━━━ CAPÍTULO VINTE E SEIS.
te amo irmão.

ANNABETH ESTRANHOU A LIGAÇÃO DE SAMANTHA TARDE DA NOITE, porque se não fosse por isso nem veria a hora passar. Ficou tão entretida conversando com as mães de seu amigo, que mal notou o tempo passar.

Então agora estava no carro de Andrew que a levou para casa, abriu a porta do veículo e agradeceu quando o amigo saiu do lugar dele dando a volta para a ajudar descer enquanto carregava sua mochila para a mesma.

Annabeth andava com ajuda da muleta, e na mão livre andava com muito cuidado por estar com um pote da sobremesa que havia comido, Bárbara fez questão de lhe dar um pouco para ela levar e ainda a presenteou com um pequeno cacto e a menina achou lindo o modo de como a mulher explicou que a planta era sinônimo de 'Força e persistência. É que a mulher enxergou isso nela, a adolescente ficou lisonjeada.

─── Elas são tão fofas, você é sortudo. ─ A loira falava caminhando para entrada de sua casa.

Andrew que andava ao seu lado, sorriu
enquanto carregava a mochila da menina.

─── Elas adoraram você. ─ Afirmou.

─── Que bom, então pode me chamar para jantar mais vezes. ─ A loira falou animada só de pensar na possibilidade de comer a comida de Bárbara novamente.

─── Então você vai na minha casa agora por causa da minha mãe? ─ Perguntou divertido.

─── Sim.

Anna riu vendo ele resmungar enquanto os dois terminaram de caminhar, chegando na porta dela a menina se virou para ele.

Os dois de frente um para o outro, Annabeth não era tão baixa, então Andrew era apenas alguns centímetros maior que ela.

Os dois ficaram se encarando, Annabeth estava em busca do que poder falar enquanto Andrew esperava com um sorriso ladino. Ela riu sem graça abaixando a cabeça constrangida, estava prestes a falar quando a porta da casa se abriu chamando atenção dos dois.

Jason surgiu, olhando diretamente para o garoto que ergueu a sobrancelha na direção dele.

─── Pai. ─ Annabeth chamou atenção do homem que piscou os olhos saindo de seu transe ─ Tudo bem? ─ Perguntou bem humorada.

─── Está tarde, não avisou onde iria. ─ Jason falou.

Mentira, ela tinha avisado a mãe e ele sabia porque Marcy contou, mas quando escutou barulho do carro foi verificar se era a filha e quando viu Annabeth chegar com Andrew, não perdeu a chance de ir bisbilhotar.

─── Eu avisei a mamãe. ─ A loira falou divertida vendo o pai comprimir os lábios ─ Tá legal. ─ Assentiu desconfiada ─ Pai, esse é o Andrew, meu amigo que me levou no hospital aquele dia. ─ Apresentou o menino.

─── Olá André. ─ Jason falou com um sorriso falso na direção dele ─ Como vai? ─ Perguntou com falso interesse.

─── Vou bem, Jacob. ─ Andrew respondeu sorrindo bem humorado na direção dele.

Annabeth resistiu à vontade de rir quando viu seu pai travar o maxilar, ele sempre fazia isso mas dessa vez não parecia dar certo.

─── Vocês dois, parem, eu sei o que estão fazendo. ─ Mandou vendo eles disfarçarem ─ Patéticos. ─ Murmurou com uma risada ─ Bem, eu vou indo, diga obrigada a suas mães novamente para mim Andrew. ─ Agradeceu novamente.

─── Claro, elas vão te esperar para um jantar de novo. ─ O moreno sorriu receptivo.

Annabeth chegou perto dele, e eles deram um abraço desajeitado por ela estar equilibrando coisas e logos se afastaram, Jason deu espaço para a menina entrar em casa.

Ficando só os dois, Andrew sorriu largo antes de entregar a mochila da amiga nas mãos do homem que pegou, o adolescente deu umas leves batidinhas nos ombros do homem.

─── Até depois, Jacob. ─ O menino se despediu se virando e indo embora.

Jason observou com os lábios entreabertos, o menino entrar no carro e ir embora enquanto ele ainda estava em pé na entrada de casa.

─── Ele não tem medo de mim. ─ O homem sussurrou abismado.

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Annabeth ainda antes de dormir soube que o cobra kai tinha batido em Nate e pegado o dinheiro que eles haviam arrecadado para cirugia do Miguel, óbvio que ela ficou furiosa conversando pelo celular com Samantha mas pediu para amiga resolver sozinha, precisava dormir bem porque tinha coisas mais importantes para resolver no dia seguinte.

Onde ela está agora.

A loira odiou entrar naquele lugar, o sistema de segurança para juvenis não tinha uma energia tão legal assim. E se entristeceu ainda mais quando descobriu que invés de ter uma hora de visita com irmão, que era o padrão, teria apenas meia hora pois duas visitas haviam sido marcadas para ele hoje.

Entrou na área de visitas com Marcy, e elas ficaram perto de uma mesa, Anna estava prestes a se sentar mas olhou para trás e viu seu irmão.

Robby e ela trocaram olhares aliviados por verem um ao outro, mas ele desceu o olhar para a perna dela e sentiu seu coração apertar.

Andou rápido até a loira, e Annabeth agarrou o mesmo em abraço caloroso, o garoto apoiou a cabeça no ombro da irmã e suspirou fundo.

─── Que bom que você tá bem. ─ A loira sorriu emocionada se afastando e indo acariciar o rosto do irmão.

Robby sorriu mas sentiu vacilar quando viu sua irmã ter uma feição assustada, o rosto dele estava com diversos roxos de hematomas depois de ter apanhado lá dentro.

Marcy olhava os dois irmãos, também ficou preocupada ao ver o estado do garoto.

─── Quem fez isso com você. ─ Ela perguntou horrorizada sentindo o choro preso na garganta.

─── Tá tudo bem tá? Vamos, senta aí. ─ Robby falou calmo ajudando a menina a se sentar.

Annabeth sentou ao lado do irmão, não querendo sair de perto dele e o garoto curvou os lábios para a mãe de sua irmã que estava sentada de frente para eles.

─── Robby, pode falar quem fez isso com você? ─ Marcy perguntou calma preocupada com o menino ─ Você pode contar sabe disso. ─ Garantiu.

O garoto assentiu mas não queria falar disso.

─── Como você tá? Eu vi tudo muito rápido, eu queria ir te ajudar mas eu... ─ Robby falava rápido demais olhando a irmã.

─── Tudo bem, eu tô bem. ─ Annabeth afirmou segurando a mão do irmão ─ Eu só tive um corte na barriga, precisei de uma transfusão de sangue, meu pé quebrou e eu não sinto a minha perna. ─ Listou com um riso desanimado vendo o garoto arregalar os olhos ─ Mas eu tô bem. ─ Afirmou.

Marcy e Robby notaram, a garota parecia dizer as palavras mais para si mesma do que para ele.

─── Mas e você? Onde você estava eu fiquei preocupada? ─ Annabeth perguntou.

─── Eu fugi... ─ Disse envergonhado.

Annabeth não o julgou, pelo contrário, ela apenas esperou ele continuar e ficou quieta, Robby agradeceu por isso.

─── Estava escondido e fui atrás da minha mãe, mas chegando lá ela contou pro Senhor LaRusso, ele chamou a polícia e agora eu tô aqui. ─ Explicou.

Sabia. A loira tinha certeza que seu irmão não iria se entregar, o que é errado mas ela também acha errado tramarem pelas costas dele.

─── Você...

─── Eu não quero ver ele nunca mais. ─ Robby interrompeu a irmã.

Marcy olhou apreensiva.

─── Querido, me perdoa dizer isso, mas você não acha que ele te ajudou? Seria pior se não se entregasse. ─ A mulher falou calma.

Robby olhou para ela, vendo o rosto amoroso da mulher, ele não sentia raiva de Marcy, a mulher não tinha nada a ver com o acontecimento e ele gostava muito dela, ainda mais por vir até aqui com sua irmã.

Mas ele já tinha sua opinião formada sobre Daniel, depois de ter sido enganado, e ninguém o faria mudar de ideia sobre isso.

─── Eu gosto muito de você Marcy, mas não precisa se meter nisso. ─ Robby falou e acabou soando pouco rude.

A mulher não ficou chateada, só curvou os lábios sem graça, nas condições do garoto ela não cobraria nada dele era apenas um adolescente e entendia.

─── E como, como você tá? ─ Robby se virou para Annabeth com um leve sorriso ─ Sua perna? Me conta direito. ─ Pediu calmo.

Annabeth conversou o tanto que podia com Robby, sobre tudo e toda hora perguntava quem havia o machucado mas o garoto desviava o assunto e nunca a respondia.

Estavam entretidos em um assunto, quando um segurança de lá chegou perto deles e Marcy suspirou se levantando já entendendo.

─── Desculpe pessoal, o horário de vocês acabou. ─ O homem avisou.

─── Que? Mas e-eu nem falei direito com ele. ─ Anna disse nervosa.

Robby sentiu o aperto da mão de sua irmã.

─── Infelizmente já acabou, ele ainda tem uma visita, se despeçam agora. ─ Explicou.

Annabeth estava pronta para rebater com a resposta na ponta da língua, mas Marcy não deixou.

─── Tudo bem, obrigada. ─ A mulher disse educada fazendo o homem sair, ela se virou para os dois adolescentes ─ Me desculpa queridos, mas vocês sabem... ─ Falou com pesar.

Robby que entendia assentiu um um curvar de lábios desanimado, Annabeth sentiu seus olhos arderem enquanto seu irmão a forçava a levantar.

─── Robby... ─ A loira falou chorosa.

─── Tá tudo bem, eu tô bem. ─ O garoto falou calmo.

Protetoramente, ele pegou o rosto da irmã em mãos se segurando muito para não chorar como ela. Ele era o mais velho, ele deveria ser forte por eles dois.

─── Não quero que venha mais tá?

─── O que? Não. ─ Annabeth negou.

─── Esse lugar é horrível, eu não quero te ver aqui tá legal. ─ Ele falou pensando no bem estar da irmã ─ Olha seu estado, é melhor pra você, por favor faz o que eu tô pedindo? Quando eu sair, eu vou atrás de você. ─ Garantiu.

A loira sentiu seus lábios tremerem.

─── Promete? ─ Perguntou.

─── Prometo. ─ Robby sorriu triste limpando a lágrima que escorria pela bochecha dela.

Os dois se abraçaram, fortemente, e Anna se permitiu chorar por alguns segundos nos braços do irmão, com ele cuidando dela pela primeira vez.

─── Eu te amo irmão. ─ Falou baixinho com a voz embargada.

Robby sorriu de leve.

─── Também te amo, Anna.

Marcy observou com um sorriso triste nos lábios, vendo sua filha se afastar de Robby e andar calma com a muleta até ela.

A mulher antes de ir, chegou perto do adolescente e puxou o mesmo para um abraço o pegando desprevenido, mas Robby a abraçou de volta e sentiu seus olhos arderem pela presença materna que a mulher passava.

─── Eu vou te tirar daqui, está bem? ─ Ela falou calma se afastando do menino.

Robby assentiu engolindo seco, olhando agradecido.

Aos poucos, finalmente elas conseguiram sair daquele sala e caminhavam para ir embora pelos corredores. Marcy andava devagar, segurando os ombros de um Annabeth inconsolável.

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─── Não. ─ Annabeth afirmou sentada no sofá de casa enquanto assistia um filme.

Samantha estava em pé na frente dela, com um olhar pidão para a loira que a ignorava.

A LaRusso havia resolvido que depois do cobra kai atacarem Nate, eles precisavam voltar a treinar, Annabeth achou a ideia ótima mas queria bater em Samantha quando a mesma passou em sua casa para a buscar.

─── Anna...

─── Como eu vou treinar? Minha perna é uma gelatina esqueceu. E outra, meu pai me proibiu de fazer isso. ─ A loira falou irritada ─ Nem sei o que você está fazendo aqui, vai se atrasar.

─── Você pode ficar sentada? Só pra me ajudar a liderar o treino, por favor. ─ Implorou a LaRusso indo se sentar ao lado da amiga.

─── Eu disse não, Sam. ─ Annabeth suspirou fundo ─ Tive um dia péssimo, fui visitar o Robby e foi forte demais, prefiro ficar em casa. ─ Afirmou.

Anna percebeu como os músculos de Samantha ficaram tensos ao ela mencionar seu irmão, a LaRusso se levantou rapidamente.

─── Tudo bem, eu...

─── Você já o visitou? Ligou ao menos? ─ Annabeth intimou vendo a amiga com olhar envergonhado ─ Samantha, não ferra. ─ Falou alto.

─── Olha só, não é assim tá bom? ─ A morena rebateu.

─── Óbvio que é, vocês são namorados que eu sabia ninguém pediu um término. ─ Annabeth falou abismada ─ Não faz isso com ele, meu irmão não merece isso tá legal? Eu espero que você ligue ao menos. ─ Pediu.

Samantha suspirou sem graça, indo até a loira e deixando um beijo na bochecha da mesma antes de se afastar para ir embora, Annabeth balançou a cabeça em negativo.

Por isso ela não se envolveria com ninguém estando ainda com o coração machucado, pessoas confusas magoam pessoas incríveis. E Samantha era uma confusão, mesmo sendo sua amiga ela sabia disso, e temia muito pelo seu irmão.

A loira ouviu a porta ser aberta, e estava pronta para berrar com raiva mas seu rosto se suavizou ao ver que era seu pai e não Samantha.

─── Por que ela saiu correndo? ─ Jason perguntou enquanto chegava na sala.

─── Porque ela está magoando alguém. ─ A loira explicou irônica vendo o pai arregalar os olhos ─ Relaxa, não sou eu. ─ Falou vendo ele se tranquilizar.

Jason estava com três sacolas de fast food na mão, se sentou entregando uma na mão da filha e pegando uma para ele e deixando a outra na mesa de centro para Charlotte quando ela chegasse em casa.

O homem quando estava voltando para casa, atendeu a ligação da esposa e ouviu atentamente ela contar como tinha sido a visita de Robby e como Annabeth tinha ficado, não pensou duas vezes antes de comprar o lanche favorito da filha em busca de animar a mesma.

─── Batatas com cheedar. ─ Annabeth falou feliz tirando o pote descartável da sacola de papel ─ Obrigada, pai. ─ Agradeceu.

─── De nada, querida. ─ Jason sorriu vendo ela comer feliz.

Não tinha nada que ele fizesse pelas filhas, ver o sorriso delas com coisas pequenas era sua felicidade e sempre se certificaria de que estariam bem.

─── Então, como foi a visita com o Robby? Não precisa me contar se quiser. ─ O homem falou vendo o rosto triste dela.

─── Não quero. ─ Annabeth disse com um suspiro cansado.

─── Tudo bem. ─ Jason sorriu compreensivo.

Ele colocou sua sacola na mesa de centro, preferindo comer depois e reencostou no sofá esticando as pernas ao lado de sua filha.

Annabeth chegou perto do pai, se aninhando a ele descansando sua cabeça no peito do mesmo enquanto ele agarrou seus ombros com a mão livre.

─── Fiz o que me pediu, deixei uma contia boa em cheque hoje para ajudar na cirugia do Miguel. ─ Jason contou calmo ─ Parece que conseguimos, antes de mim alguém já tinha depositado metade, não consegui saber quem era porque foi anônima como nossa.

─── Que bom. ─ A loira comemorou ─ Assim o Miguel pode voltar a andar logo.

─── Ele vai, vocês dois vão. ─ Jason afirmou confiante.

Annabeth sorriu desanimada sabendo que o pai não via, ela não estava tão confiante como ele em relação a ela mesma, porém desejava toda positividade para seu amigo.

─── O que estamos vendo? ─ Perguntou curioso.

─── Não sei, tem o Tom Cruise. ─ Falou simples.

─── Então deve ser legal.

Os dois ficaram abraçados juntos, enquanto mesmo que fosse indiferente, Annabeth sabia que era a forma dele a apoiar e dizer que sempre estaria lá por ela. E ela era grata por isso.

meu Deus os irmãos
sofredores juntos chorei

próximo capítulo foi tão gostosinho de escrever... dei altas risadas espero q gostem, se fomos bem de votos posto amanhã mesmo.

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bjo amo vcs <3