Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

031 - Oito amigos e uma mocreia

O TEMPO QUE PASSEI EM BUSAN foi ótimo. Estar acompanhada de pessoas que gosto tanto e depois de um longo tempo reclusa aos meus estudos, fez eu me sentir renovada. A parte chata é que, quando volto, a rotina volta também. Mas desta vez, eu decidi que não vou ficar apenas presa na rotina, vou sair mais, me divertir mais.

       Na tentativa de livrar-me da tensão e do estresse rotineiro, como o combinado desde semanas atrás, meus amigos e eu finalmente nos encontraremos no parque de diversões, próximo à enorme barca Viking.

       Ir ao parque de diversões foi a grande ideia de Lee Minho, o maior fã dos carrinhos bate-bate. O ruivo não precisou insistir, todos nós concordamos de imediato. Os conhecidos a que consultamos disseram que vir aqui foi ótimo, então ficamos curiosos para saber se é, de fato.

       No horário marcado, Mina e eu esperamos pelos outros no local combinado, porém, ainda não há ninguém além de nós duas. Eu começo a me sentir impaciente, principalmente por ter a Shin acabando com o restinho do meu juízo.

       — Mas, Yuyu, eu quero algodão doce! — ela insiste pela quinta vez, puxando a manga da minha blusa larga.

       — Tudo bem, já entendi. — concordo de uma vez por todas, totalmente sem paciência. Ela parece uma criança de cinco anos quando vê um brinquedo novo.

       Segurando a minha mão, ela me arrasta até a barraquinha onde são vendidos os algodões-doces de várias cores. Mina realmente está parecendo uma criança com hiperatividade hoje, não sei se açúcar agora é uma boa ideia.

       — De qual cor você quer? — pergunto mudando de ideia, assim como faço a cada dez segundos.

       — Azul. — ela responde, apontando para o corante sobre a mesa.

       — Um algodão-doce azul e um rosa, por favor. — peço ao gentil senhor dono da barraca.

       — E um amarelo também, por favor. — a voz conhecida soa de repente. É então que Lee Minho se junta a nós, sorridente e bonito como sempre.

       Mina faz uma careta assim que vê o Lee, os dois continuam se estranhando mesmo depois de um bom tempo. É como diz o meu pai: "É muito amor envolvido".

       — Você poderia escolher uma cor mais interessante, não? — a morena questiona.

       — Mina, me esquece. Por favor, hm? — o Lee pede, implicando com a outra de volta.

       — Você chegou faz tempo? — pergunto ao Know, antes que os meus dois amigos, que são como arqui-inimigos, comecem uma guerra no meio do parque, para todos verem.

       — Não, eu acabei de chegar. — ele me responde. Para a minha alegria, os dois dão uma pausa. — Eu vi vocês duas aqui e fiquei com vontade de comer algodão-doce também.

       — Fez bem, quem sabe não adoça a sua vida. Seu azedo! — Mina o mostra a língua.

       — Mina, por que você não vai brincar no carrossel e deixa a gente em paz? — Know perde a paciência com ela. — Serio, eu não te suporto mais.

       — Carrossel? Só se for com você na frente, para eu vomitar nas suas costas depois de algumas boas giradas. — ela briga e ameaça o Lee. — Você fala assim comigo, mas eu sei que é porquê você me ama, queridinho. Me diz uma coisa... por que você é tão obcecado por mim?

       — Nem aqui, nem em Marte!

       — Se muda para lá então. — ela sugere. — Vai fazer falta não, amor.

       — Mina, sabe o que você faz? — ele pergunta, eu já imagino que atrocidade virá por aí. — Pega um rojão, soca no meio do seu cu e se explode! — eu fico sem palavras em meio ao caos. — Vai fazer falta não, amor.

       — Ya, sabe o que te falta? — ela pergunta. No exato momento eu soube que a guerra irá estourar. Eu só espero encontrar um bom abrigo antibombas.

       — Paz? — ele questiona.

       — Não. Uma surra! — Shin o ameaça.

       — Nossa, que medo. Estou até tremendo, veja. — ele exibe sua mão direita, tão firme quanto a de um cirurgião. — Vem aqui tentar me bater e vê se alcança a minha canela. Banana nanica, gnomo de jardim, mesinha de centro, escada de formiga... toco de amarrar jegue.

       — Minho, se eu te pego, eu te arrebento!

       Eu pego os algodões como se toda a confusão não existisse, como se eu não estou bem no meio enquanto eles discutem. Pago ao senhorzinho, entrego um para cada e saio.

       Os dois juntos são tão insuportáveis que chega a doer os ouvidos. Se a minha melhor amiga ainda não fosse obcecada por Hwang Yeji — o que ele tenta esconder, mas falha —, eu diria que alguma coisa existe aqui, porque eu não vejo motivos para tantas brigas que não seja muito amor reprimido.

       Os dois estão quase para sair no soco. E é claro que Minho sairia apanhando, ele nunca pensaria em levantar o dedo para a minha amiga. O pior de tudo é que eles também não me deixam em paz, me acompanham enquanto discutem.

       — O que eu já falei sobre vocês me fazerem passar vergonha em público? — os repreendo, não aguentando mais e dando um basta.

       — Ele quem começou! — ela argumenta.

       — O quê!? Você viu. Foi ela quem começou! — ele a acusa também.

       — Eu não quero saber quem foi o caralho de merda que começou essa porra não. — eu me exalto e acabo usando palavrões, o que não é do meu feitio. — Nossos amigos já estão logo ali, não me envergonhem na frente deles, ou nós vamos voltar para casa.

       A dupla caótica finalmente cala a boca quando os dois veem os outros reunidos onde pouco tempo atrás Mina e eu estávamos. Hyunjin, Jeongin, Felix, Yeosang, Minho, Mina, Jisung e eu. Estamos todos aqui. Por alguma razão estranha, ver todo mundo junto me deixa demasiada alegre e empolgada.

       Com a chegada de Han, podemos até que enfim o apresentar aos outros. Entre todos do grupo, Jisung só conhecia a Mina e a mim, mas parece estar se enturmando fácil, ele sempre foi uma pessoa muito sociável, assim como a Shin e exatamente o meu oposto.

       Não sei como nós três ficamos amigos, ou melhor, como os dois viraram meus amigos. Eu não tenho absolutamente nada em comum — no que é referente à personalidade — com eles. Talvez seja fruto de uma longa convivência, acabou acontecendo. Ainda bem.

       — Jisung, Jisung, Jisung! — Mina diz repetidas vezes, pulando abraçada junto ao nosso amigo Han.

       Woah, ele está muito diferente do que eu me lembrava. Claro, a última vez em que nos vimos foi no meu aniversário de cinco anos, antes do pai dele possuir a sua guarda.

       Jisung está muito bonito, os cabelos em um tom de azul escuro que eu jamais achei que ele pudesse usar, mas que cai perfeitamente bem nele. As vestes escuras e o all star que já é a sua marca registrada não podem faltar. As suas bochechas continuam exatamente redondinhas e fofas, como as de um esquilo.

       Nos últimos 16 anos nós mantivemos contato por mensagens e chamadas de voz duas vezes por ano. Eu só o via por foto de Instagram, nas suas duas ou três que postava por década, já que as suas outras publicações se resumem em paisagens e fotos de studios. Por isso, eu me perguntava muito em como ele estaria agora.

       Quando fez dezoito anos, ele pensou seriamente em voltar para cá. Foi o que me contou. Mas ele queria estudar música e o melhor lugar para fazer isso era nos Estados Unidos, assim julgou. Jisung sabia que a realidade de seu pai e sua mãe eram bem diferentes, mesmo assim ele sempre quis ficar com Han Nari, mas neste país, quando um casal se separa, a guarda dos filhos é legalmente do pai.

       Mina é quem mais tinha contato com ele. Era pouco, mas ainda assim conseguia ser mais do que ele e eu.

       — Quanto tempo, eu senti tanta falta deste ar poluído! — diz o Han.

       — Sei bem do que você está falando — Felix concorda. — Sou Felix Lee, é um prazer te conhecer. — Yongbok se apresenta.

       — Hyunjin. — o mais alto se apresenta. — Você não me é estranho... — Hwang comenta, com o cenho franzido, tentando lembrar de algo. — Já não nos conhecemos antes?

       — Eu tenho a mesma sensação. — Jisung responde. — Mas creio que não, eu fui embora daqui aos 5 anos, então acho meio difícil.

       — Eu sou Jeongin, o mais legal do mundo. — Yang faz uma apresentação modesta. 

       — Olá, Jisung. Eu sou Kang Yeosang. Mina e Yumin me falaram bastante sobre você. — o último se apresenta. — Mas fala aí, como é o Canadá? — o moreno pergunta, iniciando uma longa conversa.

       Meu amigo Han divide conosco um pouco da sua experiência no país norte-americano. É claro que não é possível resumir dezessete anos em dez minutos de conversa, Jisung fala as partes mais importantes, situações engraçadas e estranhas que já o ocorreram.

       Papo vai, papo vem, quando percebemos já estamos em uma fila, à espera dos carrinhos bate-bate, com os ingressos nas mãos. Quando a nossa vez chega, tomamos nossos lugares e o jogo começa. Nós não somos mais crianças, mas em momentos assim, agimos como se fôssemos. Nós oito só damos importância para uma única coisa, o acelerador.

       Eu ando completamente desajeitada no carro, batendo mais nas grades do que nos carrinhos dos outros.

       — E essa carteira de habilitação aí foi comprada? — Minho me provoca, mas assim que fecha a boca, Mina bate forte com o carro no dele, fazendo seu corpo chacoalhar com o impacto, o levando um pouco à frente.

       Eu rio de como o Lee parece estar em um daqueles desenhos animados, os que quando alguém leva uma pancada, aparecem rabiscos e estrelas em cima de suas cabeças, como se estivesse girando. Contudo, como dizem por aí, não deve-se rir da desgraça alheia, pois enquanto eu gargalhava, Jeongin se atirou em mim com seu carro.

       De repente se inicia uma guerra entre o nosso grupo, esquecendo completamente os outros jogadores — que não devem ser mais que três. Felix bate no de Yeosang, o deste em Hyunjin, o do Hwang no Han... e o ciclo continua repetidas vezes.

       É um pouco estranho de se pensar em como nos divertimos com o caos, até mesmo as pessoas que estão na fila parecem estar se divertindo com a nossa batalha árdua.

       A brincadeira tem um fim, afinal, não somos os donos do parque e tem mais gente esperando na fila. Mas a diversão não acabará por aqui, pois, infelizmente, tivemos a brilhante ideia de ir no maldito brinquedo da dança maluca. Fomos arremessados para cima, para baixo, para um lado e para o outro. Mas a pior parte, foi que eu decidi subir no brinquedo com uma maçã do amor nas mãos. Quando saí, desci com uma ânsia de vômito e metade dos cabelos pretos da Shin grudados na minha maçãzinha.

       — Na boa, de quem foi a ideia? — Hyunjin pergunta, fingindo que o vômito está para vir.

       — Eu prometo que nunca mais invento isso. — Jisung dá a sua palavra.

       — Vamos na roda gigante? — Jeongin sugere, o mais novo com o braço do namorado em volta de seu pescoço.

       É uma boa ideia, mas que também sugere algo. Afinal, é uma roda gigante em uma noite estrelada.

       Para o meu desespero, todos parecem querer verem as luzes da cidade de cima. Alguns mais que outros. O que começou com uma desculpa esfarrapada do Yang para beijar o namorado no topo do brinquedo, acabou agradando a todos.

       Jeongin e Hyunjin foram os primeiros a decidirem, como o esperado. Mina e eu iremos juntas, eu imagino. Eu iria perguntar a ela, apenas para confirmar, mas parece que mais dois garotos têm planos para esta noite.

       — Você vem comigo? — os Lee, Know e Felix, perguntaram ao mesmo tempo.

       Não respondo. Eu simplesmente não sei o que fazer com a situação.

       — Saiam os dois! Ela vem comigo. Quando vocês chegaram eu já estava. — ordena a outra garota aqui presente. — Se quiser pode vir com a gente, Ji. — ela diz ao de fios azulados.

       Jisung não responde imediatamente, ele olha para Lino com uma feição duvidosa, como se questionasse a si mesmo se o Lee aceitaria ir com ele. É o que imagino passar em sua mente. Ou melhor, é o que entendo com a troca de olhares, até que eles viram para mim.

       O que eu fiz agora? Tem algo no meu rosto? Por que eles estão olhando para mim?

       Ninguém diz nada. O ambiente está tomando uma tensão desnecessária e que ninguém parece entender.

       Antes que Han respondesse alguma coisa, o seu celular vibra. A tela do aparelho de repente se ilumina em suas mãos, exibindo algo estranho e confuso para todos os outros sete de nós.

       — Han Ji, o seu wallpaper... — Shin diz, completamente sem palavras.

       — Ah, você gostou? — ele pergunta, sem maldade, sem saber como aquela garota afetou Mina no passado. — Eu tirei quando nós três fomos esquiar, nas férias. Estas são as minhas melhores amigas, Lucy Hwang e Julia Choi.

       — Hwang Yeji. — ela expressa, com tamanha melancolia.

       — Minha irmã? — Hyunjin toma o celular do outro em suas mãos, deixando a educação totalmente de escanteio. — Por isso que eu sentia que te conhecia. Você sabia que a minha irmã anda mostrando uma foto de vocês dois aos meus pais e dizendo que são um casal?

       — Lucy e eu? — ele fica surpreso. — Não somos. Acredite, entre nós dois não existe a menor possibilidade.

       Se antes o clima já estava pesado, agora ele é esmagador. Esta com certeza não é a melhor hora para seja lá o que esteja acontecendo.

       — Eu não sei como não percebi antes, vocês dois são iguais. — Han diz ao gêmeo presente.

       — Yeji nunca te falou sobre mim? — Hyunjin interroga, furioso com a atitude da irmã.

       — Só o que ela me disse sobre você é que você é irritante. O máximo que ela tem seu são fotos de quando eram crianças, eu sempre fiquei curioso para saber como era o irmão da Lucy. Vocês são praticamente a mesma pessoa, só que ela tem um cabelo maior.

       — Não me admira ela não ter falado de mim, aquela lambisgóia mal amada nem me segue no Instagram! — ele cruza os braços, frustrado.

       — Que noite linda, vocês não acham? — a Shin diz aleatoriamente, tentando mudar o rumo da conversa, o assunto "Hwang Yeji" ainda é um tópico sensível.

       Ótimo. Mina está triste agora e nem mesmo outro algodão doce elevaria o astral da garota. O nosso rolê está virando um enterro.

       Não tem como o clima ficar pior.

       Na verdade, tem sim, tudo o que eu precisava dizer era isso. Eu não falei em voz alta, mas apenas a força do meu pensamento foi necessário para sentir um calafrio percorrer por todo o meu corpo. Esta sensação, eu me lembro. Oh não, a noite vai piorar sim.

       — Amor~ — a Senhorita Hiroshima e Nagasaki surge das profundezas do inferno, falando com Yongbok em um tom de aegyo totalmente forçado, ridículo e vergonhoso.

       — E de repente a noite perde o brilho. — comento um pouco alto de mais. Mas todos concordam com isso, de qualquer maneira. Jisung é o único que parece perdido no assunto, afinal, acabou de chegar. Ser recepcionado assim não é o que eu esperava para ele.

       — Minju, o que está fazendo aqui? — Felix pergunta, aparentemente tão confuso quanto os outros.

       — Eu senti saudade, vida! — ela consegue soar mais irritante a cada palavra que profere. — Oh, roda gigante? — é extremamente desconfortável a maneira como ela tenta soar como uma pessoa fofa quando fala. — Vem! Fica comigo, bebê!

       Ela nem espera pelo conseguimento do Lee, Minju apenas o arrasta para dentro de uma das cabines.

       — Senhor, dá-me paciência! — Mina pede aos céus. — Você vem com a gente? — ela interroga o nosso amigo azulado outra vez.

       — Eu iria, mas me sinto mal por deixar Minho ir sozinho. — ele responde, conseguindo uma boa desculpa.

       — E você Yeosang? — chamo o moreno. — Quer vir com a gente?

       — Quero, parece que eu fiquei sobrando agora. — ele diz.

       — Sempre tem espaço para você nos nossos corações. — Mina fala, restaurando a ordem natural do nosso grupo.

       Ainda é um pouco confuso e engraçado para o resto dos nossos amigos a diferença entre a maneira como ela age com Yeosang e Minho. Com o Lee ela é sempre mais fria e dura, mas com o Kang é gentil, amorosa e brincalhona — às vezes um pouco autoritária também. Shin odeia Lee, mas ama Kang, os três Kang — estando inclusa a minha irmã mais velha.

       — Então tá, lindinhos. Aproveitem a vista! — ela diz para os outros dois garotos, com um sorrisinho nos lábios. Repentinamente ela parece animada outra vez, o que é no mínimo estranho.

       Nós três somos os próximos a subir na roda-gigante, em seguida Jeongin e Hyunjin e, por último, Minho e Jisung. Quando todos entramos no brinquedo, ele vai se movendo, girando lentamente para que consigamos ver as luzes todas brilhando de cima. Depois de um tempinho, o brinquedo para, mas não somos nós quem paramos em cima, estamos uma cadeira abaixo.

       A vista de cima é linda, extraordinária. Completamente o oposto da de baixo, onde estão Felix e Minju. Ver os dois juntos me magoa, não posso mais fingir que não, ainda mais sabendo que o relacionamento deles não tem nada de saudável. Talvez esta seja a parte mais dolorosa.

       Observando os dois, percebo que sempre que ela se aproxima, ele tenta se afastar sutilmente. O australiano parece se sentir desconfortável, a presença dela por si só já carrega uma energia pesada, negativa.

       — E se eu cuspir na cabeça dela? — pergunta minha amiga. — Minha mira é boa, eu alcanço.

       — Mina. Por favor, não faz isso. — Yeosang pede, sentindo um pouco de nojo e medo de sermos expulsos do parque.

       Cospe, cospe, cospe...

       Não, Yumin, vocês não tem mais doze anos. Não que isso fosse correto mesmo que tivessem essa idade.

       Levam mais alguns minutos apreciando a vista e por fim nós descemos. Eu gosto da roda-gigante, de como ela tem um timing excelente. Porque é um brinquedo legal que sabe a hora certa de parar e continuar, sem ficar chato.

       É provável que eu não esteja falando coisa com coisa agora, um pouco tonta.

       — E agora, para onde? — Mina pergunta.

       — Que tal voltar para o bueiro de onde você saiu? — diz a cria de todo o mal, fingindo ter pensado alto e se arrependido.

       Isso foi extremamente agressivo e gratuito. A Shin não disse nada com ela, nem mesmo dado um olhar torto, não que isso seja motivo. O que leva a algodão-doce a agir de tal modo é competente desconhecido por nós. Talvez ela seja apenas uma grande sociopata.

       — Cachor-

       — Cachorro quente! — interrompo a Shin. — Me deu uma vontade de comer cachorro quente agora. O que vocês acham?

       Acho que entendi o que ela quer, as suas intenções aqui hoje. Já vi a minha irmã passar por algo parecido uma vez. Park Minju está tentando forçar uma briga conosco para depois manipular Felix, insinuando que não somos bons o suficiente para ele e que tudo o que queremos é acabar com o namoro deles. Mas esse papinho não vai colar.

       — Então vamos. — Jeongin concorda, todos queremos sair daqui o quanto antes.

A verdade é que nenhum de nós digeriu aquela situação. A garota chega do nada, se junta a nós sem convite e ainda ofende a nossa amiga. Não é compreensível como pode existir alguém assim. Mas não queremos comprar briga hoje, deixamos quieto, por Felix.

Nós vamos até a barraquinha de lanches e montamos nosso próprio cachorro-quente, cheio de recheios que ninguém sabe como, mas ficam bons. O parque que viemos hoje veio diretamente do Brasil, além dos brinquedos, os lanches também são de lá. Eu nunca tinha visto uma versão de cachorro-quente assim, estranho e gostoso.

— Eu que não coloco essa porcaria na minha boca. — mais uma vez ela tem que abrir a merda da boca.

— Sabe o que ficaria ótimo na sua boca? — Mina pergunta, mas não espera uma resposta, ela mesma responde: — A minha mão.

— Mina! — reclamo, embora esteja secretamente torcendo para a morena arrebentar a outra na porrada.

Depois que a maioria de nós se serve com os lanches que preferimos, vamos nos sentar em um dos bancos que tem pertinho da barraquinha de churros.

Seria uma noite agradável para todos se não houvesse o pequeno detalhe cor-de-rosa. Mas quando se está com amigos de verdade, um detalhe como esse pode até passar despercebido. Pessoas como ela só querem uma coisa: atenção.

— A noite está fria hoje. — comento com os meus amigos. — Eu deveria ter vestido algo mais quente.

— Se quiser, pode ficar com a minha jaqueta. — Lino me oferece.

— Da próxima vez coloca algo que te cubra por inteiro, assim fica mais agradável aos olhos dos outros. — outra vez, ela provoca. — Ah, Sumin... — ela erra o meu nome de propósito. — Eu lembrei de uma coisa. Conheço uma pessoa que me disse coisas bem interessantes sobre você. O nome Kim Suhye lhe é familiar?

Eu cerro meu punho esquerdo com força, fervendo de raiva, tão furiosa que deixo marcas de unhas na palma da minha mão.

1, 2, 3... respira, 4, 5...

— Garota, por que você não pega, sei lá, um prego e engole? — Mina esbraveja, com a veia na testa saltando em sinal de fúria.

— Olha, queridinha, a sua opinião para mim é igual a sua vida: irrelevante.

Eu tenho que segurar o braço da minha amiga antes que ela parta para cima da outra. Eu deveria ter deixado, mas não queria ter que sair de casa para visitar Mina na prisão.

Já Felix, este parece estar constrangido ao extremo, eu sinto que ele só quer desaparecer daqui. O que ele fez de tão ruim na vida para receber um castigo tão grande como ela?

— Park Minju, não começa! — ele pede, totalmente sem jeito. Eu sinto que o australiano está para explodir, que falta pouco.

Nossos amigos ficam sem saber como reagir. Jisung é novo e parece exatamente chocado com tudo isso; Hyunjin está espantado e, quando se assusta, não consegue nem se mover; Jeongin olha para Felix, espera que ele dê um jeito na intrusa; Yeosang já ameaçou abrir a boca umas três vezes, mas para sempre que seguro sua mão e impeço; Minho deseja acabar com o sorrisinho idiota dela, mas sabe que não pode e não consegue.

De repente, um silêncio constrangedor toma conta. E na tentativa de quebrar o gelo, Jeongin pergunta:

— Por que decidiu voltar para a Coreia, Jisung?

— Minha mãe está aqui. — ele responde, ajudando a mudar o foco. — Quando a faculdade acabou eu voltei para Toronto, mas não quis ficar. Eu não quero mais ter que ver a cara do meu pai.

— Vocês não tem uma boa relação? — Yeosang pergunta, curioso e querendo preencher o vazio, para a mocreia não falar mais nenhuma babaquice.

— Não. Ele é uma pessoa bem ruim, para falar a verdade. — ele confessa ao grupo.

— Você sabe o que dizem, o fruto nunca cai muito longe da árvore. — a projeção da maldade diz, sorridente, com a feição exprimindo deboche e antipatia. — Filho de peixe...

— Garota você está pedindo por uns socos.— a Shin levanta do banquinho, iritada. Ela não consegue mais aguentar calada e deixar para lá. — Você não se toca não? Quer que eu te ensine uma lição? Se eu te pegar, quebro todos os seus dentes e faço você os engolir. Por acaso não tem noção do ridículo?

— Olha, me desculpe se pareceu que eu pedi a opinião de vocês, porque eu não quero.

— Yeosang, não me segura! — ela diz, furiosa, partindo para cima da outra, mas sendo impedida pelo próprio, que rapidamente a agarra. Graças a Deus, Kang Yeosang tem braços fortes. Ou do contrário, Mina estaria rasgando a cara da outra com as unhas agora.

— Olha só para você, uma mera cadela raivosa. Sua bastardinha de mer-

— PARK MINJU! — Felix finalmente reage, gritando o nome da de rosa com a voz tão grave que assusta até quem está de fora. Parece um verdadeiro filme de terror.

Se já não tínhamos chamado atenção suficiente antes, agora o parque inteiro olha para o nosso grupinho.

Yongbok vai até ela e a encara com os olhos possessos, tomados de raiva. Bravo, mas ainda tentando se manter firme e calmo, ele a segura pelo braço, de uma maneira que não machuque, exatamente o contrário do que ela vem fazendo conosco durante a noite inteira.

— Me desculpem por estragar a noite de vocês. — ele pede. — Nós já vamos. — Lee se despede. — Mais uma vez, eu sinto muito.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro