𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟐𝟏
━━━ CAPÍTULO VINTE E UM.
briga na escola.
A NOITE DE SONO DE ANNABETH NÃO HAVIA SIDO TRANQUILA, NÃO SOUBE EXPLICAR MAS QUANDO FALCÃO A BEIJOU SEM SUA PERMISSÃO foi como se tivesse ativado um gatilho. Ela chorou um pouco, e ficou irritada pensando no menino, se sentindo ainda mais culpada por lembrar que o garoto estava namorando e havia a beijado, ainda bem que não havia ninguém por perto. Ela pensava isso.
Quando chegou em casa, agradeceu por ser uma hora antes do combinado de seu pai, e agradeceu mais ainda vendo que a casa estava quieta e seus pais haviam ido dormir. Charlotte dormiria na casa da melhor amiga, para irem a escola juntas, então ninguém viu seu estado chegando. Digo isso, pois estava andando com um pouquinho de dificuldade pela dor no pé mas dormiu com uma bolsa de gelo em cima e isso a ajudou.
Não havia dormido direito, e acordou com uma feição de choro que a deixou mais irritada por se lembrar do primeiro dia de aula. Estava passando creme no rosto para ver se melhorava sua feição de choro, no banheiro de seu quarto, quando ouviu seu celular começar a tocar, pegando o aparelho na pia, franziu o cenho ao ver o nome de Daniel brilhar na tela.
─── Oi.. ─ Anna falou confusa ao aceitar a chamada e colocar o celular no ouvido.
─── Anna, oi tudo bem, desculpa te ligar agora cedo. ─ Daniel falava nervoso pelo celular ─ A Samantha dormiu aí com você? Acordei e ela não está no quarto de manhã, nem ao menos atende o celular. ─ Explicou.
A loira arregalou os olhos, havia pedido Robby para buscar a garota e ela sabia que ele faria isso, e pelo visto não havia feito. Merda, sua preocupação multiplicou.
─── Não, mas... ela dormiu na Aisha. ─ Inventou uma mentira e deu um tapa em sua própria testa. ─ Tenta com ela, Sr. LaRusso. ─ Fez uma careta se vendo no espelho.
Escutou o suspiro aliviado de Daniel, a fazendo se sentir mal.
─── Tudo bem, obrigada Anna. ─ O homem agradeceu desligando a chamada.
A garota digitava nervosa, o número de Robby, ligando para o irmão, uma, duas, até quatro vezes e nada do mesmo atender. Bufou nervosa. Onde ele poderia estar, começou a se sentir culpada, deveria ter ajudado eles a voltarem para casa. E se algo tivesse acontecido com eles, sentiria essa culpa para sempre.
─── Não! Para com isso, não é sua culpa. ─ A loira repreendeu a si mesma olhando no espelho.
Ela terminou sua skin care, e tomou um banho para seu primeiro dia de aula começar bem. Ao sair do banho, vestiu uma calça jeans clara, junto de uma regata branca e colocou a jaqueta vermelha que havia ganhando de seu pai. Nos pés, um allstar preto e apenas escovou os cabelos de leve feliz pelo babyliss do dia anterior permanecer intacto. Fez uma maquiagem básica, apenas corretivo para esconder a marca de choro em seus olhos, máscara de cílios e um gloss rosado. Pegou sua bolsa, que já havia arrumado dois dias antes no canto do quarto, e saiu do cômodo.
Descendo as escadas de casa, ela resmungou de dor ao descer os degraus por conta do pé direito mas quando terminou de descer forçava o pé caminhando normalmente até a cozinha.
Jason e Marcy, tomavam café tranquilos, a mulher mexia algo em seu IPad de trabalho enquanto o homem devorava uma bela torre de panquecas.
─── Bom dia. ─ Anna desejou sorridente pondo a bolsa na quarta cadeira vazia ao lado de sua mãe.
Os dois olharam a filha sorridentes, e desejaram bom dia, Marcy ocupada voltou a mexer em uma planilha, enquanto Jason franziu o cenho observando Annabeth mancar discretamente até a geladeira.
─── O que houve com seu pé? ─ O homem perguntou curioso pondo um pedaço de panqueca na boca e olhando a filha.
Marcy tirou os olhos da tela, e abaixou pouco os óculos olhando a filha. Annabeth fechou a porta da geladeira pegando uma caixa de suco, e caminhava desajeitada até a mesa vendo a careta dos pais.
─── Eu pisei em falso ontem. ─ Explicou se sentando ao lado de seu pai ─ Mas eu tô bem. ─ Apressou-se em dizer quando viu o rosto assustado do homem.
─── Tem certeza? ─ Perguntou preocupado vendo a loira assentir ─ Não, me deixa ver. ─ Pediu.
Anna deu uma leve risada quando o pai chegou a cadeira para trás se afastando levemente da mesa, e puxando a perna direita dela para se colo e desfazendo seu cadarço retirando seu tênis para poder examinar seu pé.
─── Onde isso aconteceu? ─ Marcy perguntou pondo o iPad na mesa interessada no desenvolver da filha.
─── Ontem, indo embora da festa da Moon uma garota esbarrou em mim e eu acabei errando o degrau. ─ Explicou vendo seu pai massagear seu pé e ela gemer de dor.
─── Dói aqui? ─ Jason perguntou forçando o pé dela para frente vendo a filha assentir com uma careta ─ Vou lá em cima buscar um creme para passar aqui, mas você vai no hospital ver isso. ─ Falou firme vendo a filha fazer careta ─ Ah não! Nem vem, por mim você nem iria a aula hoje. ─ Falou autoritário.
─── Eu só torci o pé, pai. ─ Annabeth choramingou.
─── Querida, ele tem um diploma de medicina e nós não. ─ Marcy chamou a atenção dela com um riso ─ E isso tá feio, seu peito do pé está roxo. ─ Fez careta vendo o marido massagear o pé da menina ─ Vá para aula hoje, mas na volta vá no hospital, eu te encontro lá com o seu pai. ─ Explicou.
Annabeth bufou.
─── Tem certeza que quer ir? ─ Jason perguntou.
─── Não gosto de perder primeiros dias, falto amanhã. ─ A adolescente falou com um leve sorriso sentindo o pai massagear seu pé.
O homem sorriu de leve para ela, mas em seu coração dizia algo. Uma sensação de desconforto quando Annabeth mencionou a escola, mas ele não soube explicar.
─── Encontramos o Johnny no restaurante mexicano ontem. ─ Marcy falava despreocupada voltando a trabalhar em seu iPad. ─ Estava junto com um moça, Carme. ─ Contou.
Annabeth franziu o cenho olhando seu pai, o homem confirmou com um cara de tédio.
─── A mãe do Miguel? Por que? ─ Perguntou intrigada.
─── Eles pareciam estar em um encontro. ─ Jason comentou simples.
A loira arregalou os olhos assustada, Marcy os observava e balançou a cabeça negativamente vendo o sorriso diabólico no rosto do marido.
─── Sabia que seus pais viraram amigos ontem? ─ A mulher comentou vendo Jason arregalar os olhos.
─── Como? ─ Anna exclamou rindo nervosa.
─── Isso é mentira. ─ Rebateu Jason feito uma criança.
─── Você o chamou para um show dos Guns N' Roses.
Marcy riu só de lembrar, ontem no restaurante acabaram por dividir mesa eles e os LaRusso junto com Johnny e Carme. Jason e Daniel pareciam querer esganar o homem, mas só foi as mulheres irem ao banheiro que quando voltaram encontro ambos três conversando pacificamente.
No meio dessas conversas, Jason acabou descobrindo que Johnny gosta das mesmas bandas e ficaram conversando bastante sobre, tinham até os mesmos gostos sobre as músicas.
─── Isso foi depois de tomar três doses de Whisky. ─ Ele falou tedioso para esposa que riu.
Annabeth olhava boquiaberta.
─── Agora, nós podemos fazer um almoço no dia dos pais e chamar ele. ─ A adolescente falou e gargalhou ao ver seu pai soltar seu pé irritado. ─ Eu estou brincando. ─ Apressou em dizer e agradeceu quando ele voltou a massagear.
─── Isso não é brincadeira que se faça. ─ Falou emburrado.
─── Desculpa, pai. ─ A loira riu ─ Mas sério, imagine um almoço, eu, você e o Johnny, no dia dos...
─── Chega Annabeth. ─ Pediu com um bufo.
─── Parei!
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Annabeth acabou chegando atrasada na escola, de tanta massagem que seu pai fez no seu pé e de tanto creme anti-inflamatório que ele havia passado. E havia ido de carona com a sua mãe, com a preocupação de seu pai e da mesma.
Quando chegou em West-valley, sorriu observando a fachada da escola, e entrou no lugar. Cumprimentando alguns de seus conhecidos, e caminhava em direção ao seu armário, hoje como primeiro dia apenas haveria suas aulas de cálculo e língua estrangeira, por sorte, sairia cedo e poderia encontrar seus pais no hospital. Estava guardando um livro em seu armário quando sentiu alguém ao seu lado, se virou e deu um sorriso ao ver Miguel.
─── Oi. ─ Falou sorridente.
─── Oi. ─ O menino respondeu cabisbaixo.
Annabeth fechou o armário, observando Miguel confusa, ele costumava a responder na mesma intensidade de alegria.
─── Que houve? ─ Perguntou preocupada.
─── Nada, a Tory não me responde e eu não sei se ela voltou para casa ou não. ─ Miguel explicou com um rosto frustado.
─── Fica tranquilo, Sam e Robby também não responderam minhas mensagens e eu não sei onde estão. ─ Falou calma vendo o amigo arregalar os olhos ─ Eu me desesperei mas parei, assim que meu pai me lembrou que notícia ruim chega rápido. ─ Riu lembrando de Jason ter falado isso despreocupado enquanto massageava seu pé.
Que por sinal, apenas em alguns minutos de massagem e os cremes que ele havia passado, parava um pouco de dor e ela conseguia caminhar um pouco melhor. Não totalmente, mas sem muito desconforto.
─── Uau, a festa foi intensa. ─ Miguel falou com um riso nervoso fazendo Annabeth ergue a sobrancelha ─ Que foi? ─ Perguntou.
─── Você, está estranho. ─ Ela estreitou os olhos ─ O que fez ontem, Miguel? ─ Perguntou acusatória.
O menino riu nervosamente.
─── Qual suas aulas? Cálculos né? Você me contou. ─ Trocou de assunto e agradeceu quando o sinal tocou ─ Te vejo no intervalo, amo você Anna. ─ Miguel falou afobado dando um beijo na testa da garota e saindo.
─── Também amo você. ─ Anna falou alto para que o garoto que andava apressado escutasse.
Ela balançou a cabeça confusa, o vendo ir embora, e deu um riso ao ver ele esbarrar em um garoto.
Respirou fundo, e andou alguns corredores até sua sala, onde seria sua primeira aula de cálculo. Após alguns minutos, chegou até a mesma e sorriu para a professora enquanto ia se sentar em seu lugar vago no centro da sala, cumprimentava algumas pessoas que entravam e falavam com ela. Annabeth abriu a bolsa pondo na mesa, e puxando seu fichário enquanto pegava seu estojo e sentava na cadeira.
Sentiu alguém ao seu lado, e se virou feliz para cumprimentar quem seria sua dupla este ano, arregalou os olhos surpresa vendo Samantha.
─── Oi. ─ A morena cumprimentou sem graça.
─── Oi. ─ Anna falou dando um riso aliviado ─ Meu Deus! Onde vocês se meteram? E o Robby? Seu pai ligou pra' mim mais cedo. ─ Explicou.
Samantha sorriu levemente vendo que a amiga estava preocupada com ela, a LaRusso estava arrependida de tudo que havia feito.
─── É uma longa história, eu posso explicar. ─ Falou calma vendo Annabeth assentir ─ Mas antes, eu quero me desculpar. ─ Disse sincera.
─── Que houve? ─ A loira falou confusa.
─── Você estava certa, no lance da medalha e eu... falei do seu pai. ─ Samantha falou envergonhada.
Annabeth sentiu seus ombros caírem, só por lembrar de tudo aquilo. Ela fechou os olhos com forçar, e os abriu suspirando fundo.
─── Samantha, eu fiquei muito chateada com você. ─ A Lawrence disse sincera.
─── Eu sei, me desculpa. ─ A LaRusso disse com os olhos brilhando.
Annabeth mordeu o lábio inferior vendo a amiga assim, estava prestes a começar a falar e esperando que elas se resolvessem. Até começar a prestar atenção, no toque de sinal do primeiro dia de aula. Era um discurso, mas havia sido interrompido.
─── Você não deveria estar aqui... me devolve... aí!
Samantha e Annabeth trocaram olhares confusos, assim como todos os alunos de sua sala, e os da escola que escutavam tudo.
─── Samantha LaRusso. ─ A voz de Tory apareceu no rádio ─ Eu sei o que você fez, e agora vai pagar por isso, eu vou pegar você sua vadia!
O sinal tocou antes do previsto, dando término a aula, Annabeth olhava para Samantha de olhos arregalados vendo a menina desviar o olhar.
─── O que você fez, Samantha? ─ Anna perguntava assustada vendo todos se levantarem e pegarem seus pertences e ela os imitava enquanto olhava a amiga pegar suas próprias coisas ─ Samantha, que merda você fez? ─ Falou firme pegando o braço da amiga na porta da sala.
─── Beijei o Miguel.
Annabeth arregalou os olhos, não teve nem tempo de pensar em algo para responder pois Samantha puxou seu braço e saiu andando. Seguindo a amiga, logo atrás, vários alunos a seguiam ou iam em sua frente, parecia que a escola toda havia parado para ver o que poderia acontecer.
Apreensiva. Virou o corredor, logo atrás de Samantha enquanto uma legião de alunos as seguiam, e no final do corredor, elas viram Brooke e Tory caminhando até elas em passos decidido, a loira não deixou de notar o sangue nos olhos em que a Nichols tinha olhando a LaRusso, agora algo em que a intrigou foi o olhar da Gomez sobre si.
Brooke sentia seus lábios tremerem de raiva enquanto caminhava atrás de Tory, olhando Annabeth no final do corredor. Ele escolheu ela. Isso se repetia em sua mente, as cenas de Falcão e Anna se beijando repetia em sua mente, havia perdido as contas de quantas vezes chorou nessa noite pensando nos dois, ou no quanto Annabeth havia sido escrota - isso era uma opinião dela óbvio - Em ficar com um menino que namora. A Gomez estava com sangue nos olhos, e finalmente realizaria seu sonho nas últimas semanas que era de acabar com a Lawrence.
Annabeth olhou a menina e arregalou seus olhos. Ela sabe. No exato momento em que Brooke a olhou, ela sabia que a menina sabia do acontecimento da noite passada. Então a chamaria para conversar, mas não sabia que Brooke não quer conversar, com ninguém. Quando chegaram no final do corredor onde ficavam as divisões dos quatros, Tory e Samantha andaram em um círculo antes de pararem posicionadas.
─── Eu vi o que você fez na festa. ─ Tory falou calma ─ Você beijou o Miguel.
Um coro de vozes animados do milhares de alunos foram ouvidos, Annabeth se virou sentindo alguém atrás de si e viu o rosto decepcionado de Robby. A garota sentiu seu coração se partir vendo o estado de seu irmão.
─── E-Eu...
Samantha procurava palavras para falar, mas travou e desviou rapidamente de um soco que iria receber de Tory. A loira foi para cima dela, e quando a LaRusso pensou em correr, então se virou e fez isso mas foi puxada para trás quando Tory agarrou sua mochila, a puxando e tacando no chão.
Annabeth tinha olhos arregalados.
Samantha deu passos para trás, tentando ir embora, mas caiu em cima de alguns meninos do cobra kai e falcão deu risada.
─── Volta pra' lá. ─ O garoto a empurrou para frente a fazendo cair nos braços de Tory.
Annabeth assistia assustada, Tory estava nervosa disparava golpes sem parar enquanto Samantha parecia apenas desviar de todos. Socos, chutes, a loira pegou forte a cabeça da garota e ficou batendo contra seu joelho. Ela é boa pra' caralho. A Lawrence não pode deixar de pensar ao ver Tory fazendo isso com Samantha, mas logo se repreendeu por lembrar que era sua amiga apanhando.
Se virou para o lado e viu Moon apavorada, diferente dos outros alunos que pareciam amar a briga. A loira não pensou duas vezes em ir até a amiga, ela tirou a jaqueta e a bolsa e tacou nas mãos de Moon.
─── Annabeth?! ─ A morena exclamou incrédula.
─── Me devolve depois. ─ Pediu se virando.
A Lawrence viu Tory jogar Samantha no armário, e correu até elas. Vou me arrepender disso. Pensou, mas não parou, quando um amigo seu precisava de ajuda ela não pensava em outra coisa há não ser ajudá-lo. Estava prestes a chegar nas duas e tentar apartar a briga, assim como Robby que já puxava Tory mas foi impedido por Miguel, então aí que ela andou rápido antes que a situação piorasse mas parou quando alguém segurou seu braço.
Se virou e um soco foi desferido em seu rosto sem ao menos ela ter tempo de pensar, Annabeth virou o rosto lentamente vendo Brooke ainda segurando o braço dela. A Lawrence sorriu diabólica.
─── Eu vou acabar com você. ─ Annabeth respirava freneticamente sentindo uma raiva que ela nem sabia subir em seu corpo ─ SUA VADIA. ─ Berrou furiosa fazendo cabelos que estavam em seu rosto voarem.
Annabeth puxou o braço da garota a empurrando em um armário próximo, lhe dando vários socos no estômago sem parar. Brooke berrou e chutou a barriga da garota a empurrando, e indo para cima dela. Nesse momento, no corredor, brigavam entre si, Samantha e Tory, Miguel e Robby, Brooke e Annabeth. E nenhum deles pretendia parar.
─── AGORA É GUERRA.
A voz animada de falcão foi como um sinal para que o caos fosse estabelecido, todos os alunos do cobra kai e Miyagi-do brigavam entre si.
Annabeth puxou o cabelo o rabo de cavalo na cabeça de Brooke ouvindo ela grunhir de dor, e bateu a cabeça dela contra a parede diversas vezes. A Menina gritou irritada, se virando e pegando Anna pelo pescoço a jogando contra um armário.
─── Qual é galera? A gente não pode se entender? ─ Moon falou irritada chegando perto das duas garotas.
Ela gritou assustada quando dois garotos se jogaram contra um armário quase caindo em cima dela. Annabeth socou o rosto de Brooke a acertando em cheio, fazendo até ficar desnorteada com tal golpe.
Anna se posicionou melhor indo para trás, e ficando em pose de ataque, não perdeu tempo ainda vendo a menina se recuperar e partiu para cima dela lhe dando vários socos. Brooke acabou esbarrando na parede, e grunhiu quando sentiu outro soco em sua boca mas foi rápida dando um chute na barriga de Annabeth a empurrando longe fazendo bater contra um armário.
─── Você beijou o falcão. ─ Brooke berrou furiosa indo para cima dela.
Annabeth correu contra a garota, lhe dando uma rasteira e acabou sendo puxada para o chão com Brooke. Aproveitou para subir em cima da garota.
─── Eu não beijei ele, ele que me beijou. ─ Gritou irritada.
─── Por isso mesmo.
Brooke empurrou Annabeth de cima da sua cintura fazendo a garota rolar e ficou assustada quando a mesma ficou de pé rápido, ela estava furiosa, descontaria na loira. Por que não eu?! O que Annabeth tem que ela não tem.
As duas ficaram em pose de ataque até Annabeth gritar raivosa e correr na direção da garota, agarrou a pelos ombros e a empurrou rapidamente até a enorme entrada principal da escola. Onde todos os alunos iam brigando. Era generalizado, todos estavam batendo uns nos outros e o diretor estava louco por não saber o que fazer.
─── Bate nele, não em mim. ─ Anna gritou irritada desviando de um chute.
Brooke a ignorou, e chutou novamente, e de novo chutou o ar pois Annabeth era muito ágil e desviava de qualquer golpe da garota. Até agora. A Lawrence sentiu o gosto de sangue na boca, quando sentiu um soco em seu queixo e acabou indo um pouco para trás. Com raiva, bufou e puxou o braço da Gomez a jogando para longe.
─── PARA COM ISSO. ─ Disseram em uníssono.
Annabeth e Samantha falaram, para Tory e
Brooke com quem brigavam.
─── VAI ARREGAR LAWRENCE? ─ Gritou Brooke.
A loira sentiu seu pé falhar, e lembrou que o mesmo estava ruim mas ao menos sentia dor apenas adrenalina. Subiu as escadas rapidamente, em busca de parar com a briga delas pois no meio disso tudo Annabeth achou inadmissível uma menina querer brigar com ela por conta de um garoto. Estava prestes a chegar no segundo andar da escola ainda nas escadas, quando sentiu puxarem seu cabelo.
Se virou e socou o rosto de Brooke que a empurrou gritando de raiva, Annabeth gritou de dor quando sentiu ela pegar seu braço e torcer a fazendo ficar de costas enquanto sentia seu rosto ser pressionado contra o corrimão da escada.
─── Gostou disso aqui? Aprendi com o seu pai. ─ Brooke falou debochada.
Annabeth gritou irritada, empurrou a cabeça para trás dando uma cabeçada na menina a fazendo se soltar. Sorriu animada quando viu o sangue escorrer pelo nariz de Brooke, ela também tinha sangue escorrendo dos lábios, mas a Gomez tinha sangue no nariz e nas sobrancelhas. Ela estar pior que eu. Anna pensou, e vai ficar mais.
A Lawrence riu diabólica correndo os últimos três degraus, e andou rápido ficando no centro do segundo andar vendo que Tory e Samantha ainda brigavam mas não focou nisso.
Sorriu vendo Brooke correr até ela, a mesma jogou a Gomez no chão e iria pisar em seu rosto se a menina não fosse mais rápido e rolasse para o lado se levantando rapidamente com o rosto cansado.
─── Eu vou te dar o que você merece, vadia. ─ Anna gritou correndo até ela.
Sem ter tempo de pensar, Brooke gritou de dor ao ser jogada no chão e sentiu uma dor insuportável ao sentir seu couro cabeludo ser repuxado. Annabeth a arrastava por seu rabo de cavalo, e fez questão de correr puxando ela pelas escadas enquanto a Gomez sentia seu corpo cair degrau por degrau. Sabe o que estava sendo cômico? Tory fazia o mesmo com Samantha nas escadas do outro lado. Annabeth a levantou ainda usando o cabelo da menina de apoio, e sorriu vendo o rosto assustado dela. E lhe deu outro soco.
Brooke estava cansada, não queria admitir porém estava perdendo, então ali tomando diversos socos, ela olhava para todos os lugares em busca de ajuda e teve uma ideia. O pé dela. Saiu de seus devaneios e desviou de outro soco, chutou o pé de da menina fazendo a se desequilibrar e aproveitou para empurrar Annabeth escada a baixou, grunhiu de dor enquanto rolava exatos quinze degraus.
A loira chegou a rolar até o centro da entrada da escola, completamente acabada. Mas não daria o braço a torcer, levantou ainda com dificuldade, vendo Brooke caminhar em passos decididos em sua direção, a Lawrence lhe deu um chute e puxou a mesma pela cabeça e bateu contra seu joelho vendo sua calça clara ser suja de sangue.
Brooke gritou irritada, agora ela pegou Annabeth pelos cabelos, e no mesmo momento que puxou a menina jogou ela em cima de um armário de troféus. Completamente de vidro.
─── ANNABETH!
A loira ouviu um gritou e reconheceu ser a voz de Samantha, mas não conseguiu responder.
Annabeth caiu gritando de dor ao sentir o armário cair sobre seu corpo, especificamente, sua cintura para baixo estava totalmente coberta e seu pé que já estava ruim havia sido virado para o lado oposto, não conseguia o mexer, não conseguia se mexer. Gritos, alunos se debatendo, ela estava suada, sua respiração frenética e sentia sangue escorrer por sua testa e o gosto do mesmo na boca.
A Lawrence olhou para cima, vendo o rosto assustado de Brooke olhando para o chão, a loira confusa colocou sua mão trêmula sobre ele e sentiu o chão molhado, ergueu a própria mão a cima do rosto e a viu encharcada de sangue. Merda. Anna abaixou o olhar, não conseguia ver direto mas entrou em pânico ao ver metade de um enorme caco de vidro preso ao lado direto de seu abdômen, Então foi aí que ela sentiu sua visão ficar turvar.
─── MIGUEL.
Annabeth escutou essa última palavra, antes de sentir seus olhos pesarem e seu corpo inteiro tremer de pura dor. Ela não havia visto, mas seu melhor amigo havia sido jogado do segundo andar da escola por seu próprio irmão, Tory havia rasgado três vezes o braço de Samantha com sua pulseira. Todos haviam se ferido. Porém, dois deles, mais que todos.
─── Brooke, o que você fez? ─ Falcão falou amedrontado chegando perto delas.
A menina tinha lágrimas de desespero no rosto, vendo a Lawrence desacordada e perdendo sangue. Isso é culpa minha. Ela sentia que poderia desmaiar ao qualquer momento. Falcão estava com os olhos arregalados e brilhando em pura lágrimas, temendo pela ex-namorada, não soube explicar mas ele se agachou não se importando se o sangue sujasse sua roupa e fez um carinho no rosto desacordado da menina.
─── M-Me perdoa... ─ Ele gaguejou vendo uma lágrima cair de seus olhos e bater no rosto de Anna.
Todos já haviam parado, depois de ver onde havia os levado, Robby assustado olhava Miguel caído lá de cima mas se desesperou ao ver a irmã, todos olhavam o Diaz e a Lawrence assustado. Haviam perdido o controle. E agora, Miguel e Annabeth sofreriam com isso.
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Marcy saiu do fórum com um sorriso no rosto após mais uma causa ganha, era um simples processo de separação mas ela ficou muito feliz em ver sua cliente aliviada por se separar finalmente do ex-marido insuportável, é claro feliz também por mais um caso ganho, na sua lista de milhares de sucesso.
A mulher caminhava com um sorriso largo até seu carro no estacionamento do local, ela chegou nele e pegou a chave em sua bolsa prestes a abrir o veículo mas travou. Ela engoliu seco ao sentir uma dor desconfortável no lado direito de seu abdômen, foi tão agoniante que ela se apoiou contra o veículo apertando onde sentia incômodo. Não sabia explicar, como se fosse uma pontada forte e profunda. Então em um passe rápido, seus pensamentos foram parar em suas filhas.
Sentiu o celular vibrar na bolsa, e respirou fundo abrindo a mesma e o pegando. O número da escola brilhou na tela dela, fazendo seus olhos se arregalarem. Atendeu prontamente, e sentiu seus lábios entreabrirem a medida que o diretor dizia cada frase.
─── Uma ambulância a mandou para um hospital mais perto, Annabeth estava perdendo muito sangue então sugiro que...
Marcy não respondeu mais nada, sentiu suas pernas bambeara e de repente seu celular cair no chão por suas mãos não terem força ao menos para segurarem. Minha filha. Sentiu uma lágrima de desespero cair por sua bochecha, abriu a porta do carro rapidamente jogou a bolsa no banco de trás de qualquer jeito e ligou o veículo enquanto fechava a porta, sem se importar ao menos em por o cinto ela correu pisou no acelerador e foi embora até o hospital mais próximo, que coincidentemente era o trabalho de Jason.
No hospital, o Sinclair estava em sala se preparando para a cirurgia que tinha sido passada. Jason era neurocirurgião e cirurgião-geral, havia estudado bastante para as duas especialidades e era extremamente feliz em poder salvar vidas.
A cirurgia que faria séria de emergência, o homem estava em horário de almoço quando um residente seu o chamou urgente lhe passando apenas o básico e ele havia pegado. Adolescente de dezesseis anos com perfuração intestinal séria e hemorragia interna. Não pensou duas vezes em acatar, seu pensamento foi direto em suas filhas, sempre que lidava com adolescentes ou crianças pensava em Charlotte e Annabeth, tinha empatia pelo desespero dos pais e sempre os tratava com calma mesmo que estivessem desesperados, o mesmo sabia que agiria igual, ou até pior se fosse com suas filhas.
─── Me passa o caso direito, Ramirez. ─ Jason pediu apreensivo.
Ele olhava a cirurgia pela sala de higiene que tinha um vidro, lavava suas mãos rápido pois sabiam que precisavam de sua ajuda urgente mesmo que já estivesse uma médica auxiliar já iniciando tudo.
─── Parece que foi uma briga na escola, não sabemos ao certo mas um caco de vidro enorme perfurou o lado direito do abdômen dela. ─ Sua residente contava olhando a ficha em suas mãos e assentiu compreensivo vendo o rosto de seu superior se contorcer de dor. ─ Pois é, mas ela foi guerreira de chegar aqui viva mesmo depois de perder todo aquele sangue, precisará de uma transfusão.
─── Vamos olhar o tipo sanguíneo e providenciar isso. ─ Jason dizia pondo sua toca com pequenas estrelas azuis e checando seu uniforme azul ─ Nome da paciente? ─ Perguntou curioso abrindo a porta e saindo em direção a sala de cirurgia.
─── Annabeth Campbell Lawrence...
O homem sentiu seu corpo travar, sua barriga gelou e sua respiração ficou falha, a mulher olhava seu superior vendo o rosto dele branco a fazendo se assustar, estava prestes a perguntar o que houve quando viu ele abrir a porta bruscamente.
─── Annabeth, Anna. ─ Jason falou desesperado entrando na sala de cirurgia.
Enfermeiros presentes e a médica que fazia a cirurgia, olharam o homem assustado indo para cima da mesa onde estava a paciente.
─── Não, minha filha.
Jason gritou quando um enfermeiro o empurrou longe o segurando, ele é alto e forte então precisou de outro enfermeiro o segurando. O homem gritou mais assustado, vendo o rosto pálido da filha na mesa e diversos tubos em seu corpo ou em como seu abdômen estava sendo aperto para retirar o objeto que estava preso a ela e parecia ser enorme. Ele ficou louco. Jason se debatia e chamava por Annabeth, não parando para pensar que ela estava desacordada pela anestesia que devia ter tomado. Chegou viva mesmo depois de todo sangue. A frase da residente rondava em sua mente vendo a filha naquele estado.
─── Tirem ele daqui. ─ A médica que cuidava de Annabeth gritou desesperada ao entender a situação ─ Tirem ele agora daqui. ─ Mandou vendo os enfermeiros arrastarem Jason a força até a entrada a porta.
─── Minha filha, me deixa cuidar dela. ─ O homem gritava desesperado ao ser jogado para fora de sala ainda preso aos enfermeiros que o seguravam.
─── Ramirez, chame o Joel. ─ A médica que cuidava de Anna berrou para a residente que assentiu ─ Temos outro cirurgião-geral, ele não pode fazer isso. ─ Se referiu a Jason.
E eles sabiam, os enfermeiros, residente, e a médica presente sabia. Nenhum médico poderia operar um parente, não fazia parte de sua ética sem falar que não agiram mal e as chances de não dar certo eram altas.
─── ME SOLTA.
Jason precisou berrar, empurrando os dois enfermeiros que o seguravam. Em um momento, todos do corredor observaram assustados o homem cair de joelhos no chão, ele tinha lágrimas nos olhos enquanto deu um grito irritado. Vulnerável. Todos presentes no corredor, viram pela primeira o médico mais prestativo deles vulnerável e isso é o que acontece quando se é pai. Ver Annabeth naquela mesa de cirurgia, conectada em todos aqueles tubos seu rosto machucado e seu abdômen sendo aberto. O homem ficou tão vulnerável quanto ela.
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Esperar nunca havia sido tão torturante. Marcy sentada no pequeno sofá da sala de espera, fazia carinho nos cabelos de Charlotte que chorava em seu ombro agarrando sua cintura, Jason em pé andava de um lado para o outro ao lado delas.
Marcy chegou no hospital e logo na sala de espera encontrou o marido e os dois choraram feito bebês juntos, ainda mais depois de Jason contar o estado da menina. Daniel e Amanda também estavam presentes, aos poucos os Sinclair entendiam o que havia acontecido pela explicação dos LaRusso, já que Marcy não escutou nada do que o direitor tinha dito além do estado de sua filha, Daniel de bom grado ofereceu para pegar Charlotte na escola para eles e trouxeram para lá. Jason havia ficado irado quando soube de tudo, a cada palavra que escutava Daniel dizer sentia que poderia fazer o hospital todo se partir ao meio apenas com um soco seu. Cobra kai. Uma aluna do cobra kai tinha feito mal a sua filha, uma aluna do dojo onde o pai biológico dela era sensei.
─── Como a Sam está? ─ Marcy perguntou fungando.
Amanda sorriu de leve vendo o estado da amiga, o rosto de Marcy estava vermelho de tanto chorar assim como o de Jason e Charlotte mas na mulher e na criança ficavam bem mais aparentes.
─── Bem, pedi um remédio para ela dormir agora e a mãe do Daniel está lá. ─ Amanda explicou pegando na mão livre da amiga e sentiu seu coração se partir ao ver os lábios de Marcy tremerem mostrando um choro eminente ─ Eu vou pedir que expulsem essas garotas. ─ Afirmou decidida e nem percebeu que começou a chorar junto da amiga.
Amanda conhecia Anna desde seus oito anos, a menina era como uma sobrinha, sempre alegre e se preocupando com todos ao seu redor, assim como Samantha que sofreu nisso tudo, era como se um pedaço dela tivesse sido machucado. Não só por mexerem com sua filha, mas por mecherem com a amiga dela também.
Todos estavam apreensivos na sala, agora Jason havia se sentado e Daniel estava ao seu lado falando palavras reconfortantes ao amigo que assentia vez ou outra com o olhar perdido, até que seu olhar se enfureceu ao ver ele. Johnny Lawrence. O homem estava no hospital para ver Miguel, já estava de saída após descobrir o estado crítico do mesmo e a pedido de Carmen após ver a mulher tão chateada com ele. O loiro arregalou os olhos, vendo todos na sala de espera, ainda mais em ver Marcy chorando. Annabeth, seu pensamento foi direto em sua filha.
─── Troglodita.
Jason falou alto enfurecido, indo até Johnny e o homem estava prestes a partir para cima dele se Daniel não entrasse na frente o empurrando.
─── Jason, calma cara, não perde a cabeça. ─ O LaRusso pedia.
Os dois eram muito amigos, Daniel entendia a dor do homem no momento, e queria muito deixar Jason bater em Johnny porém sabia que mais uma briga naquele momento só pioraria as coisas.
─── Você é um verme! Porque não ficou no buraco onde sempre se escondeu? não precisava aparecer. ─ Jason falava furioso olhando Johnny que ao menos dizia uma palavra ─ Por sua culpa, por culpa de seus alunos malucos a minha filha está em uma sala de cirurgia. ─ Gritou com raiva.
Merda. Johnny sentiu sua visão ficar turva, primeiro Miguel e agora Anna, sua filha biológica estava em uma sala de cirurgia e a palavra 'Por sua culpa. Ficou em destaque em sua mente. Sua filha está em perigo e a culpa é sua. O homem sentiu seu coração doer.
Marcy vendo a confusão, e vendo que os funcionários e pessoas no local olhavam, soltou Charlotte e pediu ajuda a Amanda, a morena sorriu antes de abrir os braços para menina que aceitou de bom grado se sentando ao lado dela e chorando em seus braços.
A loira correu até o marido, entrando na sua frente e segurando seu braço e Jason finalmente parecia ter se ligado do que fazia quando olhou o rosto de sua mulher. Desespero. Os olhos azuis onde ele costumava ver calmaria, estavam em puro desespero.
─── Não faça isso aqui. ─ Ela mandou autoritária e em um passe de mágica o homem sentiu seus ombros caírem enquanto ajeitava sua postura. ─ Ele também não sabia, fica calmo. ─ Pediu.
Jason olhou Johnny vendo até uma lágrima escorrer pelo rosto dele ser limpa rapidamente, Marcy se virou para o Lawrence e quando o homem pensou que iria ver compreensão, viu ódio. O casal estava com raiva dele, por uma aluna sua ter feito que fez, não queriam ver Johnny ali, mas ele era pai da garota e mesmo que estivessem com muita raiva não fariam isso.
─── Dr. Sinclair. ─ A residente chegou rápida na sala de espera.
Jason se virou em automático, vendo ela caminhar até ele com a sua roupa de cirurgia e sua touca.
─── Ela precisa de uma transfusão de sangue rápido, verificamos o banco sanguíneo mas o tipo dela é o AB-. ─ Lexie explicava rapidamente vendo o homem assentir ─ Bastante raro por sinal. ─ Falou em um ato de nervosismo vendo o rosto de raiva do superior ─ Perdão, mas eu vim aqui chamar um de vocês dois para doar precisamos logo. ─ Falou olhando o casal.
Jason sabendo que seu sangue era incompatível, por ele - infelizmente - Não ser pai de Anna e por seu sangue ser A+. Então olhou Marcy, mas ficou apreensivo quando viu ela olhar Johnny.
─── Eu sou B- . ─ A loira falou olhando o Lawrence ─ Você é...
─── AB-. ─ Johnny falou rápido a cortando vendo a loira assentir rápida com os olhos aliviados, então ele se virou para residente presente ─ Eu sou o doador, o que eu preciso fazer? ─ Se prontificou.
─── Ótimo, vem comigo. ─ A mulher estava prestes a sair quando se lembrou ─ Ela está estável no momento, ainda estamos em cirugia e quando terminamos e ela receber a transfusão ficará tudo bem. ─ Deu a notícia para os pais da garota.
Se virando para Johnny a mulher o guiou para dentro do hospital, enquanto fazia o questionário básico para qualquer doador.
Daniel caminhou até Amanda, se sentando perto da esposa vendo ela abraçada com a filha mais nova do casal de amigos. Marcy e Jason se abraçaram, com o homem fazendo carinho das costas da esposa enquanto a mesma chorava em seu peito agarrada a sua camisa, e ele não se importava se molhasse seu uniforme. Ambos choravam abraçados temendo pela saúde da filha.
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Calma. O rosto de Annabeth deitada na cama de seu quarto no hospital era sereno e calmo enquanto recebia a transfusão de sangue, sua cirurgia havia ocorrido bem. Houveram algumas complicações pelo vidro ser tão espesso e ter cortado tão fundo, mas no final os médicos haviam conseguido cuidar de tudo e a cirugia tinha sido concluída com êxito. A menina já estava seu quarto separado somente para ela no hospital, Marcy estava em pé perto da cama ao lado da filha fazendo carinho em seu rosto e observando cada traço dos machucados novos. Cortes na têmpora, nos lábios, e um na bochecha. Faziam olhar o rosto da filha que antes era perfeito chateada. O curativo enorme no abdômen dela também estava sendo exposto por uma parte da roupa de hospital, e o pé engessado da adolescente descasava sobre a cama.
Charlotte estava sentada em uma cadeira, ao lado da cama da irmã, enquanto agarrava o dedo dela cuidadosamente em busca de ter algum contato. Ela havia se assustado tanto ao saber de Annabeth, e mesmo que agora estivesse tudo bem, ver a irmã conectada com vários cabos e várias máquinas ligadas ao redor dela faziam ela sentir mais medo ainda. Como se pudesse perder Anna a qualquer momento. Amava sua irmã incondicionalmente, não sabia o que fazer sem ela.
Jason, em pé na frente da cama andava de um lado para o outro olhando o prontuário da filha e deu um riso nasal irritado.
─── Ela tem radiografia de manhã, quebrou o pé torcido e duas costelas. ─ O homem contou vendo a esposa suspirar cansada olhando a filha ─ Isso tem que acabar.
Charlotte olhava o pai assustada, o homem estava com os nervoso a flor da pele é uma simples frase dele sempre virava um grito.
─── Chega de karatê, chega de lutar, acabou, isso acaba hoje. ─ Ele falou vendo o a filha deitada.
─── Querido, quando ela acorda...
─── Quando ela acordar, eu vou falar que ela está proibida de fazer isso. ─ Jason falava decidido ─ Olha o estado dela Marcy! Ela poderia morrer se a ambulância demorasse mais dez minutos para chegar aqui. Sabe a quanto tempo fica a escola? Meia hora. ─ Disse incrédulo.
A mulher desviou o olhar do marido, e sentiu uma lágrima descer por sua bochecha e voltou a fazer carinho no rosto da filha.
─── E eu quero ela longe dele, o Johnny veio e trouxe esses alunos malucos com ele. ─ Falou irritado só de lembrar do homem ─ Como ele pode treinar adolescente assim? Esse é o karatê dele? Treinar alguém que possa matar uma pessoa? ─ Jason falou debochado.
O homem suspirou arrependido vendo o olhar de Charlotte, a menina estava chorando não só pela irmã mais por ver o estado do pai assim. Jason largou a ficha na ponta da cama de Anna, em passos calmos foi até a filha mais nova e puxou seu braço a envolvendo em um abraço. A mais nova agarrou o pai soltando soluços baixinhos sentindo ele fazer carinho em suas costas.
─── Quero ele longe dela. ─ Jason falou baixo chamando atenção da esposa do outro lado da cama ─ Ele não pode mais ter contato com a Annabeth, me ouviu Marcy? Não pode. ─ Afirmou.
A loira via o marido dando suporte a filha, e assentiu tristemente enquanto voltou observar sua mais velha. Annabeth costuma sempre ter um sorriso no rostos e agora, estava pálida e neutra. O que fizeram com a minha garotinha.
A mulher se perguntava, e custe o que custar, o causador de tudo aquilo, iria pagar, ela o faria pagar.
um pouco de tristeza p alegrar
o domingo de vcs!! queria um pai p me defender igual Jason defende a Anna...
Gostaram do capítulo novo? Não se esqueçam de votar e comentar bastante, me incentiva e ajuda saber se gostaram mesmo ;)
bjo amo vcs <33
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