𝟢𝟣𝟩. 𝘠𝘰𝘶 𝘞𝘪𝘭𝘭 𝘈𝘭𝘸𝘢𝘺𝘴 𝘉𝘦 𝘢 𝘗𝘶𝘱𝘱𝘦𝘵, 𝘛𝘩𝘦𝘳𝘦𝘴𝘴𝘢
A mente de Theressa estava rodando. Tudo ao seu redor parecia desfocado, como um quadro impressionista onde as linhas e formas se dissolviam. Sua mão tremia levemente e o suor escorria em sua testa, misturando-se com as emoções avassaladoras que a consumiam.
Ela mal conseguia processar a informação de que havia visto James novamente, lutado com ele, tocado nele.
Era como se sua realidade tivesse sido arrancada de suas mãos e remendada com os fragmentos de um pesadelo vivido.
Na verdade, havia muita coisa que ela ainda não tinha processado. Toda a manipulação de Rumlow, Pierce, e da HYDRA em geral pesava em sua mente como uma neblina opressiva.
Ela se odiava por ter vivido aquelas falsas memórias por tanto tempo, por ter acreditado em uma mentira habilmente tecida para mantê-la sob controle.
Theressa não sabia o que fazer. Agora, Rumlow estava ali na sua frente, com outros agentes apontando armas para a cabeça de Steve.
O Capitão América, o símbolo de esperança e justiça, agora à mercê dos mesmos homens que a enganaram. Se ela tivesse notado antes, se tivesse escutado sua própria intuição, talvez nada daquilo estivesse acontecendo.
As possibilidades passavam pela sua mente, mas nenhuma parecia boa o suficiente.
Fugir, se render, ou mentir e fingir para Rumlow que ainda estava do lado dele.
Kuznetsov sabia que essa última opção possivelmente não funcionaria. Eles já haviam visto o suficiente. As notícias corriam rápido entre os agentes da HYDRA.
E mesmo que funcionasse, Theressa sabia que não teria estômago para sustentar a mentira, quando tudo o que queria era partir para cima de Brock Rumlow e quebrar a cara dele.
Mas não podia. Não ainda, não com tantas armas apontadas para Steve.
Rumlow estava ali, a poucos metros, com sua expressão fria e calculista.
— Aqui não. Abaixem as armas. — Ele disse entre dentes, a raiva evidente em seu tom. Era a raiva de alguém que via as coisas saindo do controle. Uma reação que Theressa já conhecia bem, mas que naquele momento soava extremamente irritante. — Aqui não. — Ele repetiu firmemente, apontando com a cabeça para os helicópteros que sobrevoavam o local, um lembrete de que a SHIELD não poderia executar o Capitão América em plena luz do dia no meio da rua.
Os agentes rapidamente entenderam o recado e começaram a guiar Steve para a mesma van que levaram Sam e Natasha.
Steve, ainda em total choque de ter visto Bucky novamente, não reagiu. Ele estava em uma espécie de torpor, cada passo automático, como se seu corpo estivesse movendo-se por conta própria, desligado da mente que ainda processava o reencontro.
Dois homens pegaram nos braços de Theressa, guiando-a também para o veículo, mas Rumlow interrompeu com um gesto brusco.
— Não. Ela não. — Disse ele firmemente, seu olhar frio fixo nela.
Os homens a soltaram imediatamente, recuando sob o olhar autoritário de Rumlow. Ele se aproximou dela, e Theressa pôde ver a fúria contida nos olhos dele.
Cada músculo do corpo da garota estava tenso, uma mistura de ódio e raiva, porém com cautela. Estava pronta para agir, mas consciente da situação precária.
Brock a olhou fixamente, e Theressa sentiu como se ele estivesse tentando decifrá-la, entender o que a motivava.
O silêncio que seguiu era denso e carregado de tensão, os ruídos do ambiente ao redor parecendo distantes e irrelevantes comparados à batalha silenciosa da troca de olhares firmes.
Theressa sabia que sua única chance era manter a calma e esperar por uma oportunidade, mas cada segundo ao lado dele era uma luta para manter sua fachada imperturbável quando por dentro ela era uma tempestade de emoções caóticas.
Rumlow se aproximou de Theressa com um olhar que misturava frieza e uma perturbadora suavidade. Ele sempre tinha sido mestre em esconder sua verdadeira natureza sob uma máscara de charme enganador, assim como ela própria, o que a deixava com ainda mais raiva de si mesma por ter se permitido viver aquelas mentiras por tanto tempo, mas ela agora sabia a verdade.
— Amor... — Brock disse, respirando fundo e se esforçando para manter a voz calma, quase carinhosa. — Você deve estar confusa agora. Por que está agindo assim, ao lado dos nossos inimigos?
Seus olhos o fitaram com firmeza, mesmo que sua mente estivesse revivendo as memórias sombrias da manipulação que havia sofrido.
— Não me chame assim. — Sua voz saiu firme, cada palavra carregada de repulsa.
O rosto de Rumlow se transformou instantaneamente. A máscara caiu, revelando a verdadeira face de sua fúria e desprezo. Ele agarrou o queixo dela com força, os dedos como garras cravando na pele dela.
— Você está brincando com fogo, Theressa. — Sua voz agora era um sussurro ameaçador. — Acha que pode me desafiar e sair impune? Acha que pode brincar com a HYDRA? Acho que estou precisando refrescar sua memória, querida.
O toque dele a levou de volta para a base da HYDRA na Sibéria, do quão repugnante ele fora com ela lá. Os rostos impassíveis dos cientistas, as ordens impiedosas de Rumlow e Pierce.
A raiva borbulhava dentro dela, misturada com a determinação feroz de nunca mais ser uma marionete.
Com um movimento rápido e decidido, ela cuspiu na cara de Rumlow, sentindo uma onda de satisfação ao ver a surpresa e a repulsa atravessarem os olhos dele.
— Você não deveria ter feito isso, Theressa. — Ele rosnou, limpando o rosto com um olhar mortal. Sem perder mais tempo, ele tirou uma pequena seringa do bolso. — Hora de dormir, amor.
Antes que Theressa pudesse reagir, ele cravou a agulha em seu braço. A sensação fria do líquido se espalhando em suas veias foi imediata. Ela tentou lutar contra a escuridão que avançava, mas seus músculos começaram a fraquejar. A última coisa que viu antes de desmaiar foi o olhar de triunfo cruel no rosto de Rumlow.
A cena ao redor dela começou a se desfocar, o mundo se dissolvendo em um redemoinho de sombras e formas indistintas. O som das vozes e dos carros desaparecendo, enquanto sua mente sucumbia ao efeito da droga.
Theressa estava envolta em um nevoeiro denso e etéreo. Ela não conseguia ver claramente, mas sabia que estava sonhando. Figuras indistintas se moviam ao seu redor, sombras sem rosto que sussurravam palavras inaudíveis. A sensação de desorientação era avassaladora, e seu coração batia forte, como se estivesse tentando encontrar um ritmo em meio à confusão.
De repente, uma figura começou a emergir da névoa, mais definida que as outras. O Soldado Invernal. Ele estava parado, imóvel, mas havia algo de estranho nele. Antes que pudesse fazer qualquer movimento, a cena mudou abruptamente. Ela estava em um campo coberto de neve, cercada por árvores altas e escuras. O Soldado Invernal estava ali novamente, mas desta vez ele estava caído no chão, ferido. Ela tentou correr até ele, mas seus pés pareciam pesados, como se estivessem presos ao chão.
As imagens começaram a se desfazer, fragmentando-se em pedaços de memória e sentimento. Um som distante de uma voz familiar chamou seu nome, trazendo-a de volta à realidade com um puxão brusco.
Theressa abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz brilhante que inundava o ambiente. Sua cabeça latejava, e ela sentia o corpo pesado e dolorido. Aos poucos, sua visão clareou, revelando o ambiente ao seu redor. Estava em um pequeno quarto, as paredes nuas e frias de concreto. Uma única lâmpada pendurada no teto lançava uma luz incômoda sobre ela.
Tentou se mover, mas percebeu que estava presa a uma cadeira. Suas mãos estavam amarradas firmemente atrás das costas, e seus tornozelos presos às pernas da cadeira. A sensação de claustrofobia era intensa, mas ela forçou a respiração a ficar calma, tentando se concentrar.
A porta do quarto se abriu com um rangido, e Rumlow entrou, fechando a porta atrás de si. Ele a observou por um momento, um sorriso de triunfo dançando em seus lábios. Aproximou-se lentamente, os olhos fixos nela, e inclinou-se para examiná-la mais de perto.
— Vejo que finalmente acordou, Theressa. — Sua voz era suave, mas havia uma nota de crueldade subjacente. — A bochecha parece machucada. Foi o Bucky, não foi?
Ela não respondeu, mantendo o olhar firme e desafiador. No fundo, ela se perguntava por que o chamavam assim. Steve também chamou o Soldado Invernal dessa forma na ponte.
Theressa fingiu estar completamente imóvel, mas suas unhas trabalhavam silenciosamente para desfiar a corda que a prendia. Ela havia aprendido a fazer isso na Sala Vermelha quando tinha apenas dez anos de idade.
Rumlow notou seu silêncio, mas não pareceu se importar. Ele continuou a falar, cada palavra carregada de sarcasmo e desprezo.
— Você é uma ingrata, Theressa. Uma traidora. — Ele disse, a voz se tornando mais áspera. — E além de tudo, é burra. Você poderia ter tido tudo se continuasse com a HYDRA. Poder, segurança, respeito.
Theressa estreitou os olhos, a raiva fervendo dentro dela. - Vocês mudaram minhas memórias, Rumlow. Você e o Pierce. Fizeram de mim uma marionete.
Ele riu, um som frio e desdenhoso, e deu de ombros.
— E daí? — Disse ele, a indiferença evidente em seu tom. — Nós te demos uma chance. Uma oportunidade de ser feliz, de ser parte de algo maior. Mas você desperdiçou isso.
Theressa sentiu as cordas ao redor de seus pulsos cederem um pouco mais, mas manteve a calma.
— Vocês me usaram. Me manipularam. Não sou um fantoche.
Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Rumlow deu um tapa forte na sua cara, fazendo sua cabeça virar para o lado. A dor irradiou pelo seu rosto, mas ela forçou-se a permanecer imóvel, lutando contra as lágrimas que ameaçavam surgir.
— Não importa o que você faça, Theressa, ou onde você esteja. Seja na Sala Vermelha, na HYDRA, na SHIELD ou ao lado dos Vingadores. Você sempre vai ser só um fantoche — Repetiu ele, agora com um tom de voz mais sombrio.
As palavras dele perfuraram sua mente como lâminas afiadas. Ela tentou esconder o quanto aquilo a afetava, mas um vislumbre de vulnerabilidade passou por seu rosto, uma fração de segundo de fraqueza que Rumlow não deixou de notar. Ele aproveitou a oportunidade, um sorriso cruel se formando em seus lábios.
— Você traiu a HYDRA, mas ainda tenho trabalho a fazer. Vou discutir com Pierce o que fazer com você mais tarde, mas tenho algumas ideias. — Ele se aproximou, seu olhar frio e calculista perfurando o dela. — Mandar você de volta para a Sala Vermelha, isso se Dreykov ainda a quiser.
Theressa sentiu uma pontada de medo e repulsa ao ouvir o nome de Dreykov, lembranças de dor e sofrimento ressurgindo. Mas ela manteve a expressão firme, recusando-se a dar a ele a satisfação de ver sua reação.
— Ou quem sabe, faremos de você uma arma igual ao Soldado Invernal. O soro na sua veia ainda é útil, afinal. — Ele continuou, seu sorriso se alargando de forma cruel. — Ou talvez a gente só mude suas memórias de novo e traga minha namoradinha boazinha de volta... — Ele fez uma pausa, observando-a com desdém. — Ou talvez não. — Ele disse com um encolher de ombros desdenhoso. — Porque, sinceramente, eu nem acho você tão gostosa assim agora.
A garota engoliu seco quando sentiu a bile subir pela garganta, o ódio queimando em seu peito.
Theressa abaixou a cabeça por um momento, respirando fundo para acalmar sua mente turbulenta, os cabelos castanhos caindo sobre o rosto, ela ouviu Rumlow dar uma risadinha de deboche.
— Está chorando, amor? — Ele provocou, com um sorriso maldoso nos lábios.
A vontade de chorar não faltou, sinceramente. Mas Theressa não era do tipo que se permitia fraquejar dessa forma. Ela ainda se lembrava de Dreykov dizendo que ela não era um bebe e portanto não tinha permissão para chorar.
Theressa sentiu uma mistura de raiva e desprezo diante da tentativa dele de desestabilizá-la emocionalmente. A bochecha marcada pelo tapa ainda ardia, e ela podia sentir os resquícios da briga com o Soldado Invernal. Ela ergueu a cabeça lentamente, encarando Rumlow com um sorriso irônico nos lábios.
— Tem mais alguma coisa a acrescentar, querido? — Ela disse, suas palavras carregadas de sarcasmo.
Rumlow pareceu surpreso por um momento, não esperando a reação desafiadora dela. Seu rosto se contorceu em uma expressão de raiva contida. Ele segurou firmemente o queixo dela novamente, apertando com força.
— Você vai se arrepender de ter me desafiado, Theressa. — Ele sussurrou, a voz carregada de ameaça.
Mas naquele momento, Theressa já estava preparada. Enquanto ele se inclinava para a frente, pronto para avançar, ela sentiu a corda finalmente ceder completamente em um de seus pulsos. Com movimentos rápidos e precisos, ela puxou a corda que ainda prendia seu outro pulso, libertando suas mãos.
Antes que Rumlow pudesse reagir, ela desferiu um chute certeiro em seu peito, fazendo-o recuar alguns passos. Com agilidade de super soldado, Theressa se lançou para cima dele, envolvendo a corda em volta de seu pescoço. Ela puxou com toda a força que tinha, usando a vantagem de sua força aumentada para tentar enforcá-lo.
Rumlow lutava para se livrar do estrangulamento, tentando desesperadamente afrouxar a corda que apertava seu pescoço. Seus olhos arregalados refletiam o pânico enquanto ele tentava encontrar uma maneira de escapar daquela situação inesperada.
Theressa, focada e determinada, mantinha a pressão. A adrenalina pulsava em suas veias, sua mente clara e concentrada apenas no objetivo de neutralizar Rumlow. Ela ignorou os golpes que ele tentava desferir contra ela, mantendo-se firme na tentativa de dominá-lo.
Com um último esforço, Rumlow conseguiu agarrar o braço dela e, com um movimento brusco, conseguiu quebrar o contato da corda ao redor de seu pescoço. Ele empurrou Theressa com violência, fazendo-a cair no chão. Ambos se levantaram rapidamente, respirando pesadamente, preparados para o próximo movimento.
A garota sentiu a adrenalina correndo em suas veias enquanto se preparava para o próximo confronto com Rumlow. Ele se recuperou rapidamente, alcançando a arma que estava em sua cintura. Com um movimento ágil, ele a levantou e apontou na direção dela, os olhos cheios de raiva e determinação.
Ela se moveu com velocidade, desviando para o lado e se jogando em direção à cadeira em que estava presa momentos antes. Com um movimento fluido, Theressa a agarrou e a arremessou na direção de Rumlow. A cadeira bateu com força contra ele, fazendo-o perder momentaneamente o equilíbrio e a arma cair de suas mãos, ainda enquanto ele atirava repetidas vezes.
Brock recuperou o equilíbrio rapidamente e avançou novamente. Com um movimento rápido, ele desferiu um soco poderoso no rosto de Theressa, acertando-a na boca. Ela sentiu o impacto e o gosto metálico do sangue em sua boca, mas manteve a compostura.
Theressa deu uma rasteira em Rumlow, fazendo-o cair de costas no chão. Ela se moveu rapidamente, aproveitando o momento para pegar a arma que havia caído. Com a arma em mãos, ela apontou para Rumlow, sua respiração pesada enquanto o encarava com determinação.
— Acabou para você, Rumlow. — Ela disse com a voz firme, pressionando o gatilho sem hesitar.
No entanto, um clique vazio ecoou pela sala. As balas haviam acabado. Rumlow sorriu de maneira cruel, percebendo a situação.
A Kuznetsov soltou um grito de frustração e ódio, canalizando toda a sua energia no chute certeiro que acertou o peito de Rumlow. O impacto fez com que ele perdesse o equilíbrio mais uma vez, e sua cabeça bateu com força no chão. Sem hesitar, Theressa aproveitou a oportunidade e deu uma coronhada com a arma na cabeça dele, o suficiente para deixá-lo inconsciente.
Ela respirou fundo, sentindo a adrenalina ainda pulsando em suas veias enquanto olhava para o corpo inerte de Rumlow. Com a boca sangrando e as mãos trêmulas segurando a arma sem munição, Theressa sabia que não podia perder tempo ali.
Com passos rápidos e cautelosos, Theressa saiu da sala onde estava presa momentos antes. Ela ouvia o som distante de alarmes e vozes pelo prédio, indicando que a HYDRA estava em estado de alerta.
Caminhando silenciosamente, Theressa avançou pelo corredor, mantendo-se próxima das sombras. Seus sentidos estavam aguçados, pronta para qualquer movimento ou ruído que indicasse a aproximação dos agentes inimigos. De repente, ela ouviu passos rápidos e disciplinados ecoando em direção a ela.
Dois agentes da HYDRA surgiram na esquina do corredor à sua frente. Usavam uniformes negros e capacetes, armados com rifles automáticos. Theressa agiu rapidamente. Com um movimento ágil, ela saltou para frente, desarmou o primeiro agente com um golpe preciso no pulso, fazendo-o soltar a arma. Ao mesmo tempo, ela girou seu corpo e deu um chute certeiro na perna do segundo agente, fazendo-o perder o equilíbrio.
Theressa se movimentou entre os dois agentes desorientados. Ela pegou a arma que estava no chão, apontando-a para o primeiro agente, que tentava se recuperar do golpe. Com um olhar determinado, ela pressionou o gatilho, disparando um único tiro que acertou o agente no ombro, fazendo-o cair para trás com um gemido de dor.
Enquanto isso, o segundo agente tentava se levantar, mas Theressa foi mais rápida. Ela o agarrou pelo colarinho do uniforme, aplicando um golpe rápido com o cotovelo que o fez desmaiar temporariamente. Com os agentes neutralizados, Theressa respirou fundo, sentindo a adrenalina pulsar em suas veias.
Theressa avançou pelo corredor deserto, cada passo ecoando silenciosamente no ambiente tenso e sombrio da base da HYDRA. A arma em suas mãos era uma extensão de sua determinação, pronta para ser usada contra qualquer ameaça que aparecesse. Ela chegou a uma porta entreaberta e espiou rapidamente para dentro.
A sala estava escura, iluminada apenas pela luz pálida que vinha de monitores piscando. Um homem estava de costas para ela, digitando freneticamente em um teclado, claramente alheio à sua presença. Theressa apertou o gatilho sem hesitar, o som do disparo ecoou pelo ambiente, seguido pelo impacto da bala atingindo o homem no ombro. Ele gritou de dor, caindo para frente, mas ainda estava consciente.
Com passos rápidos e decisivos, Theressa avançou para dentro da sala. O homem tentou se virar para revidar, mas ela foi mais rápida. Ela chutou a arma para longe e o desarmou com um golpe certeiro, deixando-o incapacitado no chão. Com uma rápida busca em seu uniforme, ela encontrou um cartão de acesso e uma chave USB presos a um dos bolsos.
Sem perder tempo, Theressa se aproximou do computador, sentindo a dor em seu corpo se intensificar a cada movimento. Ela ignorou a sensação, focando-se no objetivo de encontrar informações sobre o paradeiro de Steve, Natasha e Sam. Com mãos trêmulas devido à adrenalina e à dor, ela inseriu a chave USB no computador, iniciando uma busca frenética por dados relevantes.
Os monitores piscavam enquanto o sistema da HYDRA processava as informações. Theressa digitou com rapidez, navegando pelos diretórios e arquivos, procurando por registros de movimentação de prisioneiros ou qualquer pista que pudesse levar ao grupo.
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