chapter two: the home integration project
02. ( o projeto de
integração das casas)
Era novembro, havia se passado duas semanas desde a reunião com o professor Slughorn e tanto Iris quanto Remus estavam se ajeitando á nova rotina. E após as aulas, ambos os dois levavam os alunos primeiranistas de suas respectivas casas, e se juntaram aos outros monitores e primeiranistas das outras casas numa sala de aula livre dada pelo diretor. O grupo de alunos se encontrava duas a três vezes por semana, e faziam atividades extracurriculares diferentes e em grupo como: Aulas de musica, onde aprendiam a tocar alguns instrumentos musicais, aulas de ensinamento de xadrez bruxo ou outros jogos de tabuleiros, estes ensinados pelo Lupin e pela Rosier, e um clube de leitura e artesanato. E apesar de terem criticado no começo, tanto a sonserina quanto o grifinório, estavam amando usar seus conhecimentos e habilidades para ensinar os primeiranistas, que haviam sido escolhidos pois queriam demonstrar, desde cedo, que não se deve haver uma rivalidade entre as casas e que todos podem e devem ser gentis e amigáveis uns com os outros.
- Precisa de ajuda? - perguntou a Rosier a uma aluna corvina, sorrindo fraco ao notar ela tendo dificuldades ao continuar a partida de xadrez bruxo.
- Sim, por favor. - suspirou, se virando na direção da monitora. - Eu to' seguindo o que meus amigos me disseram, mas é complicado e eu não compreendo as funções.
Iris sorri, se sentando a frente dela na mesa. - Não se preocupe. Eu vou te ensinar, e você verá que não é difícil. Logo você será uma competidora de xadrez profissional, confie em mim. - A corvina sorri, se ajeitando na cadeira. - Vamos começar do básico. Essas são as peças, e cada uma tem um jeito diferente de se movimentar. Por exemplo, o peão... - tocou na peça. - Ele se move para frente, mas captura diagonalmente. - a garota assentiu. - Diga a ele que se mova, por favor.
A garota engole seco, logo dizendo. - M-M-mexa-se para frente. - a peça demora alguns segundos e logo atende a ordem dada a ele.
- Isso mesmo! Agora, vamos explorar os movimentos das outras peças. Tudo bem? - a garota assentiu com a cabeça, e logo Iris continuou a explicar cada movimento de cada peça do jogo com paciência e gentileza, diferente de quando sua mãe havia lhe ensinado quando tinha a idade de Olivia, nome da garota corvina que estava ensinando a jogar xadrez naquele momento. - Parabéns! Você jogou muito bem. - comentou após o fim da partida. - Você aprendeu rápido!
- Foi divertido! Não sabia que xadrez podia ser tão empolgante. - exclama feliz e entusiasmada. - Obrigada. Eu pensei que não ia gostar, mas é muito legal.
Íris sorri, tocando o ombro de Olivia. - O xadrez é um jogo de estratégia, mas também é uma forma de arte. Continue praticando, e você verá que há sempre algo novo para descobrir. - As duas continuaram conversando por uns minutos, até que outro aluno a chamou e ela pediu licença, indo ajudar o outro. A Rosier sempre sendo observada por Remus. A jovem sonserina após ajudar um aluno, caminhou ate onde o grifinório estava e ficou ao seu lado, observando o grupo de estudantes interagindo entre si e buscando com o olhar quem precisava de ajuda ou correção. - Já está cansado velhinho? - o provocou.
- Ótimo, justo quando eu estava tentando ter um pouco de paz. - provocou de volta.
- Já imaginou como seria esse projeto em nossa época? - questionou a garota, ignorando o comentário de seu rival.
- Um desastre. - respondeu o Lupin, a encarando. - Acha que seriamos inimigos aqui?
- Sim. - o encarou de volta. - Você sempre sabe como me irritar.
- E você sempre sabe como me desafiar. - Remus responde com um sorriso travesso.
- Não tenho culpa se sou melhor que você, lupino. - o provocou
- Quem foi que te contou essa mentira, Rosier? - questionou. - E você não tem um apelido melhor? Tantos anos sendo rivais e este apelido besta e entediante continua.
- Daniel acha seu apelido uma graça. E eu também. - Remus revirou os olhos pela menção do melhor amigo da jovem, que sempre que ele via perto da mesma ou seu nome numa roda de conversa sentimentos estranhos apareciam , incluindo raiva e e sua besta interior querer aparecer. - Lupino. - o provocou. Remus ia responder com um comentário acido e provocativo, quando dois estudantes apareceram na frente dele e de Iris, uma grifinoria e um sonserino, com as mãos para trás escondendo alguma coisa deles. Ambos os monitores se olharam, desconfiados.
- Vocês precisam de algo? - perguntou o Lupin.
- Alguma ajuda? - completou a Rosier os encarando curiosa.
- Nós fizemos algo e queremos dar a vocês. - a aluna da grifinória diz, sorrindo.
- Um presente. - disse o sonserino, que parecia ser tímido enquanto sua amiga nada tímida.
- Se for lixo, não quere... - Íris deu uma cotovelada no mesmo, o interrompendo. - Ai!
- O que vocês fizeram? Estamos curiosos. - se ajoelhou na frente dos dois alunos, puxando Remus junto, e logo os dois estenderam um par de pulseiras das cores de suas respectivas casas. Os dois monitores ficaram surpresos, com seus olhos levemente arregalados e sem falarem nada.
- Vocês gostaram? - perguntou a garota. - Fizemos com muito amor e magia.
- Magia principalmente. - complementou o sonserino. - Só escolhemos os berloques.
- Muito obrigado. - Iris pegou a sua pulseira e colocou em sue pulso, observando cada detalhe e vendo que seu berloque era uma cobra cascavel de cor verde escura, cheia de glitter e brilhante. - Eu amei. Sério, muito obrigado.
- Obrigado, crianças. - disse Remus, bagunçando o cabelo deles dois e pegando sua pulseira, que tinha um leão como berloque, cheio de brilho e muito, mas muito glitter. - São bruxos muito talentosos. - os elogiou, fazendo ambos sorrirem e saírem correndo de perto de ambos os dois.
Iris e o Lupin se levantaram, ficando alguns minutos em silencio, olhando suas novas pulseiras, quando o jovem interrompeu:
- Você não é tão ruim quanto eu pensava. - comentou ele. - É boa com crianças. - observou.
- Você também não é tão insuportável quanto eu imaginava. - sorri, tocando seu berloque. - Posso ver sua pulseira? - o jovem assentiu, estendendo seu braço e a garota tocou a mesma observando todos os detalhes. Quando, de surpresa, Rosier acidentalmente tocou a quase cicatrizada marca na pele do jovem, seus dedos congelaram por um momento. O rapaz estremeceu ligeiramente sob o toque inesperado, mas não retirou o braço. Seus olhos se encontraram, uma mistura de surpresa e cautela refletida neles. Íris, ao sentir a pele áspera sob seus dedos, imediatamente recuou, seu rosto revelando um misto de choque e arrependimento. Ela murmurou um pedido de desculpas, mas os olhares presos continuavam a falar, revelando algo mais profundo.
O jovem observou-a por um instante, seus olhos retendo uma expressão indecifrável. Uma mistura de vulnerabilidade e algo que se aproximava da compreensão passou por seus olhos. Aquela cicatriz tinha uma história, e Rosier, sem querer, acabou tocando em algo mais profundo do que imaginava.
- Acho que estamos tendo um momento aqui ou é impressão minha? - brincou o Lupin tentando amenizar o clima.
- O que aconteceu? - perguntou ela, séria.
- Você não quer ouvir.
- Se eu não quiser ouvir, eu falo. - disse ríspida e séria. - E eu quero saber o que houve com você, Remus.
A hostilidade inicial vai se transformando em uma curiosidade mútua, levando a um reconhecimento surpreendente de que talvez a relação deles não seja apenas de inimigos, mas de algo mais complexo.
Remus suspira. Falar sobre aquilo doía. E a jovem Rosier nunca viu seus olhos castanhos tão tristes e sérios como aquele momento. - Uma lembrança do passado. Uma marca de escolhas que não fiz e consequências que tive que enfrentar.
Rosier sentiu a profundidade da resposta, uma narrativa não contada que espreitava por trás daquela cicatriz. Os olhos de ambos seguraram um entendimento mútuo, uma conexão frágil começando a surgir entre eles.
- Às vezes, o passado deixa marcas que não podemos esquecer e nos deixam aprisionados. - completou sua resposta.
Os segundos passaram, e, nesse instante, a hostilidade anterior se dissolveu em uma compreensão mútua. Rosier percebeu que talvez houvesse mais na história do jovem do que ele poderia ter imaginado. Uma faísca de curiosidade surgiu, e os dois se viram enredados em um momento de vulnerabilidade compartilhada.
Mais tarde no mesmo dia, Íris estava deitada em um dos sofás do salão comunal pensativa enquanto recebia uma leve carícia em seus fios loiros de Daniel, seu melhor amigo, que lia um livro de romance. - Onde você se vê daqui cinco anos? - ela o perguntou, de surpresa.
- Longe de você. - respondeu, brincando abaixando seu livro e a encarando. - Está pensativa. - comentou, observando as pontas dos cabelos da melhor amiga mudarem de loiro claro para um loiro escuro. Um sinal de que ela estava perdendo controle e tendo sentimento fortes sobre algo.
- Apenas pensando em algo que me ocorreu mais cedo com Remus. - o respondeu, se levantando e se ajeitando no sofá, agora cara a cara com o Pucey no sofá esverdeado.
- Para você chamá-lo de Remus ao invés de Lupino, é algo sério mesmo. - tentou amenizar o clima tenso que se formara ali e tentar com que o lindo sorriso da Rosier aparecesse. Daniel e Iris haviam se conhecido num jantar promovido pela mãe da jovem, a alguns anos, e logo uma amizade foi criada. Os dois entendiam o peso de serem puros sangues e forçados a serem o que não eram. Escondidos numa névoa de mentira e falta de coragem para desmentirem, unidos por sentimentos iguais e situações semelhantes.
A jovem sonserina então contou o que houve mais cedo ao melhor amigo, que a ouviu atentamente e só após o fim, deu sua opinião. - Você acha que ele esconde um terrível e trágico segredo e quer descobrir?
- Sim, mas não para a segunda pergunta.
- Não quer descobrir?
- Sim, eu quero, mas não sou intrometida.
- Ah, sério? - o encarou com as sobrancelhas arqueada. - Pare de mentir.
- Tudo bem. - revirou os olhos a jovem. - Eu sou um pouco curiosa. Aliás eu não lhe contei, mas recebi uma carta de minha mãe. - pegou o papel amarelado de dentro de seu bolso, logo suspirando. - Vou passar o natal aqui em Hogwarts, pois vovó Althea não está tão bem de saúde. E meus pais estarão muitos ocupados com você sabe o que na data. - a Rosier amassou a carta, jogando no fogo da lareira de pedras e a observou queimar
- Que infortúnio, uma pena que tenho que ir para casa, Íris, se não passaria com você. - disse Daniel, tocando os cabelos da amiga.
- Está tudo bem, Dan. - sorriu triste. Ela odiava ficar sozinha em datas comemorativas. Não gostava muito de estar em sua casa com seus pais, mas ainda sim, sentia falta deles dois. - Mas mudando de assunto, o que vai me dar de presente, Dan? - perguntou fingindo um sorriso, algo não muito difícil para a Rosier.
- Ah, Íris, você sabe que sou péssimo com presentes. Mas prometo que vou pensar em algo especial para alegrar seu Natal solitário. - Daniel respondeu com um sorriso sincero, tentando amenizar a tristeza nos olhos da amiga.
Íris assentiu, apreciando o gesto de Daniel. Ela sabia que ele se esforçaria para tornar seu Natal mais alegre, mesmo estando longe. Enquanto observava as chamas dançando na lareira, começou a divagar sobre as muitas aventuras que compartilharam em Hogwarts.
- Sabe, Dan, mesmo com tudo isso, estou grata por ter amigos como você. Hogwarts é meu lar de verdade, e é aqui que encontrei pessoas que se importam comigo. - Íris falou com sinceridade, sentindo-se reconfortada pela presença de Daniel.
Ele sorriu novamente e, com um toque leve, segurou a mão de Íris. - E você também é especial para todos nós, Íris. Não importa onde estejamos no Natal, Hogwarts sempre será nossa casa, e estaremos conectados de alguma forma. - Daniel afirmou, transmitindo confiança e amizade.
Íris sorriu genuinamente desta vez, agradecendo por ter um amigo tão leal como Daniel. Mesmo com a solidão das festas, ela sabia que a magia da amizade estava presente e tornaria o Natal em Hogwarts especial de alguma maneira. A Rosier deitou sua cabeça no ombro do Pucey, com suas mãos ainda se tocando e ficaram os dois observando as chamas da lareira dançarem em sincronia.
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