𝟢𝟣𝟫. 𝘐𝘮 𝘞𝘪𝘵𝘩 𝘠𝘰𝘶 𝘜𝘯𝘵𝘪𝘭 𝘵𝘩𝘦 𝘌𝘯𝘥 𝘰𝘧 𝘛𝘩𝘦 𝘓𝘪𝘯𝘦
Theressa e Steve corriam pelos corredores do complexo da HYDRA em direção ao local onde o drive deveria ser conectado. A tensão era palpável conforme se aproximavam do equipamento crucial.
Ao dobrarem um corredor, depararam-se com o Soldado Invernal bloqueando seu caminho. Steve, com seu escudo firmemente segurado, tentou apelar para o homem que um dia foi seu amigo:
— Bucky, se não fizermos isso, muita gente vai morrer.
O Soldado Invernal não respondeu. Em vez disso, avançou implacavelmente em direção a eles, pronto para atacar. Theressa e Steve se posicionaram, prontos para se defender e completar sua missão.
A luta começou com uma intensidade avassaladora. Steve se movia com agilidade e precisão, bloqueando os golpes do Soldado Invernal enquanto procurava uma abertura para avançar. Theressa, por sua vez, usava sua habilidade atlética e treinamento para desviar dos ataques e contra-atacar com golpes rápidos e precisos.
Barnes não mostrava sinais de hesitação ou remorso. Cada golpe era calculado e poderoso, testando os limites de seus adversários. Theressa e Steve lutavam juntos, coordenando seus movimentos para cobrir as fraquezas um do outro.
Theressa puxou o Soldado Invernal para longe de Steve, tentando ganhar tempo enquanto a adrenalina pulsava através dela.
— Por que a gente não conversa? Troca um papo? Lembra de Budapeste? — Ela disse ironicamente, tentando desviar a atenção do combate iminente. Um riso nervoso escapou de seus lábios enquanto calculava os próximos movimentos.
O soldado, no entanto, não caiu na distração. Ele a atacou sem piedade, jogando-a com força para longe. Theressa bateu a cabeça ao cair, murmurando um palavrão pelo impacto.
— Cacete. Essa doeu. — Thessa pse levantou rapidamente, ignorando a dor, e correu na direção dele.
Enquanto Theressa avançava, o Soldado Invernal virou sua atenção para Steve. Com uma velocidade surpreendente, ele lançou uma faca em direção ao Capitão América. Steve tentou desviar, mas o golpe acertou seu braço, fazendo-o derrubar o drive crucial.
Com um movimento ágil, Theressa mergulhou na direção do drive antes que ele pudesse cair completamente no chão. Ela o agarrou a tempo, mantendo-o seguro e fora do alcance do Soldado Invernal e o conecta, ouvindo, através da escuta, o suspiro de alivio de Hill e a voz dela dizendo para agora, eles saírem de lá o mais rápido possível.
Uma sensação de alívio a invadiu, e ela se virou para comemorar o sucesso da missão. Porém, a visão que encontrou a paralisou.
Steve estava no meio da luta com o Soldado Invernal, mas algo havia mudado. Ele não estava mais se defendendo ou atacando com a mesma intensidade. Ele estava simplesmente... desistindo.
— Bucky, você me conhece. — Steve disse, a voz calma e cheia de emoção. — Me conhece a sua vida toda.
Ele deixou cair o escudo, que caiu para fora do aeroportoavião com um som metálico ecoando na estrutura. Theressa ficou horrorizada.
— Steve, pare de ser louco! — A garota gritou, correndo na direção deles.
Bucky hesitou novamente, sua mão ainda levantada no ar, pronta para atacar. Theressa aproveitou o momento de pausa e olhou diretamente nos olhos dele.
Steve deu um passo à frente, a voz calma e decidida.
— Eu não vou lutar com você, Bucky. Você é meu amigo.
O Soldado Invernal, com um olhar de confusão e raiva, empurrou Theressa para o lado, arremessando-a contra a parede com uma força brutal. Ele avançou para cima de Steve novamente, gritando:
— Você é minha missão!
Steve manteve-se firme, seus olhos fixos nos de Bucky.
— Então termine, Bucky. — Steve disse, com uma voz cheia de tristeza e resignação. — Estou com você até o fim.
Bucky começou a bater em Steve com toda a força, cada golpe cheio de fúria e desespero. Steve, mesmo enfraquecido e sangrando, não reagiu, apenas absorvendo os golpes. Theressa, sentindo a dor irradiar pelo corpo, lutou para se levantar e ajudar.
A estrutura do aeroportoavião começou a tremer violentamente, a luta desencadeando danos estruturais críticos. Theressa viu Bucky levantar Steve e, num movimento rápido, os dois caíram em direção à beirada da plataforma instável. Sem pensar, ela correu e se lançou na direção deles.
A plataforma cedeu sob o peso e a pressão, e os três caíram no vazio. O vento rugiu ao redor deles enquanto caíam, a sensação de queda livre avassaladora. Theressa tentou agarrar alguma coisa, mas a velocidade da queda era demais.
O impacto foi brutal. Eles bateram na água abaixo com força esmagadora, a superfície do rio estilhaçando como concreto ao redor deles. Kuznetsov sentiu a dor explodir em seu corpo e então tudo escureceu.
O mundo ao redor deles ficou em silêncio, apenas o som distante da água e dos destroços caindo. Theressa flutuava inconsciente, seus sentidos apagados pela violência da queda.
Bucky foi o primeiro a emergir da escuridão, seus sentidos retornando lentamente enquanto flutuava na água fria.
Com um esforço tremendo, ele nadou até a margem do rio, seus movimentos automáticos e eficientes, resultado de anos de treinamento rigoroso.
Quando seus pés finalmente tocaram o fundo lodoso, ele se levantou, arrastando o corpo inconsciente de Steve para fora da água. Com um esforço sobre-humano, ele pegou a camisa de Steve e o arrastou para a beira do rio, deixando-o deitado em uma posição relativamente segura.
O olhar de Bucky então se voltou para Theressa, flutuando inerte nas águas escuras. Ele voltou para pegá-la, seus movimentos agora mais cuidadosos e quase gentis. Com um braço forte embaixo dos joelhos dela e o outro sustentando suas costas, ele a ergueu delicadamente, o rosto molhado e machucado dela preso em sua mente.
Os olhos de Bucky estavam fixos no rosto ferido de Theressa enquanto ele a carregava. Ele afastou suavemente o cabelo molhado que grudava na testa dela, a expressão de conflito e dor ainda presente em seu olhar endurecido.
Ele a colocou cuidadosamente ao lado de Steve, garantindo que ambos estivessem fora de perigo imediato.
Theressa abriu os olhos lentamente, a visão turva e confusa. Cada movimento enviava ondas de dor através de seu corpo, e ela sentia como se cada osso estivesse quebrado. Seus lábios se moveram em um murmúrio quase inaudível:
— James...
Bucky olhou para ela, a confusão e a tristeza evidentes em seu rosto endurecido. Ele se ajoelhou ao lado dela, sua voz suave e resignada.
— Você tá sonhando, querida. — Ele murmurou, sua voz carregada de uma ternura inesperada. — Volta a dormir, Kuznetsov.
Ele disse, sem saber de onde tirou aquele nome, visto que agora, ela era apenas uma sombra que ele já havia sonhado. Também não sabia que sensação era aquela que ele sentia quando a via, era como se algo tomasse conta dele, de seu cérebro e de todas as suas artérias e tentasse lhe dizer alguma coisa. Mas a única sensação que ele conseguia distinguir claramente era a dor no peito que ver ela machucada lhe causava, ele se inclinou e beijou a testa dela, sentindo um tremor por dentro.
Theressa despertou sentindo uma dor excruciante irradiando por todo o corpo. Seus olhos se abriram lentamente, e ela piscou várias vezes para ajustar a visão. O teto branco e as luzes suaves a confundiram inicialmente.
Quando seus olhos finalmente focaram, ela percebeu que estava em um consultório médico de um hospital muito bem equipado. As paredes eram impecavelmente limpas e havia uma tranquilidade desconcertante no ambiente.
O pânico a atingiu como uma onda quando a memória da ameaça de Rumlow invadiu sua mente. " Te mandar de volta para Sala Vermelha, Isso se o Dreykov ainda a quiser".
O pensamento a paralisou por um segundo, mas o instinto de sobrevivência logo a dominou.
Ela arrancou o soro do braço, sentindo a dor aguda do gesto, mas ignorando-a. Com cada movimento, ela sentia os protestos de seu corpo machucado, mas não podia se dar ao luxo de se importar.
Com passos vacilantes, Theressa se dirigiu à porta. Sua mente estava um turbilhão de medo e confusão, mas a necessidade de escapar era maior.
Ao alcançar a porta, ela a abriu com esforço. No mesmo instante, a porta foi empurrada de fora, e ela quase caiu para trás ao ver Tony Stark parado ali. Ele estava vestindo um terno casual, mas elegante, e um sorriso aliviado se formou em seu rosto ao vê-la acordada.
— Ei, calma aí, garota. — Disse Tony, entrando no quarto e segurando-a pelos ombros para evitar que ela caísse.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntou ela, a voz fraca e rouca.
Tony ainda estava aliviado, quase emocionado. O que a deixou confusa. Por mais que tivessem se dado bem nas últimas vezes em que se viram, ele ainda era Tony Stark e eles nem eram próximos.
— Precisamos conversar, mas... — Tony começou, mas Theressa ainda estava em choque, tremendo e falando coisas desconexas.
— Pierce... Rumlow... Dreykov... — Murmurava ela, os olhos arregalados e perdidos.
— Ei, calma, calma. — Tony disse suavemente, ajudando-a a voltar para a cama. Ele segurou sua mão, tentando acalmá-la. — Pierce está morto. Não sabemos onde Rumlow está e... quem é Dreykov?
Theressa tentou focar em Tony, sua respiração ainda irregular.
— Você está em um hospital em Nova York. Está segura comigo. — Tony continuou, o tom tranquilizador. — Eu prometo.
Ela olhou para ele, ainda tremendo, mas começando a sentir um pouco de calma pela sinceridade e firmeza na voz dele. Tony apertou sua mão levemente.
— Está tudo bem agora. Você fez o impossível e agora é hora de se recuperar. Vamos cuidar de você. — Tony disse, os olhos brilhando com uma emoção que Theressa não esperava ver.
Ela deixou escapar um suspiro, sentindo a exaustão e a dor finalmente a alcançarem. Lentamente, ela relaxou na cama, deixando-se guiar pela presença tranquilizadora de Tony.
— Obrigada...
— Você não precisa agradecer. — Tony disse, ainda segurando sua mão. Ele olhou ao redor, preocupado. — Você precisa de alguma coisa? Analgésico? Água?
Theressa balançou a cabeça lentamente, tentando clarear a mente.
— Steve... Bucky... — Murmurou ela, a voz cheia de preocupação.
Tony suspirou, tentando manter o tom calmo.
— O Soldado Invernal fugiu. — Ele começou, observando a reação dela. — Steve está se recuperando no hospital também. Sam está com ele e Natasha está bem também. Mas você precisa se preocupar só com você agora.
Theressa tentou processar as informações, sentindo uma mistura de alívio e preocupação.
— Steve está bem? — Insistiu ela, a voz fraca mas determinada, ainda indignada com a forma que Steve só se rendeu aos golpes de Bucky uma vez que o projeto insight havia sido parado.
— Sim, ele está bem. — Tony assegurou, dando-lhe um sorriso reconfortante. — Ele vai ficar bem. Você também.
Ela fechou os olhos, sentindo um peso enorme ser levantado de seus ombros. A presença de Tony e suas palavras tranquilizadoras ajudavam a acalmar sua mente inquieta.
Horas depois, o sol começava a se pôr, banhando o quarto do hospital em uma luz suave e dourada. Theressa estava sentada na cama, olhando fixamente para a bandeja de jantar que Tony havia pedido. A comida estava intacta, a sopa ainda fumegante e o pão fresco, mas ela não conseguia reunir forças para comer.
Tony entrou no quarto, mas com uma expressão de preocupação evidente. Ele observou Theressa por um momento antes de se aproximar.
— E aí, a comida tá boa? — Ele perguntou, um sorriso provocador brincando em seus lábios. Theressa piscou algumas vezes, saindo de seu transe.
— Ah... sim, está. — Disse ela, um pouco distraída. Tony bufou sarcasticamente, cruzando os braços e revirando os olhos.
— Aham, claro, está ótima. — Stark disse, agora com o sarcasmo evidente. - Porque você nem sequer tocou nela.
— Desculpe. — Murmurou ela, quase inaudível. — É só que... é muita coisa para processar.
Tony inclinou-se para frente, os olhos suavizando com uma mistura de empatia e preocupação.
— Ei, eu entendo. — Disse ele, a voz mais suave agora. — Mas você precisa comer alguma coisa. Não vai ajudar ninguém se você desmaiar de fome.
— Tá bom, Stark. Você venceu. Vou comer. Mas só porque o grande Tony Stark esta pedindo. — Ela tentou usar um pouquinho de sarcasmo e bom humor, pegando a colher com mãos trêmulas. Ela tomou um gole pequeno da sopa, sentindo o calor se espalhar em seu corpo. Tony observava cada movimento, aliviado ao vê-la finalmente comer algo.
— Viu? Não é tão ruim. — Comentou ele, tentando aliviar a tensão com um sorriso acolhedor.
Theressa tentou esboçar um sorriso em resposta, mas ainda estava lutando contra as emoções que a dominavam.
Quando Theressa chegou à metade da sopa, ela levantou os olhos para Tony, percebendo a tensão que ainda pairava no ar.
— Você disse que queria conversar comigo. — Disse ela, tentando encontrar um pouco de força na voz. — Pode dizer.
Tony suspirou, passando uma mão pelo cabelo e olhando para ela com um misto de preocupação e hesitação.
— É complicado. — Disse ele. — E não precisa ser agora.
Theressa balançou a cabeça, insistindo.
— Por favor, Tony. Eu quero saber.
Ele hesitou por um momento antes de finalmente começar a falar.
— Quando vocês destruíram a HYDRA, a SHIELD foi junto. — Disse ele lentamente, observando a reação dela.
— Eu sei. Foi ideia do Steve. — Theressa assentiu, já ciente disso. Tony concordou com a cabeça.
— Sim, e para isso, Natasha vazou todas as informações e segredos da SHIELD e, consequentemente, da HYDRA.
Theressa absorveu essa informação, seus olhos escurecendo com a gravidade da situação. Ela sabia o que isso significava, mas precisava ouvir de Tony.
Theressa absorveu essa informação, seus olhos escurecendo com a gravidade da situação. Ela sabia o que isso significava, mas precisava ouvir de Tony.
— Agora o mundo sabe de tudo o que você fez com a Sala Vermelha. — Disse Tony, sua voz pesada com o peso da verdade. — Todos os assassinatos, todas as missões, tudo o que você fez como Viúva Negra está exposto.
Theressa sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Cada erro, cada decisão difícil que tomou estava agora em domínio público. Ela sabia que isso viria, mas a realidade da situação era muito mais esmagadora do que ela havia previsto.
— Eu... — Ela começou, mas sua voz falhou. Ela respirou fundo, tentando recuperar a compostura. — Eu sabia que isso poderia acontecer, mas não sabia que não estava preparada para isso.
Tony se inclinou para frente, seus olhos cheios de empatia.
— Ninguém está preparado para ter seu passado exposto dessa maneira. — Disse ele suavemente. — Mas você não precisa enfrentar isso sozinha.
Theressa olhou para ele, seus olhos brilhando com uma mistura de gratidão e medo.
— Obrigada, Tony. — Disse ela, sua voz trêmula. — Eu só... eu não sei o que fazer agora.
— Primeiro, você precisa se recuperar. Respondeu ele, a voz firme. - Depois, vamos lidar com isso.
Ela assentiu, sentindo uma leve onda de alívio. O apoio de Tony era um farol de esperança em meio à tempestade de sua mente.
— Eu sei. — Disse ela, finalmente conseguindo esboçar um pequeno sorriso. — Obrigada por me contar. É importante saber o que está acontecendo.
— Claro. — Disse ele, com uma leveza que ela reconheceu como um esforço para mascarar algo mais profundo. Tony disfarçou, sorrindo de volta.
Theressa, como uma boa espiã, terminou de comer em silêncio, observando cada movimento e expressão de Tony. Finalmente, ela colocou a colher de lado e olhou diretamente para ele.
— O que mais? — Perguntou ela, a voz calma mas firme. Tony olhou para ela, seu sorriso desaparecendo por um momento.
— Mais nada. — Respondeu, tentando parecer convincente.
Theressa arqueou uma sobrancelha, não comprando a resposta dele.
— Sei que tem mais alguma coisa. — Disse ela, sua voz carregada do profissionalismo de uma espiã . — Você não quer contar mas eu preciso saber. Não é?
Tony suspirou, percebendo que não podia mais esconder a verdade dela. Ele estava visivelmente nervoso, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto tentava encontrar as palavras certas.
— Theressa, eu... — Ele começou, hesitando enquanto olhava para o chão. — Eu não sei como compartilhar isso. É complicado e... é um tópico sensível para mim.
Theressa observou atentamente, percebendo a seriedade no comportamento de Tony.
— Os meus pais morreram em um acidente de carro. — Continuou ele, a voz baixa e carregada de emoção. — Eu tinha uma irmã... ela tinha dez meses de vida na época... O nome dela era Alice.
Theressa sentiu um aperto no coração ao ver a dor nos olhos de Tony. Ele estava revivendo memórias dolorosas, e ela podia sentir o peso dessas lembranças em cada palavra que ele dizia.
— Caramba, ela era um bebe muito chorão. — Ele da uma risadinha, mas com uma dor profunda na voz. — Ela estava com meus pais naquela noite. — Ele disse, a voz falhando enquanto tentava manter a compostura. — Mas... eles nunca encontraram o corpo dela. Eu sempre esperei que, de alguma forma, ela tivesse sobrevivido.
Theressa, sem entender completamente o que isso tinha a ver com ela, tentou oferecer algum consolo.
— Sinto muito, Tony. — Disse ela suavemente, sem saber o que mais dizer.
Tony respirou fundo, tentando controlar as emoções que borbulhavam dentro dele.
—Nas informações vazadas... — Ele disse lentamente, olhando diretamente para Theressa. - Nas informações vazadas, sobre a HYDRA... Descobriram que, na verdade, você é Alice Stark. De alguma forma, a HYDRA te encontrou antes da perícia e te levou para a Sala Vermelha.
Theressa ficou em silêncio, tentando processar o que acabara de ouvir. A revelação a atingiu como um soco no estômago, deixando-a sem ar. Ela olhou para Tony, vendo a verdade em seus olhos, a dor misturada com a esperança de um reencontro inesperado.
— Eu... Você... Você esta dizendo que... Eu sou sua irmã? — Perguntou ela, a voz trêmula.
Tony assentiu, ainda lutando contra suas emoções.
— Sim. — Respondeu ele, a voz carregada de emoção. — Você é Alice. Eles te tiraram de nós, te transformaram em algo que nunca deveria ter sido.
Theressa ficou imóvel, o choque estampado em seu rosto. Ela nunca imaginou que pudesse ter uma família, e se tivesse, sempre acreditou que a família a tivesse deixado propositalmente na Sala Vermelha.
Caramba, ela passou a vida toda acreditando que era russa, moldada pela brutalidade do treinamento e pelas mentiras que lhe contaram.
— Você tem certeza? — Ela perguntou, a voz vacilante enquanto tentava processar essa nova realidade.
Tony mordeu o lábio, lutando para manter as emoções sob controle. Ele assentiu, seus olhos cheios de uma mistura de dor e alívio.
— Sim, tenho certeza... Tomei a liberdade de fazer um teste de DNA antes de você acordar. — Disse ele, a voz carregada de sentimentos. — Eu deveria ter notado antes. Você se parece tanto com a nossa mãe.
Theressa sentiu uma onda de emoções conflitantes. Apesar de toda a dor e surpresa, as peças começaram a se encaixar em sua mente. Howard Stark, que agora sabia ser seu pai, era um dos fundadores da SHIELD.
Isso era motivo suficiente para a Sala Vermelha querer mantê-la sob controle, treiná-la como uma arma. Agora fazia sentido o porquê de sempre dizerem que ela era especial, uma "arma secreta".
Eles queriam sujar o sobrenome Stark, e agora que todos sabiam de seu passado sombrio, a HYDRA tinha conseguido exatamente o que queria.
Ela sentiu as lágrimas começarem a se formar, mas não deixou que caíssem. Ao invés disso, olhou para Tony, tentando encontrar algum sentido em tudo isso.
— Eles usaram você, Theressa. — Disse ele suavemente. — Mas nada disso é sua culpa e você não é o que eles fizeram de você. Você é mais do que isso.
Ela respirou fundo, sentindo a raiva e a tristeza misturarem-se dentro dela. A revelação trouxe um turbilhão de emoções, mas também uma estranha sensação de clareza.
— Agora que todos sabem do meu passado... — Começou ela, olhando para Tony. - A HYDRA conseguiu o que queria, sujar seu sobrenome.
— Não. — Disse ele com firmeza. — Eles não conseguiram. Você ainda está aqui, e eu pretendo fazer meu papel de irmão dessa vez. Estou com você até o fim.
FIM DO ATO DOIS
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro