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032 - Liberdade

       AMOR OU OBSESSÃO? QUANDO é que o que sentimos deixa de ser amor e passa a se tornar uma obsessão? Mas quando isso acontece, o amor realmente, algum dia, foi um sentimento presente? Até que ponto um dia ela me amou?

       São muitas as dúvidas.

Desde o princípio, tudo pareceu errado. Não gosto de fazer comparações, mas já fazendo, com Minju nunca foi como com Yumin. Nunca pareceu real, não é real. Esta é uma relação completamente sem sentimentos, meus ou dela.

No meio das suas mentiras, ela me olhava nos olhos e dizia que ama somente a mim, mas eu sempre acabava descobrindo suas traições. Desde a primeira vez eu venho tentando novamente terminar, mas ela sempre usa da boa e velha pressão psicológica, eu cedo e acabo como o "corno manso" da história.

Eu não a entendo. Não houve uma vez que compreendi suas ações. Como ela pode chegar ao ponto de se machucar, para evitar que nos separemos, e ainda assim me trair descabida e descaradamente. Do que a nossa "relação" se trata para ela? Do que eu me trato para ela? Eu sou algum tipo de conquista pessoal? Um troféu? Quero muito entender.

Tenho passado mais de um ano assim, à sua mercê. Se estamos juntos ainda, é porque não quero ver ela se machucando por minha causa, ou por qualquer outra coisa. Todos os dias, eu me sacrifico pelo bem de alguém que, na maioria das vezes, nem me trata tão bem assim. Pensei que estava sendo altruísta, mas para as poucas pessoas a quem eu contei a minha situação, fui denominado bobo.

Mas ela não é sempre assim. Às vezes a Park parece ser duas pessoas diferentes. Tem dias em que ela é gentil, doce, me diz que eu deixo as coisas girando para ela, mas em outros, ela se irrita com tudo que faço, mesmo as coisas que são para agradá-la. Em alguns desses dias, ela disse que ainda estar comigo é um favor que me faz, que eu deveria agradecer por ter alguém que me queira, ela insiste na ideia de como minhas sardas são horríveis.

Durante toda a minha vida, eu nunca tive problemas sérios com a minha autoestima, mas ela começou a me fazer questionar sobre o que eu vejo no espelho. Isso, somado ao fato de que as sardas são uma herança do meu pai, que cometeu suicídio quando eu era mais novo e de quem eu sinto tanta falta e raiva que não consigo nem olhar para as suas fotos, me fizeram começar a tentar escondê-las melhor.

Quando ela se machucou pela primeira vez, eu a acolhi e logo em seguida insisti que ela começasse imediatamente o tratamento psicológico. A acompanhei nas primeiras seções, até ela dizer que preferia ir por conta própria. Eu respeitei o seu espaço pessoal, entendi que atender ao meu pedido já era um grande esforço e não queria fazer ela se sentir pressionada ou constrangida com a minha presença.

Por volta de três mêses depois, eu resolvi buscá-la no consultório, porque estava chovendo. Eu a esperei por mais de uma hora e, quando o paciente, que pensei ser ela, saiu da sala e outro foi chamado, percebi que Minju nem mesmo foi. Quando liguei para ela, disse-me que tinha acabado de sair da sua seção. Eu perguntei a secretária se Minju tinha mesmo aparecido e ela me contou que já fazia muito tempo que não a via por lá. Park não ia mais às seções e me frustrei ao perceber que nada que eu fizesse conseguiria mudar isso, porque ela sempre acabaria mentindo e fugindo.

Eu também fugia às vezes, houveram dias que eu simplesmente peguei meu carro e dirigi para fora de Seoul, apenas para ficar longe. Mas ela sempre arrumou uma maneira de me encontrar, exatamente como aconteceu hoje. Eu não a contei onde estava, mas mesmo assim ela me encontrou.

Todas as coisas ruins que ela já me disse machucaram, mas eu consegui aguentar, é o preço que eu tive que pagar. Ela poderia me machucar, eu aguentaria, mas machucar os meus amigos... isso foi longe de mais.

As coisas que ouvi de sua boca hoje foram horríveis, ela tem a total consciência de que é errado e mesmo assim falou com convicção e um sorriso no rosto. Eu nunca me senti tão mal e constrangido quanto hoje. Depois de dar um basta em tudo e me despedir envergonhado dos meus amigos, a trouxe para sua casa. Park vem o caminho inteiro de cara fechada, como se o culpado por todas as coisas cruéis que ela falou fosse eu.

— Eu não entendo o motivo de você estar tão irritado. — ela diz, assim que fecho a porta atrás de mim.

Não pode ser sério. Não existe o mínimo de humanidade nela? Não é como se eu já não soubesse o tipo de pessoa que Park Minju é.

— Você realmente não tem consciência do que fez? — pergunto, sentindo meu sangue ferver.

— E o que eu fiz de errado? — ela pergunta, aparentemente sério. — Eu só coloquei aquela gentinha no lugar dela.

       — Só pode ser brincadeira. — respiro fundo, tento manter a calma. Cubro o rosto com as mãos. Não consigo compreender, simplesmente não entra na minha cabeça a possibilidade de existir alguém realmente assim. — É dos meus amigos que você está falando.

       — Você não precisa deles. — ela diz, como se entendesse alguma coisa sobre amizade. — Não precisa de amigos, você já tem a mim.

       — Olha só as coisas que você está dizendo, não consegue ver o quão isso é doentio?

       — Você sabe que eu não estou bem. — ela se faz de coitada. Sim, eu sei que ela não está realmente bem e que precisa urgentemente de atendimento psicológico, ou até psiquiátrico, mas a única coisa que ela está tentando fazer aqui é me manipular. — Mas eu estou tentando melhorar, amor. Por você, por nós.

       Mentiras descaradas. Minju nunca tentou ficar bem, porquê, para ela, nunca houve um problema.

       Eu a estendi minha mão, tentei ajudar, mas ela a agarrou e me puxou para o fundo do poço com ela. Por mais que eu tente e dê o meu máximo, abra mão da minha felicidade pelo bem estar dela, não surtirá efeito, porque ela não quer. A única coisa que a coreana deseja é me manter por perto e me controlar como um fantoche, uma marionete à sua disposição vinte e quatro horas por dia.

       — Você está tentando? — pergunto, irritado. — Você acha que eu não vejo, Minju? Você acha que eu não vi todas as vezes em que você mentiu? Você finge estar doente para ter a minha atenção, quando insinuo terminar você tem um surto e se machuca, quando finge uma dor eu me preocupo, mas você nem engole os remédios. Realmente acredita que eu não sei? Não acha que eu não percebi que você não tem mais ido às seções de terapia também?

       — Amor, erros acontecem. Eu falhei, sou humana. Mas eu vou mudar, eu prometo.

       Já estou farto de todas as promessas vazias. Ela sempre vem com o papo reciclado de "eu vou mudar", quando algo dá errado. Mas como todos que dizem isso, ela nunca cumpre com suas palavras. Eu acredito em segundas chances, mas não em quartas, quintas, sextas ou oitavas.

       Quando uma pessoa erra, o seu primeiro instinto é pedir desculpas e dizer que o erro não vai mais ser cometido. Cumprir a promessa cabe a quem erra, acreditar ou não, é uma questão de confiança, e a minha, já foi quebrada faz muito tempo.

       — Me desculpe, mas eu já não acredito mais em nenhuma palavra sua.

       — Tudo isso por conta daqueles idiotas? — ela questiona, ofendendo os meus amigos pela enésima vez hoje.

       — Não, Minju. Não é por eles, é por mim também. Eu já estou farto, tentei aguentar tudo calado, mas o que fez hoje... — eu nego com a cabeça. — Não dá mais. Foi a última vez.

       — Felix... não se chateie com isso, eles não te merecem.

       — Não Minju, você é quem não me merece. — dou um basta na situação. — Eu também não mereço, eu não mereço mesmo viver assim. Eu não quero mais isso. Agora é 'pra valer, acabou.

       Todos os desabafos que tive nas últimas semanas com amigos próximos e a profunda reflexão que fiz nesse tempo me fizeram ter a coragem que eu precisava para tomar esta decisão. Yumin tem razão, talvez eu não conseguisse mudar o que aconteceu com a minha mãe, assim como não vou conseguir mudar o que tiver que acontecer com a Park. Neste suposto relacionamento eu jamais possuí poder, sou apenas o controlado, enquanto ela, a controladora.

       Eu nunca quis passar por tudo isso. Sorrir enquanto estive destruído por dentro, abaixar a cabeça sempre que ela me insultou, fazer suas vontades no lugar das minhas. Mas não posso dizer que ela me forçou a fazer isso. Chantagem emocional é um abuso psicológico, mas eu aceitei passar por essa situação. Também foi erro meu.

       Com o tempo, achei que pudesse melhorar, que ela ficaria psicologicamente estável, que passaria a me tratar melhor e que quando os pensamentos ruins deixassem sua mente, eu terminaria com tudo. Talvez ela soubesse do meu plano, porque nunca procurou melhorar, já que se melhorasse, eu a deixaria.

Tudo o que eu precisava depois da morte da minha mãe, era descanso. Eu precisava de um tempo para mim e a minha mente, para aliviá-la. Mas ao invés disso, o que encontrei foi algo para acabar de vez com ela.

— O que você quer dizer com isso? — ela pergunta, se faz de boba. Minju sabe exatamente o que quero dizer, o fiz com todas as letras.

— Você sabe do que eu estou falando, mas irei repetir. — respiro fundo, tento ser o mais calmo possível, para que minhas emoções não tomem o controle e esta conversa se encha de gritos (gritos dela). — O que eu estou dizendo, é que eu não quero mais passar por isso. É um fardo grande de mais para carregar, um fardo que não me pertence. Eu estou casado, Minju, estou acabado.

Assim que eu me calo, a de cabelos cor-de-rosa pula em meus braços. Ela se agarra em meu pescoço e parece não querer soltá-lo.

— Não dá Félix, por favor, não vá. Não dá para viver sem você!

— Você vai ter que aprender a viver sem mim.

Com cuidado, eu a desgrudo do meu corpo. Sequer consigo olhar nos seus olhos, olhar para ela agora me faz lembrar de todas as coisas ruins que já disse e fez comigo.

— Você me ama, amor, lembra? — Park pergunta, tentando chamar minha atenção. — Felix, olha para mim! — ela ordena, tenta virar o meu rosto em sua direção, mas eu viro a cara.

— Esquece, isso tem que acabar.

— Não tem como. Eu preciso de você!

Eu precisava de alguém, de conforto e um pouco de tranquilidade. Por isso achei que ela pudesse ser a pessoa que me proporcionaria isso, mas as minhas esperanças foram pelo ralo. Ela nunca precisou de mim, precisava de um capacho, algo para pisar, exercer controle. Agora ela ainda é uma pessoa necessitada, mas de um psiquiatra.

— Durante esse tempo, fui como uma âncora para ti. Eu tentei te manter firme, estável, mas o que não percebi, é que esse barco já está naufragado a muito tempo. E eu fiquei preso com você no fundo do mar, onde ninguém conseguiu ouvir os meus gritos e pedidos de socorro. — começo o meu desabafo. — Você quis me prender a você e eu concordei com isso, mas já chega. Quando se está afogando, o nosso instinto é tentar fugir, salvar a própria vida. Eu estou fazendo isso agora, porque sinto que se ficar um segundo a mais, eu vou morrer ainda mais por dentro.

— Amor, você não pode fazer isso comigo...

— Quando eu aceitei passar por isso tudo, foi porquê eu não queria ser responsável pelo que te acontecer depois que terminarmos... — eu a ignoro e continuo. — Mas eu finalmente percebi que você, e muito menos o que te acontece, é responsabilidade minha. Você me feriu, machucou e ofendeu, eu tentei aguentar. Mas hoje você passou muito do ponto, você ofendeu os meus amigos, pessoas que nunca te fizeram absolutamente nada. Para mim, isso foi infinitamente além do limite.

Ao ouvir minhas palavras, Minju começa com o seu teatro, mas já sabendo que comigo não cola mais, ela mostra sua verdadeira face.

— Tudo isso é por causa dela, não é? — ela pergunta furiosa. — Você só estava esperando reencontrar com ela para poder me deixar. — ela me acusa. — Por mais que eu tenha tentado te afastar dela, eu sempre soube que um dia você a encontraria. É tudo culpa dela, ela tirou você de mim.

— Isso não é sobre ela, é sobre mim. Essa relação, Minju. O que nós temos, nunca existiu de verdade, a não ser em sua cabeça.

— Você vai mesmo me abandonar? — interroga, com as lágrimas falsas já escorrendo por seus olhos claros. — Eu te amo! — ela diz, numa tentativa de me fazer mudar de ideia.

— Você não me ama, nunca amou. O que sente por mim é apenas obsessão e um desejo doentio por controle.

— Você sabe que não é assim, você também me ama! — ela se aproxima mais de mim.

Suas mãos se envolvem em meu pescoço e o seu rosto se aproxima do meu. Ela tenta me beijar, porém, sou mais rápido. Antes que ela acabe com a distância entre nós, eu a afasto.

— Não, eu não te amo, não sinto nada. — digo, mas depois de segundos, reconsidero. — Na verdade, sinto um pouco de pena.

— Felix! — ela quase grita. — Você não pode me abandonar. Se você for... eu morro! — pressão psicológica, seu último recurso.

— Eu já falei com a sua mãe. — digo, não vou voltar atrás.

— Não, a minha mãe não! — Park estremece.

A senhora park é uma mulher assustadora, o tipo de pessoa que até o capeta teme. A mulher de um metro e cinquenta e seis consegue colocar medo na filha, no marido, em mim e no resto do mundo. Quando os seus saltos finos são ouvidos de longe, já causam arrepio. Anda sempre com um coque bem alinhado e uma Bíblia debaixo do braço, o que eu suponho que ela deva usar para ameaçar bater em alguém, segundo relatos.

Eu infelizmente conheci a senhora no início deste ano e, desde então, fiz um texto detalhando as coisas que a sua filha fez e que até ameaçou suicídio, o que para ela é considerado um crime. Eu sei que a mulher é a única que consegue impor algum medo em Minju, por isso agora devolvo esse problema nas mãos dela.

— Eu fiz o possível enquanto estivemos juntos, mas agora você está por conta própria. Adeus, Park Minju.

— Felix, se você sair por aquela porta... — ela me ameaça. — Eu me jogo na frente do primeiro carro que passar pela rua.

— Não adianta, eu sei que você não vai.

— Eu vou sim!

— Não vai, porque a única coisa que você quer é me manipular, você só ama a si mesma, ama tanto que jamais tiraria a própria vida, porque na sua cabeça cheia de problemas, você acredita que o mundo não seria nada sem você. Não adianta mais me intimidar e tentar manipular, se quiser, se joga. Eu não ligo.

Na verdade, eu ligo. Por mais horrível que ela seja, ela ainda é um ser humano. Torço para o que eu disse ser verdade. As poucas vezes em que ela se machucou, não foi ao ponto de por a própria vida realmente em risco, por mais maluco e doentio que seja da parte dela.

— Você precisa de mim, Felix. Você verá.

— Eu só preciso que você procure por ajuda e suma da minha vida. Espero que saiba usar o pouco de dignidade que ainda lhe resta e se torne alguém melhor.

— Não vá! — Park pede, finge choro quando me vê abrir a porta. — YA! LEE YONGBOK!

Quando abro a porta, a senhora Park já está furiosa do outro lado, a avisei sobre isso antes de chegarmos. Com companhia em casa e sem chances de Minju tentar alguma besteira, sem olhar para trás, vou embora. Pego o carro e dirijo para longe, não quero voltar ao dormitório, vou para um lugar onde nem Minju poderia me encontrar se quisesse, um lugar que ela não conhece, a colina em que costumava me encontrar com Yumin.

Neste momento, tudo o que eu mais necessito é de tempo e espaço, por isso, ficarei aqui por bastante tempo, talvez acabe pegando no sono e dormindo. Eu não me importo. Preciso descansar, processar tudo e decidir o que farei com a minha vida a partir de agora.

Pela primeira vez em anos, eu me vejo aliviado, consigo sentir que um peso saiu das minhas costas, finalmente sou livre, como mereço.

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