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𝟢𝟢𝟦. 𝘏𝘢𝘪𝘭 𝘏𝘠𝘋𝘙𝘈


O Soldado permaneceu em frente à sala, em posição. Ele não tinha permissão para entrar.

Conforme os minutos foram se passando, ele começou a ouvir os gritos e o choro de Thessa vindo de dentro da sala. E a ouvir o barulho de algo metálico e de socos e tapas.

Ela estava durando mais do que ele imaginou. E, ao notar isso, sentiu um pouco mal e egoísta por esperar tão pouco dela. Mas agora cogitava que talvez ela tivesse algo de especial e não fosse só uma missão aleatória.

No começo, quando ele chegou na Sala Vermelha, trazido por Rostova e Pierce, ele achou que ele estava sendo punido ou que estava com algum ''defeito'', que talvez estivesse comprometido. Afinal, ele era o Soldado Invernal e era um ativo precioso para HYDRA. Suas missões normalmente consistiam em assassinar políticos e homens importantes sem deixar rastros. E não em ficar de babá de uma garota.

Ele não sabia disso, mas ele estava pensando demais. Ele não notava, mas toda vez era assim: sua mente começava em branco, e a cada vez ele ia ficando mais pensativo e falante. E então resetavam ele de novo. Todas às vezes era como se fosse a primeira vez. Afinal, o soldado não se lembrava de nada que havia acontecido. Então, de certa forma, seria bom seguir o conselho de Rostova e "não pensar de mais, apenas obedecer."

Os gritos continuaram, ficando mais desesperados e abafados, assim como os barulhos que vinham de trás daquela porta ficavam mais altos. Ele queria muito entrar lá e fazer parar, porque aqueles sons e aqueles gritos de dor estavam perturbando sua mente. E isso que ele não ficava perturbado facilmente. Ele era um assassino, já viu muita gente gritando e implorando para ele não matar.

Mas ele conhecia a pessoa que estava gritando, e até onde ele se lembrava, ela era a primeira pessoa que não era da HYDRA - ainda - que ele conhecia. E ela estava gritando. Isso o perturbava.

Ele sabia que, no momento em que ela desistisse, aquilo era parar, uma frase dita fora do roteiro e o homem iria parar de torturar ela. Então, se ainda não havia parado, era porque ela não havia desistido. Ela era forte.

E pensar nisso fez o soldado lembrar que ainda estava com as costelas doloridas por brigar com ela mais cedo. Ele se perguntava o que seria melhor para ela. Passar no teste e ir trabalhar na HYDRA ou não passar no teste e ser punida pela HYDRA e pela Sala Vermelha. Ele sabia que as duas opções podiam bem ser cruéis.

Após longos minutos, finalmente todo o barulho parou. Ele esperou um segundo e, quando ia abrir a porta para entrar, o homem que estava dentro foi mais rápido, abriu e saiu. Ele entrou no comodo e viu o cronômetro no zero. O que indicava que o tempo havia acabado, e Theressa havia passado no teste.

Ela ainda estava na cadeira, não estava mais amarrada. Mas estava péssima. Com o nariz, os lábios e os ouvidos cobertos de sangue. Marcas de tapa no rosto, um corte longo no braço direito e um aparelho de choque conectado em seus dedos.

O soldado se aproximou, a garota estava com os olhos fechados e o corpo mole sob a cadeira. Ele sentiu o pulso dela e notou que ela ainda estava viva, então respirou aliviado enquanto se concentrava em tirar o aparelho de choque dos dedos dela.

Depois disso, ele se aproximou, repensando se estava fazendo certo ou não, e não chegou a conclusão nenhuma. Mas não havia ninguém ali para lhe dar ordens específicas. E a única ordem que ele tinha era de manter a garota na linha.

E ele não poderia manter ela na linha se ela estivesse morta.

Thessa sentiu o Soldado levantar ela, passando uma mão por baixo das dobras dos joelhos dela e a mão de metal dele apoiar embaixo de seus seios. Ele a segurava firme enquanto a tirava da sala, mas ela não tinha forças para abrir os olhos e verificar para onde ele estava levando. A cabeça dela estava tombada e a raiz de seu cabelo coberta de suor.

Ele apenas continuou carregando ela pelos corredores, tentando lembrar o caminho da enfermaria enquanto a carregava, como se ela não pesasse nada. Ao menos, ele sabia que a enfermaria não negaria atender ela. Afinal, a HYDRA queria aquela garota, quem quer que ela fosse.

Theressa abriu os olhos, ela estava na enfermaria. A garota respirou fundo duas vezes, tentando enviar algum oxigênio para seu cérebro enquanto se sentava na maca e puxava o soro conectado ao seu braço.

Ela não se lembrava de como havia ido parar ali, mas as imagens do interrogatório ainda eram nítidas em sua mente e memória. Thessa caminhou até um pequeno espelho sujo, ela estava limpa, com um pequeno curativo na testa e o lado direito do rosto um pouco inchado. Seu braço havia sido costurado e agora havia alguns pontos lá, mas isso não a incomodava.

Thessa procura por um relógio no cômodo, até que finalmente encontra um que indica que já passava da uma da tarde. Ela havia perdido o café da manhã e novamente o almoço.

E também provavelmente o seu treino com o Soldado Invernal. E isso, infelizmente a preocupava, ela não conseguia evitar, não queria ser punida por isso.

Mas, por outro lado, fazia tempo que ela não dormia tão bem e por tanto tempo.

A garota continuou se examinando no espelho, ela estava apenas com seu sutiã preto, que cobria uns quatro ou cinco dedos abaixo de seus seios. Isso, pois eles tiveram que tirar a parte de cima de seu uniforme para examiná-la e dar pontos em seu braço.

Havia algumas manchas e marcas roxas e vermelhas ao redor de seu torso, recorrentes das lutas com o soldado invernal e com outras garotas da sala vermelha.

Seus olhos percorreram toda enfermaria em busca de sua blusa preta de mangas longas e gola alta, porém quando seus olhos se encontraram com a porta do local, a mesma se abriu, revelando o Soldado Invernal.

Ele analisou a situação da garota, pelo menos ela estava de pé, isso era bom sinal. Mas quando ele notou seu torso descoberto e percebeu que estava encarando há quase um minuto, ele desviou o olhar, limpou a garganta e disse:

- Você está inteira, se veste e vamos. - Ele disse, passando a sua mão de carne pelos cabelos. Thessa revirou os olhos sem prestar muita atenção no relógio. Ele visualizou o tecido preto dobrado em cima de uma mesa, caminhou até lá, pegou a peça e vestiu.

O moreno voltou a encarar ela com seus olhos azuis, vendo ela se vestir e colocar os cabelos, que agora estavam soltos e sem as tranças ou penteados que ela costumava usar, por cima da blusa. Ele limpou a garganta outra vez e dessa vez falou em tom de voz mais alto.

- Não esforce muito seu braço, ou os pontos iram abrir. - Ele disse sério, não queria lidar com sangue a essa altura, Thessa já estava o dando trabalho o suficiente. Ela não respondeu, apenas calçou as botas de couro ainda sob o olhar dele e o seguiu para fora.

- Se não posso me esforçar, o que vamos fazer? - Thessa pergunta, apertando o passo para seguir ele.

- Atirar. Ai você usa o braço bom. - Ele revira os olhos e ela o segue. Ela ainda não estava feliz, mas não reclamou, era melhor do que lutar corpo a corpo com ele ou que passar por outra sessão de "interrogatório". Ela pensou em fazer uma piada sobre o ''braço bom dele" também, mas ela se conteve, calou a boca e saiu.

Eles foram para o arsenal, e ficaram lá por algumas horas, atirando com diferentes armas, dessa vez o soldado se juntou a ela e praticou também. Os dois ficaram em silêncio por todo o tempo, até que ele mandou ela arrumar a bagunça, recolher as balas e guardar as armas.

Thessa seguiu a ordem sem cogitar, ela não estava no clima para fazer perguntas e mesmo se estivesse, nessa altura ela já sabia que ele não respondia perguntas ou deixava ela chegar até ele. Então ela decidiu economizar saliva.

Até porque, a cada momento que passava, teoricamente, ela estava mais perto de ser enviada para HYDRA e essa ideia estava começando a assustá-la mais do que ela pensava que era possível.

Quando o arsenal estava limpo e organizado, os dois foram para o refeitório, Thessa só se deu conta que estavam indo jantar quando chegaram lá. Eles se serviram com um purê de batata grudento e lentilhas. E então se sentaram em uma mesa.

Thessa não sabia que horas eram, ela era muito boa em perder a noção do tempo, afinal o ambiente era propício para isso, quase não havia relógios e muito menos janelas, eles estavam constantemente dentro das altas paredes que eram pretas, brancas ou vermelhas. E nunca dava para saber se era de dia ou de noite.

Assim sendo ela não tinha certeza se as outras meninas já haviam comido ou se eram eles que estavam adiantados.

Seja como fosse, ela estava preparada para colocar a culpa no Soldado caso fosse repreendida por isso.

Ela também estava achando engraçado o fato de que eles estavam comendo juntos. E que ele parecia totalmente indiferente a tudo à sua volta, como se fosse só ele e seu prato de purê de batata e lentilha no mundo.

Thessa deu uma risadinha baixa e continuou comendo em silêncio. Ela estava se acostumando com a presença dele. Embora não fizesse ideia de que havia sido ele que havia carregado ela para enfermaria no dia anterior. Caso soubesse, agradeceria.

Naquela noite Theressa pode ir dormir cedo, logo após do jantar. Aquele dia foi o dia mais tranquilo que ela teve em tanto tempo.

Quando ela deitou na cama ela sentiu que o efeito dos remédios haviam passado e novamente ela estava toda dolorida. Mas era algo que ela podia aguentar e ela não abriria mão de algumas horas de sono por conta de dor.

Afinal, ela amava dormir, e se fosse levar em conta o que o soldado invernal havia dito a ela, essa era a última noite que ela dormia em um quarto.

Não que os dormitórios na sala vermelha fossem um sinônimo de conforto, eles eram extremamente pequenos. Do tamanho exato para caber uma cama de solteiro com o colchão tão fino que dava para sentir as ripas do estrado da cama e uma pequena mesa de cabeceira.

As paredes eram altas e brancas, não haviam janelas no cômodo. A porta apenas trancava por fora. Mas ela estava acostumada com aquilo, ela estava lá desde sempre. Já havia passado da fase em que as crianças eram algemadas na cabeceira antes de dormir. Então ela não se dava o luxo de reclamar.

Logo ela pegou no sono, mesmo as preocupações de o que sua vida se tornaria após o dia seguinte foram o suficientes para manter ela acordada por muito tempo.

No entanto, no meio da noite, alguém entrou em seu quarto. Mesmo amando dormir, ela havia sido treinada para não ter o sono pesado ao ponto de poder ser morta enquanto dormia.

Ela acordou imediatamente, se colocando pé em posição de ataque, já que no quarto não havia nada que ela pudesse usar para se defender em caso de necessidade.

Ela ouviu um barulho de metal, era a mão do Soldado Invernal acendendo a luz. Ele a encarou, vendo o quão bagunçada ela estava, o moreno quis rir, mas conseguiu evitar.

- Saímos em dez minutos. - Ele avisa, sua voz como sempre soando como um comando.

Thessa desmancha a postura de ataque, soltando um gemido baixo, pois no meio de sua movimentação acabou forçando o braço costurado. Ela leva a mão para o cabelo e passa a mão pelos fios castanhos.

- Okay, sai logo daqui para mim me trocar, então. - Ela diz, ele ainda fica parado por um minuto a encarando, ela revira os olhos e anda na direção dele o empurrando para fora de seu pequeno quarto. - Vai logo.

Ele sai, sem reclamar ou dizer nada. Thessa volta para o cômodo. Ela tira a camisola branca que mais parecia um avental de hospital. Abre a gaveta de baixo de sua camera e pega um uniforme limpo. Ela não escolhe, afinal todos são iguais.

Ela procura por algo que possa ver seu reflexo, mas sem sucesso, ela decide só manter o cabelo solto e fingir que os machucados em seu rosto já não estavam mais ali.

A garota olhou para seu quarto uma última vez, ela não sabia quando ou se estaria ali de volta. O que em outras condições seria algo maravilhoso, mas a ideia da HYDRA a assustava e ela só conseguia que tudo que era ruim podia piorar.

Abriu a porta novamente, dando de cara com o soldado invernal, ele a olhou de cima a baixo e fez um sinal com a cabeça para que ela o seguisse.

Thessa já estava se acostumando com o olhar de julgamento do soldado, afinal aquilo já estava se tornando diário.

Enquanto andavam para algum lugar da sala vermelha, eles passaram pela frente do escritório de Dreykov. Theressa deu o dedo do meio para porta, como se aquilo fosse o maior ato de rebeldia que fez durante toda a sua vida.

Era meio da noite e o local estava mais silencioso do que nunca. Só davam para ouvir os passos dos dois pelo corredor longo. O soldado viu ela dando o dedo do meio mais ignorou.

- Eles vão... - O moreno começa mas ela o interrompe.

- Nos dopar para sairmos daqui. Sim, eu sei. - Ela diz enquanto chegam em um grande local fechado com uma nave estacionada. - Não é a primeira vez que eu saio, tá? Já fiz missões lá fora.

- Não era isso que eu dizer. - Ele revira os olhos, quatro homens se aproximam.

- O que ia dizer então? - Ela pergunta enquanto os homens os escoltam para dentro da nave, a porta é levantada uma vez que eles estão lá dentro.

Antes do soldado dizer o que iria pronunciar antes de ser interrompido, os dois sentem uma pequena picada de agulha em seus pescoços, e depois os efeitos de sempre, a visão ficando escura e o corpo ficando mole, até simplesmente apagarem.

O teto do grande galpão é removido, a have levanta voo e logo fica invisivel.

Quando a dupla chega na base na Siberia, ainda estão dormindo, então são carregados.

Demora algumas horas até o efeito do sedativo passar e Theressa finalmente abrir os olhos. Ela sente frio, muito frio.

O que faz ela questionar se esta com febre ou algo parecido. Ela olha em volta mas não conseguir distinguir muita coisa, tudo está escuro.

Ela faz um esforço e se levanta, mas quando tenta andar, percebe que o braço está algemado a uma barra da cela. O Soldado Invernal não havia mentido para assustá-la.

- Soldadoooo - Ela o chama, odiando o fato de que ela não sabia o nome dele. Ela só agora percebeu o quanto essa informação fazia falta. - O cabeludo sem nome. Desmemoriado? - Ela morde os lábios de perguntando se ele não estava ali ou se só estava a ignorando.

- Cala boca. - O homem finalmente responde, ele esta na mesma cela que ela, porém no fundo, envolto pelas sombras, de forma que ela não consiga enxergar o rosto dela. Mas o fato de ter uma presença conhecida, é de alguma forma reconfortante.

- Eu não consigo te ver.

- Eu também não consigo te ver. Sorte a minha. - Ele diz com uma acidez irônica, que faz ela arquear a sobrancelha enquanto encara a escuridão. Ele repete falando firmemente outra vez. - Cala boca.

Thessa resolve seguir a ordem dele, de novo. Ela odiava que sempre acabava obedecendo ele.

Pelas grades ela nota uma luz sendo acesa no fim do corredor. Um homem se aproximando.

Theressa o observa, o homem tinha cabelo curto e escuro, barba bem feita. Ele vestia uma calça e uma camiseta preta e tinha um comunicador no ouvido.

- Ele não é feio, mas se a HYDRA for uma sala vermelha só com homens, eu vou me matar. - Ela murmura para si mesmo, ela não sabe se o Soldado do outro lado da cela ouviu ou não, e sinceramente, não se importa. Esta apenas falando sozinha.

Os passos se aproximam, até que o homem para na frente dela. Tem alguns outros guardas o esperando a alguns metros de distância, todos armados até os dentes. O homem finalmente abre a boca e fala com sua voz rouca.

- Hail HYDRA. - Ele diz e Thessa o encara com a cabeça, ela não sabe o que responder, então apenas suspira e acena com a cabeça. - Seja bem vinda ao seu novo lar, senhorita Kuznetsov.


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