado displicentemente na mesa de centro. Era como se o aparelho o provocasse, a presença silenciosa dele amplificando o vazio no apartamento.
James franziu a testa, sentindo uma irritação crescente se misturar ao seu desespero. E então, uma ideia, muito estúpida por sinal, passou pela sua mente.
Antes que pudesse se convencer de que era uma péssima ideia, ele pegou o celular. O design moderno e os aplicativos confusos o fizeram hesitar. Bucky nunca fora muito bom com tecnologia, ainda mais com os aparelhos modernos que Theressa usava com tanta facilidade.
Mesmo assim, ele desbloqueou o aparelho — ainda bem que ela não usava senha — e navegou desajeitadamente até a lista de contatos. Não demorou muito para encontrar o nome que parecia brilhar como um letreiro luminoso: Tony Stark.
Ele apertou o nome com o dedo, e a ligação começou a chamar.
Bucky ficou parado, olhando para o aparelho como se ele fosse explodir a qualquer momento. Ele quase desligou quando ouviu o tom de chamada, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma voz atendeu do outro lado.
— Já estava começando a achar que você me esqueceu. O que foi dessa vez? Precisando de conselhos ou só da minha voz maravilhosa?
O Barnes engoliu em seco, o desconforto crescendo. Ele limpou a garganta antes de falar:
— Não é ela.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, até que a voz de Tony voltou, agora com um tom de incredulidade e raiva.
— Barnes?! Que diabos você está fazendo com o celular da minha irmã?
— Eu... — Bucky tentou começar, mas Tony o interrompeu imediatamente.
— Não me diga que você estava fuçando no celular dela! Eu sabia que você era um psicopata, mas isso é um novo nível! O que você quer?
Bucky respirou fundo, tentando não perder a paciência com as acusações.
— Não estava fuçando em nada. Ela deixou o celular dela aqui, e eu só queria saber se, por acaso, ela está aí com você.
Tony fez uma pausa, claramente processando a informação antes de falar, o tom carregado de sarcasmo.
— Espera aí, ela esqueceu o celular dela com você? Desde quando vocês dois andam juntos o suficiente pra ela deixar algo pra trás? O que vocês estavam fazendo juntos, Barnes?
Bucky respirou fundo, já cansado da implicância de Tony.
— Não é da sua conta.
— Não é da minha conta? — Tony repetiu, a voz ficando mais alta. — Quando se trata da minha irmã, tudo é da minha conta, Barnes.
— É mesmo? — Bucky retrucou, tentando manter a paciência. — Então, se ela quisesse que você soubesse, ela teria te contado.
Antes que Tony pudesse responder, Bucky encerrou a ligação, desligando o telefone com firmeza. Ele não tinha a menor intenção de explicar a Stark que Theressa havia saído e desaparecido. Se ela quisesse que Tony soubesse de algo, ela entraria em contato, como sempre fazia.
Ele jogou o celular de Theressa de volta na mesa, passou as mãos pelo cabelo e soltou um suspiro pesado. Agora, mais do que nunca, o silêncio do apartamento parecia insuportável.
Cerca de quinze dias se passaram. Longos, tediosos e marcados por uma rotina que Bucky seguia no piloto automático: pesadelos e terrores noturnos cada vez mais frequentes e constantes, terapia, eventuais serviços comunitários e a companhia exclusiva de Alpine, que parecia ser a única alma ainda tolerante à sua presença.
James permanecia no apartamento de Theressa, mesmo depois que ela havia ido embora. Afinal, ele não tinha exatamente muitas opções ou vontade de procurar um lugar novo.
Se ao menos Steve estivesse por perto, talvez as coisas fossem diferentes. Talvez eles pudessem encontrar um lugar no Brooklyn e recomeçar, como haviam pensado tantas vezes.
Mas Steve não estava ali. E o pior de tudo era a razão pela qual ele não estava: agora, o Capitão América era um criminoso procurado e isso era algo que Bucky sabia que recaía diretamente sobre seus ombros.
Se não fosse por ele, pelas decisões que Steve tomou por ele ou pelas coisas que Bucky fez no passado, talvez o Rogers ainda fosse o homem que o mundo admirava.
Bucky sentia saudades de Steve. A falta do amigo era uma dor constante, um vazio que nenhuma terapia ou rotina poderia preencher. E agora, com Theressa também fora do radar, a solidão parecia ter sido esculpida como seu destino inevitável.
Ele olhou pela janela do apartamento, observando as luzes da cidade à noite, mas se sentindo completamente desconectado de tudo. Alpine pulou para o parapeito ao seu lado, ronronando levemente, mas nem mesmo o conforto da pequena gata parecia aliviar o peso no peito dele.
— Acho que é só você e eu agora, Alpine. — Ele murmurou, com um sorriso triste, estendendo a mão para fazer carinho na cabeça da gata. Ela respondeu com um miado curto, mas voltou a encarar o horizonte como se também estivesse refletindo sobre a falta de Theressa.
Talvez ele estivesse certo em acreditar que não havia espaço para ele no futuro de ninguém. Talvez o destino dele fosse mesmo esse: solidão.
Bucky foi até a cozinha, apenas para ser recebido por uma visão desoladora: a geladeira estava praticamente vazia. As garrafas de leite, assim como algumas de bebida, estavam largadas na pia, vazias e fora de lugar.
Ele bufou, exasperado com a própria negligência. Não era como se ele tivesse se preocupado muito com suprimentos nos últimos dias, mas agora até Alpine parecia encará-lo com julgamento silencioso.
O homem fechou a porta da geladeira com mais força do que pretendia, passou a mão pelo rosto e foi até o quarto. Puxou uma jaqueta qualquer, junto com um par de luvas pretas
— seu disfarce habitual para esconder o braço metálico — e verificou se a carteira estava no bolso. Satisfeito, pegou as chaves e saiu do apartamento, deixando Alpine miando para ele, provavelmente reclamando da demora em repor a comida.
Já no corredor, ele ajeitou a gola da jaqueta e respirou fundo antes de sair para o mundo lá fora. O frio da noite o atingiu assim que cruzou a porta do prédio. Era um alívio, de certa forma, sentir o vento gelado contra o rosto; ajudava a clarear a mente.
Bucky olhou ao redor, tentando localizar algum estabelecimento aberto àquela hora. Provavelmente um mercadinho 24 horas ou uma loja de conveniência seria sua melhor aposta.
Logo o Barnes avistou um estabelecimento e caminhou na direção do local. Bucky entrou no pequeno mercadinho, o som do sino na porta ecoando no ambiente silencioso.
Ele não perdeu tempo, indo direto ao que precisava. Pegou um litro de leite, um pacote de ração para gatos, uma caixa de ovos, um pão de forma, um alface, um pacote de biscoitos e algumas cervejas. As escolhas básicas de alguém que claramente não estava planejando nada além de morrer de fome.
Na hora de pagar, a atendente o observou com um olhar curioso, como se estivesse tentando entender o que um homem como ele fazia ali àquela hora da noite com uma lista tão peculiar de compras.
James apenas lançou um sorriso torto, quase um pedido silencioso para que ela não fizesse perguntas.
— Boa noite. — disse ela, com a voz hesitante, enquanto escaneava os itens.
— Noite. — respondeu ele, curto, mas sem parecer rude. Ou pelo menos tentando.
Ele pagou por suas compras e com a sacola em mãos, Bucky saiu do mercadinho e começou a caminhar pelas ruas desertas. Ele conhecia bem o bairro, então decidiu cortar caminho por uma rua lateral pouco iluminada.
Foi aí que sentiu.
O frio da lâmina encostando em seu pescoço o fez parar imediatamente. Sua respiração ficou pesada, mas não de medo, e sim de pura irritação. Ele fechou os olhos por um segundo antes de bufar.
— Olha, eu realmente não tô com paciência para ser assaltado hoje. — Sua voz saiu baixa e carregada de sarcasmo. — Então, não me faça desperdiçar minha liberdade condicional e dê meia volta antes que eu arranque sua cabeça e deixe na calçada.
O silêncio que se seguiu foi estranho. Não houve a correria apavorada que ele esperava, nem a insistência desesperada de um ladrão inexperiente. Em vez disso, uma voz respondeu, baixa, calma e... familiar.
— Наконец-то вышел из дома, солдат. (Finalmente saiu de casa, soldado.)
As palavras em russo congelaram Bucky no lugar, não porque ele não as entendesse — muito pelo contrário. Ele conhecia cada sílaba perfeitamente, assim como reconhecia a voz.
Barnes se virou lentamente, a mão metálica segurando com firmeza o pulso da pessoa atrás dele. E lá estava ela. Theressa.
Seus olhos se arregalaram levemente de surpresa antes de se estreitarem em confusão.
— Que porra é essa, amor? — Ele perguntou, a voz ainda casual, como se tentando entender o que estava acontecendo, mas sem soltar o pulso dela. — É assim que você volta pra casa? Com uma faca no meu pescoço?
O ataque veio sem aviso. Theressa moveu-se com uma precisão e força que Bucky conhecia bem demais. Ele desviou de um golpe vindo na direção de suas costelas, girando o corpo com agilidade.
— Que droga é essa, Theressa? — Ele resmungou, ainda segurando o pulso dela enquanto evitava outro ataque.
Mas ela era rápida, talvez até mais rápida do que ele se lembrava. Antes que pudesse se estabilizar, o punho dela acertou seu rosto, um impacto que fez sua visão piscar momentaneamente. Ele cambaleou para trás, mas não teve tempo de se recuperar.
A mulher deslizou para baixo, a perna varrendo o chão em uma rasteira precisa, derrubando-o com força. Bucky caiu de costas, soltando um grunhido frustrado enquanto a sacola com as compras se espalhava pelo chão, o leite vazando lentamente na calçada escura.
— Eu comprei ovos, inferno! — Ele gritou, a voz carregada de irritação enquanto rolava para o lado, tentando se levantar. — Você sabe o trabalho que dá sair de casa pra comprar isso a essa hora?
Kuznetsov não respondeu, os olhos fixos nele, como se nem tivesse ouvido. O silêncio dela era ainda mais perturbador do que os golpes, e algo em seu olhar fez um frio se instalar na espinha de Bucky.
Ele ergueu as mãos em defesa enquanto recuava para se levantar, os movimentos cautelosos, mas a confusão evidente em seu rosto.
— Tá legal, o que tá acontecendo aqui? Isso é algum tipo de brincadeira? Porque, sinceramente, tá péssima.
Theressa puxou uma arma do coldre escondido e apontou para Bucky sem hesitar. Ele congelou, os olhos indo da arma para o rosto dela, esperando algum sinal de que isso era uma encenação maluca. Mas quando ouviu o som do destravamento da arma, entendeu que não era uma brincadeira.
As peças começaram a se encaixar rápido demais na cabeça dele. Ela não estava ali por acaso. Isso não era uma briga de casal ou um desentendimento estúpido. Era algo muito, muito pior.
— Era só isso que faltava. — Ele murmurou, o tom ácido e amargo.
Antes que ela pudesse reagir, ele avançou, agarrando o braço dela e empurrando-o para cima enquanto lutava para tirar a arma da mão dela. O disparo ecoou alto pela rua vazia, e Bucky xingou, a adrenalina disparando em suas veias.
— Theressa, você esqueceu de mim? Quem fez isso com você? — Ele gritou, tentando desesperadamente alcançar a pessoa que ele conhecia debaixo daquela máscara fria.
Ela não respondeu, o rosto sem emoção enquanto atacava com uma precisão mortal. Cada golpe era calculado, e ela estava machucando-o para valer, o que ele sabia que ela era perfeitamente capaz de fazer.
Bucky, no entanto, não revidava com a mesma intensidade. Ele bloqueava, desviava, tentando imobilizá-la sem machucá-la, mas estava perdendo terreno. Theressa era boa demais, melhor do que ele lembrava, e parecia estar um passo à frente em cada movimento.
— Droga, Thessa, fala comigo! — Ele exclamou, segurando o pulso dela com força enquanto ela tentava um novo ataque.
Mas a única resposta dela foi um chute violento na lateral do corpo dele, que o fez soltar um grunhido de dor enquanto caía de joelhos. Ela aproveitou a abertura para puxar o braço livre, mas Bucky reagiu rapidamente, segurando-a de novo.
— Quem fez isso com você?! — Ele repetiu, o desespero crescendo em sua voz. — Pelo amor de Deus, boneca. Sou eu!
Theressa continuava em silêncio, os golpes dela ficando mais intensos, mais implacáveis. A dor se acumulava em cada parte do corpo de Bucky, mas ele não desistia. Não dela.
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