𝟢𝟥𝟤. 𝟤.𝟣𝟨𝟣 𝘋𝘢𝘺𝘴
Ao fim do julgamento, Bucky sentia uma estranha sensação de alívio, como se um fardo colossal tivesse sido finalmente arrancado de seus ombros, embora soubesse que aquilo era apenas o prelúdio de um longo caminho de reconstrução.
O perdão do governo não apagava o passado, mas era um respiro que ele não se permitia desde que se libertara do controle da HYDRA.
A primeira semana após o veredicto voou em um piscar de olhos. Bucky se ocupou inventando tarefas, buscando refúgio em atividades que o mantivessem distante de qualquer sensação de passividade.
Ele passava horas fora do apartamento de Theressa, não porque estivesse evitando sua companhia, mas por temer se tornar um fardo.
Queria, mais do que qualquer coisa, preservar a harmonia silenciosa que haviam alcançado. Ela merecia isso, ele pensava; merecia paz e ele não sabia ao certo se poderia oferecer isso a ela.
O serviço comunitário, surpreendentemente, tornou-se um alívio inesperado em meio ao caos interno de Bucky.
Ele se encontrou rodeado de simplicidade, onde o mundo parecia mais fácil de compreender, mesmo com suas falhas e cicatrizes.
Embora suas mãos fossem pesadas demais para a delicadeza que a jardinagem exigia, ele aprendeu a apreciar a fragilidade das plantas.
Suas tentativas desajeitadas e esforços para não esmagar as pétalas com os dedos endurecidos arrancavam risadas suaves das outras pessoas ao seu redor.
Por outro lado, a terapia era uma batalha diferente, uma arena onde o inimigo era ele mesmo.
As sessões se arrastavam como um vendaval desconfortável, mexendo nas profundezas da mente, onde memórias sombrias e arrepios de culpa se entrelaçavam.
A terapeuta o incentivava a falar sobre a violência e o sofrimento, a mergulhar em lembranças que ele preferia afundar no esquecimento.
E em cada palavra, Bucky sentia o gosto amargo da dor que ele já não sabia como expressar. O silêncio era mais seguro, mas a segurança era algo que ele não podia mais se permitir.
Ele se sentia fragmentado, como se estivesse lutando para se manter inteiro em um mundo que insistia em o despedaçar.
Ao fim de cada sessão, quando a terapeuta o olhava com uma expressão de encorajamento, ele tentava acreditar que aquilo não era apenas uma ilusão, mas um vislumbre de esperança.
Bucky entrou no apartamento e fechou a porta atrás de si com um leve rangido. A noite lá fora estava fria e os ventos fortes haviam deixado seu cabelo em um estado de rebeldia que o irritava profundamente.
Ele passou a mão pelos fios, tentando ajeitá-los, mas desistiu com um suspiro, aceitando o caos momentâneo. A jaqueta jeans, marcada pelo tempo e com o tecido um pouco desbotado, parecia ter absorvido o frescor da noite.
Theressa estava no sofá, envolta em um pijama de tecido macio que parecia abraçá-la em conforto. O padrão delicado e a cor suave contrastavam com os fios de cabelo que caíam de forma despreocupada ao redor do rosto.
Ela olhou para Bucky e sorriu, um sorriso calmo e aconchegante, daqueles que falam mais do que palavras poderiam. Era um gesto pequeno, mas fazia o peito dele se apertar.
— Está tarde. — disse ela, a voz embalada pelo cansaço do fim de noite, mas ainda assim cheia de calor.
— Eu sei. — respondeu ele, o tom rouco, quase um sussurro, enquanto tirava a jaqueta e a pendurava no encosto de uma cadeira próxima. Os olhos dele, cansados mas atentos, encontraram os dela e por um breve instante, o mundo pareceu desacelerar.
— Te trouxe alguma paz dar essa volta por ai? — Theressa perguntou, curiosidade genuína nos olhos enquanto inclinava a cabeça levemente para o lado.
Ele hesitou, tentando encontrar as palavras certas.
— Talvez um pouco — admitiu, sentindo-se vulnerável com a resposta.
— Isso é bom — respondeu Theressa, com um sorriso suave, enquanto o silêncio entre eles continuava a envolver o ambiente com uma sensação de familiaridade e ternura.
Bucky olhou para ela, os olhos azuis intensos e carregados de algo que ele mesmo lutava para identificar. Ele tomou um fôlego silencioso, reunindo a coragem que por tantos anos esteve perdida e perguntou:
— Quer sair um pouco?
Theressa franziu as sobrancelhas, surpresa pela sugestão repentina. Ela lançou um olhar questionador para o relógio na parede antes de perguntar, com uma pitada de incredulidade:
— Agora? São dez da noite, Bucky.
Ele assentiu, sem conseguir disfarçar o nervosismo. A mente dele voou por memórias distantes, lembrando de quando era fácil convidar alguém para sair, de como ele era confiante e seguro de si naquela época. Na verdade, as garotas faziam fila para ter a atenção de James Barnes, o charmoso rapaz do Brooklyn. Mas agora, sentado naquele sofá, ele se sentia tão diferente, tão hesitante.
— Sim, agora. — Ele hesitou, a ponta de um sorriso tímido surgindo em seu rosto. — Eu... tinha prometido que ia te levar para sair.
Por um instante, Theressa o observou em silêncio, os olhos dançando com uma mistura de surpresa e curiosidade. Então, com um sorriso que iluminou seu rosto, ela se levantou de uma vez e disse:
— Tudo bem, só me dá um minuto para me vestir.
Bucky a acompanhou com o olhar enquanto ela desaparecia pelo corredor e um calor inesperado preencheu seu peito. Mesmo que os anos o tivessem mudado de formas inimagináveis, havia algo naquele momento que o fazia se sentir um pouco mais como o homem que um dia fora.
Theressa voltou rápido, com uma calça jeans de corte solto que se movia levemente a cada passo e uma jaqueta de couro preta que abraçava seus ombros de forma casual. O cabelo dela estava solto, caindo de forma despreocupada e o rosto sem maquiagem exibia uma beleza natural que fez o coração de Bucky dar um salto silencioso.
Ele não disse nada, apenas deixou que um sorriso discreto escapasse, apreciando a visão mais do que estava disposto a admitir.
Sem palavras, ele fez um leve gesto com a cabeça, indicando que ela deveria segui-lo. Theressa assentiu sem hesitar, os lábios esboçando um sorriso curioso e o acompanhou até a porta.
As botas dela ecoavam pela escada do prédio com cada passo, um som que, de alguma forma, parecia preencher o silêncio entre eles com uma estranha e confortável cumplicidade.
Andando pela rua deserta e silenciosa, os passos ecoavam pelo asfalto como um sussurro constante. Theressa caminhava ao lado de Bucky sem mostrar qualquer sinal de receio; afinal, uma Viúva Negra e um super soldado não eram facilmente ameaçados.
O ar da noite trazia um frescor que envolvia os dois, enquanto a luz fraca dos postes desenhava sombras dançantes em torno deles.
Depois de alguns minutos de um silêncio que oscilava entre confortável e denso, Theressa soltou uma risada leve, quebrando o som monótono da noite.
— Normalmente, quando se chama alguém para um encontro, fala-se mais, sabe? — disse, lançando-lhe um olhar provocador.
Bucky virou a cabeça devagar, os olhos azuis revirando-se de leve antes de se fixarem nela.
— Não é um encontro. — respondeu com um toque de irritação fingida, que só serviu para realçar a timidez escondida sob o sarcasmo.
Um sorriso irônico surgiu nos lábios de Theressa.
— Ah, claro. Não é um encontro. — Sua voz era suave, mas o olhar tinha um brilho brincalhão que fazia o coração de Bucky bater mais forte
Ele respirou fundo, tentando manter a expressão impassível enquanto caminhavam. Talvez não fosse um encontro, ou talvez fosse algo mais do que isso, algo que ele ainda não tinha coragem de nomear.
Como era tarde, eles não tinham muitas opções, então, quando avistaram uma pizzaria aberta, Bucky fez um sinal para que Theressa o seguisse e ela o fez sem questionar.
O som da campainha da porta tocou quando Bucky e Theressa entraram. O ambiente era acolhedor, com luzes amareladas e uma decoração rústica de tijolos aparentes. O cheiro delicioso de massa fresca e queijo derretido preenchia o ar, envolvendo-os em uma sensação instantânea de conforto.
A música suave que tocava ao fundo era uma melodia antiga, mas não muito distante dos tempos em que Bucky ainda era apenas James Barnes, um jovem de Brooklyn.
Bucky indicou uma mesa próxima à janela e Theressa seguiu, ainda sorrindo de forma sutil. Sentaram-se frente a frente e ele olhou ao redor, observando o pequeno local com um olhar que era, em parte, vigilante e em parte curioso.
O garçom se aproximou, deixando os cardápios e lançando um olhar breve e curioso aos dois visitantes.
— Está com fome? — perguntou Bucky, a voz baixa, porém com um leve tom de desafio, como se testar a fome dela fosse parte de uma conversa casual.
Theressa sorriu, colocando o cardápio sobre a mesa sem nem olhar.
— Sempre estou com fome. — declarou, um brilho sutil nos olhos.
Ele acenou para a garçonete, pedindo duas cervejas geladas e uma pizza grande de pepperoni. O aroma irresistível de queijo derretido e temperos frescos começou a preencher ainda mais o ambiente enquanto a pizzaria seguia com sua atmosfera tranquila. Não demorou muito até que a pizza fosse servida, com o vapor subindo em espirais tentadoras.
James a observava sem pressa, notando como Theressa, que ultimamente se esforçava para incorporar uma positividade que parecia quase nova, ainda mantinha uma essência séria e impenetrável. Era fascinante para ele como aquela armadura se suavizava em momentos tão simples, como quando seus olhos brilhavam ao ver a pizza quente e generosa à sua frente.
Pegou as duas garrafas de cerveja e, com um movimento firme e meticuloso, usou a mão de metal para abri-las, o estalo ecoando no ar com um som seco e satisfatório.
O reflexo da luz na superfície negra do braço vibrânico parecia enfatizar a habilidade e a força que ele carregava, mas que agora se dedicava a gestos tão banais quanto dividir uma refeição. Theressa o observou com um leve sorriso, surpresa por ainda notar detalhes novos nele depois de tanto tempo.
— Você esta tentando me impressionar, não é? — ela murmurou, pegando sua garrafa e levantando levemente em um brinde silencioso.
Bucky sorriu de lado, um brilho discreto em seus olhos azuis.
— Talvez. — respondeu com uma leveza que não costumava usar, enquanto erguiam as garrafas e o som do brinde ressoava.
Bucky deu um gole na cerveja, sentindo a refrescância líquida deslizar pela garganta, e, ao se recostar ligeiramente na cadeira, lançou um olhar para Theressa, que estava absorta com a pizza. O silêncio pairava por um momento, quase confortável, até que ele finalmente quebrou a tranquilidade com uma observação casual.
— Sabe, gente se conhece há 2.161 dias. — disse ele, sem rodeios, como se fosse a coisa mais natural do mundo. — E finalmente estamos tendo um encontro.
Theressa parou de mastigar, seus olhos se arregalando à medida que a surpresa tomava conta dela. Ela olhou para ele, incrédula, como se tentasse entender a precisão do que acabara de ouvir.
— 2161 dias? — ela repetiu, a surpresa clara em sua voz, os olhos fixos nele, tentando processar as palavras. A exatidão da contagem parecia quase... inacreditável. Ela jamais imaginaria que ele teria marcado esse tempo e mais do que isso, que ele estivesse contando.
Bucky não parecia se importar com o impacto da frase, mas algo nela parecia ter tocado um ponto sensível. Ele olhou para sua cerveja, como se a resposta estivesse ali, entre as linhas do copo e sem pressa continuou.
— Eu sei, parece muito tempo, não é? — disse ele, agora mais pensativo, dando outro gole na cerveja. O som da garrafa retornando à mesa foi baixo, mas o sorriso que ele ofereceu era nervoso, como se tivesse acabado de revelar algo pessoal demais.
Theressa, por sua vez, ficou em silêncio, o olhar perdido em algum ponto do ambiente, como se estivesse tentando processar a exatidão daquele número. 2.161 dias.
A sequência de números parecia carregar tanto peso. A sala vermelha, a Hydra, o distanciamento, a criogenia, as perdas de memória... e os intermináveis encontros e desencontros entre eles.
Era quase aterrador pensar em tudo o que haviam vivido durante esse tempo, tudo o que os havia afastado e ao mesmo tempo, os aproximado de maneiras tão estranhas. Era muito para assimilar em um único momento.
Thessa sabia que não podia mostrar o quanto aquilo a abalava, então rapidamente tentou suavizar o clima, mudando o foco da conversa para algo mais leve, algo que tivesse uma dose de humor para mascarar sua própria inquietação.
— Achei que você tinha dito que não era um encontro — disse ela, com um sorriso travesso, tentando desviar a conversa da profundidade que ele havia dado àquilo.
James a olhou, um leve sorriso aparecendo nos cantos de seus lábios. Ele percebeu a tentativa dela de aliviar o ambiente e em vez de prolongar o silêncio ou a tensão, ele simplesmente acenou com a cabeça, concordando com a brincadeira.
— Eu sei. — respondeu ele, rindo de si mesmo, aliviado pela mudança de tom. — Eu só queria dizer que... — pensou em alguma desculpa qualquer mas nada o veio a mente. — o tempo realmente passou rápido, não é?
A conversa fluiu com uma facilidade quase surpreendente, como se, por um momento, o peso dos 2.161 dias tivesse desaparecido. Eles se conheciam há tanto tempo, mas ainda eram quase estranhos em certos aspectos, quase como se estivessem começando do zero, redescobrindo um ao outro.
Theressa ria com mais frequência, um som leve, que ele quase não acreditava ser real. Ela falava com mais facilidade agora, sem a dureza costumeira em sua voz e ele por sua vez, começava a perceber as sutilezas de suas expressões, como a leveza que surgia em seu rosto quando ela se sentia à vontade, quando esquecia que estava vivendo em um mundo que havia sido marcado por tanta violência e dor.
Bucky, por sua vez, se via descobrindo uma versão dela que ele ainda não conhecia tão bem. Ela falava de coisas simples, como filmes que assistia e livros que gostava de ler.
Por horas, eles conversaram, riram e compartilharam pedaços de suas vidas que nunca haviam sido ditos. Bucky se sentia em casa, algo que ele não sabia que poderia sentir depois de tudo o que passara.
A porta do apartamento se fechou suavemente atrás deles e o som abafado da rua distante se desfez. A noite estava fria, típica de um mês de novembro que parecia decidir não dar trégua.
O vento gelado que os acompanhara durante a caminhada pela cidade ainda grudava nas roupas deles, que estavam um pouco úmidas por causa da umidade do ar. Bucky estava com as mãos enfiadas nos bolsos da jaqueta, Theressa, ao seu lado, ajustava a gola da jaqueta de couro para se manter aquecida.
Apesar de já passar das três da manhã, ambos estavam mais relaxados do que haviam estado nas últimas semanas. A cerveja consumida ao longo da noite, o riso fácil e as conversas que haviam fluído sem pressa, sem as tensões habituais, haviam criado uma atmosfera mais leve entre eles.
O supersoro os mantinha sóbrios, mas a sensação de estarem num estado de leveza emocional era inegável. As conversas haviam sido repletas de risadas, piadas sutis e confidências que ainda os surpreendiam, como se o tempo de afastamento tivesse sido diluído no conforto daquele momento.
Bucky, ainda com o vento soprando em seu rosto, virou-se para Theressa com um sorriso descontraído, observando como ela parecia confortável ali, sem pressa, sem a máscara rígida que costumava carregar. Ela também o encarava com uma expressão relaxada, os olhos brilhando com um toque de humor, algo suave que ele raramente via em pessoas tão acostumadas a viver no limite.
Theressa olhou para ele, ainda de pé perto da porta e deu um passo em direção a ele, a distância que os separava já era pequena. Algo parecia ter mudado no ar, na maneira como ela o olhava e ele a encarava de volta, quase sem querer desviar o olhar. Não havia mais as palavras afiadas ou os muros entre eles.
— Você sabe, Theressa, com essa jaqueta de couro, você está fazendo tudo parecer muito mais interessante. Acho que posso ficar por aqui só olhando mais um pouco. — disse, o tom dele carregado de um flerte quase irresistível, os olhos fixos nela, sem medo de provocar.
Ela arqueou uma sobrancelha, o sorriso nos lábios se tornando mais malicioso e antes que ele pudesse se recuperar de sua própria audácia, ela respondeu com uma voz suave, mas cheia de insinuação.
— Ah, então é só por isso que você fica por aqui? Para olhar? Talvez eu tenha me enganado achando que você fosse mais direto, Barnes. — disse, dando um passo mais próximo, seus olhos desafiadores e um brilho divertido no olhar.
A provocação dela fez o sangue de Bucky ferver. Ele não perdeu tempo. Sem mais palavras, deu um passo rápido, pegando a cintura dela com uma mão firme e a puxando para mais perto. O movimento foi natural, como se ele estivesse apenas completando o gesto que já estava prestes a acontecer.
— Eu posso fazer muito mais do que olhar. — disse ele, a voz baixa e carregada de uma confiança inegável. Seus olhos brilhavam, desafiando-a a duvidar dele.
Theressa, com um sorriso travesso nos lábios, o encarou de volta, a provocação ainda visível em seus olhos.
— Eu duvido. — respondeu ela, a voz firme, como se estivesse pronta para testar esse desafio.
Sem mais palavras, Bucky agiu. Ele a puxou ainda mais perto, de modo que ela não teve tempo para reagir. Em um movimento rápido, ele a pressionou contra a parede mais próxima, seus corpos agora totalmente colados, o calor de ambos se misturando no espaço apertado entre eles.
Theressa ficou sem palavras por um instante, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, ele inclinou a cabeça e a beijou. Foi um beijo intenso e desesperado, como se ambos estivessem tentando fechar a distância de meses, anos ou até mesmo de vidas, em um único instante.
Bucky dominou seus lábios com urgência, a mão que antes estava em sua cintura agora subindo para seu pescoço, segurando-a mais perto dele.
Thessa, em resposta, não hesitou. Ela se entregou ao beijo com a mesma intensidade, a sensação de estar completamente conectada a ele pela primeira vez. As mãos de Bucky estavam em sua pele, a pressão dele contra a parede se tornando mais forte, mais insaciável. Eles estavam tão próximos que parecia impossível haver espaço entre eles.
Era finalmente um momento que nenhum dos dois podia interromper. O silêncio da casa era absoluto, apenas quebrado pela respiração acelerada que ecoava entre os dois. As luzes estavam apagadas, como se o próprio ambiente soubesse que aquele não era um momento para distrações, para o mundo exterior.
Com a mão de metal, James deslizou a jaqueta de Theressa para baixo de seus ombros, tirando-a sem quebrar o beijo. Seus dedos passaram pela pele dela, sentindo o calor que emanava e ele sentiu uma onda de desejo que quase o fez perder o controle.
As mãos dela se moveram igualmente rápido puxando a jaqueta dele para baixo, os dedos correndo pela textura do tecido antes de finalmente livrá-lo dela, jogando-a para o lado.
Sem se afastarem, sem sequer se darem um respiro, as mãos de Bucky começaram a explorar mais, seus dedos deslizando pelas linhas do corpo dela como se estivessem tentando gravar cada curva em sua mente. Theressa, sem querer ficar para trás, envolveu as mãos ao redor de seu pescoço, pressionando-se contra ele, sentindo a tensão no corpo dele, a necessidade de mais, de estar mais perto.
Bucky quebrou o beijo, seus lábios ainda queimando os dela e deu um suspiro profundo, tentando recuperar o fôlego, mas o desejo em seu corpo estava tão intenso que parecia impossível se afastar por mais de um segundo.
A mão de metal, desceu até a bunda de Theressa, apertando-a com força, pressionando-a contra ele, enquanto sua outra mão, mais gentil, usou o polegar para traçar lentamente o lábio dela, ainda úmido do beijo.
— Quero ouvir você gritar meu nome. — ele murmurou, sua voz rouca, cheia de necessidade, com uma risada baixa e atrevida saindo de seus lábios. Seus olhos brilhavam com um misto de prazer e uma provocação que ele não costumava demonstrar tão facilmente.
Theressa sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir suas palavras. Ela não havia esperado essa reação dele, mas aquilo a fez sentir uma onda de excitação crescente e o toque dele, a forma como ele a segurava, só alimentava ainda mais o fogo entre eles.
Ela olhou para ele, seus olhos intensos, desafiadores.
— Duvido que consiga. — respondeu ela, com um sorriso cheio de provocação, antes de se aproximar dele novamente, como se estivesse convidando-o a cumprir a promessa que acabara de fazer.
Bucky sorriu de maneira maliciosa ao ouvir a provocação de Theressa. Com um movimento ágil e sem aviso, usou a mão de metal para puxá-la para cima, sentindo seu corpo leve e quente contra o dele.
Thessa envolveu suas pernas ao redor do quadril dele e os braços ao redor do pescoço, encaixando-se perfeitamente, enquanto ele a carregava com facilidade até o quarto.
Quando ele a jogou na cama com uma certa força, Theressa não se incomodou nem um pouco. Pelo contrário, deu uma risada divertida, a diversão evidente em seus olhos.
James se inclinou para cima dela, seu corpo pressionando o de Theressa na cama com uma intensidade tranquila, mas inegavelmente firme. Ele colocou uma perna de cada lado do corpo dela, bloqueando qualquer tentativa de movimento, mas sem ser violento, apenas dominador.
A mão de metal deslizou até os pulsos dela, unindo-os com um movimento suave, mas implacável, segurando-os juntos acima da cabeça dela. Ele observou cada expressão que passou pelo rosto dela, vendo como ela parecia, de maneira surpreendente, relaxada, sem resistência.
Ele sorriu de forma maliciosa, a voz rouca e baixa, provocando-a com um tom descontraído.
— Então você gosta de se sentir assim, não é?
Theressa, com um sorriso travesso, olhou nos olhos dele, desafiadora, enquanto o sentia controlar cada movimento. Ela arqueou uma sobrancelha, a provocação em seus lábios clara e ousada.
— Você acha que vai conseguir me deixar sem saída? — ela sussurrou com um sorriso malicioso.
Bucky riu baixinho, uma risada baixa e sedutora que fez o coração dela acelerar ainda mais. Sem hesitar, ele a beijou novamente, dessa vez mais intensamente, aprofundando o toque, como se o mundo ao redor deles não existisse mais. Sua mão livre desceu até a cintura dela e com um gesto cuidadoso, levantou a blusa dela, tocando sua pele quente e macia. Ele explorou lentamente, os dedos deslizando com familiaridade, mas também com a urgência de quem quer mais, muito mais.
A boca dele se moveu de volta para a dela, quente e exigente, enquanto a mão de metal, ainda segura sobre seus pulsos, pressionava com mais intensidade. Ele sentia a vibração do corpo dela sob o toque, o jeito que ela se entregava a cada segundo, como se não houvesse mais nada, apenas os dois.
Bucky moveu os lábios com suavidade para o pescoço de Theressa, explorando a pele sensível com beijos lentos e intensos, deixando um rastro de calor onde passava. A cada novo toque, ela soltava gemidos baixos e entrecortados, sentindo a fricção da ereção dele por cima das camadas de roupa que ainda os separavam.
Ele deslizou a mão de metal para segurar sua cintura com firmeza, guiando seus movimentos em uma dança lenta e intensa. Theressa arqueou levemente o corpo em resposta, buscando mais contato, como se o calor entre eles fosse o único alívio possível naquela proximidade sufocante.
— Você não faz ideia do quanto eu esperei por isso. — sussurrou ele, a voz grave e rouca perto de seu ouvido, causando um arrepio que a percorreu da cabeça aos pés.
Agora com as mãos livres, ela deslizou uma das mãos pelo cabelo dele, puxando-o gentilmente para perto, seus lábios entreabertos e olhos entrecerrados pela intensidade do momento. Bucky respondeu apertando-a mais forte, o corpo dele pressionado contra o dela, as bocas a centímetros de distância, os olhares trocando promessas silenciosas.
Bucky deslizou as mãos até a cintura de Theressa, segurando com firmeza a borda de sua calça. Com um movimento decidido, ele a puxou para baixo, os olhos fixos nos dela, sem perder a intensidade. Theressa arqueou o corpo instintivamente, facilitando o movimento, os lábios entreabertos enquanto sentia a respiração de ambos se misturar.
Assim que a calça desceu pelas pernas dela, Bucky a jogou para o lado, sem desviar o olhar e suas mãos voltaram a deslizar por sua pele, agora descobrindo cada novo pedaço que tocava.
Theressa envolveu o pescoço dele com os braços, puxando-o para perto até que seus lábios se encontraram novamente.
Bucky fez uma pausa breve, seu peito subindo e descendo com a respiração acelerada. Com uma rapidez cuidadosa, ele se livrou de suas próprias calças, lançando-as para o lado com uma expressão de desejo contido.
Com as mãos firmes, Thessa deslizou a camisa de Bucky para cima, retirando-a com um movimento ágil. Ao ver o corpo exposto dele, ela sorriu, um brilho travesso nos olhos e seus dedos percorreram os músculos de seu torso, traçando cada linha como se quisesse gravá-las em sua mente.
Bucky a observou com um sorriso malicioso, os olhos brilhando com uma mistura de diversão e desejo. Ele puxou sua mão para si, com força, mobilizando-a contra o corpo dele, suas bocas se encontrando com urgência novamente.
Antes que ela pudesse continuar, ele se inclinou sobre ela novamente, segurando seus pulsos e prendendo-os acima da cabeça contra a cama, mobilizando-a com firmeza dessa vez. Seu corpo estava agora quase completamente pressionado contra o dela, a mão de metal segurando-a sem deixar brechas para resistência.
— Você sabe que não tem como fugir agora, certo? — murmurou ele, a voz baixa e provocante, enquanto deixava seus lábios roçarem os dela, sem realmente beijá-la.
Theressa sorriu de volta, ainda com os pulsos presos acima da cabeça e sussurrou, a voz cheia de um misto de provocação e desejo:
— Eu não tenho a menor intenção de fugir.
— Isso é bom. — sussurrou ele, antes de abaixar o rosto, afundando-o no pescoço de Theressa, deixando beijos quentes e lentos ao longo da pele sensível. Ela sentiu o calor de sua respiração e o leve roçar de seu sorriso contra o pescoço, causando-lhe um arrepio que percorria seu corpo inteiro.
Enquanto ele continuava a beijá-la, Theressa sentiu a mão livre de Bucky deslizar com delicadeza por sua coluna.Theressa tombou a cabeça para trás, os cabelos espalhados pelo travesseiro enquanto sentia cada movimento forte e profundo de Bucky. Os sons de seus corpos se misturavam, criando uma sinfonia íntima que preenchia o quarto silencioso, intensificando a atmosfera de desejo entre eles.
A boca dela estava entreaberta e dela escapavam sons de prazer entrecortados, quase involuntários, como se cada toque, cada encontro dos corpos, a levasse a um novo ápice.
Os olhos dela se fechavam a cada onda de prazer que a percorria, os lábios entreabertos, as bochechas coradas, completamente entregue ao momento.
Bucky observava tudo, cada reação dela aumentando seu desejo e levando-o a se mover ainda mais intensamente, a mão firme na cintura dela guiando os movimentos para aprofundar ainda mais o contato.
Ele sorriu, satisfeito, ao vê-la perder o controle, entregando-se sem reservas e inclinou-se para beijá-la novamente, roubando-lhe os gemidos que escapavam, afastando suas pernas um pouco mais, sem pressa, mas com uma firmeza que a fazia arfar de expectativa.
James a encarou por um instante, a intensidade nos olhos dele refletindo a dela, antes de finalmente entrar nela. O suspiro entrecortado que escapou de seus lábios ecoou no quarto silencioso e os corpos se ajustaram em perfeita sintonia, movendo-se juntos, seguindo um ritmo que ambos haviam esperado por tanto tempo.
A mão de metal de Bucky permaneceu firme sobre os pulsos de Theressa, segurando-os acima da cabeça dela, enquanto ele se movia com precisão e intensidade. Ele podia ver no rosto dela, no jeito que os olhos brilhavam e no sorriso discreto nos lábios, que ela estava adorando aquela entrega total. E ele também.
A outra mão de Bucky deslizou até a cintura dela, segurando-a com firmeza, os dedos pressionando sua pele quente enquanto ele aumentava o ritmo e a força dos movimentos.
Ele sentia cada resposta dela, cada suspiro e tremor e isso só o encorajava a colocar mais pressão nas estocadas, preenchendo-a completamente, movendo-se com mais intensidade, aprofundando cada encontro.
Theressa arqueava o corpo em resposta, entregando-se ao ritmo dele, os gemidos dela se tornando mais altos e mais entrecortados. Bucky observava cada expressão que ela fazia, encantado, sem tirar os olhos dela, como se quisesse gravar cada segundo.
Bucky diminuiu o ritmo, mas colocou ainda mais força em cada movimento, fazendo Theressa arquear o corpo sob ele, os gemidos dela ficando mais altos, mais intensos, ecoando pelo quarto.
Finalmente, ele soltou os pulsos dela, permitindo que Theressa o envolvesse com os braços, puxando-o para mais perto, unindo os corpos em uma última entrega total. Eles continuaram se movendo juntos, cada toque e cada olhar levando-os a um crescendo inevitável, até que ambos chegaram ao ápice ao mesmo tempo, o prazer os consumindo em uma onda de intensidade absoluta.
Exaustos e satisfeitos, eles ficaram juntos, as respirações entrelaçadas, os corpos ainda próximos enquanto o mundo ao redor parecia distante e silencioso.
Bucky inclinou-se sobre Theressa e deu um beijo suave em sua testa, com carinho enquanto lentamente se afastava, saindo de dentro dela.
Thessa ainda estava deitada, completamente mole, como se toda a energia normalmente vibrante do soro de supersoldado tivesse se dissipado com aquele momento. Ela sentia o coração desacelerando, a respiração pesada e os músculos doloridos.
Ele baixou o rosto para beijar o queixo dela, o toque gentil contrastando com a intensidade que tinham compartilhado e respirou fundo, tentando recuperar o fôlego, absorvendo o momento ao lado dela.
Por fim, ele rolou para o lado, deitando-se ao lado de Theressa, ambos olhando para o teto, ainda envoltos no calor compartilhado e na calma que seguia o clímax.
Theressa, ainda sentindo os efeitos do momento, apoiou a perna suavemente na cintura de Bucky, buscando mais proximidade. Ele, em resposta, passou a mão pelas costas dela, massageando com cuidado, a pressão suave das suas palmas ajudando a relaxá-la ainda mais.
Ela enterrou o rosto no pescoço dele, buscando o conforto do toque e a familiaridade de sua presença. Sua respiração ainda estava irregular, mas ele podia sentir a leveza aos poucos tomando conta dela. Os braços dela envolveram-no mais e ele a apertou com gentileza, sentindo a suavidade do seu corpo relaxando, a tensão indo embora.
James continuou a massagear suas costas, a sensação de sua pele ainda quente contra a dele e ambos ficaram ali, apenas respirando juntos, sem pressa, aproveitando o silêncio até finalmente adormecerem.
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