035 - O dia da mudança
DIZEM QUE MUDAR FAZ PARTE DO desenvolvimento humano, que estamos todos em constante transformação e, também, que estas são vitalícias, por fazerem parte de nós. Apesar de tudo, não é de tal tipo de mudança a que me refiro hoje — embora esta tenha me ocorrido com frequência —, a que falo é sobre uma mais simples, mudança espacial. Hoje realmente é um dia de mudança para mim, mas de moradia.
Estou empolgada. Quando as coisas começaram a dar errado com o apartamento antigo, pensei que fosse um sinal para desistir, mas isso apenas se provou como uma grande oportunidade. É como dizem: quando uma porta se fecha, outra se abre. Para mim, abre-se a de Shin Mina.
— Bem-vinda ao lar! — minha melhor amiga me recebe na porta, mas para antes que eu entre. — Calma aí. Você precisa entrar com o pé direito.
Eu dou risada. Não acredito nessas superstições, mas faço como a morena instrui. Eu entro primeiro com o pé direito, passando para dentro do lugar que agora chamaremos de nosso.
— O mais adequado não seria você me carregar nos braços, amor? — questiono, fazendo menção à tradição de casamento.
— Droga! Nosso casamento não vai ter sorte. — ela brinca. — Agora me deixa te ajudar com as suas coisas. — Shin pega a caixa cumprida das minhas mãos e leva até o quarto que costumava ser um depósito, mas agora é meu. Ela faz isso com facilidade, na caixa estavam apenas cobertores, toalhas e travesseiros. Nada muito pesado.
— YUMIN! — ouvimos um grito vindo da sala, chamando o meu nome. Reconheço a voz, meu pai é quem grita. — Onde eu coloco essas coisas? — ele questiona quando voltamos para a sala, descansando a caixa pesada no sofá.
— Bom-dia, tio! — Mina o cumprimenta. — Quer dizer que além de médico, agora o senhor é auxiliar de mudança?
— Sim. Agora a sua tia não precisa mais disso, o marido dela tem dois empregos. — ele diz, fazendo a minha amiga rir lembrando do seriado que papai nos viciou quando crianças. — Onde deixo as coisas dela?
— É aqui, vem, me segue. — ela pede, conduzindo meu pai até o meu novo quarto.
O lugar ainda parece meio vazio, a minha cama e o restante dos móveis não vieram ainda, estes virão durante a tarde, em um caminhão de uma empresa especializada em mudanças que contratei. Enquanto isso, meus objetos pessoais menores estão aqui.
Hoje é um dia especial para mim, sinto-me diferente, mais liberta, sobretudo responsável.
Não estou sozinha, mas estou por conta própria. Mina e eu somos melhores amigas, não quer dizer babá ou mãe uma da outra. Quando se mora na casa dos pais, tudo é mais fácil, existem coisas sobre a casa que você nem sabe que existem, ou não faz a mínima ideia de como funcionam, trocar um botijão de gás é um exemplo. Mas sozinha, você precisa aprender a fazer esse tipo de coisa, parar de depender de que alguém faça para você e aprender a se virar sozinha.
A morena e eu ainda não temos um "contrato de convivência", mas quero fazer isso o quanto antes. Decidir quais tarefas ficará para cada uma fazer, se serão divididas, alternadas ou cada um faz o seu. Essas coisas são importantes a serem discutidas, um acordo de moradia entre amigos, ou um casal.
Meu pai deixa as minhas caixas no quarto, se despede e vai embora. Antes de começarmos a arrumar tudo, resolvemos almoçar, pedimos delivery. Um outro ponto a adicionar no nosso contrato: Alimentação - compras, consumo e funções.
Logo após o horário de almoço, as minhas coisas chegam. Minha mãe ligou para avisar que entregou tudo ao serviço de mudança e que eles já estavam de partida. Os meus amigos chegam quase junto com eles, alguns minutos depois. Na verdade, apenas Jisung e Felix vieram hoje. Yeosang precisou ir ao médico, Hyunjin teve que se encontrar com a representante de uma galeria e Jeongin está trabalhando na cafeteria, cobrindo o turno de um amigo. Quanto a Minho, ainda nada.
Ainda não conversamos, Lino e eu. Ele não respondeu à mensagem que Mina mandou no grupo, é provável que ele não tenha nem visto. Depois de alguns dias mais calma e pensando mais, eu resolvi mandar algumas mensagens para ele. O informei sobre hoje, a mudança e disse que precisamos conversar. Ainda assim, nada. Eu realmente espero que esta fase ruim entre nós passe logo, eu sinto muita falta dele. Toda a mudança já é o suficiente para acabar com a minha sanidade.
— Eu te trouxe isso, para te trazer felicidade nesta fase nova. — Jisung me presenteia com um bonsai de azaleias.
— Obrigada, Han Ji. — eu agradeço.
— Eu não te trouxe nada, mas espero que você tenha uma vida boa também. — Felix diz.
— Não tem problema, meu querido. Já que você não trouxe nada, ajuda com a limpeza. — a Shin sugere uma função para Lee.
— Você se ferrou. — Jisung sussurra para Felix, mas como estou perto, também ouço.
Enquanto os funcionários do serviço de mudança tiram os móveis do caminhão e montam tudo, Mina oferece alguns petiscos aos nossos amigos. Ela mesma faz, o que gera louça suja, que ela aproveita para fazer Felix lavar, junto da pouca sujeira do almoço, que ainda não foi limpa. Eles ficam os dois por lá, enquanto Han e eu vigiamos as coisas no quarto, se está tudo certo.
Quando o pessoal vai embora, Jisung me ajuda afastando os móveis montados do lugar para eu limpar a sujeira que a parafusadora fez e em seguida ele passa um lustra-móveis, enquanto eu desempacoto algumas caixas.
— Com licença... — Felix surge na porta do quarto, nos interrompendo por um tempo. — Jisung, Mina pediu para você ir lá. — ele informa.
Han sai, mas Lee fica.
— Você e Mina já terminaram? — questiono, visto que ele ficou com a parte de lavar a louça e ela a de secar.
— Não. — ele responde. — Mas depois que ela me ameaçou com uma faca desse tamanho, tal qual o Projota... — ele gesticula um tamanho exagerado com as mãos. — Eu resolvi sair. Tive que sacrificar Jisung, infelizmente.
— O que você fez, hein? — pergunto, deixando de lado mais uma caixa de roupas vazia.
— Absolutamente nada demais. Ela se estressou por conta do liquidificador e disse que ia me matar se eu não fizesse direito. — ele me conta, ainda sem acreditar. — Acho que ela estava delirando, parecia meio chapada.
Não consigo evitar de rir, a maneira como Felix explica as coisas é cômica, mesmo que na maioria das vezes este não seja o objetivo. Mas ele gosta disso, de fazer as pessoas sorrirem, porque assim ele consegue sorrir junto.
— Ela não te ameaçou sério. Foi apenas uma brincadeira, ela costumava fazer isso sempre com o Minho. É compreensível que você não tenha a entendido. — eu o explico. — Mina já deve estar sentindo falta do arqui-inimigo. Ou apenas de ter alguém para brigar. — eu teorizo. — Não a leve a sério com esse tipo de coisa.
Desde que os dois se conheceram que eles vivem nessa confusão, já estão acostumados, é a maneira que encontraram de demonstrar afeto um com o outro. Minha amiga sente falta disso e acredito que Lino deve estar sentindo também.
— Mas já que você está aqui, me ajuda. — eu peço, aproveito a oportunidade. — Você pode me ajudar organizando os livros na estante, eu vou terminar de arrumar o guarda-roupas.
— Está bem. — ele não reclama.
Eu o aponto as caixas de papelão cheias de livros e o ensino sobre como os organizar. Quando ele termina a primeira caixa de livros, eu termino de guardar as roupas, então parto para a penteadeira. Arrumo maquiagens e cosméticos, o que não me leva muito tempo. Eu sou rápida, ou ele quem é o lerdo. Termino tudo e ele continua.
Jogo-me de costas na minha cama quando termino. Fico meio sonolenta, ainda do efeito de ter comido pouco tempo atrás.
— Que bonito, eu aqui trabalhando e você aí deitada. — ele implica, me fazendo uma careta de desaprovação.
— Já terminei o meu, estou apenas fazendo uma pausa. Além disso, eu gosto de te observar... — comento, me deitando de lado, para então poder fazer isso melhor. — Continue o que estava fazendo, não ligue para mim.
Ele me lança um olhar de reprovação e cruza os braços, batendo o pé no chão, mas ainda assim continua a organizar. Yongbok tem a mania de folhear as páginas dos livros antes de os guardar. Eu fico observando. Ele fica atraente encostado na estante, com o livro na mão e a linha do seu maxilar destacada pela luz solar alaranjada que entra da janela, indicando o sol já se pondo.
Da cozinha, escutamos Mina nos gritando, informando que ela e Jisung estão indo até o supermercado fazer compras. Eu acho estranho todo o tempo que levam para limpar e secar a louça que Felix já tinha começado a fazer antes, parece que os dois demoraram de propósito e agora estão saindo para não precisarem ajudar, mas nem tenho tempo de opinar, escuto o som da porta se fechando.
— Yumin... — Felix chama meu nome. — Eu posso te fazer uma pergunta?
Levanto o tronco e me equilibro com os cotovelos, procuro por sua expressão. Ele parece tranquilo, apenas curioso. Não consigo captar o motivo apenas assim, então fico nervosa, mas decido por concordar.
— Pode.
— Por que o Minho não veio? — é o que ele me questiona. Não sei se me sinto aliviada. — É que você disse que Mina está com saudade dele, ele também não tem falado no nosso grupo de mensagens já faz um tempo e eu acho que posso acabar sendo morto por Mina se ele não aparecer logo. — Lee brinca. — Essas coisas me fizeram pensar que pode ter algo errado.
— Ah, é que... ele e eu discutimos alguns dias atrás. — explico de maneira simples a situação. — E quanto à Mina, não se preocupe, eu te protejo.
— Obrigado. — ele agradece. — Mas sobre a briga, qual o motivo? — ele pergunta, finalizando a sua parte também.
Eu fico sem saída. Como que eu explico que o motivo da minha discussão com o meu amigo foi justamente ele? Não consigo, digo só o básico.
— Divergimos em algumas opiniões. Mas não acho que esta briga vá durar muito tempo.
Felix concorda com a cabeça. O moreno se aproxima da minha cama e, percebendo que ele queria sentar, eu dou espaço. Lee fica de frente para mim, para conversarmos melhor.
— Nós conversamos poucas vezes, mas ele me parece ser uma boa pessoa. Minho se preocupa com você, ele é um bom amigo, vocês dois vão se acertar logo. — Yongbok diz as suas palavras de conforto. — Eu não sei quais as proporções da briga de vocês, mas não se preocupe com essa fase ruim, logo mais ela vai passar.
Felix sempre me conforta e acalma, desde aquela época. Suas palavras, atenção e delicadeza fazem o meu coração aquecer.
— Eu espero que sim.
Permito-me o admirar por alguns segundos. Ele é sempre tão belo, encantador.
O Lee me deixa esquisita, faz o meu corpo, mente e hormônios passarem a agir de maneira estranha sempre que ele está por perto. Eu não consigo controlar meu coração e a respiração quando estamos assim.
— Você parece diferente hoje, Yongbok. — digo, em uma tentativa provavelmente mal sucedida de o som da minha voz disfarçar o barulho alto do meu coração palpitante.
— Eu não entendi. Isso é algo bom ou ruim? — ele franze o cenho, confuso.
— É algo bom. Quero dizer, parece ser. Não sei como explicar exatamente, mas é algo nos seus olhos. Eles estão diferentes. — não sou boa em descrever o que vejo e sinto. — Você parece bem, sinto que está feliz.
Ele sorri. Até o seu rosto parece mais corado, com mais vigor.
— Acho que estou sim feliz. — ele concorda. Suspira e sorri, como não teve feito, segundo os seus relatos, durante muito tempo. — Terminei com Minju. — ele solta o ar como se tivesse tirado um peso das costas. — É um pouco estranho. Eu terminei um relacionamento, mas estou tão feliz. Eu deveria estar triste com isso?
Não, com certeza a resposta é não. Ele deveria estar dando pulinhos de alegria, exatamente como os que quero dar agora.
— Eu creio que não. Vocês dois não tinham um relacionamento saudável, não precisa fingir que se sente mal com isso. — eu dou a opinião que me foi solicitada. — Eu fico feliz por você também. Você está finalmente livre. — eu não consigo parar de sorrir, minha boca já começa a doer. — O que pretende fazer agora?
— Falando assim parece até que eu saí da cadeia. — ele ri.
Para mim, um relacionamento abusivo é como uma especie de prisão.
— Eu não fiz planos. Agora, tudo o que eu quero é tirar um tempo para mim mesmo. — ele responde. — Os últimos anos foram desgastantes demais, eu só quero focar no que me deixa feliz. Vou atrás de saúde mental também, eu preciso. Desde que conversamos em Busan eu tomei a coragem de fazer o que preciso, consegui admitir que também preciso de ajuda para lidar com os meus assuntos.
— É ótimo poder ouvir isso. Estou orgulhosa de você, Lix.
Felix sorri, então eu também. O seu sorriso é tão esplêndido que não me cabem palavras para conseguir descrevê-lo, tudo o que eu posso fazer é contemplar a sua beleza e agradecer a Deus por ter a habilidade de enxergar.
Quando, de uma maneira inesperada, Felix pousa a sua mão na minha e segura, acariciando com sua mão delicada, eu paraliso. Fico nervosa, eufórica. Quero gritar. Ele sabe exatamente como dar pane no meu sistema.
— Obrigada por se preocupar. — ele agradece. — É bom ter alguém fora de uma clínica que eu possa conversar também. — ele acaricia minha mão. — Você tem sido uma ótima amiga, Yumin. Obrigada por estar ao meu lado.
— Você sabe que pode contar comigo sempre.
Amigos.
Está tudo bem, vai ficar tudo bem. Ele disse que quer usar esse tempo para focar em si. Então eu vou respeitar a sua decisão, é o que devo fazer. Mas, inconscientemente, ficarei aqui, esperando por ele, até que esteja pronto, porque sou uma idiota.
Talvez no futuro, o universo enfim se alinhe ao nosso favor, no momento em que estivermos preparados para tudo o que amar alguém exige. Enquanto isso, eu agradeço por você ter voltado para a minha vida. Por mais que quando te vi eu tenha me feito de durona e pagado de superada, só o meu coração e eu sabemos a falta que você fez. Espero que você não precise ir embora nunca mais, porque não vou conseguir te perder duas vezes.
— Mudando de assunto... ainda tem alguém que eu quero muito te apresentar. — eu falo de repente, lembrando que Felix e Thor ainda não se conhecem.
— Outro amigo? — ele questiona.
— Não. Quer dizer, é sim. Você verá, vai adorá-lo. — eu preciso apresentar os dois, eles vão se amar, tenho certeza. — Você já tem planos para o natal? — pergunto, mudando novamente o tópico.
— Nenhum. É que o natal é uma época para se estar com a família e eu... não tenho isso.
— Ei, você tem a mim. — digo, talvez muito de imediato. — Tem Chan... — tento consertar isso antes que eu entregue os meus sentimentos sem perceber. — O senhor Bang. — completo. — Ele sempre te tratou e vai continuar tratando como um filho.
— Eu sei... — Lix suspira. — E eu sou muito grato por isso, por vocês.
— Nós também somos. — eu me alongo na cama, meu corpo começa a doer. — Agora vamos parar com o papo e voltar ao trabalho.
Resolvo me levantar da cama e voltar a arrumar minhas coisas, obrigo o moreno a ajudar. Guardo as colchas de cama, toalhas e demais pertences na cômoda, Felix passa pano. Mina e Jisung só chegam bem depois, com algumas sacolas. Os dois ficam encarregados de prepararem o jantar.
O dia ocorre bem, conseguimos fazer tudo. A mudança é pouca, apenas o meu quarto, já que o resto da casa já estava aqui antes, com a Shin.
Quando os garotos vão embora, Mina e eu vamos dormir nos nossos quartos. Não consigo, há algo me tirando o sono. O silêncio perturba, algo que nunca me ocorreu antes. Levanto-me da cama, impaciente. Penso em ir à cozinha, tomar um copo d'água. Caminho quase que arrastando os pés, preguiçosa. Levo um susto quando dou de cara com a morena ao lado da geladeira.
— Que susto! — eu exclamo. — Pensei que você estivesse dormindo.
— Eu digo o mesmo.
— Não consegui dormir. — conto. — Fiquei pensando sobre umas coisas.
— Quais coisas? — ela questiona, curiosa.
Penso se devo mesmo falar sobre isso agora, sobre o Lee. O assunto é chato e eu não quero cansar ou entediar ela. Eu também não quero puxar de volta esse drama que nós assistimos ao vivo, mas eu não consigo parar de pensar no meu amigo. Então como já comecei, termino.
— Você tem falado com Minho? — questiono, angustiada.
A morena rola os olhos.
— Falei com ele hoje. — ela conta, me deixa curiosa. — Eu perguntei se ele vai acampar com a gente no fim de semana, ele disse que sim. Fale com ele lá, se quiser.
— Eu pretendo fazer isso, falo sério. Não quero que a gente pare de se falar por conta daquela briga boba. — digo, coloco um pouco de água para mim.
— Bom, eu não tô nem aí pra ele. — diz a morena.
A boca diz uma coisa, mas os olhos falam outra. Assim como eu, Mina sente falta do Lee de cabelos vermelhos. Por mais que ela o considere extremamente irritante, no seu íntimo, sente falta de ter alguém a quem irritar e ser irritada.
— Mina... — capturo a sua atenção. — Por que você acha que ele ficou tão irritado naquele dia?
— Ele quem? — sua voz já emite certo sono.
— Lee Minho.
— Eu não sei, ele é um idiota. — comenta, bêbada de sono. — Deve ser só ciúmes. Igual como as pessoas falam que é quando a gente ganha um irmãozinho e tem medo de perder os nossos pais. — ela fala, mas não é um bom exemplo para nós. Shin é filha única e eu sou a irmã mais nova. — Agora eu já vou dormir, boa-noite.
— Boa-noite. — a deixo em paz e volto para o meu quarto também.
Deitada na minha cama, meus pensamentos ainda me atormentam bastante durante a noite, até que o cansaço e o sono me vencem.
Quanto ao meu amigo, eu realmente espero que ele não fique chateado com isso por muito tempo, porque eu já esqueci. Foi uma coisa boba, uma briga idiota a qual não se vale a pena pôr a nossa amizade em risco. Oque foi aquilo afinal, será que foi mesmo uma briga boba de ciúmes? Seja o que for, eu não aguento mais ficar brigada com alguém a quem tenho tanto carinho, isso me entristece e vem acabando comigo. Durante o sábado, quando nós formos acampar, espero que possamos conversar. Eu prezo demais pela nossa amizade para deixar que ela acabe assim, por algo tão estúpido e infantil.
Minho, eu espero que você não esteja perdendo as noites de sono, assim como eu.
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