chapter four: a day in hogsmeade
Era uma tarde fria em Hogsmeade, as folhas alaranjadas do outono decoravam o chão enquanto o vento gelado soprava pelas ruas da vila. Iris Rosier andava com sua habitual postura elegante, ao lado de Daniel Pucey e Emmeline Vance, suas risadas misturando-se ao som dos outros alunos que exploravam o local. Severus Snape estava um pouco mais atrás, a expressão sempre séria e vigilante, como se estivesse pronto para se proteger de qualquer ameaça futura.
— Então, o que vocês acham de passarmos no Três Vassouras? Uma cerveja amanteigada parece boa agora — sugeriu Emmeline, abraçando seu casaco contra o frio.
— Por mim, tudo bem — concordou Daniel, lançando um olhar curioso na direção de Iris, que parecia distraída.
Antes que pudessem responder, a voz inconfundível de Sirius Black interrompeu o momento. — Olha só quem temos aqui! O meu trio favorito e sua rainha Emme. — Sirius apareceu com um sorriso presunçoso, ao lado dos outros Marotos.
— Ah, Black — suspirou Emmeline, já prevendo o que estava por vir. — Não cansa de tentar impressionar?
Sirius ignorou o comentário, seu olhar imediatamente se fixando em Emmeline, que o encarou com desdém, como sempre. James Potter, Peter Pettigrew e Remus Lupin mantinham uma certa distância, com Remus lançando olhares discretos para Iris, que se esforçava para ignorá-lo. Desde que haviam começado a passar mais tempo juntos, por circunstâncias que ela não controlava, algo estranho havia mudado entre eles.
— Emmeline, que tal você e eu tomarmos uma cerveja amanteigada sozinhos, longe dessa turma? — perguntou Sirius, o sorriso de provocação evidente. Emmeline revirou os olhos e soltou uma risada breve.
— Sirius, quantas vezes preciso te dizer? Não estou interessada.
— Sabe, um dia você vai perceber o que está perdendo — ele piscou para ela, ainda que sua confiança começasse a vacilar. Enquanto isso, Remus não conseguia desviar o olhar de Iris.
Havia algo nos últimos encontros com ela que o deixava confuso. Eles haviam trocado farpas por anos, a animosidade sempre presente, mas ultimamente, quando discutiam ou competiam em sala, ele sentia algo diferente. Uma tensão mais profunda que não conseguia entender totalmente. Iris, por outro lado, estava inquieta. Sentia o olhar de Remus sobre ela, e isso fazia seu coração acelerar, uma reação que a irritava profundamente. Ela era forte, controlada, e não entendia por que o simples fato de estar próxima dele a fazia sentir-se tão... vulnerável.
— Lupin, algo interessante? — provocou Daniel, percebendo a troca de olhares. Ele e Emmeline trocaram sorrisos cúmplices. — Gosta do que vê em minha amiga?
— Não sabia que Rosier e Lupin estavam... tão próximos — Emmeline comentou em voz baixa, embora suficiente para que Iris ouvisse.
— Não estamos! — Iris respondeu, irritada, cortando o comentário antes que alguém pudesse desenvolver o assunto. Remus, no entanto, sorriu, reconhecendo o nervosismo dela.
— Querida, você está corando? — provocou Daniel, rindo.
— Claro que não! — respondeu ela, elevando a voz um pouco mais do que pretendia, sentindo-se exposta. Emmeline e Daniel riram, mas Remus continuou sério, seus olhos fixos nos dela, como se tentasse decifrar o que estava acontecendo ali.
— Podemos ir ao Três Vassouras ou vocês vão continuar com esse show? — Snape interveio, lançando um olhar irritado na direção dos Marotos, especialmente de Sirius, que continuava insistindo em seu flerte com Emmeline, e James. Iris, finalmente decidindo que precisava de um momento longe daquela situação desconfortável, murmurou algo e começou a se afastar em direção ao beco lateral.
— Onde você vai? — perguntou Emmeline, levantando uma sobrancelha.
— Não demoro. Só preciso de ar.
Iris desapareceu pelas sombras. Curioso e incapaz de evitar, Remus seguiu discretamente atrás dela, mantendo distância suficiente para que os outros não notassem sua saída. Ela parou ao lado da loja de varinhas, respirando fundo. Sentia-se agitada, algo que nunca lhe acontecia. Ela estava acostumada a ser controlada, a ter tudo sob seu domínio, mas desde que Remus Lupin começara a aparecer mais em sua vida, tudo parecia fora de ordem. E ela tinha que ter cuidado pois não podia perder controle ou eles saberiam sobre seus poderes, que faziam as pontas de seus cabelos mudarem de cor.
— Você está fugindo? — A voz de Remus a surpreendeu. Ele estava parado a poucos metros, suas mãos nos bolsos, o olhar sereno, mas intenso. Ela deu um passo para trás, cruzando os braços numa tentativa de se proteger.
— O que você quer agora, Lupin?
— Talvez a mesma coisa que você — ele respondeu, calmamente.
— Não sei do que está falando.
— Acho que sabe. — Ele deu mais um passo à frente, parando a uma distância segura, mas próxima o suficiente para que ela sentisse sua presença com mais intensidade. — Está acontecendo algo entre nós, Rosier. E sei que você está sentindo também.
Iris sentiu a garganta secar. Queria negar, queria argumentar que ele estava errado, mas, de alguma forma, as palavras não saíam. O olhar de Remus era calmo, mas havia algo nele que a fazia sentir-se desarmada, vulnerável de uma maneira que ela odiava.
— Eu não... — começou ela, mas sua voz falhou. Ela respirou fundo e tentou novamente, desta vez com mais firmeza. Tentando voltar a ter controle sobre a situação e a si. — Isso é ridículo. Nós somos inimigos. Nada mais. — Remus não desviou o olhar, e por um momento, o silêncio entre eles parecia mais alto do que qualquer palavra que pudessem dizer.
— Talvez fôssemos, mas as coisas mudaram. — A voz dele era baixa, quase um sussurro. Iris sentiu o coração acelerar novamente, e isso a irritava profundamente. Ela estava fugindo, e sabia disso. Mas, ao mesmo tempo, não conseguia se afastar completamente.
— Eu... preciso ir — murmurou, sem coragem de encará-lo por mais tempo. Ela deu as costas e se apressou, deixando Remus sozinho, observando-a partir com um olhar pensativo.
Enquanto ela se afastava, uma parte de si sabia que aquele não seria a última vez que conversavam sobre o que estava acontecendo entre eles. O jovem Remus Lupin a fazia sentir-se vulnerável, e isso a assustava mais do que qualquer outra coisa. Ela era uma Rosier, e Rosiers não se permitiam fraquezas. Seus pais haviam a ensinado isso, desde pequena, e que sentimentos são para serem deixados de lados.
Nos dias que se seguiram, Íris se afastou ainda mais de Remus Lupin. O que havia começado como uma irritante e inesperada atração se transformava, a cada encontro ou troca de olhares, em uma tempestade interna que ela simplesmente não sabia como controlar. Seu coração batia descompassado toda vez que ele estava por perto, e isso a enfurecia. Seus pais também começaram a pressioná-la mais intensamente. Cartas chegavam com ordens veladas, lembrando-a de suas responsabilidades, da família que deveria honrar, e do casamento promissor que eles já estavam organizando. Após o fim de Hogwarts ela iria se casar com um sangue puro. Eram diretrizes que ela não podia ignorar. Ser uma Rosier significava obedecer, seguir o caminho que seus pais haviam traçado para ela desde cedo. O peso da expectativa era sufocante.
No dormitório da Sonserina, tarde da noite, Iris leu a última carta de sua mãe. Era fria, meticulosa, lembrando-a de seu dever para com a família. Havia uma linha que se destacava: "Não se esqueça, Iris, você é uma Rosier. Não há espaço para distrações tolas ou para desviar de seu caminho."
Ela amassou a carta com força, os dedos tremendo de frustração. Distrações tolas... Aquilo era sobre Remus, mesmo que sua mãe não soubesse. Ele era a personificação de tudo o que ela não podia ter, tudo o que não devia querer. Na manhã seguinte, enquanto os alunos de Hogwarts faziam suas atividades diárias, Iris caminhava pelo corredor central com Daniel e Emmeline ao seu lado. Severus, sempre por perto, lançava olhares cautelosos em sua direção, como se soubesse que algo a perturbava.
— Você está bem? — perguntou Emmeline, percebendo o estado de espírito de Iris. — Parece distante ultimamente.
— Só... algumas coisas para resolver — Iris respondeu, sua voz tensa, sem entrar em detalhes. Emmeline sabia melhor que pressionar, não a faria falar, então simplesmente assentiu, mas antes que pudessem continuar a conversa, a figura de Remus Lupin apareceu no final do corredor. Ele andava em sua direção, o rosto sério, determinado. O coração de Iris acelerou de imediato, e ela instintivamente sentiu o impulso de fugir. Mas não dessa vez. Havia uma intensidade nos olhos de Remus que a prendia no lugar.
— Precisamos conversar, Rosier — disse ele, com a voz firme, sem hesitação. Daniel e Emmeline trocaram olhares, mas antes que pudessem intervir, Iris ergueu a mão, um gesto silencioso de que lidaria com aquilo sozinha.
— Está bem, Lupin — ela respondeu, com mais firmeza do que sentia. — Vamos falar.
Os dois se afastaram para um canto isolado do castelo, perto de uma pequena passagem entre as torres. O silêncio entre eles era denso, carregado de todas as palavras não ditas dos últimos dias. Remus foi o primeiro a quebrá-lo.
— Você tem me evitado, e acho que sabemos por quê — ele começou, seu tom direto. — Toda vez que nos aproximamos, você foge. Você está com medo.
Iris cruzou os braços, erguendo o queixo em desafio.— Eu não estou com medo de você, Lupin. Eu só não quero... — Ela parou, buscando as palavras certas, algo que pudesse colocar uma barreira definitiva entre eles. — Não quero perder meu tempo com você. — Remus arqueou as sobrancelhas, surpreso, mas logo seu rosto endureceu.
— Não me subestime, Rosier. Não sou idiota. — Ele deu um passo à frente, encurtando a distância entre eles. — Sei que sente algo, mesmo que não admita. E estou cansado de você fingir que não sente. Que não se importa. Porque, se fosse verdade, não estaria tão desesperada para fugir.
A respiração de Iris acelerou. Ele estava muito perto agora, perto o suficiente para que ela sentisse o calor dele, para que os sentimentos conflitantes voltassem à tona. Mas ela não podia permitir que isso continuasse.
— Você acha que me conhece, Lupin? — Ela riu com desdém, mas sua voz tremeu levemente. — Acha que só porque me olha assim, consegue entender quem eu sou? Que só por que começamos a passar um tempo juntos já me conhece...
— Eu a entendo mais do que você pensa. — Remus a interrompeu, o olhar penetrante. — Sei que você está presa nesse papel, nessa ideia de quem você deveria ser, mas não é isso. Você está quebrada, Iris. Quebrada, Rosier. — repetiu ele. — Você construiu essa barreira em torno de si mesma para esconder o quão fraca você realmente é. Você tem medo, e está fugindo porque não quer enfrentar isso!
Iris sentiu um estalo dentro de si, como se algo tivesse sido quebrado e soltado algo antes preso dentro dela. As palavras de Remus eram afiadas, cortando direto em suas inseguranças, e ela não podia mais suportar.
— O que você sabe sobre medo, Lupin? — ela gritou, a raiva transbordando. — O que sabe sobre viver cercado de pessoas que esperam que você seja perfeito, que siga um caminho que não escolheu? Você acha que pode vir aqui e me julgar? Dizendo que me conhece... Tolo! Patético!
Ela puxou a varinha, os olhos brilhando de fúria. Remus também puxou a sua, sabendo que a situação estava se deteriorando rapidamente.
— Não, eu não sou perfeito. Mas pelo menos eu enfrento o que sou. Diferente de você, que se esconde atrás desse nome, dessa arrogância! Você é uma covarde, Rosier!
O coração de Iris bateu ainda mais rápido, e antes que pudesse se controlar, lançou o primeiro feitiço.
— Expelliarmus! — gritou ela, mas Remus desviou habilmente, lançando um feitiço de proteção.
— Protego! — Ele lançou em resposta um Stupefato, que passou raspando pelo ombro dela.
A raiva de ambos só aumentava a cada golpe trocado. Iris sentia o calor subir em suas veias, o poder fluindo por ela enquanto disparava feitiços com mais intensidade. Os feitiços ecoavam pelos corredores, as luzes dançavam nas paredes de pedra enquanto eles duelavam com uma fúria incontrolável.
Remus começou a se cansar, seus reflexos ficando mais lentos, mas ele continuava lutando. Iris, por outro lado, parecia movida por algo mais profundo, algo que a empurrava além de seus limites. Pela raiva! Fúria!
Ela finalmente conseguiu acertá-lo com um Petrificus Totalus, e o corpo de Remus foi jogado no chão com um baque. Ele estava paralisado, os olhos arregalados enquanto Iris se aproximava, sua varinha ainda apontada para ele. Ela se ajoelhou sobre ele, ofegante, e sua expressão era de pura raiva.
— Eu sou quebrada, Lupin? — sussurrou ela, com um sorriso frio, sua voz tremendo com a intensidade do momento. — Talvez eu seja. Mas é assim que eu sobrevivo.
Iris se inclinou mais sobre Remus, sua varinha apontada para ele como uma lâmina afiada. O olhar que ela lançava era uma mistura de fúria e desprezo, mas por dentro, a tempestade de emoções se intensificava. Ela não queria ser aquela pessoa, não queria ser a Rosier que sucumbia à vulnerabilidade.
— Quebrada ou não, não me interessa, Lupin. — A voz dela soou gélida, cada palavra cuidadosamente moldada para cortar. — Nós somos inimigos. Você pode pensar que há algo entre nós, que temos alguma conexão, mas não há. Você não passa de um adversário para mim.
Os olhos de Remus brilharam com uma mistura de desafio e dor, mas ele não desvia o olhar. O silêncio entre eles era pesado, mas Iris não se deixaria abalar. Ela precisava manter a compostura, a frieza.
— Você pode me evitar e se esconder atrás de sua arrogância, mas isso não vai mudar a verdade. — Remus falou, a voz firme apesar da situação. — Estou aqui, e você sabe que está sentindo algo.
Iris riu com desdém, uma risada baixa e fria que ecoou na pequena passagem.
— Sentindo algo? Você realmente acredita que isso é alguma coisa além de rivalidade? Nós só temos um papel a cumprir neste jogo, e você é apenas um dos meus adversários. Você pode passar tempo comigo em Hogwarts, podemos nos encontrar como assistentes ou em aulas, mas é só isso. Não há amizade aqui. Não há espaço para isso na minha vida.
Ela se afastou um pouco, o olhar firme, como se tentasse reafirmar sua própria realidade.
— O que você quer, Remus? — a provocação estava clara em seu tom. — Você quer ser meu amigo? Você quer me salvar? Eu não preciso da sua bondade ou do seu apoio. Eu sou forte o suficiente para me defender sozinha.
Remus a observava, e uma parte dele queria protestar, queria quebrar aquela armadura que ela havia construído com tanto cuidado. Mas, ao mesmo tempo, ele sabia que qualquer tentativa de se aproximar seria em vão, uma batalha perdida.
— Você realmente acredita que isso é sobre amizade? — ele respondeu, a voz mais suave, mas ainda firme. — É sobre você não querer ver a verdade. Não querer enfrentar o que está dentro de você. E, por mais que você tente me afastar, isso não vai mudar o que sentimos.
Iris balançou a cabeça, rindo de forma amarga.
— Sentimentos são apenas distrações, Lupin. Eu não tenho tempo para isso. Meu lugar é na Sonserina, com minha família e minhas obrigações.
Os olhos de Remus se estreitaram, um misto de frustração e compreensão. Ele sentia que a batalha que travava não era apenas contra ela, mas contra tudo o que ela acreditava ser.
— Então você vai continuar se escondendo atrás dessa fachada de indiferença? — perguntou ele, desafiando-a. — Você não é só uma Rosier. Você é muito mais do que isso, Iris.
A raiva cresceu dentro dela, e Iris respondeu com um sorriso gelado, uma expressão que era um reflexo da sua determinação.
— Não, Lupin. Você não entende. Eu sou uma Rosier, e isso é tudo o que eu sou. Você não pode mudar isso. Não importa o quanto tente. E a partir de agora, você vai saber qual é o seu lugar. Você é meu inimigo, e é assim que vai continuar sendo.
Ela se levantou, a varinha ainda em mãos, e caminhou para longe dele, sentindo uma satisfação estranha misturada com uma ferida aberta. O que havia acontecido entre eles agora parecia uma sombra distante, eclipsada pela certeza de sua própria identidade.
Remus permaneceu no chão, observando-a ir embora, o coração apertado com a sensação de que, apesar de todos os sentimentos e verdades, Iris Rosier havia decidido se prender a um caminho de solidão. E, embora ele soubesse que não poderia salvá-la, a batalha dentro dele continuava, uma luta silenciosa contra o que quer que estivesse entre eles.
— Você pode ser minha inimiga, Rosier — ele murmurou para si mesmo, a voz cheia de uma determinação silenciosa. — Mas não vou desistir de você tão facilmente.
Iris parou, olhando por cima do ombro com um sorriso desdenhoso. O ar ao redor deles parecia carregado, e ela sabia que tinha a vantagem.— Você realmente não entende, Lupin, — começou ela, a voz baixa e cortante. — Estou jogando um jogo, e a peça mais poderosa não precisa de um rei. Ela riu, um som que ecoou pela passagem como uma nota dissonante. — Em um jogo de xadrez, uma rainha não depende de um rei para ter poder. Ela pode se mover livremente, dominar o tabuleiro sozinha. — A expressão dela se tornou mais séria, como se a comparação fosse uma realidade inegável. — E eu sou essa rainha. Você é apenas uma peça no meu jogo. Remus observou, aturdido pela frieza em sua voz. Cada palavra dela era uma facada, uma confirmação do que ele já suspeitava.
— Você pode pensar que é uma rainha, mas, Iris, se isolar assim só vai te deixar sozinha no tabuleiro. As rainhas mais poderosas também precisam de aliados, mesmo que não reconheçam isso. — Ela deu uma risada mais forte, como se suas palavras fossem um insulto à sua inteligência.
— Aliados? — perguntou Iris, erguendo uma sobrancelha, o olhar desafiador. — Eu não preciso de aliados, Lupin. Eu sou forte o suficiente para enfrentar tudo sozinha. E a última coisa que preciso é de você ou de qualquer um dos seus amigos idiotas.
A tensão entre eles estava palpável. Iris percebeu que a raiva não era apenas dela; Remus também estava lutando contra algo dentro de si. Mas isso a deixava mais determinada a manter as barreiras. Ela não ia permitir que ninguém a derrubasse.
— Se você quer se ver como um cavalo ou uma torre no meu jogo, tudo bem. Mas não se esqueça de que eu sempre estarei um passo à frente. Não importa quantas peças você tenha, eu sou a rainha. — Ela deu mais alguns passos em direção à saída, olhando para ele com um sorriso que misturava vitória e desprezo.
O olhar de Remus continuava fixo, determinado a não deixar que suas palavras o afetassem. — Então jogue seu jogo, Rosier — ele respondeu, sua voz cheia de convicção. — Mas lembre-se de que cada peça tem seu valor. E não importa quão forte você seja, uma rainha ainda pode ser derrotada se não souber quando pedir ajuda.
Iris hesitou por um instante, uma sombra de dúvida passando pelo seu rosto, mas rapidamente foi substituída pela máscara de confiança que sempre usava.
— Como eu já disse, Lupin, você não é nada mais do que um inimigo para mim. E como toda peça do meu jogo, você pode ser facilmente removido. —
E com isso, ela se virou e saiu, os passos firmes e decididos, enquanto o coração de Remus se apertava com a luta que ainda estava por vir. Ele ficou ali, observando-a desaparecer, a determinação crescendo dentro dele.
A partida ainda estava longe de terminar, e, de alguma forma, ele sabia que a rainha estava apenas começando a se mover no tabuleiro.
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