018 - O fim do que nunca existiu
NÓS TERMINAMOS, FELIX E EU.
Eu não sei se "terminar" é a palavra mais adequada, mas é como me sinto: "acabada". Relações são assim mesmo, garotos vem e vão, o que uma vez parece ser para sempre, às vezes acaba sendo apenas temporário. O que parece um ponto final, pode ser apenas continuativo.
— Quando eu voltar, ele vai se ver comigo. — Mina ameaça, durante a nossa chamada de vídeo, quando a conto sobre o fim desastroso que Felix e eu tivemos. — Eu avisei a ele que se te machucasse eu o mataria.
— Por favor não faça isso. Se já está difícil com você à alguns quilômetros de distância, imagina com você presa. — eu argumento contra.
— Tudo bem, eu não vou. Mas só porquê cinza não é a minha cor. — ela diz, referindo-se ao tom acinzentado do uniforme dos prisioneiros da Coreia. — Eu fico melhor de azul, igual ao céu, que é para onde ele vai desejar ir. Ou vermelho, como o sangue dele, que vai escorrer nas minhas mãos.
— Tá bom. Mas eu não quero falar dele, me fala sobre você. Como está sendo passar alguns dias com os seus avós? Eles já esqueceram o "episódio" da última vez?
— Está sendo divertido, agora tem internet. Hoje a minha avó foi tomar um chá da tarde na casa de uma amiga e me levou para, "brincar". — ela faz aspas com os dedos. — Como o neto da sua amiga. O nome dele é Lee Minho, a avó dele disse que nós somos parecidos, mas eu não acho isso. A única coisa que temos em comum é a necessidade mútua de irritar um ao outro.
— E ele é bonito? — pergunto.
— Bonito é apelido, mas não faz o seu tipo. Se bem que Felix também não fazia e deu no que deu. — ela dá de ombros.
— E com "deu no que deu" você quis dizer que não demos certo e eu acabei sozinha e com um possível bloqueio emocional? — exagero um pouco na última parte.
— Não foi isso o que eu quis dizer. Me desculpa, eu me expressei errado.
— Tudo bem, eu quem estou exagerando.
Eu solto um risinho contido. Talvez eu esteja apenas fingindo não me sentir péssima com tudo isso, mas estou, para caramba.
Olhando para o passado, não é como se eu pudesse dizer que algo parecido nunca aconteceu. Ser abandonada? Deixada para trás? É o que mais me ocorreu. Amigos que eu tinha carinho, primos com quem eu me dava bem, interesses amorosos que não iam para frente. Estou acostumada, a situação é comum para mim. Ainda assim, por que dói tanto?
— Vocês dois já se viram depois do que aconteceu? — ela questiona, rolando na cama.
— Não. — eu nego, cabisbaixa. Respiro fundo, tento recuperar energia. Estou cansada. — Eu nem mesmo saí de casa.
Eu não queria ser o tipo de pessoa que, depois de uma decepção, se priva e perde vontade de fazer tudo, mas infelizmente sou assim. Acho que deve ser normal, é recente e eu ainda estou muito abalada, tenho certeza de que em dois ou três dias eu vou voltar a ser a antiga eu. Não estou num caso tão extremo assim de apego emocional, porque sou apegada a ele, mas não dependente dele.
— Você não se enfiou nos estudos outra vez não, né? — ela questiona, seu tom é de repreensão.
— Não. — eu não minto.
Enfiar a cara nos livros e estudar sempre foi o meu refúgio, a minha maneira de superar os meus fracassos. Eu já fiquei vidrada nos livros, meu computador, cadernos e anotações por muito tempo, sem parar. Mas não desta vez, não me tranquei nos estudos, não faz mais sentido. Entretanto, ainda tenho dificuldade às noites, tento manter minha mente ocupada, pois toda vez em que paro, penso nele e a dor é demais para suportar.
Enquanto observei as estrelas, pensei em seus olhos; quando notei a lua brilhante no céu, pensei no mesmo brilho reluzindo pela pele macia do australiano. As noites parecem mais frias sem os seus braços ao meu redor, me acolhendo em um abraço caloroso.
Quando se ama alguém, é difícil deixá-lo ir. Você deposita as suas expectativas em alguém e, por mais que não deva, você se apega e a dor é difícil de mais de suportar quando o laço é quebrado.
— Você ainda vai à exposição de arte do Hyunjin? — ela me questiona.
— Eu ainda não tenho certeza. Eu quero ir, com isso todo nós acabamos nos tornando amigos, mas não sei se já estou pronta para ver Felix outra vez.
— Você não vai conseguir fugir dele para sempre. Vocês vão fazer parte da mesma família agora. Vai ser bem estranho, isso não vai fazer de vocês uma família, mas vão ter que aprender a conviverem juntos.
— Toda essa situação é tão esquisita que eu já nem sei mais o que fazer. — suspiro, cansada. — Mina-yah, o que você faria no meu lugar?
Um silêncio se estabelece do outro lado da linha por um momento, ela faz uma careta enquanto pensa no que me dizer. Numa situação dessa, se estivesse acontecendo com outra pessoa, eu jamais saberia como opinar.
— Eu iria. — ela dá a sua opinião — Eles também são seus amigos agora e não tem nada a ver com a história entre você e Felix. Mas é claro, você deve fazer as coisas no seu tempo, se não sentir que está pronta, não vá.
— Acho que o que eu preciso agora é de bons três litros de sorvete. — eu digo.
— Ai, Yuyu, eu queria poder estar aí com você agora. — ela diz. — Mas eu já volto amanhã para o casamento, você vai conseguir sobreviver sem mim? — ela dramatiza.
— Eu vou tentar. — continuo com o drama. — Não se preocupe muito comigo, eu estou com a minha irmã, estou bem. — falo sério, desta vez.
— Eu vou acreditar que sim. — ela dá um pequeno sorriso enquanto olha por cima do seu celular. — Olha, eu preciso desligar agora, minha avó e eu vamos fazer compras, eu te ligo depois, tudo bem?
— Claro. Eu também tenho que desligar, Yuna está me esperando.
— Tchau, Yuyu. Fala pra sua irmã que se ela desistir do casamento eu ainda estou disponível. — ela diz, brincalhona.
— Tchau, Mina. Fala para o Minho que eu pedi o número dele. — brinco também, antes de desligar a chamada.
Ao encerrar a ligação, largo o celular sobre a cama e fico deitada encarando as pequenas estrelinhas coladas no meu teto. Ainda tenho essas luzes desde criança, elas são bonitas e me ajudam a dormir tranquila, nunca consegui me desfazer delas.
E se com Felix for igual? E se eu nunca conseguir abrir mão do que sinto? Ele me machucou, meu coração bobo deveria apenas entender que é hora de parar com esses sentimentos.
Rolando sem parar na minha cama, acabo caindo. Quando minhas pernas tocam o chão gélido, minha cabeça tomba para trás, recostando-se na cama. Eu fecho os meus olhos por breves segundos e me imagino dentro de um lugar onde eu me sinta mais segura. É na estufa, onde estou sentada no chão, lendo "Orgulho e Preconceito", ao lado das orquídeas. Meu coração parece ficar finalmente em paz, mas agora é a minha mente que me prega peças. Quando no meu ponto de paz, Felix aparece e senta-se ao meu lado no chão, abro os olhos imediatamente e volto para a realidade.
— O que há de errado com você, Yumin? — pergunto a mim mesma.
Sem mais o que fazer, começo a olhar em volta, observando a decoração ainda meio infantil do meu quarto. Acho que as paredes rosa bebê já não fazem mais o meu estilo, assim como os móveis que ainda me lembram de quando era criança. Até mesmo as estrelinhas. Talvez seja a hora certa para me desapegar de algumas coisas.
Antes que pudesse refletir se é uma boa ideia, começo a separar em uma pilha algumas coisas que já não me convém mais guardar. São lembranças, continuarão existindo, mas agora eu preciso de espaço para as novas.
Depois de um bom tempo, minha barriga dá sinal de que a fome precisa ser saciada. Após conferir minhas mensagens, desço para a sala onde minha irmã mais velha me espera.
Faltando apenas um dia para o casamento, Yuna decidiu tirar uma folga do universo que envolve o matrimônio e passar o dia aqui, comigo, os noivos não quiseram despedida de solteiros. Como está em casa, ela e mamãe prepararam o almoço, o que é uma raridade. Mas eu não estou reclamando, jamais.
Hoje é o meu dia de sorte, tem de tudo o que mais gostamos: costelas grelhadas, salada de frutos do mar apimentada, arroz de broto de feijão, ensopado de peixe picante, algas temperadas e kimchi de rabanete. Pelo horário minha mãe não está mais aqui, mas Yuna senta-se à mesa para me esperar comer. Depois disso, minha irmã mais velha e eu levamos a louça suja para a pia e resolvemos ir para a sala assistir um programa qualquer. Mas, ao ligar o aparelho "O vestido ideal" é exibido. Yuna deu uma pausa do casamento, mas, aparentemente, o casamento não deu uma pausa dela.
— Você parece chateada esses dias, o que aconteceu? — ela pergunta, tentando ignorar o programa, caso contrário, voltaria a pensar, comer e respirar 'casamento'.
"O que aconteceu?". É uma pergunta que ainda dói de ser respondida. Pela primeira vez eu me abri mais que o de costume com alguém e não fui correspondida. A sensação no peito de que é a única com sentimentos é horrível.
Eu deveria apenas o esquecer e seguir com a minha vida, mas é difícil, já que não tenho como parar de vê-lo. De certa forma, como a Shin disse, faremos parte da uma convivência caótica. O pior de tudo ainda é saber que não há mais saída, meu coração agora é dele e de ninguém mais.
Eu o... Argh! Malditas quatro letras. Eu as sinto, mas não posso ficar ao seu lado se ele não sente o mesmo. É duro, está acabando comigo, mas eu fiz a escolha certa.
— Felix e eu brigamos. — comento, brevemente.
— Isso é novo. — ela diz, pensativa. — Eu nunca soube direito o que estava rolando com vocês, mas parecia estar indo bem.
— Nós não chegamos a ser algo concreto, sabe? — Ela sabe? Eu não sei ao certo. — As coisas só foram acontecendo e assim como aconteceu rápido, acabou rápido.
— Entendi. Mas por que terminaram?
— O problema é que nós nem mesmo chegamos a começar algo, oficialmente. Eu me deixei levar, mas no fim ele não sentia o mesmo. Se não é recíproco, então não é real.
— Eu sinto muito, maninha. — minha irmã lamenta, acariciando meus cabelos.
— Está tudo bem, ele é só mais um garoto. — eu minto. Eu não senti o que sinto por Felix com nenhum outro garoto, o que eu achei que tínhamos era especial.
— Você nunca foi uma boa mentirosa.
— Acho que é você quem me conhece melhor que ninguém. Eu preciso melhorar a minha atuação. — sorrio sem ânimo.
Eu não queria ter que atuar, porque não estou nada bem e ainda que eu saiba que não preciso fingir, o faço. Eu abaixei a guarda uma vez e isso não me trouxe lá coisas boas.
— Não fica assim, pequena. — ela me consola. — Nós não precisamos daqueles dois, nós precisamos de um bom filme triste e sorvete, muito sorvete!
— "Deles"? — interrogo confusa. — Yuna, você e o Chan estão bem? — questiono, preocupada. O casamento é amanhã.
— Chan está um pouco estranho esses dias, mas nada muito fora do comum. Nós estamos perfeitamente bem! — ela exclama. — Mas eu vou fingir que nós brigamos, em solidariedade à minha irmãzinha favorita.
Kang Yuna é uma das poucas pessoas que conseguem me fazer rir em momentos como esses. Ela me faz sentir bem em situações ruins, é a melhor irmã que eu poderia ter. Eu irei sentir muito a sua falta quando ela não estiver mais em casa.
Vai ser estranho não ter ela aqui todos os dias, não ter alguém para opinar sobre a roupa que eu escolher quando for em um encontro — se eu voltar a fazer isso algum dia —, ou até mesmo para ir dormir junto quando eu me sentir sozinha. Quem vai me acobertar quando eu matar as aulas da faculdade, que eu nem comecei, mas já estou me planejando?
— Quando for morar com ele, você promete que vem me visitar e não vai esquecer de mim? — eu cobro.
— Eu prometo. — ela dá a sua palavra. — E quanto eu for, eu deixo você ficar no meu quarto.
— A vista do quintal no meu quarto é melhor. — eu digo.
— A vista da estufa no meu é melhor. — ela contra-argumenta.
— Você venceu. — eu digo, mas com certeza não conseguirei ir para o dela. Não vai ser a mesma coisa dormir no quarto dela sem ela, eu vou sentir falta.
. 💐 .
Minha irmã e eu passamos um tempo de qualidade juntas. Fizemos as unhas, skincare e cuidamos do cabelo. Uma tarde das meninas Kang, bem divertida, com lanchinhos e risadas.
Eu me afasto dos pensamentos sobre o loiro. Ficamos as duas no meu quarto tomando mais sorvete e assistindo ao reality das Kardashians. Estava tudo sossegado, até eu receber uma mensagem de Jeongin, perguntando se eu não irei mesmo aparecer.
— Se você quiser ir, então vá. — minha irmã opina.
Fico dividida. Por um lado: eu dei a minha palavra e confirmado que iria. Por outro: Felix estaria lá. Reencontrar Yongbok seria tenso, mas eu deveria estar apoiando o meu amigo.
— Mas e se ele estiver lá!?
— São os amigos dele, é claro que ele vai estar lá. — Yuna é realista. — A pergunta é: "Você está pronta para revê-lo ou não?".
— Quero acreditar que sim, mas posso facilmente fugir assim que o ver. — digo.
— Se você mudar de ideia na hora e quiser voltar, eu te trago de volta para casa.
Eu levanto e caminho de um lado ao outro do quarto, tento tomar uma decisão, mas estou mesmo é para fazer um buraco no chão de tanto passar pelo mesmo lugar. Minha mente está mais bagunçada que o meu guarda-roupas.
— Eu vou. — digo rápido, antes que eu mude de ideia.
— Então acho melhor você se apressar, você já deveria ter saído, tipo, uma hora atrás.
Oh, céus! Eu estou completamente atrasada.
Sem pensar muito mais, vou em direção ao meu guarda-roupas escolher algo melhor. Ainda que o meu cérebro insista na ideia de que devo ficar em casa, meu coração suplica para vê-lo outra vez. O coração ferido chama por ele, implorando para tê-lo outra vez como seu.
Talvez eu esteja sendo imprudente, mas eu não me importo. No futuro, caso me arrependa amargamente, poderei culpar a minha adolescência, sendo ela a época das minhas piores escolhas.
Quando ele me vir, será que reagirá de algum modo? Talvez ele tente fugir a fim de me evitar por um tempo, ou talvez ele seja um completo babaca e não dê a mínima para a minha existência. Nesse caso, serei eu a fugir.
Quando finalmente fico pronta para ir, peço a minha irmã que me leve até lá, pois está ficando cada vez mais tarde e ir andando demoraria ainda mais. No caminho paramos rapidamente na minha floricultura favorita, onde compro um buquê de freesias. Freesias são lindas flores e com um significado tão bonito o quanto, elas são a calma e essência da amizade.
Eu não consigo evitar de ficar nervosa, meus olhos não tem um ponto fixo, vagam entre a estrada, as flores e os meus pés batendo uns nos outros. Eu não deveria estar tão nervosa, é apenas uma prova do quão apaixonada eu estou. Mas não tenho tempo para lamentações agora, o motivo da minha vinda foi para dar apoio e prestigiar o meu amigo. Quanto ao loiro, vou esquecê-lo, é uma promessa que faço a mim mesma.
— Woah, tenho boas lembranças daqui. — a mais velha diz, observando a entrada do campus.
Kang Yuna foi aluna da universidade de Seoul, ela era bem popular por aqui, me lembro de todas as histórias que me contava sobre todas as festas e amizades que fez. Espero ter tudo isso também quando ingressar aqui, ou sabe-se lá onde.
Calma, Yumin. Uma preocupação de cada vez.
— Você vai ficar bem mesmo? — a mais velha me pergunta.
— Vou sim, não se preocupe. — tento deixá-la segura, mas nem eu me sinto assim. — Vou entrar, volte para casa com segurança.
— Tudo bem, divirta-se! — Yuna diz, acena para mim uma última vez e então parte.
Após minha irmã ir embora, adentro o campus de tal prestigiada universidade. Fico um pouco perdida, é a minha primeira vez neste campus, apesar da Kang primogênita ter estudado aqui por cinco anos, eu só estive na sua formatura. Nunca saí perambulando pelo campus, mas mesmo que fizesse, não saberia onde a exposição fica.
Começo a me sentir como no primeiro dia de aulas do ensino médio, mas pelo menos naquele dia Mina estava ao meu lado.
Acho que está muito óbvio que eu me sinto perdida, fica ainda mais evidente quando uma garota se aproxima de mim. Meu Deus, ela é linda. Os seus cabelos são pretos até a altura dos ombros, seu sorriso é belo e simpático. Ela é como um anjo.
— Olá, você é nova aqui? — a morena pergunta educadamente.
Sua voz é única, forte e ainda assim suave. Sua aparência angelical condiz com a tal.
— Tipo isso. — eu digo. — Vim encontrar uns amigos, eles devem estar na exposição de artes, mas eu não sei onde fica. — rio sem jeito.
— Ah, sem problemas. Eu te levo lá. — ela se oferece gentilmente. — O meu nome é Park Jihyo e o seu? — a morena se apresenta, abrindo outra vez um grande e lindo sorriso.
— Kang Yumin. — falo meu nome em meio a um sorriso. O sorriso da Park é incrivelmente contagioso.
Enquanto caminhamos, Jihyo puxa alguns assuntos. Ela me explica um pouco mais sobre a universidade, diz que o prédio de artes é bem próximo ao de música, o que ela faz parte. Acabo descobrindo um pouco mais sobre ela também, como o fato de que ela tem vinte e três anos, estar no seu último ano aqui e que adora músicas tristes, como eu.
O campus em que estamos é enorme, tem mais de duzentas instalações. Por sorte e com a ajuda da mais velha, consigo me localizar.
— É aqui, você só precisa entrar, a exposição é logo aqui no térreo. — ela diz.
— Muito obrigada pela ajuda. — agradeço.
— Não foi nada. Eu já vou indo, talvez a gente se veja outra vez algum dia. — ela comenta antes de se despedir. — Tchau, Yumin.
Após me despedir da gentil moça de cabelos escuros, adentro no prédio bem na minha frente. Tem bastante gente, mas não chega a ser tumultuoso; é agradável e não barulhento, o ambiente perfeito para se estar.
A exposição por si só é linda, cada obra com sua beleza e significado — por mais que eu não esteja apta a entender todos eles.
Caminhando um pouco mais, finalmente encontro Hyunjin e Jeongin próximos de uma das grandes telas exibidas no local, uma pintura da arte impressionista em tons de azuis, vermelho, branco, laranja e verde. Podia-se notar um toque de Monet, mas ainda assim com muita personalidade e originalidade.
— Yumin, você veio! — diz Yang Jeongin, sorridente ao me perceber.
— Eu não perderia. — cumprimento o meu amigo. — E isso aqui é para você. — eu entrego as flores que comprei para Hyunjin.
— Obrigado, elas são lindas!
— Foi este que você fez? — eu pergunto, me referindo à pintura logo em frente.
— Sim, mas eu ainda sou muito inexperiente nisso tudo. Expor algo que eu criei é uma grande honra, mas ainda não acho que está perfeito, falta algo. — ele diz, enquanto observa a peça exposta.
— Eu acho que é lindo. — elogio a obra.
— Você é muito perfeccionista, eu já disse que está incrível. — fala Jeongin.
Conforme o tempo passa, seguimos caminhando pela exposição, admirando os outros tipo de artes presente. Já está ficando tarde e do principio até agora, Felix não chegou. Talvez ele tenha ido embora antes mesmo de eu ter chegado, já que os dois pombinhos nem citaram o seu nome.
Eu deveria perguntar? Se ele está me evitando, como eu suspeito, quero mesmo saber? Porque se ele está, significa que para o Lee eu sou um incômodo, que devo me afastar completamente, para sempre. É um saco, mas não dá, eu preciso saber.
— Achei que Felix viria hoje... — começo a puxar o assunto como quem não quer nada. — Já que isso é importante para você, amigo. — comento com o Hwang.
— Essa não. — é Jeongin quem fala. — Não diz que ele não te contou, Yumin. — Jeongin pede, irritado.
— Não me contou o quê? — interrogo, eu não entendo o que ele quer dizer.
Aparentemente, há mais coisas que Yongbok está escondendo de mim, como se todo o resto já não fosse o bastante.
— Ele foi embora, Yumin.
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