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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟒𝟓

━━━ CAPÍTULO QUARENTA E CINCO.
descobertas.

ANDREW REVIROU OS OLHOS ESCUTANDO O AVÔ GRITAR COM ELE ENQUANTO CHEGAVA EM CASA, o motivo do surto de Silver vinha desde sua perca no torneio e ele conseguia se tornar mais insuportável cada vez mais o cobrando coisas das quais ele não queria fazer.

Ele começou karatê por influência do avô claro, e gostou do esporte, gostaria de continuar praticando mas se fosse tendo o homem como seu sensei. Preferia a morte. Não estava fazendo drama, Terry realmente conseguia ser insuportável quando queria.

Como agora.

O adolescente abriu a porta de casa com o avô falando em seus ouvidos e agradeceu por encontra sua mãe na sala na entrada de casa, Bárbara ergueu a sobrancelha vendo o homem gritar com seu filho.

─── Andrew, larga de ser frouxo. ─ Silver falou irritado vendo o neto o ignorar ─ Não pode mais faltar treinos, precisa focar. ─ Alertou.

O adolescente revirou os olhos.

─── Eu não quero focar, não quero ser profissional, você sabe disso. ─ Falou despreocupado só deixando o avô ainda mais irritado ─ Eu quero fazer faculdade de engenharia mecânica, não lutar a vida inteira. ─ Ironizou.

─── Olha, eu sei, sabe que tem meu apoio. ─ Terry disse pegando nos ombros do menino ─ Mas imagina a Lawrence huh? Ela ficaria abalada te vendo, não gostaria disso? ─ Riu provocativo.

Andrew o olhou tedioso, não ficaria não. Ele sabia muito bem que Annabeth nunca gostou dele romanticamente, apenas de sua amizade e se fosse ter apenas isso dela estaria satisfeito, estava com saudades da amiga apenas não sabia como falar com a mesma.

Tinham se afastado bastante, seus únicos amigos que realmente confiava para se ter no momento eram Robby, Tory e Brooke. Os quatro tinham virados bons amigos, Andrew até havia ajudado a Gomez a conseguir um emprego e ela estava contente por ter uma renda fixa e ajudar nas contas de casa.

Estava bem, só sentia falta de Annabeth em sua amizade, até com Moon estava falando, os dois resolveram que se conheceriam novamente, até se apresentaram como se nada tivesse acontecido lhes rendendo boas risadas. Então, por que ele mexeria com Anna? Não cairia nas manipulações de seu avô.

─── Andrew, querido. ─ Bárbara chamou chegando perto dos dois e o adolescente suspirou aliviado sendo salvo ─ Pode pedir sua mãe para descer um instante? E nos deixe a sós com seu avô. ─ Pediu carinhosa acariciando o rosto do filho.

─── Claro. ─ O garoto assentiu comprimindo os lábios.

Ele saiu rápido em direção as escadas sendo acompanhado por Thor, que nunca vazia festa por vê-lo junto de Terry. Como dizem; os animais sentem as más energias.

O homem, bufou vendo que a mulher tinha interrompido sua conversa com seu neto e revirou os olhos vendo o olhar ameaçador da mesma, longos segundos se passaram até que um deles falasse algo.

─── Sabe, mesmo sendo o pai da minha esposa eu sempre te achei meio mal caráter. ─ Bárbara falou brava olhando o homem. ─ Meio, não! Mal caráter por inteiro. ─ Corrigiu-se.

Silver bufou.

─── Eu estava apenas falando com meu neto, você sempre estraga tudo, arruinou nossa família. ─ Terry falou irritado ─ Não gosto de você. ─ Admitiu.

Bárbara riu contida.

─── Fique tranquilo, não precisa gostar de mim, eu durmo é com a sua filha, não com você. ─ A ruiva piscou provocativa.

O homem abriu as narinas irritado com raiva, e a mulher riu mais ainda, ele estava prestes a conforta-lá mas passos rápidos foram ouvidos das escadas.

Ambos se viraram vendo Amber descer apressada, ainda de terninho por ter chego do trabalho fazia poucos minutos, a mesma era corretora de imóveis.

─── Oi papai. Tudo bem, amor? ─ Amber perguntou preocupada olhando os dois ─ Aconteceu algo? ─ Questionou curiosa.

Ela sabia que sua mulher e pai não se davam bem, isso era horrível, uma das pessoas que ela mais amava no mundo não se davam e era um saco, mas ela deixava para lá. Jamais iria se separar da mulher que ama pelas opiniões de seu pai.

─── Nada querida, mas escute isso. ─ Bárbara disse amorosamente agarrando a cintura da esposa quando ela chegou perto ─ Sabe o nome todo da Annabeth? É Annabeth Lawrence. ─ Contava calma vendo Terry morder o interior da bochecha nervoso ─ Andrew nos conta tudo, certo? Ele não nos contou que acabou se afastando da Anna? ─ Falou vendo a esposa assentir.

─── Sim, eu lembro que você chamou ele de idiota quando contou que gritou com ela. ─ Amber riu nasal lembrando.

─── Exato! E ele foi, mas voltando. ─ Bárbara riu e se virou para o sogro tirando o sorriso do rosto ─ Seu pai tem vivido para manipular o Andrew, desde o baile da escola que ele não quis ir até participar daquele torneio em que ele quase quebrou o nariz. ─ Falou calma ─ E agora, minutos atrás, seu pai o manipulava para focar mais no karatê e desestabilizar a 'Lawrence. Ou seja, a Anna. ─ Explicou.

Amber arregalou os olhos, se virou para Terry e viu o rosto nervoso do pai e em como ele entre abriu os lábios procurando dizer algo.

─── Isso é verdade? ─ Perguntou com raiva.

O homem respirou fundo.

─── Amber, filha, e-eu...

─── Para, não fala nada. ─ Ela o cortou erguendo a mão ─ Você entra na minha casa, se aproxima de nós, do meu filho! Dizendo que quer recuperar o tempo perdido quando durante todo esses messes você ter o manipulado? Não ferra! ─ Gritou irritada.

Terry engoliu seco e virou seu olhar para nora, Bárbara tinha um enorme sorriso no rosto e até tinha soltado a esposa para que se quisesse avançar no próprio pai.

─── Não, foi assim, eu apenas estou ensinando ele para a vida, o cobra kai faz-

─── Foda-se o cobra kai! ─ Amber falou alto o cortando fazendo ele arregalar os olhos e Bárbara tapar a boca abafando o riso ─ Se tentar manipular meu filho novamente para alguma coisa, vai se ver comigo. ─ Ameaçou.

O homem olhou a filha assustado, Amber caminhou em passos duros até a porta a abrindo indicando para ele sair e Terry caminhou até ela frustado enquanto saiu da casa.

Amber sempre foi calma e centrada, mas não mexa com o filho dela. Se algo de mal acontecesse com Andrew, não importaria se fosse seu pai, Terry Silver veria o inferno.

━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Annabeth estava ao lado de Robby esperando o pai do lado de fora da loja, a loira esperava o irmão terminar de ver o mapa com ajuda do celular enquanto estavam em silêncio já que o clima entre os dois ainda não estava cem porcento bem.

A Lawrence prendia o cabelo em um coque bagunçado agoniada, estava com calor e seu cropped lilás era de mangas longas qu deixa seu ombro a mostra, mesmo de shorts jeans branco ela sentia calor se lembrando de como lá é quente.

Tinha roupa em sua mochila, queria trocar e tomar um banho, mas seria impossível fazer isso no momento já que não haviam achado um banheiro decente ainda.

─── E ai, o que temos? ─ Johnny perguntou saindo da loja e chegando até eles.

A Lawrence sentiu seus olhos brilharem vendo os picolés na mão do pai, andou rápido até ele e puxou um dos três. Johnny riu vendo ela abrir a embalagem e suspirar aliviada ao sentir o sabor de limão refrescante.

─── Acho que eu consegui sincronizar, não é muito longe daqui, parece um bando de bares e restaurantes. ─ Robby explicou erguendo celular.

Annabeth e Johnny ficaram lado a lado olha a tela do aparelho para se localizar junto dele, a menina observou pelo ponto e realmente não parecia longe era até poucos minutos de caminhada.

─── Vamos falar com aquele cara. ─ Johnny apontou para o homem do outro lado da rua ─ Hola! ─ Gritou.

─── Fala espanhol? ─ Perguntou o homem chegando até eles.

─── Ah, não! Eu não sou daqui. ─ Johnny falou puxando Annabeth que o seguiu ─ Mas a minha filha fala. ─ Afirmou.

A loira arregalou os olhos.

─── Que? ─ Anna perguntou apavorada tirando o picolé da boca.

─── Você não fala outra língua? ─ Johnny perguntou confuso.

─── Eu sei falar italiano, não espanhol. ─ Falou nervosa vendo o homem falar com ela.

O cara falava rápido demais com sua língua nativa pensando que a menina entenderia, Annabeth tinha um enorme sorriso amarelo no rosto não entendendo meia palavra do que ele disse apenas apontando para o carro de seu pai.

─── Gracias! Gracias! Ele é personalizado. ─ Johnny agradeceu.

O homem olhou para Annabeth, aguardando a resposta dela e a menina fez careta erguendo a mão sem saber oque dizer.

─── E yo quero um hombre, Hector Salazar. ─ Johnny falou com seu espanhol meia-boca.

O homem negou conhecer ele e novamente começou a apontar para o carro de Johnny, Annabeth suspirou frustrada antes de se afastar e ficar ao lado de Robby.

─── Acho que ele quer dinheiro. ─ Johnny olhou para os filhos.

─── Será? ─ Annabeth disse pensativa mordendo o picolé.

─── No, no! Dinero no! Mova lá van, por favor! ─ O homem dizia nervoso.

─── Não, não pode ficar com a van. ─ Johnny negou entendendo completamente errado o que o homem dizia ─ A van é muito especial, diz aí! Donde Hecto Salazar- te dou dinero. ─ Falou frustado.

─── Dinero? ─ O homem perguntou bravo.

─── Sí. ─ Johnny respondeu.

Ele bufou abanando o ar com as mãos e saindo bravo, o Lawrence se virou para os filhos com o rosto tedioso.

─── Acreditam nesse cara? ─ Johnny falou desacreditado. ─ Você vai pagar essa Annabeth. ─ Avisou.

─── Eu? Eu fui roubada! ─ Anna lembrou indignada.

Robby prendeu o riso.

─── Que foi? ─ Johnny perguntou vendo o filho mais velho calado.

─── Se esse tal de Hector é tão perigoso, não é uma boa falar o nome dele por aí. ─ Robby alertou.

─── Aí, se quer alguma coisa tem que correr atrás. ─ O mais velho rebateu.

─── Pode correr atrás mas sem chamar atenção. ─ Aconselhou.

─── Como assim? Correr por que? ─ Perguntou confuso.

─── Correr atrás, você acabou de falar. Você... ─ Robby dizia até ouvir barulho de motor.

Ambos três viraram para o lado e viram a van de Johnny sendo rebocada, Annabeth arregalou os olhos vendo seu pai e irmão gritarem desesperados em passos rápidos até o veículo.

─── Ei! Ei! ─ O Lawrence berrou.

─── Volta aqui! ─ Robby gritou correndo até o carro.

A loira sentiu sua respiração travar.

─── Meu celular! ─ Anna gritou desesperada antes de soltar acidentalmente metade do picolé no chão e começar a correr feito doida atrás do veículo.

Estava começando a listar mentalmente quantos perrengues nessa viagem já havia passado, mal sabia que ainda tinha alguns para acontecer.

━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Annabeth e Robby correram muito mais que o pai e conseguiram chegar no lugar do reboque antes que ele, após o homem chegar, os três descobriram que precisariam pagar para retirar o veículo e seria impossível já que o único dinheiro que tinham não era nem metade e estava dentro do carro.

Agora, os três andavam em uma espécie de centro com diversas lojas, Johnny andava no meio dos adolescentes e a mais nova parecia desanimada depois do ocorrido.

─── O cara do pátio disse que precisamos de 4 mil pesos isso é 1 milhão de dólares. ─ Johnny explicou enquanto guiava os filhos.

Annabeth se virou indignada com o pouco conhecimento matemático do pai, ao mesmo tempo que queria rir não pode deixar de ficar abismada.

─── Não! Meu Deus. ─ A Lawrence disse rindo nervosa ─ Não é tudo isso. ─ Afirmou olhando o pai.

─── É só 200 dólares. ─ Robby corrigiu vendo a irmã apontar para ele assentindo ─ Mas mesmo assim, aqui agora, só temos metade disso. ─ Lembrou.

─── É, mas não vamos encontrar o Miguel sem a van. ─ Johnny assentiu.

─── Nem voltar pra casa. ─ Anna divagou.

Os três viram que parecia ser uma competição, uma multidão estava em volta de uma mesa em que dois caras comiam pimenta vendo quem aguentava mais.

─── Aquela pimenta é mortal, pode fazer um buraco no estômago. ─ Robby contou vendo os olhares descrentes de seu pai e irmã ─ Eu sigo um canal no YouTube. ─ Explicou sem graça.

Eles observaram o homem que comia o alimento, sair correndo jogando tudo para fora enquanto o outro careca parecia estar invicto com um sorriso confiante no rosto. Johnny viu a pilha de notas que ele havia ganhado, ficou atento a isso.

─── É a nossa chance de voltar para o jogo. ─ O Lawrence falou confiante olhando os filhos ─ Se eu ameaçar vomitar, mete a sua mão para tapar a minha boca. ─ Pediu olhando sua filha.

Annabeth fez careta.

─── Tá... ─ Falou amedrontada só de pensar na possibilidade disso acontecer.

─── Esperai aí. ─ Robby travou o pai de começar a andar até a competição ─ Eu Vou. ─ Assumiu.

─── Não, Robby, deixa que eu resolvo. ─ Johnny falou calmo.

─── Como você disse essa é a nossa chance. ─ Sorriu ladino para o pai ─ Eu sei que eu consigo. ─ Olhou a irmã.

─── Eu não vou tapar seu vômito. ─ Anna disse emburrada.

Robby revirou os olhos.

─── Vai sim.

A Lawrence bufou sendo arrastada pela mão, Robby a puxava indo até a mesa onde tudo acontecia enquanto Johnny os seguia e observava que mesmo não notando. Estavam voltando ao normal.

O garoto se sentou na mesa, colocando todas as notas que ele tinham fazendo Annabeth arregalar os olhos. O careca que competiria com Robby, deu de ombros despreocupado.

O adolescente colocou a pequena pimenta na boca fazendo uma enorme careta, Johnny e Annabeth observavam apreensivos enquanto Robby se contorceu mastigando e engolindo, abrindo a boca mostrando a língua totalmente limpa.

Gritaram eufóricos.

─── Esse é o meu garoto. ─ Johnny gritou comemorando junto com as pessoas que batiam palmas.

─── Ele é meu irmão. ─ Annabeth falou sorridente ao lado de um senhor que olhava Robby admirado.

O concorrente do adolescente, o provocou em espanhol falando que Robby suava feito porco e que morreria na segunda rodada. Jurando que o adolescente não entenderia, mas ele entendeu.

─── Uno mais. ─ O Keene pediu decidido fazendo o homem arregalar levemente os olhos ─ E eu quero a mais picante que tiver. ─ Exigiu.

Annabeth e Johnny olharam surpresos.

─── El dragón. ─ Gritou o homem irritado.

As pessoas ao redor deixaram os murmúrios surpresos evidentes e a Lawrence ficou ainda mais alarmada, acreditava em seu irmão e confiava no mesmo.

Porém, vendo um homem caminhar até eles com um pequeno pote como se fosse um pedaço de ouro ou uma coisa bastante valiosa. Ficou insegura.  Mas iriam conseguir, Robby estava determinado olhando o homem colocando a pimenta na mesa.

A loira viu o concorrente dele o provocar com olhar, feito a irmã protetora que é rosnou irritada, apenas ela poderia fazer Robby de chacota.

─── Vamos apostar tudo. ─ Annabeth falou brava puxando o resto das notas que estavam nas mãos de Johnny.

A loira bateu na mesa colocando o dinheiro, mostrando que estava defendendo o irmão e Johnny olhava confiante para o filho.

─── O prêmio é seu, eu boto fé em você Robby. ─ O Lawrence encorajou o filho.

─── Isso aí. ─ Anna concordou confiante ─ Só não vomita, por favor. ─ Pediu com a voz assustada.

Robby assentiu olhando os dois, pegou o pequeno pedaço de pimenta na mesa o colocando nas mãos e se concentrando como aprendeu no Miyagi-do com Daniel. Repetindo os mesmos movimentos.

As pessoas olhavam intrigadas vendo o garoto de olhos fechados, gesticular com a pimenta em mãos, enquanto Annabeth assistia orgulhosa.

Em poucos segundos, conseguindo a concentração necessária, Robby tacou a pimenta dentro da boca e abaixou a cabeça se contorcendo enquanto mastigava. Todos olhando nervosos, o menino bateu na mesa sentindo a ardência em sua boca.

─── Vai, vai, vai... ─ Anna sussurrava nervosa.

Robby engoliu a pimenta, abrindo a boca mostrando estar limpa e gritos comemorativos foram ouvidos e Annabeth estava presente dentre eles.

O adversário dele, irritado, pegou sua pimenta e comeu rapidamente, mas sua postura confiante logo foi embora ao ele sentir a ardência da pimenta. Se contorceu agoniado, abriu os botões da camiseta mas não aguentando mais, se rendeu ao copo de leite em sua frente o bebendo.

Mais gritos comemorativos.

─── ISSO! ─ Annabeth gritou feliz erguendo só braços junto do pai.

Os gritos cessaram e a loira sentiu enojada quando pingos de leite lhe atingiram assim como atingiram seu pai e irmão, o adversário de Robby havia cuspido todo leite em cima deles.

A Lawrence compartilhou um olhar enojado com irmão, mesmo acabado, Robby não pode deixar de provocar a mesma.

─── Quer tapar o vômito dele?

─── Babaca. ─ Annabeth retribuiu irritada.

Amor de irmãos.

━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Brooke terminou de arrumar sua bolsa de treino colocando no ombro, estava pronta para sair do dojô após os treinos. Sua vida estava pouco mais leve, não tentava focar tanto no karatê mas também não o deixava de lado.

Agora, trabalhando meio período, tinham menos tempo para isso mas ainda sim treinava todos os dias, não largaria nunca e gostava de estar perto de seus amigos.

─── Você já vai? ─ Tory chegou perto da amiga.

A de cabelos claros assentiu.

─── Meu turno começa daqui uma hora, preciso passar em casa antes. ─ Explicou ─ E você? Vai ficar aqui? Todos já estão indo embora. ─ Observou.

Os alunos realmente já estavam indo embora junto dos novos senseis que Terry havia contratado, Kresee havia sumido e o Silver havia contado que ele resolveu se abdicar de tudo.

Brooke desconfiava.

Sabia que o homem era o mais ligado com karatê e o dojô, não era normal ele sumir de um dia para o outro do lugar que cuidava e administrava.

─── E-eu, preciso falar com o sensei, Silver. ─ Tory falou nervosa vendo o rosto confuso da amiga ─ Se eu te contar uma coisa, jura que não vai me julgar? Nem contar pra ninguém! Por favor. ─ Pediu.

─── Claro que não. ─ Brooke disse abismada ─ O que tá acontecendo? Você tá me assustando. ─ Falou preocupada.

Tory olhou para os lados do novo Dojô e puxou a amiga para um canto, percebendo as poucas pessoas que restavam lá e nenhuma prestava atenção nelas. Contou;

─── Eu não venci o regional. ─ A Nichols falou a com voz quebrada.

Brooke riu.

─── Claro que venceu! Se de aos créditos, você merece. ─ Disse emburrada ─ Treinou por messes, a Lawrence pode ser boa de briga mas-

─── Eu não venci o regional! ─ Tory falou novamente e com firmeza.

A Gomez se calou, observando com atenção o rosto da amiga procurando qualquer vestígio de mentira e encontrando apenas o olhar mais sincero que Tory poderia lhe dar.

Então ela arregalou os olhos assustada, como ela não poderia ter ganhado, lutou normalmente e o troféu estava com eles. Isso estava estranho.

─── C-como assim? Você venceu os rounds, fez tudo corretamente. ─ Disse nervosa ─ Isso não faz sentido. ─ Brooke riu atônita.

─── Quando estávamos nos arrumando para ir comemorar no Kyler depois do torneio, lembra que você esqueceu sua bolsa no vestiário e eu fui buscar? Então, eu vi. ─ Tory contava com calma vendo a amiga prestar atenção ─ O sensei Silver pagando o árbitro e agradecendo por ele ter colaborado com tudo. ─ Contou.

O peso gigante que estava nas costas de Tory saiu quando sentiu Brooke apertar sua mão em apoio, ela precisava conversar com alguém sobre isso e já estava ficando sufocada com essa história.

Não sabia o que fazer, queria contar, mas ao mesmo tempo não. Estava insegura, e se todos achassem que fosse culpa dela, não suportaria tal tormento.

─── O que quer fazer? Eu estou com você nessa. ─ Brooke assegurou firme pegando na mão da amiga.

Tory curvou os lábios.

─── E-eu não sei, preciso falar com o sensei antes. ─ Gaguejou nervosa ─ Você pode ir comigo? ─ Pediu.

─── Claro. ─ Concordou.

Brooke jamais viraria as costas para Tory, ambas compartilhavam de problemas que se identificavam, se apoiavam feito irmãs e assim seria.

Muito podiam julgar a Nichols e ela a defenderia com unhas e dentes, sua amiga não tinha culpa disso, quem fez foi o Silver então a culpa deste ato deveria cair totalmente sobre ele.

A garota andava atrás de Tory vendo a mesma ir até Terry, o dojô já estava vazio apenas com alguns funcionários novos mas aos poucos saiam.

─── Preciso falar com você. ─ Tory falou firme chegando na frente do homem.

─── Meninas, como posso ajudar? ─ Perguntou educado. ─ Animada para elevar as coisas ao próximo nível? ─ Brincou olhando Tory.

─── Que diferença faz? Se vai pagar para ser campeã de novo. ─ A loira falou brava.

Brooke percebeu como Terry ergueu a cabeça olhando a menina, rapidamente ela foi para o lado da amiga em um extinto protetor.

─── Você sabe sobre o árbitro... vocês. ─ Falou contendo sua surpresa olhando as duas.

Ele observou o local, vendo se alguém estava junto deles, ficou satisfeito vendo que apenas os três estavam no cômodo.

─── Já contaram pra mais alguém? ─ Perguntou escondendo o nervosismo.

─── Ainda não. ─ Tory garantiu ─ Então não vai negar? ─ Riu secamente vendo o silêncio do homem.

─── Não negaria, paguei para garantir a vitória do Cobra Kai. ─ Explicava ─ Era só uma apólise de seguro, e você venceu a luta.

─── Eu venci?!

─── Claro que venceu, você é a campeã e eu sei disso, Lawrence e o LaRusso sabem, todos da região sabem. ─ Terry falou firme ─ Se não acredita nisso, é a única pessoa que pensa assim.

Brooke bufou irritada.

─── Fala sério! O que quer que ela faça agora? Siga com a vida dela, como se nada tivesse acontecido? ─ Questionou brava.

Estava furiosa com o homem, o jeito que ele tramou tudo e como parecia levar com calma a situação de sua amiga, a falsa simpatia estava lhe dando nos nervos.

─── Escutem, eu não sou o sensei Kreese. ─ Falou calmo ─ Não temos a conexão que vocês tinham, bem diferente das duas, nunca precisei ralar para conseguir algo. Sabe no que sou bom? Em tirar vantagem de tudo para alcançar o sucesso.

As garotas em sincronia tiveram a mesma sensação de raiva, Tory balançou a cabeça negativamente enquanto Brooke mordeu os lábios irritada.

Brooke não gostava de Annabeth, não gostava mesmo. Todos sabem de tudo que elas já passaram, brigas e desavenças, mas até ela achou isso demais com a garota.

─── Até trapaceando. ─ Tory ironizou.

─── A sobrevivência do cobra kai, dependia daquele torneio, se alguém rouba comida para sobreviver, é trapaça? Ou só está fazendo o que é preciso. ─ Questionou vendo as duas quietas ─ Quero você aqui, quero vocês aqui. ─ Afirmou ─ Que sejam vocês mesma, se decidirem sair, não vou ficar bravo, mas se voltarem amanhã, você poderá evoluir no karatê e você será a grande campeã desse dojô. ─ Terry disse firme ─ A decisão é de vocês. ─ Falou antes de se retirar.

Vendo o homem se afastar, Brooke respirou fundo irritada passando a mão na testa para expulsar qualquer tipo de dor de cabeça que começava a se formar em sua mente.

Ela sentiu seus ombros caírem vendo a expressão chorosa de Tory e puxou a amiga para um abraço, a Nichols se agarrou nela e chorou baixinho, ambas dando apoio uma a outra, naquele momento;

Seria elas por elas.

━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Annabeth prendeu o riso no banco de trás do carro vendo Robby tomar desesperadamente um galão de leite pela ardência das pimentas ainda estarem em sua boca, após conseguir vencer o concurso eles conseguiram pagar a taxa do veículo e já estavam nele.

Johnny dirigia observando o filho afobado enquanto a filha no banco de trás ria dele com a felicidade estampada em seu rosto, pelo menos ela estava se divertindo com isso.

─── Tá mesmo de boa? ─ Johnny perguntou preocupado olhando Robby.

─── Se não estiver de boa tudo bem, não ligamos. ─ Annabeth disse divertida colocando a camisa que seu pai tinha comprado para ela por cima de seu top.

─── Eu tô bem de boa. ─ Robby falou ignorando a fala da irmã.

─── Ainda não sei como conseguiu comer a última pimenta. ─ Johnny falou admirado.

─── É, nisso temos que concordar. ─ Anna falou animada enquanto ajeitava o FBI estampado em sua camiseta.

O garoto dividiu o olhar entre o pai e a irmã, dando um riso envergonhado.

─── Eu não comi. ─ Contou pegando a pimenta guardada em seu bolso.

Ele mostrou a eles, Johnny olhou abismado e Annabeth arregalou os olhos.

─── Tava mastigando o que? A língua? ─ Perguntou curiosa.

Robby ergueu o pacote de balas azedas que Johnny havia comprado, risadas incrédulas se espalharam pelo carro.

─── Aí meu Deus! Seu filho da mãe. ─ Annabeth gargalhou dando um tapa no ombro do menino escutando ele rir ─ Por isso você não me deixou abrir isso, Cara! Você foi inteligente, confesso. ─ Admitiu indo para frente vendo o menino piscar convencido a fazendo rir mais.

─── Isso, sim, é uma boa história. ─ Johnny riu olhando os filho ─ Essa foi a coisa mais maneira de que eu já vi. ─ Falou admirado.

Robby sorriu modesto se sentindo bem com elogio do pai e Annabeth sorriu por sentir que os dois se entendiam agora, estava cansada da turbulência na relação deles. Dos três em geral.

O celular de Johnny tocou e ele atendeu mostrando que era Carmen, os adolescentes prestavam atenção e presumiram ser novas informações já que o homem ficou afobado.

─── Estão indo para o El hoyo verde. ─ Sussurrou aos filhos.

Annabeth puxou o celular do bolso e quando estava prestes a digitar no aplicativo gps, Robby tomou o celular de suas mãos fazendo isso.

─── Tá irmão, eu deixo você usar meu celular. ─ A Lawrence ironizou com o queixo encostado no banco dele observando o menino.

─── Obrigado, irmã. ─ Respondeu o Keene no mesmo tom ─ Precisamos voltar. ─ Contou ao pai depois de verificar a localização no gps.

─── Beleza, estamos indo.

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Annabeth olhava insegura, o local que entravam parecia ser um clube de luta e com absoluta certeza um lugar clandestino já que era bastante diferente da entrada do local.

Johnny com o pé, impediu que porta travasse e a abriu conseguindo entrar, ia na frente liderando enquanto já escutavam gritos animados das pessoas no lugar, observava tudo com deboche.

Robby puxou o braço da irmã protetor, a colocando em sua frente a deixando no meio dele e de seu pai, se algo acontecesse, atingiria eles primeiro e não ela.

─── Esse negócio de MMA é uma palhaçada. ─ Resmungou vendo a foto dos lutadores na parede do corredor que passaram ─ Héctor o Salazar, você conhece? ─ Johnny perguntou para os homens na entrada e bufou quando não responderam ─ Necessito ombre, Héctor o Salazar. ─ Pediu para outro homem, o cara se aquecia e os ignorou socando o ar.

Johnny revirou os olhos seguindo seu caminho, Annabeth e Robby logo atrás deles observando tudo que podiam. E sendo observados. O homem no canto da parede notou a camiseta de FBI deles, logo tratou de avisar os outros.

Burro. É uma camiseta de turista.

Annabeth andava e estava começando a ficar irritada pela forma que Robby pegava em seu braço toda hora a puxando, estava sendo protetor e se importando com ela mas estava lhe dando nos nervos.

A Lawrence iria reclamar disso mas prestou atenção no ring a sua frente, iria fazer um comentário porém novamente. Robby pegou em seu braço.

─── Caramba, para com isso. ─ Falou brava puxando o pulso e se soltando do menino ─ Eu vou te bater. ─ Ameaçou.

─── Eu estou protegendo você. ─ Robby rebateu irritado.

─── Eu não quero sua proteção. ─ Annabeth disse ríspida.

─── Olha aqui-

Johnny revirou os olhos vendo eles iniciarem outra discussão, já havia perdido as contas de quantas tinham tido desde o começo da viagem.

─── Já acabaram de choramingar feito maricas? ─ O Lawrence disse alto fazendo os dois se calarem e bufarem feito crianças ─ Vou amarrar os dois em um poste quando sairmos daqui. ─ Alertou.

Annabeth revirou os olhos com ameaço, se ele fizesse isso ela faria questão de pegar a corda e amarrar Robby sozinho no poste e irmã embora em seguida.

A Lawrence estava alheia agora, prestando atenção nas vozes animadas, os gritos escutando os lutadores serem anunciados e viu que parecia ter um segundo andar ao olhar para cima, arregalou os olhos quando viu.

Miguel Diaz.

O garoto parecia sair acompanhado de um homem e ela começou a dar tapinhas no braço do pai ainda com o olhar preso em Miguel, Johnny estranhou e seguiu o olhar da filha e também arregalou os olhos surpreso e aliviado.

─── Miguel! ─ Gritou o Lawrence mas o menino não ouviu por estar longe demais e por conta da barulheira do lugar ─ Olhem ele lá. ─ Falou com os filhos.

Annabeth foi a primeira a andar apressada e eles em seguida, indo de encontro a escada que pudesse levar o segundo andar mas antes que isso acontecesse dois homens entraram na frente da garota.

Johnny pegou a filha pelo ombro a pondo atrás de si, Robby ficou ao lado da irmã protetor observando os homens olharem eles.

─── Vaza. ─ O Lawrence mandou bravo.

─── No te acerques a hector. ─ O homem falou firme.

Johnny tentou passar mas o homem empurrou ele para trás, irritado o Lawrence socou o rosto do lutador que defendia a passagem e todos ao arredor gritaram surpresos.

Annabeth arregalou os olhos e apertou o pulso de Robby ao seu lado, o garoto segurou o da irmã enquanto ambos se esqueciam da discussão de minutos atrás pelo motivo.

Johnny tentou chutar o homem mas o cara segurou sua perna enquanto escutavam o narrador do lugar gritar animado no microfone, os dois começaram a brigar e o Lawrence foi ao chão quando o homem lhe deu um soco é um chute.

Annabeth e Robby tentaram avançar para ajudar o pai, mas Johnny rapidamente se levantou os barrando de avançar.

─── Não crianças, deixa comigo, eu resolvo. ─ Falou firme.

Após dizer isso o homem puxou Johnny pela camisa e socando seu rosto, Annabeth fez careta enquanto ia para trás com Robby e observava os dois lutarem.

Foram alguns longos segundos de briga e o lutador jogou Johnny ao chão rasgando sua camiseta, o Lawrence puxou o pé dele e o homem caiu no chão mas o puxou pelo pescoço o dando um mata leão.

─── A pimenta. ─ Annabeth pediu nervosa.

─── Que? ─ Robby questionou confuso enquanto observava eles e nervoso como a irmã.

─── A pimenta, joga a pimenta pro papai. ─ Explicou se virando para o irmão.

O garoto entendeu no que a irmã pensava e assentiu rapidamente soltando a mão dela, pegou a pimenta em seu bolso.

─── Pai! ─ Gritou por Johnny vendo ele com dificuldade olhar os filhos ─ Pega. ─ Jogou a pequena pimenta.

Johnny foi ágil em agarrar com a mão, amassou a pimenta e espalhou pelo rosto do homem que o prendia. O lutador gritou de dor o soltando, ambos se levantaram e os adolescentes observaram animados.

O Lawrence viu o homem se afastar gritando, avançou rápido nele lhe dando um chute e o nocauteando fazendo ele cair no chão.

─── Donde está Héctor?

━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Annabeth saiu da Van observando o pai sair junto dela, foi para frente do veículo e se escorou no capô observando Miguel saiu do estabelecimento que estava de longe, eles tinham conseguido a localização do homem que estava com o adolescente após Johnny vencer a pequena luta.

A loira curvou os lábios vendo o homem abraçar o adolescente fortemente e consolando o que quer que tenha acontecido entre ele e o pai, Anna ficava admirada em como os dois sempre tiveram essa conexão paterna, estava feliz por começar a ter isso com ele também.

Estava tão absorta com a cena em sua frente que nem percebeu quando Robby sentou ao seu lado, também prestando atenção na cena a sua frente e sentindo uma dorzinha em seu coração por isso. Mas não pensaria nisso agora, tem problemas maiores. Suspirou olhando a irmã, engoliu seco nervosamente.

─── Annabeth, eu realmente sinto muito. ─ Falou baixo vendo ela virar o rosto para ele ─ Eu fiz aquelas coisas, o Cobra Kai acabou mudando minha mente e eu percebo como fui babaca com você. ─ Disse sincero vendo a irmã assentir cuidadosa ─ Não posso voltar no tempo e consertar tudo que fiz ou falei, mas eu queria que se- se você puder, me desculpar... por favor.

Annabeth não esboçou reação, um dia perdoaria Robby ele é seu irmão e jamais suportaria ficar tanto tempo brigada com ele. Mas é rancorosa em alguns momentos, realmente estava chateada com ele e não queria perdoa-lo logo.

Pelo menos não agora.

Robby teria de lidar com ela irritada, mostrando que estava chateada para lidar com as consequências de seus atos.

─── Eu não sei. ─ Falou sincera vendo ele suspirar e fechar os olhos com forçar ─ Me dá um tempo. ─ Pediu.

─── Tudo bem. ─ Assentiu calmo.

Annabeth voltou a prestar atenção nos dois poucos metros a sua frente, ela viu como Miguel ficou inseguro vendo que eles presenciaram sua crise de choro.

A Lawrence sorriu solidária.

A loira começou a caminhar se afastando do veículo e indo até eles, quando Johnny se afastou do menino percebendo a presença dela.

Annabeth parou na frente de Miguel, o menino deixou seu beicinho de choro aparecer e às lágrimas pareciam continuar a descer por suas bochechas e a loira o abraçou, apertou ele forte quando as pernas dele fraquejaram.

─── Tudo bem, peguei você, irmão. ─ A Lawrence disse carinhosa não deixando o menino cair.

Miguel soluçou baixo enquanto assentiu em meio ao choro, ela se afastou limpando suas lágrimas e depois agarrou sua cintura e ele colocou o braço em seu ombro deixando ser levado até o veículo com ajuda dela enquanto Johnny caminhava atrás deles.

Robby observou os dois enquanto entrava no carro e engoliu seco. Merda. Se sentiu irritado, mas não poderia fazer nada, essas eram as consequências de seus atos e pela segunda vez em um período de tempo, sentiu ciúmes da irmandade de Miguel e Annabeth.

QUE SAUDADE QUE EU TAVA DE VCS 😭
sumi pela semana de provas, mas já estou de volta, amo

Aí o Robby e a Anna brigando igual rato e gato mas só eles podem, vai alguém mexer com um deles q logo eles vira bicho passo mal

Gostaram do capítulo? O próximo tá incrível, adorei escrever ele. Espero que gostem assim como eu amei :)

Não se esqueçam de votar e comentar bastante, me ajuda a saber se gostaram e eu amo interagir com vocês!

Bjao, amo vcs <3

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