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𝟢𝟤𝟣. 𝘚𝘮𝘢𝘭𝘭 𝘗𝘭𝘦𝘢𝘴𝘶𝘳𝘦𝘴 𝘭𝘪𝘬𝘦 𝘈𝘱𝘱𝘭𝘦 𝘗𝘪𝘦

Theressa empurrou a porta do quarto de hotel, encontrando um espaço que não era muito diferente do seu próprio. A simplicidade era evidente: uma cama desarrumada no canto, uma mesa pequena com uma única cadeira. Sobre a mesa modesta, repousava uma única torta de maçã, comprada no mercado local. Desde que saíra da HYDRA, Theressa desenvolvera um amor por essa iguaria simples.

Seus olhos brilharam ao ver a torta ali, uma surpresa que ela não esperava. Bucky, observando-a com uma expressão entre perplexidade e curiosidade, não pôde deixar de notar a animação dela diante da torta. Era um contraste vívido com a tensão e a raiva que haviam marcado seu encontro momentos antes. Ele franziu a testa, tentando entender o motivo de sua reação tão efusiva por algo tão mundano quanto uma torta de maçã.

— Você parece... muito feliz com essa torta. — comentou Bucky, sua voz carregada de perplexidade.

Theressa riu suavemente, dando de ombros enquanto pegava um pedaço da torta e levava à boca. O sabor familiar e reconfortante inundou seus sentidos, trazendo-lhe uma sensação de calor e contentamento.

— É uma das minhas coisas favoritas desde que saí da HYDRA. Pequenos prazeres, sabe?

Bucky assentiu lentamente, percebendo como algo tão simples podia significar tanto para ela. Era um lembrete de como suas vidas, agora entrelaçadas novamente, eram radicalmente diferentes. Ele se aproximou da mesa, olhando para a torta por um momento antes de voltar seu olhar para ela.

— Eu nunca provei. — admitiu ele, com uma sinceridade rara em sua voz. A ideia de pequenos prazeres ainda era estranha para ele, acostumado à escassez e à austeridade de sua vida como o Soldado Invernal. — Comprei no mercado porque estava barata, provavelmente é de ontem.

Theressa deu de ombros, sem se importar e sem entender por que ele estava tentando fazer a torta parecer menos interessante. Ao menos ele não deu outra patada nela, mesmo que dessa vez ela estivesse merecendo, por praticamente obrigá-lo a deixá-la passar a noite com ele depois de tê-lo agredido e agora estar comendo a comida dele sem nem pedir.

Bucky estava achando a situação fofa, mas ainda se sentia tão culpado em olhar para ela. Os sentimentos de culpa o consumiam, como se cada momento com ela fosse um lembrete de suas ações passadas.

Kuznestov deu de ombros, sem se importar com o comentário de Bucky. Ela não entendia por que ele estava tentando fazer a torta parecer menos interessante. Pelo menos ele não a havia afastado com outra resposta ríspida, mesmo que dessa vez ela talvez merecesse, por praticamente forçar sua presença ali depois de ter batido nele e agora estar comendo sua comida sem sequer pedir permissão. Barnes estava achando essa atitude dela fofa, mas a culpa ainda pesava em seu peito ao olhar para ela e por isso mantinha o olhar distante.

Ela caminhou até ele com um pedaço da torta na mão e, sem pensar muito, colocou-o na boca dele. Barnes ficou surpreso, seus olhos se arregalando brevemente antes de se afastar cautelosamente.

Ele pegou um pedaço da torta para si, mastigando devagar e tentando processar o que estava sentindo. O sabor doce e levemente ácido era diferente de qualquer coisa que ele se lembrava de ter experimentado.

— Então, o que acha? — Ela perguntou, um sorriso travesso brincando em seus lábios.

Bucky deu um suspiro, tentando ignorar a onda de sentimentos que sua presença desencadeava. Ele encontrou os olhos dela, sentindo a culpa se transformar lentamente em algo mais suave.

— É... bom. — Respondeu, sua voz quase um sussurro. Na verdade não era grande coisa, ele já havia comido coisas piores mas ainda não entendia tanta comoção da parte dela. Ele pegou outro pedaço enquanto dava ombros. — Entendo por que você gosta.

Theressa sorriu, a tensão entre eles se dissipando um pouco.

— Que bom que gostou. — disse ela, sentando-se na cama desarrumada.— Pequenos prazeres, como eu disse. Às vezes, são eles que nos mantêm sãos.

Enquanto ele continuava a comer, sentiu-se um pouco mais à vontade com a presença dela, a garota com quem ele sonhava e que agora estava ali, ao seu lado, compartilhando uma torta de maçã em um quarto de hotel em Viena, e isso era estranhamente reconfortante, embora ainda fosse assustador.

Bucky se levantou e foi fechar as cortinas, bloqueando a fraca luz da rua que entrava no quarto. Ele tirou o boné e a jaqueta, jogando-os de qualquer maneira sobre a cadeira. Theressa o observava, notando a maneira despreocupada como ele se movia, mesmo que uma tensão invisível ainda parecesse pender sobre ele.

— Você está com frio? — Ele perguntou, virando-se para olhar para Theressa.

— Estou bem. — ela respondeu, mas ele não pôde evitar de lembrar dela tremendo de frio na base da HYDRA na Sibéria. As memórias eram vívidas, quase tangíveis, mas ele balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos.

— Fique com a cama. — ele disse com uma firmeza que beirava a gentileza. Theressa balançou a cabeça, determinada.

—  Não vou fazer isso, James. — Thessa retrucou, cruzando os braços. — Fui eu que me ofereci para estar aqui, não vou roubar a cama de você. E você sabe que eu durmo em qualquer lugar.

Bucky a olhou por um momento, seus olhos firmes e determinados.

— Não perguntei, Kuznestov. — Ele disse com a voz firme. - Você vai dormir na cama e ponto final.

Ela abriu a boca para protestar, mas o olhar dele deixou claro que não havia espaço para discussão. Resignada, ela deitou-se na cama, mas não sem antes lançar um olhar decidido a ele.

— Deita comigo, então. — Thessa disse com a voz firme.

— Não. — Ele respondeu prontamente, a firmeza em sua voz inabalável e os olhos azuis ainda observando a forma com que ela estava deitada com o cabelo solto caindo no rosto e a expressão cansada.

— Não estou perguntando, estou mandando. — Theressa ergueu uma sobrancelha, imitando seu tom. Bucky bufou, irritado.

— Cala a boca ou eu vou te tirar daqui.

—  Quando estávamos na HYDRA e eu estava machucada, passei a noite quase no seu colo. Dormir na mesma cama não vai doer.

Barnes ficou chocado com a audácia dela por um segundo, ele engoliu seco, lembrando que ela tinha prometido não tocar em nenhum assunto a respeito da HYDRA ou da Sala Vermelha. Relutante, Bucky se deitou ao lado dela, sua postura rígida e desconfortável.

— Nunca mais fale sobre isso. — ele murmurou, a voz carregada de uma tensão quase palpável.

— Então quer falar sobre Budapeste? — Theressa não pôde deixar de provocá-lo. Bucky virou-se de costas para ela, seu corpo ainda tenso.

— Dorme. — ele ordenou, a voz fria e cortante.

Ela riu suavemente, acomodando-se melhor na cama. A presença dele, embora tensa, era estranhamente reconfortante. Para ambos, aquela noite marcava uma trégua temporária das sombras do passado, um momento de paz em meio à tempestade de suas memórias.

Quando a respiração de Theressa finalmente se tornou regular e profunda, Bucky virou-se cuidadosamente e a observou por um momento. Seus olhos percorreram seu rosto, notando a suavidade que o sono trazia. Lentamente, ele puxou o cobertor e a cobriu, garantindo que ela estivesse aquecida. Então, ele deitou-se novamente, desta vez virado para ela, apoiado no braço.

Ele não fazia ideia do que havia acontecido com ela desde que saíra da HYDRA. As últimas lembranças que tinha dela eram fragmentadas e dolorosas. Ele se lembrava dela em uma mesa de cirurgia, sendo submetida a procedimentos que ele preferia não recordar. Depois disso, ele fora resetado e ela assistira, impotente.

A última vez que a vira, antes desta noite, fora no aeroporto com Steve. Bucky queria imaginar que, de alguma forma, ela havia sido resgatada pelos Vingadores, que havia encontrado uma nova vida, longe das garras da HYDRA. A incerteza sobre o que ela havia passado desde então o corroía, e ele queria tocar nela, oferecer algum tipo de conforto. Mas ele não sabia se podia ou se devia.

Enquanto esses pensamentos rodopiavam em sua mente, ele lutava contra a tentação de se levantar e deitar no chão. A última coisa que queria era ter um pesadelo, acordar em pânico e acabar machucando-a. No entanto, a presença dela ao seu lado era um lembrete palpável de que ele não estava sozinho. Lentamente, ele estendeu a mão, parando a poucos centímetros dela, antes de recuar, optando por apenas observá-la.

Bucky decidiu conscientemente afastar pensamentos que lembrassem Theressa em momentos de sofrimento ou perigo. Ele moveu-se com cuidado para não acordá-la enquanto a cobria com o cobertor, procurando um lugar ao lado dela na cama. Seus corpos estavam a poucos centímetros de distância quando ele fechou os olhos, tentando encontrar paz na escuridão do quarto.

No silêncio tranquilo, sua mente traçou uma linha tênue entre memórias recentes e passadas. Um lampejo de lembrança o trouxe de volta a um beijo em Budapeste, um momento que ele desejou que fosse apagado. Com um grunhido de frustração, ele tentou afastar a imagem, mas era como se sua mente tivesse vontade própria.

Theressa, com seu sono leve, ouviu o murmúrio dele e, sem se afastar, aproximou-se mais, apoiando o topo da cabeça no peito dele. Ele ficou surpreso, sentindo o calor e a proximidade dela, mas optou por não se mover, permitindo que ela escolhesse sua posição. Mesmo que isso significasse permitir ela tocar nele. Talvez ela estivesse certa e dormir na mesma cama não fosse doer, talvez muito pelo contrário.

James permaneceu imóvel por alguns momentos, sentindo Theressa repousar o topo da cabeça em seu peito. Ele lutou contra a tensão inicial que o impelia a afastá-la, deixando-a descansar como desejava. A proximidade de seus corpos, tão perto e ainda assim tão distantes em tantos sentidos, era estranha para ele. Mas, aos poucos, ele começou a relaxar.

O calor suave do quarto, misturado com a presença reconfortante de Theressa ao seu lado, acalmou seus pensamentos turbulentos. Lentamente, ele permitiu que seus músculos se soltassem, liberando as tensões que carregava há tanto tempo. Fechou os olhos, tentando ignorar as lembranças dolorosas que ocasionalmente surgiam em sua mente.

Então, algo surpreendente aconteceu. James não resistiu ao cansaço que se acumulava dentro dele. Seu corpo, finalmente livre das garras da insônia e dos pesadelos recorrentes, cedeu ao sono.

Ele adormeceu tranquilamente, sem ser assombrado por flashbacks ou memórias traumáticas. A noite passou serenamente para ele, uma paz que ele não experimentava há muito tempo, mesmo após deixar para trás a influência da HYDRA.

Theressa acordou ao primeiro raio de sol que se infiltrou pelas cortinas entreabertas do quarto de hotel. Seus olhos se abriram lentamente, ainda sonolentos e por um instante ela permaneceu imóvel, deixando que a realidade da manhã a envolvesse.

Quando finalmente se moveu para se sentar na cama, uma onda de tristeza a atingiu ao perceber que James não estava mais lá.

Ela havia sentido isso chegando. Sabia que ele não ficaria por muito tempo, mas não imaginava que seria tão breve. Um nó se formou em sua garganta enquanto observava o quarto vazio, os lençóis levemente amassados onde ele havia dormido.

Desviando o olhar, Theressa encontrou consolo na mesa ao lado da cama. Lá estava o restante da torta de maçã que tinham compartilhado na noite anterior. Era sua comida reconfortante, algo que ela esperava que a ajudasse a enfrentar a sensação de vazio que começava a se instalar em seu peito.

Thessa se levantou, caminhando até a mesa com passos lentos. Ela pegou um pedaço da torta, saboreando cada mordida com um misto de nostalgia e gratidão por ter tido aquela noite com ele.

Apesar da tristeza da partida dele, Theressa sabia que precisava seguir em frente. Com a torta de maçã como seu pequeno conforto, ela começou a se preparar para o dia, esperando que aquela lembrança doce fosse o suficiente para mantê-la forte até o próximo encontro, se é que haveria um.

Theressa deixou o hotel com um misto de sentimentos, o coração ainda pesaroso pelo reencontro e a partida repentina de James. Ao caminhar pelas ruas de Viena, ela tentava afastar os pensamentos melancólicos, focando-se no próximo passo: retornar ao seu próprio hotel.

Pelo menos não precisaria se preocupar com o café da manhã, já que a torta de maçã havia garantido algum conforto naquela manhã incerta.

Ao chegar, foi diretamente para o banheiro, onde se permitiu ter um banho rápido que fez seus músculos relaxarem e ela se sentiu revigorada. Enxugou-se e vestiu uma roupa casual e confortável, que consistia em um jeans e um suéter aveludado.

Enquanto observava seu reflexo no espelho, viu a dogtag de Bucky ainda pendurada em seu pescoço. Estava lá, como sempre esteve, mesmo nos tempos em que não tinha memória de quem era James Buchanan Barnes.

Um suspiro escapou de seus lábios enquanto refletia que deveria ter lembrado de devolvê-la antes de partir, mas agora sentia que havia perdido a oportunidade. Mesmo assim, aquele objeto de alguma forma a confortava.

Theressa estava deitada na cama, a cabeça repousando pesadamente sobre o travesseiro macio, os olhos fixos no teto do quarto de hotel. O silêncio da manhã era quebrado apenas pelo som distante do tráfego de Viena. Ela permitiu que seus pensamentos vagassem, tentando processar os eventos recentes, especialmente o reencontro e a subsequente partida de James.

De repente, o toque estridente do celular de emergência que ela guardava em uma gaveta da mesa de cabeceira a fez saltar. Seu coração acelerou imediatamente; aquele era um telefone cujo número apenas Steve e Tony tinham, e ambos haviam prometido não ligar a menos que fosse extremamente importante. Ela respirou fundo, tentando acalmar os nervos, e estendeu a mão para pegar o aparelho.

— Alô? — atendeu, a voz um pouco trêmula.

— Thessa, é o Tony. — a voz de Tony Stark ecoou do outro lado, carregada de um tom que misturava preocupação e alívio. — Como você está?

Theressa hesitou por um momento, o encontro com James ainda fresco em sua mente. Decidiu não mencionar isso, pelo menos por enquanto. — Estou indo bem, Tony. E você?

— Eu estou bem, mas com saudades. — admitiu Tony, sua voz suavizando um pouco. — Não gosto que você queira ficar longe de mim depois de tanto tempo que foi obrigada a ficar longe. Sabe, não é fácil para mim.

— Eu sei, Tony. — respondeu Theressa, sentindo um aperto no coração. — Mas eu preciso desse tempo para mim, para processar tudo.

—  Entendo. — ele disse, embora a frustração fosse evidente em seu tom. — Mas não é por isso que estou ligando.

Ela se endireitou na cama, sentindo a tensão aumentar. — Então, o que é?

—  Encontramos uma base da HYDRA que tem o cetro de Loki. — Tony falou, a seriedade em sua voz cortante. — Os Vingadores vão invadir, e precisamos de você na equipe.

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