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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟐𝟖

━━━ CAPÍTULO VINTE OITO.
passos de bebê.

ANNABETH RESMUNGOU SENTADA NO SOFÁ DA CASA DE JOHNNY, ela não tinha dito uma palavra dentro do carro dele até o caminho da casa do mesmo. Estava irritada por ele ter levado ela a força, e ainda estava digerindo a informação de que ele tinha sido seu doador.

Ela não tinha pensado nele em momento algum, sabia que sua mãe não tinha o mesmo tipo sanguíneo que o seu mas imaginou que havia seu tipo sanguíneo no banco de sangue do hospital. Agora fez total sentindo ela se lembra de quando havia perguntado a Jason quem teria sido o doador, e ele trocar de assunto subitamente enquanto tinha ficado desconfortável.

Anna mordeu o lábio inferior pensando nisso, franziu o cenho vendo Johnny sair do seu quarto e sentar na mesa de centro na frente dela com uma caixa em mãos.

O homem retirou um par de all star amarelos e olhou para ela sugestivo, a loira estava com o pé esquerdo descalço e o direito de botinha, já que quando saiu de casa não deu nem tempo de calça o par de chinelo.

─── Eu comprei pra você. ─ Contou pegando o pé direito do calçado ─ Posso? ─ Pediu.

─── Não tenho dez anos, não precisa calçar tênis em mim como se eu fosse criança. ─ Resmungou emburrada.

Ela tentava esconder o fato de ter ficado tão amolecida por ele ter comprado um simples tênis para ela, mas eram os seus favoritos então foi impossível não se sentir assim.

─── Mas eu quero. ─ Rebateu.

Annabeth deu de ombros, Johnny suspirou
cansado antes de pegar o pé dela.

Cuidadoso, colocou primeiro um dos pares de meia, seguidamente pôs o tênis e amarrou os cadarços. A loira tinha um suave sorriso no rosto vendo como ele estava dedicado, mas retirou rapidamente quando ele ergueu o olhar.

─── Está apertado? ─ Perguntou preocupado vendo ela negar ─ Ótimo, eu perguntei sua mãe antes. ─ Curvou os lábios.

Annabeth assentiu calma, arregalou os olhos quando viu o homem pegar a perna dela e começar a retirar sua bota.

─── Não faz isso. ─ Mandou vendo o homem ignorar ─ Johnny. ─ Chamou irritada.

─── Seguinte, vai se livrar disso hoje tá bom? ─ O Lawrence falou confiante pegando a bota dela e jogando no canto da sala.

Annabeth arregalou os olhos vendo sua
botinha cair no chão.

─── Quem te garante isso? Pega leve. ─ Falou brava ao sentir dor no pé quando o homem o pegou.

─── Ainda doi? ─ Perguntou preocupado com olhos arregalados se afastando.

─── Um pouco. ─ Anna engoliu seco ─ Isso é um saco. ─ Reclamou frustrada.

Jogou a cabeça no sofá, olhando o teto chateada, dias que sua perna não fazia o máximo esforço mas quando retirava sua bota sentia dor o que significava que ela voltaria logo, mas nada acontecia, era lentamente e isso a deixava triste.

Johnny olhou a mesma, mordeu a bochecha inferior e as falas de Marcy repetiam em sua cabeça, ele não deixaria sua filha assim, não mais.

─── Eu vou te ajuda tá legal? Você e o Miguel vão andar hoje. ─ Afirmou confiante voltando a calçar o sapato na mesma.

─── Miguel? Ele chegou em casa faz dois dias e já vai fazer essa tortura com ele. ─ Annabeth falou abismada vendo o homem olhar tedioso ─ Não sabia que era fisioterapeuta. ─ Debochou.

─── Quem precisa deles? São uns babacas que estão massageando vocês e falando que vão melhorar. ─ Rebateu o loiro firme.

Ele soltou o pé de Annabeth no chão, e se levantou enquanto a loira reclamou por ter soltado e sentido dor. Se ajeitou no sofá, olhando para os pés vendo a borda da meia branca aparecer nos tênis amarelos a fazendo sorrir fechado.

─── Tá legal, vem. ─ Johnny chamou.

─── Minha muleta. ─ Pediu.

─── Não sabe andar sem ela?

─── Sei. ─ Falou.

Johnny ergueu a sobrancelha.

─── Mas me dá ela, só pra me levantar pelo menos. ─ Pediu dramática.

O homem revirou os olhos antes de entregar o objeto atrás dele para ela, Anna pegou a muleta e se levantou rapidamente ficando em pé.

─── Então, onde vamos? ─ Perguntou curiosa vendo o homem chegar perto dela para tirar a muleta ─ Não. ─ Negou dando um tapa do braço dela o assustando e fazendo se afastar ─ Só quando chegarmos lá. ─ Afirmou.

─── Fala sério...

─── Fala sério você, nem aqui eu quero estar. ─ Rebateu emburrada ─ Anda logo, antes que eu taque isso em cima de você. ─ Ameaçou.

Johnny revirou os olhos antes de assentir relutante, ele pegou uma revista em cima da bancada da cozinha e foi até a porta saindo de casa com Annabeth os seguindo.

─── Fica ali. ─ Mandou apontando para a entrada da casa dele enquanto ela assentia ─ E faça o que eu pedir, tudo bem?

─── Claro, doutor. ─ Ironizou.

Johnny riu nasal antes de sair fazendo a loira rir, ela caminhou até onde ele tinha mandado perto de um vaso de planta da entrada.

Se virando ela viu Miguel vir até ela em uma cadeira de rodas, ela engoliu seco mas logo sorriu largo quando viu que o amigo vinha até ela com um sorriso no rosto.

Tinha ficado assustada por ver ele em uma cadeira de rodas, espera que o amigo volte a andar logo se sentia mau vendo assim, e os dois estavam péssimos, se soubesse que a briga na escola resultaria nisso tudo teria impedido o quanto pudesse.

Annabeth sorriu quando Miguel parou com a cadeira na frente dela, os dois estavam prestes a falar quando uma revista pendurada por uma corda entrou no meio deles.

─── Que biquíni feio. ─ A loira exclamou com uma careta ao ver uma mulher na capa.

─── Que isso? ─ Miguel perguntou confuso.

Olhando para cima, os dois viram Johnny segurando a corda que ligava a revista.

─── Isso é parte da coleção das gatinhas mais gostosas de 1988, e vocês não vão poder ver há não ser que venham pegar. ─ O homem sorriu sugestivo.

─── Beleza. ─ Miguel suspirou erguendo a mão.

─── Não que eu queria ver isso, mas tem coisa melhor na internet. ─ Anna fez careta vendo Miguel tentar pegar.

O Diaz tentava, mas Johnny erguia mais a corda impedindo o mesmo de conseguir.

─── Vai ter que se esforçar mais que isso. ─ O homem implicou.

─── Como a Anna disse, posso achar essas fotos no meu celular. ─ Miguel deu de ombros.

─── Não é a mesma coisa, elas são mais gostosas no papel. ─ Garantiu.

Miguel riu e Annabeth fez careta.

─── Então tira esse negócio de perto de mim. ─ Resmungou empurrando a revista com a mão.

─── Tá, tá, espertinha, eu tenho outra coisa para você. ─ O homem bufou ─ E você? Não vai saber se não mexer essa bunda, ou pode continuar receber carinho nos pés daquele terapeuta idiota. ─ Se virou para Miguel.

O garoto riu.

─── Tá bom.

Anna olhou divertida quando ele tentou pegar, e Johnny ergueu a revista.

─── Fraco. ─ O homem implicou ─ Esse é o seu máximo? Achei que fosse campeão de karatê.

Miguel olhou ofendido, fez forças com os braços se erguendo um pouco da cadeira estava prestes a conseguir pegar a revista quando Johnny ergueu mais um pouco e ele acabou caindo no chão quando deu impulso para se levantar.

Annabeth arregalou os olhos vendo o amigo caído, e Johnny lá de cima praguejou soltando a revista que caiu no chão ao lado do garoto.

─── Merda. ─ Anna xingou ─ Miguel, deixa eu te ajudar. ─ Ela foi até o garoto.

A loira largou a muleta pois sabia que não ia conseguir ajudar o mesmo com ela, saiu pulando até Miguel mas antes de dar o terceiro passo que seria seu terceiro pulo, caiu no chão sentada.

Johnny que corria lá de cima, chegou lá em baixo vendo os dois no chão resmungando e se apressou até eles.

─── Estão bem? ─ Perguntou pegando Miguel por de baixo das axilas e pondo sentado na cadeira. ─ Te peguei amigão. ─ Consolou.

O homem colocou o menino sentado, e foi até a filha lhe estendendo a mão e ajudando a mesma ficar de pé.

─── Beleza, um minuto e tentamos de novo, tenho a playboy da Vanna White pra você e uma jaqueta nova pra Annabeth. ─ O homem encorajou.

─── Jaqueta nova? ─ A loira perguntou de olhos arregalados.

O homem assentiu segurando a mesma pelos ombros de lado, ajudando a ficar de pé.

─── Ainda não entendeu? Pode balançar um PlayStation na minha frente, não vou conseguir levantar. ─ Miguel suspirou frustado ─ Pelo menos você pode andar. ─ Sorriu de leve para amiga.

Annabeth sorriu desanimada de volta para o amigo, antes de ver o mesmo por as mãos na roda das cadeira e ir embora.

─── Posso ir embora? ─ Perguntou vendo Johnny virar o rosto em sua direção.

─── Ainda não é sete horas. ─ Respondeu vendo a loira bufar ─ E você não esta andando sem muleta.

─── Porque eu não consigo. ─ Rebateu.

─── Vamos tentar. ─ Falou sugestivo vendo ela erguer a sobrancelha ─ De novo. ─ Acrescentou.

─── Inferno. ─ Reclamou enquanto Johnny a ajudava andar até a muleta.

─── Olha a boca.

━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Annabeth e Miguel estavam cansados mentalmente e não queriam tentar de novo, mas pela insistência de Johnny e por estarem livres - a loira por livre e pura espontânea pressão - Tentavam de novo, dessa vez eles não sabiam o que o homem iria fazer.

O Lawrence tinha aprontado uma pequena área de churrascos na parte de fora da casa, os dois adolescentes apenas observavam.

Annabeth em pé com sua muleta, ao lado de Miguel com cadeira de rodas, ninguém falava nada e estava começando a ficar entediante, nem seu celular tinha pois lembra de Johnny jogar o mesmo no sofá antes de sair de casa.

─── Sabem por que chamam isso de hibachi? ─ Perguntou jogando álcool na chama acessa da churrasqueira.

─── Não chamam, isso é uma churrasqueira. ─ Miguel respondeu seco fazendo Annabeth rir.

─── Há uns cem anos, na China antiga, havia um vilarejo de produtores de leite que viviam de boa com seu leite e queijo. ─ Johnny contava vendo os adolescentes prestando atenção.

Miguel assentia fingindo demonstrar interesse, e Annabeth olhava monótona.

─── Mas veio a seca, e precisavam pegar água no rio mas nenhum China quis fazer esse trabalho. ─ Johnny contou pondo a grelha na churrasqueira.

─── China? Isso foi xenofóbico. ─ Annabeth teve de prender o riso vendo o rosto emburrado do mesmo por ela ter o atrapalhado ─ Esse não é o termo apropriado para...

─── Tá bom, chineses. ─ Johnny interrompeu fazendo os dois rirem ─ Tanto faz. ─ Deu de ombros ─ A questão é que eles ficavam nas redes, esperando a chuva, então um cara sábio juntou um monte de gravetos e enfiou em baixo de cada um deles enquanto dormia, sabe o que ele fez? ─ Perguntou.

Os dois olhavam desconfiados.

─── Tacou fogo neles? ─ Miguel e Anna sugeriram em uníssono.

─── Exatamente. ─ Apontou orgulhos para os dois ─ É daí que vem a expressão, sabe qual era o nome do cara sábio? ─ Se aproximou dos dois.

─── Hibachi. ─ Anna revirou levemente os olhos rindo.

─── Exatamente. ─ Johnny confirmou.

─── Lembrando que os Hibachis são do Japão, e não da China. ─ Miguel rebateu convencido.

─── E não tem redes. ─ Annabeth completou vendo o amigo concordar ─ Achou que cairíamos nessa? ─ Perguntou com um sorriso zombeteiro.

─── Não, mas sabia que não iam me corrigir e não notar o que eu estava aprontando. ─ Falou simples.

─── E o que você está fazendo? ─ Miguel riu.

─── Pondo fogo nos tênis de vocês.

Annabeth tirou sorriso do rosto, olhando para o chão viu seu cadarço começar a pegar fogo e olhou para os pés de Miguel que estavam iguais aos dela.

─── Que merda é essa? O que você fez? ─ Miguel falou desesperado.

Johnny foi para atrás dele segurando os braços do mesmo impedindo de pegar nos tênis, então ele arregalou os olhos se lembrando que teria de segurar Annabeth também.

Virou a cabeça para o lado, vendo a filha largar a muleta e pisar no próprio pé direito com a ajuda do esquerdo então sorriu vendo que a mesma conseguiu estar sem a muleta sozinha.

─── Tá louco?! ─ Miguel falou alto o trazendo para realidade.

─── Depende de quem pergunta. ─ Ele falou sorrindo orgulhoso ainda olhando a filha.

Annabeth diferente dele, estava desesperada pisando no próprio pé que ao menos notou que conseguia fazer isso sem apoio.

─── Você consegue, olha a Anna. ─ Johnny incentivou.

─── Você é maluco. ─ Annabeth gritou irritada quando finalmente conseguiu apagar o fogo.

Miguel observou ela rapidamente.

─── Isso é tudo que eu quero. ─ Disse vendo que a amiga já tinha conseguido apagar o próprio tênis.

Annabeth suspirou aliviada, e arregalou os olhos vendo a muleta no chão, se forçou a dar um passo, e riu desacreditada quando conseguiu ficar em pé.

─── Manda seu cérebro mandar suas pernas se mexerem. ─ O homem gritou.

─── Está bem!

Anna ergueu o olhar, vendo Miguel desesperado pelo fogo já estar quase chegando ao fim de seu cadarço.

Ele tentou muito, mas não conseguiu então seu pe começou a pegar fogo e Annabeth arregalou os olhos.

─── Sensei. ─ Miguel falou desesperado. ─ Tá subindo pela minha perna.

Johnny o soltou, e correu para pegar o extintor.

─── Merda. ─ O homem ligou o extintor jogando no pé do garoto apagando o fogo.

─── Achei que daria certo...

─── É por que não deu? Meu pé pegou fogo e eu nem senti. ─ Miguel rebateu rude ─ Por que não tá dando certo? ─ Suspirou frustado ─ É melhor limpar isso tudo antes que minha mãe chegue. ─ Pediu indo pondo as mãos na roda da cadeira e as virando para ir embora.

─── A gente se vê. ─ Johnny falou sem graça.

Annabeth observou o amigo entrar em casa, com a porta já aberta o facilitando óbvio, e voltando a olhar para frente ela sorriu quando viu Jonnhy com um leve sorriso olhando para ela.

Ele percebeu que ela não estava no mesmo lugar de antes, e seu equilíbrio estava perfeito sem ajuda da muleta.

─── E você, parece que com você deu certo. ─ Sorriu levemente.

─── Tá legal, eu vou tentar andar. ─ Anunciou nervosa vendo Johnny sorrir largo ─ Mas vem pra frente, e me dá a mão. ─ Mandou.

─── Tá, tudo bem. ─ Falou afobado.

Ele largou o extintor no chão de qualquer jeito, e correu em direção a adolescente. Annabeth pegou a mão que o homem lhe estendeu firme, eles trocaram olhares nervoso antes dela assentir vendo o sorriso encorajador que ele mandava.

Annabeth engoliu seco quando fez força para andar e sentiu sua perna inteira doer, poderia jurar que gritaria mais no próximo movimento ela fez lento, e sentiu seu pé no chão.

Johnny sentiu seu coração bater forte quando viu ela dar outro passo segurando firmemente a mão dele, viver esse momento com ela, era como se visse um bebê dando seus primeiros passos, confiança, independência, conquistar um objetivo que é voltar a andar, fará parte da construção da relação deles que refletirá em toda vida de Anna por ela sempre se lembrar de que foi Johnny Lawrence que ajudou a mesma a voltar a andar.

O homem acabou deixando um riso feliz escapar, fazendo Annabeth rir juntamente dele mas ela se desesperou quando ele soltou sua mão.

─── Johnny... ─ Ela chamou com medo.

─── Não, você consegue. ─ Garantiu o homem indo para frente dela ─ Eu tô aqui, não vou te deixar cair. ─ Leu os pensamentos da mesma.

Annabeth assentiu com leve medo, mas o rosto do homem transparecia verdade então ela andou, mesmo que com a dor insuportável que sentia na perna ela deu mais quatro passos sem ajuda e gargalhou quando tropeçou e o homem a segurou pelos braços.

─── Eu consegui. ─ Ela ria feliz.

Johnny riu juntamente dela, olhando os olhos claros da garota que transpareciam felicidade e pureza por um momento tão feliz.

─── Eu disse, eu falei que conseguiria. ─ O homem falou convencido com um sorriso.

Annabeth riu e puxou o homem para um abraço, Johnny arregalou os olhos mas abraçou ela no mesmo momento.

A sensação de paz que se instalou em seu corpo foi instantânea quando sentiu os braços de sua filha o rodearem, seu coração batia forte e seus olhos começaram a arder e seu nariz a coçar fazendo ele engolir seco por sentir o choro preso na garganta.

─── Obrigada. ─ Ela pediu se afastando do homem ─ Obrigada mesmo, acho que eu precisava de um pouco de brutalidade pra voltar a andar. ─ Riu animada.

O homem sorriu emocionado.

─── Você é forte. ─ Johnny falou fazendo carinho nos cabelos dela ─ Conseguiria sem minha ajuda também. ─ Garantiu.

Annabeth riu.

─── Óbvio que conseguiria. ─ Falou convencida.

Mentira. Nem ela acreditava nisso, mas não admitiria na frente do homem por pura teimosia.

─── Me leva embora agora? ─ Pediu vendo o sorriso do homem murchar ─ Desculpa, é que eu combinei de sair com meu pai. ─ Falou culpada.

Johnny assentiu e puxou o celular do bolso para ver o horário, faltavam duas horas para as sete então ele a olhou sugestivo.

─── Ainda são cinco horas. ─ Informou ─ Sorvete de flocos? ─ Sugeriu.

A loira sorriu animada.

─── Só se você pagar. ─ Riu do rosto emburrado do homem.

─── Tá legal.


━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Annabeth tomou um pote de sorvete de flocos sozinha, enquanto ajudou o homem a ligar seu notebook que ele nem sabia que precisava ir na tomada e isso rendeu a ela boas gargalhadas.

Agora já faltava alguns minutos para o horário combinado, então a mesma iria embora e Johnny a levaria em casa. Anna andava muito devagar por conta da perna doer um pouco, se acostumaria aos poucos mas ria feliz por não precisar da muleta.

Os dois estavam saindo de casa aos risos, mas pararam ao ver Carmem chorando na porta de casa, Annabeth sentiu seu coração de partir, não entendia a dor da mulher mas sabia que sua mãe ficou exatamente assim quando ela estava internada e sentiu seu coração doer a ouvir um soluço.

─── Pode me esperar no carro? ─ Pediu Johnny.

Annabeth sorriu calma.

─── Posso. ─ Piscou de leve.

O homem sorriu antes de começar a caminhar até a mulher, e a loira ir até o a carro, não sem antes olhar os dois.

Annabeth se lembrou rapidamente quando Jason contou do jantar que Johnny e Carmem estavam juntos, e riu feliz indo até o carro.

Ela achava a mãe de Miguel incrível, uma super mãe, assim como a sua e se um dia os dois tivessem algo ela seria a pessoa mais feliz do mundo em torcer pelos dois.

Diferente da ida, a volta foi diferente, Johnny entrou no carro calmo demais e meio desanimado pela conversa com Carmem mas Annabeth rapidamente o animou pelo simples motivo de que ela falava pelos cotovelos.

Os dois foram conversando o caminho inteiro, e quando chegaram na casa da loira ele sorriu orgulhoso vendo ela descer do carro sozinha sem ajuda. Foram para entrada da casa dela, e tocaram a campanhia, Annabeth rapidamente voltou usar a muleta, esperaram por alguns segundos e quem atendeu foi Charlotte.

─── Trouxe minha irmã de volta, mend-

─── É, trouxe sim. ─ Falou emburrado interrompendo a menina.

Annabeth riu vendo o rosto zombeteiro da irmã.

─── Lottie, papai e mamãe estão na sala? ─ A loira perguntou ansiosa vendo a menina assentir confusa ─ Ótimo, vai pra lá e manda eles sentarem no sofá eu tenho uma surpresa. ─ Contou animada.

Charlotte mesmo desconfiada, correu até a a sala e fez exatamente o que a irmã pediu.

─── Vem, você vem junto. ─ A menina puxou Johnny entrando dentro de casa sem nem deixá-lo pensar.

─── Seu pai não é meu fã.

─── Vai virar hoje. ─ Garantiu.

Os dois andaram rápidos até a sala, Annabeth conseguiu mais ainda com ajuda da muleta.

Chegando no cômodo, viram Charlotte sentada no meio dos pais, os três confusos e Jason revirou os olhos ao ver Johnny em pé em sua sala.

─── Quando eu combinei de deixar esse cara te ajudar, não incluía ele em pé na minha sala. ─ Falou emburrado.

─── Fala aí, Jacob. ─ Johnny implicou.

Marcy revirou os olhos.

─── É Jason. ─ Corrigiu irritado

─── Cadê sua bota? E que tênis é esse, tá queimado? ─ Charlotte perguntou confusa.

Os pais da menina, imediatamente olharam para os pés dela e Johnny coçou a nuca sem graça.

─── Você tacou fogo nela?! ─ Jason praticamente berrou assustado.

Marcy estava prestes a falar também incrédula.

─── Tá legal, calem a boca e vejam isso. ─ Annabeth impediu chamando atenção deles.

A loira jogou a muleta com brutalidade no chão, fazendo até Johnny que estava ao lado dela se assustar.

Marcy iria repreender a mesma mas parou vendo ela dar um passo, seguidamente de outro, e de outro, e mais outro. Annabeth andava. Os mais velhos sorriram animados, e Charlotte gritou feliz fazendo a irmã mais velha rir.

─── Carrapato.

Jason chamou emocionado vendo a filha andar até eles, Anna andava devagar mas eles não ousaram a interromper, e quando ela chegou perto deles ele foi o primeiro a se levantar e puxar ela para um abraço

Agarrou a filha nos braços, e sentiu uma lágrima de felicidade cair por sua bochecha, toda angústia e preocupação que eles sentia foi embora.

Com a filha em seus braços, ele olhou para Johnny e só sentiu que devia agradecer, mesmo trocando olhares silenciosos os homens se entenderam e trocaram um leve aceno de cabeça.

─── Meu amor. ─ Marcy se levantou rindo feliz abraçando a filha que se afastava do pai ─ Meu Deus! C-como? Você conseguiu! ─ A voz alta e animada era ouvida por todo cômodo.

─── Ele pôs fogo no meu tênis e eu andei. ─ Contou gargalhando.

Jason olhou repressor para Johnny que ergueu as mãos em sinal de rendição.

─── Eu fiz ela andar! Como eu falei. ─ Apontou para a adolescente.

─── Falei que era pra fazer sem maluquices. ─ Marcy disse prendendo o riso.

Nenhum dos dois estavam chateados, Johnny havia conseguido ajudar Annabeth e isso que era importante agora.

─── Você voltou a andar, que legal. ─ Charlotte disse feliz abraçando forte a cintura da irmã que riu abraçando de volta ─ Agora pode buscar suas coisas sozinha. ─ Sorriu se afastando.

Annabeth olhou indignada o sorriso modesto que a mais nova tinha no rosto, e Jason prendeu o riso assim como a esposa.

─── Bom, eu vou indo. ─ Johnny falou sem graça os observando ─ Qualquer coisa, pode me ligar Annabeth.

─── Obrigada, Johnny. ─ A loira sorriu agradecida vendo ele retribuir.

─── Vamos, eu te acompanho até a porta. ─ Jason falou calmo.

Annabeth olhou divertida, vendo eles iniciarem uma conversa normal até a entrada da casa, estava prestes a fazer uma piada para sua mãe mas o celular de Marcy tocou.

─── Merda. ─ A mulher xingou baixo ─ Eu vou atender, e você senta aí e vai me conta como foi. ─ Pediu animada.

─── Tudo bem. ─ Annabeth riu.

Se sentou no sofá com a irmã, e as duas começaram a conversar enquanto a mãe se afastou para atender o celular.

─── Ele colocou fogo no seu tênis? Ele é maluco. ─ Charlotte observava os pés da irmã ─ E você deixou! Você é doida igual ele. ─ Debochou.

─── Claro que não. ─ Deu um peteleco na testa da menor vendo ela se emburrar ─ Ele colocou quando eu não estava vendo, aí eu tive que me virar para apagar sozinha.

─── Papai falou que tinha medo dele por fogo em você, mas ele falou brincando. ─ Charlotte contou.

─── Quando foi isso? ─ Anna perguntou rindo.

─── Ele chegou faz meia hora, andava pela sala igual doido pensando nas possibilidades que o Johnny poderia ter feito com você. ─ A mais nova gargalhou.

As duas riam entre si, e alguns longos segundos depois Jason chegou perto delas entrando no assunto também é averiguando o pé da filha que estava com tênis queimado.

O homem estava prestes a implicar com o nome de Johnny por isso, porém parou quando Marcy voltou para sala com um rosto apreensivo fazendo ele estranhar.

─── Tudo bem, amor? ─ Perguntou confuso sendo o primeiro a notar.

Marcy deu um sorriso sem ânimo e andou até eles, Annabeth sentiu seu corpo gelar por algum motivo.

─── Querida, a Amanda ligou e... ─ Falava calma se sentando ao lado da filha mais velha.

─── Que houve com a Samantha? ─ Perguntou preocupada.

Seu primeiro pensamento foi em sua amiga, a mesma engoliu seco de medo.

A LaRusso estava treinando os alunos do Miyagi-do, e sabia que os alunos do cobra kai não perdiam tempo irritando eles então algo poderia ter acontecido.

─── Não, a Samantha tá bem. ─ Marcy falou rapidamente vendo a menina suspirar aliviada ─ É outro amigo seu, o Demetri. ─ Contou com pesar.

Todos eles arregalaram os olhos, não só Annabeth. Eles conheciam Demetri, Jason por ter cuidado do nariz do menino, sem falar que nas últimas semanas o menino tinha se tornado uma figura frequente na casa deles assim como Moon.

─── Que houve com ele? Mãe, fala logo. ─ Falava nervosa.

Marcy segurou na mão dela.

─── Calma, parece que quebraram o braço dele e ele está no hospital. ─ Contou.

─── Quebraram? Como assim? Quem fez isso? ─ Annabeth falou assustada.

─── Eu não sei, eu não sei. ─ Marcy falava rápido. ─ Amanda disse que eles acabaram brigando com alguns dos alunos do cobra kai e aí...

A respiração da menina ficou frenética, lágrimas que nem ela sabia controlar desciam por sua bochecha fazendo a família da mesma ficar alarmada.

─── Pai, ela tá vermelha. ─ Charlotte falou assutada.

O rosto de Annabeth tinha outra coloração, ela fazia uma força para conseguir respirar e seu peito subia e descia rapidamente, não conseguia se mexer e seu coração parecia querer pular de seu peito.

─── Querida, calma, olha pra mim. ─ Jason mandou firme vendo os lábios dela tremerem. ─ Faça o que eu faço tá bom? ─ Pediu pegando as mãos dela.

Annabeth assentiu com o rosto de choro, e começou a imitar o pai que respirava calmamente e devagar. Estava tendo um ataque de pânico. E Jason notou, rapidamente se prontificou.

─── Marcy liga o carro, vou levar ela no hospital ─ Pediu ainda concentrado na filha. ─ Vamos ver o Demetri, tá bom? ─ Garantiu.

A mulher assentiu se levantando nervosa, Charlotte observava o pai ajudar a irmã apavorada.

Annabeth imitava o homem, aos poucos ia se acalmando, nem ela sabia o que tinha acontecido com ela. Mas quando contaram de Demetri, foi como se um flash da briga tivesse passado por seus olhos.

Brooke jogando um armário nela, vidro entrando por seu abdômen, seu pé quebrando, tudo reviveu em sua mente e levou ela a entrar em pânico. Annabeth Lawrence não era mais a mesma.

━━━━━━━ 🥋 ━━━━━━━

Annabeth chegou no hospital, e andava calma pela sala de espera e quando encontrou Samantha sentada com Amanda andou até elas com Jason atrás da mesma.

A loira chegou na frente da amiga, e sentiu seus olhos arderem vendo que ela estava em prantos. Mesmo chorando descontroladamente, Samantha não pode deixar de sorrir levemente e notar.

─── Você está sem a muleta. ─ A morena soluçou com um riso.

─── Eu tô. ─ Annabeth sorriu em meio ao choro.

Amanda sorriu observando ela se sentar ao lado da filha, e as duas se abraçaram fortes.

─── Anna, meus parabéns minha linda. ─ Amanda sorriu para adolescente que agradeceu silenciosamente agarrada a sua filha ─ Jason, a Marcy veio com você? ─ Perguntou ansiosa.

─── Sim, ela está no carro com a Charlotte. ─ Explicou calmo.

─── Ótimo, eu vim sem carro, eu vou resolver uma coisa e preciso da ajuda dela, você pode ficar com a Samantha por favor? ─ Pediu se levantando.

─── Claro. ─ Assentiu.

─── Obrigada. ─ Agradeceu sorrindo ─ Filha, a mamãe já volta escutou? Prometo. ─ Falou.

Samantha assentiu chorando deitada no peito da amiga, enquanto agarrava sua cintura fortemente feito uma criança. Amanda se afastou, indo encontrar Marcy.

─── Meninas, eu vou procurar saber do Demetri tudo bem? Eu volto logo. ─ Jason falou calmo, ambas assentiram, vendo o homem ir embora.

Samantha soluçou baixinho, Annabeth sentia sua blusa molhar mas não se importava.

─── Sam, quem fez isso? ─ Ela perguntou com a voz embargada.

Samantha se afastou da amiga, seu rosto completamente vermelho e os olhos inchados de tanto chorar.

─── Eu não sei, eles quebraram o braço dele. ─ Chorou.

─── Como não sabe? Você não estava com ele. ─ Falou confusa lembrando da breve explicação que sua mãe tinha feito no carro.

─── O cobra kai foi até o emprego do Chris implicar com ele, então eu sugeri que déssemos o troco e estava tudo bem só que... elas apareceram. ─ Samantha soluçava.

Annabeth sentiu sua barriga gelar.

─── Então a Tory gritou meu nome, e eu travei e não consegui ajudar ele. ─ Contou soluçando ─ Eu não fiz nada para ajudar, não consegui impedir eles. ─ Chorou.

A loira puxou a amiga para um abraço, enquanto amparava ela em seu momento vulnerável.

Entendeu perfeitamente, o que ela teve minutos atrás Samantha também teve, um ataque de pânico. A vida delas estava um inferno, não conseguiam fazer mais nada direito e sempre acontecia algo, Annabeth sentiu uma fúria dentro de si, raiva.

Quando elas apareceram. Sentiu mais raiva ainda ao lembrar dessa frase, estava de saco cheio de Tory e Brooke, não via elas há semanas e mesmo expulsa da escola as duas afetaram a vida das adolescentes.

Annabeth não sabia quem havia feito mau ao seus amigos, não sabia quem tinha quebrado o braço de Demetri, mas ela sabia de uma coisa, iriam pagar.

Não agora, e nem em um momento próximo, mas ela sabia que chegaria o dia que estaria de frente com Brooke e a pessoa que quebrou o braço de Demetri, e os faria pagar por isso.

ANNABETH NOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS ESTARÁ INSANA E ESPERO QUE AGUENTEM O RAJADAO QUE A DIVA IRIA SOLTAR

ela é o Jonnhy... sim... chorei escrevendo

amigas, minhas férias acabaram, então capítulo novo provavelmente só final de semana... mas aí se tudo der certo eu faço maratona de final de semana, comentando sexta e acabando domingo;)

gostaram do capítulo? não se esqueçam de votar e comentar bastante, me ajudam a saber se gostaram e me incentiva a escrever mais <3

bjo amo vcs 💗💖💝💓💕🩷💞💘

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