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013 - Eu gosto de você

A PRIMEIRA VEZ QUE EU OUVI sobre almas gêmeas foi quando tinha por volta dos meus sete anos. Yuna e eu assistíamos a outro dorama juntas na sala de estar, como fazíamos em todos os sábados. No drama, a protagonista olhava bem no fundo dos olhos do seu amado e dizia que o amaria para sempre, que não importasse o que viria a se passar, passariam juntos, porque eram almas gêmeas e é assim que soulmates fazem. Aquela foi a primeira vez que ouvi a expressão. Aquela cena me deixou toda boba, era tão lindo de se ver, suas palavras eram fortes e cheias de significado. Um pouco dramático, mas quem não é?

Desde aquele dia eu procurei conhecer a fundo tudo o que envolvia o assunto, eu sabia que queria aquilo para mim também. Eu queria alguém que me proporcionasse todos os sentimentos que ela dizia sentir, alguém que me causasse arrepios com um simples toque, que fizesse meu coração palpitar cada vez que meu nome ecoasse nos seus lábios, que me fizesse sentir as tão famigeradas borboletas. Eu queria tudo aquilo e muito mais, ainda quero.

       Quando encontrei Felix e senti aquela corrente elétrica, ficou claro que alguma coisa especial surgiria dali. Eu estava triste, cansada, exausta de tudo. Então ele chegou e, pouco a pouco, as coisas foram mudando. Cada dia ao lado de Felix é como uma aventura. A forma como ele me faz sentir é perigosa; meu coração está em perigo. Mas se tem uma coisa que eu aprendi nesse meio tempo, é que eu gosto. Estar com ele é bom, empolgante. Às vezes faz eu me sentir como uma criança explorando um mundo totalmente novo, desconhecido.

       O desconhecido me assustava, eu detestava sair da minha rotina. Quando uma coisa boa acontecia, eu me perguntava o que de ruim surgiria para manter o equilíbrio. Duvidei a minha vida inteira que coisas boas acontecessem de graça. Eu pensei também ter deixado isso de lado, mas quando ouvi aquela pergunta surgir por seus lábios, fiquei apavorada novamente.

       — Yumin, a gente pode conversar?

       Tento não surtar. Está tudo bem, eu não preciso me preocupar.

       — Podemos sim. — eu respondo no mesmo tom, baixinho, levantando-me em seguida.

       Felix também fica de pé, segura minha mão e me guia para longe da nossa mesa. No momento em que nos levantamos e nos retiramos sem nenhuma discrição, eu soube que aquele seria o assunto do grupo enquanto estivermos distante.

A música é alta, talvez até de mais. Mas, tentando encontrar um lado bom nisso, se o que temos para conversar for algo ruim e meu coração for partido, ninguém conseguirá ouvir suas palavras e muito menos o meu choro depois.

Coração partido. Minha mente já está trabalhando nas suas paranóias.

Nós vamos até a sala da casa, longe dos nossos amigos. Quando finalmente temos um pouquinho de privacidade, Felix resolve começar.

— O que aconteceu? — Lee pergunta. É tudo o que eu consigo ouvir, o que vem a seguir se torna uma sequência de sílabas que não fazem sentido.

— Felix, eu não estou ouvindo. — praticamente grito. A música está tão alta que mal posso ouvir o que sai da minha boca, quem dirá da dele.

Vendo que uma conversa aqui é algo incabível, Yongbok segura a minha mão e passa a me guiar para outro lugar. Ele entrelaça os seus dedos nos meus e segura minha mão bem firme, para que não nos separemos enquanto passamos pela multidão de convidados dançando no meio da sala, onde a dj está bem próxima.

Subimos as escadas para o primeiro andar. Há um corredor amplo para a direita. A música chega um pouco menos, mas não o suficiente para conversarmos. Dos degraus até o corredor, existem casais se pegando sem vergonha alguma. Eu fico um pouco sem jeito, não gosto de olhar as pessoas em seus momentos de intimidade, mesmo parecendo que o pessoal aqui não dá a mínima para os olhares.

Logo no início há uma fila enorme, acho que é para o banheiro. Na segunda porta que tentamos abrir, a fechadura está travada. O australiano tenta as outras, até encontrar uma que está aberta. Nós entramos e, por pouco, não vemos demais. O casal que estava aqui sai rapidamente ao nos ver, constrangidos e quase seminus.

Resolvemos ficar por aqui. Mais espertos que os que andaram antes de nós, passamos a chave, que esteve aqui o tempo inteiro, na fechadura.

Eu observo o cômodo. Não parece o quarto de Yeosang, constato isso pela bandeira lésbica presa na parede e as fotos de Kang Seulgi, sua família e amigos nos porta-retratos da estante. Acho que a irmã mais velha dos Kang esqueceu de trancar a sua porta. Bem, sorte a dela que nós chegamos a tempo.

Vou até a cama de casal da mais velha e me sento numa ponta, encosto as costas na cabeceira e seguro um travesseiro nos braços. Lee vem até onde estou, senta-se na outra ponta, fica apenas de meias e cruza as penas em cima da cama.

— O que aconteceu? Você não está se sentindo bem? — ele me questiona, prestativo. Seu tom de voz é suave, mostrando sua total atenção para mim e o que eu irei dizer.

Um suspiro aliviado escapa. Então é sobre isso? Ele queria saber se eu estou bem. Minha mente mais uma vez viajou para caramba.

— Você ficou estranha desde que Jeongin... — ele retoma sua fala, levando embora a tranquilidade que eu estava sentindo.

       — Não. — eu digo de imediato, interrompendo que ele continue sua fala. —  Não é isso. — solto um riso estranho enquanto tento fugir do assunto.

       Uma onda de vergonha me invade, por isso abaixo a cabeça, faço careta e aperto o travesseiro com força. Ele percebe, é por isso que pousa sua mão sobre meu punho cerrado.

       — Kang Yumin. — Felix me chama pelo nome completo, o que me faz encarar seus olhos no mesmo segundo. — Yuminnie, sou eu. Felix. — ele desprende minha mão do objeto fofinho e a segura. — Você pode falar comigo sobre o que te incomoda. Sabe disso, não sabe? — massageando o dorso da minha mão, ele me faz sentir menos esquisita.

       O problema é que falar sobre o que me incomoda nunca foi tarefa fácil. Falar com ele sempre foi fácil, mas são coisas desse tipo que me desestabilizam. Talvez Yongbok ainda não tenha se dado conta do quão novo tudo isso é para mim e o quanto o desconhecido me apavora.

       Eu tenho uma rotina, uma vida monótona. Bem, era assim até sua chegada. De toda forma, eu nunca soube como lidar bem com mudanças. Se o loirinho soubesse de todo o medo que eu tenho de não ser boa o suficiente em tudo isso, de como me assusta a possibilidade de que ele acabe percebendo o quão desinteressante eu de fato sou.

       — Eu acho que sei. É que às vezes... — quase sempre. — É muito difícil falar tudo o que eu quero.

       Respiro fundo, pendendo a cabeça levemente para trás até encostar na parede, respiro mais uma vez tentando assim acalmar os nervos. O tempo em que me encontro assim é o suficiente para que ele deslize no colchão até estar ao meu lado. Quando volto à postura normal e meus olhos vão de encontro aos seus, Felix segura o meu rosto entre as suas mãozinhas, acariciando minhas bochechas, enquanto sorri docemente para mim.

       Seus olhos não desgrudam dos meus nem por um segundo e isso por si só já possui um efeito calmante surreal em mim. As batidas do meu coração aceleram o ritmo, meu corpo estremece com o simples toque terno e delicado das suas mãos no meu rosto, acarinhando o local.

       Felix muitas das vezes não parece verdade, me pergunto se ele não passa de um surto da minha imaginação super fértil. Tenho secretamente o medo de descobrir que ele nunca fora real.

       — Não se preocupe, você pode falar o que quiser, eu estou aqui para te ouvir. — ele diz, me deixando um pouco mais segura para dizer.

       Se eu quero que as coisas mudem, definitivamente, eu preciso ser a mudança. Tenho que ser a Yumin que fala abertamente, sem medos, sobre o que sente, que abre o coração e que se permite ser vulnerável. Por mais difícil que seja.

       Eu procuro coragem, mas acabo encontrando o conforto que tanto necessito nos seus braços. Sem pensar muito, me agarro ao Lee, bem forte. O mantenho perto de mim, a proximidade não o permite ver o meu rosto, isso torna as coisas um pouco mais fáceis.

       — Por favor não me solte, vai ser mais fácil falar sobre isso assim. — eu peço.

       Concordando, Felix envolve seus braços em minha cintura e fica quietinho, apenas ouvindo com total atenção tudo o que tenho para dizer.

       — Sim, eu fiquei estranha pelo que o Yang disse sobre nós dois estarmos namorando. — de uma vez por todas, admito. — Me senti assim porque isso me fez questionar muita coisa sobre o que eu sinto por você. — eu abro o meu coração. — Tenho me sentido estranha ultimamente, Felix. E o motivo de tudo isso é você. É um estranho bom, eu acho.

       — Estranho bom? — ele se pronuncia após o meu silêncio.

       — Sim, um estranho bom. — eu confirmo. — Você me irrita muitas vezes, mas ajuda a me fazer sentir feliz. Isso que é estranho. Não sei como você faz isso, mas meu coração dispara quando estamos juntos. — ele sabe que estou sendo honesta, ele pode sentir o meu coração batendo contra seu peito pela proximidade. — Se eu tiver um ataque cardíaco, a culpa é sua.

       Me coração está prestes a sair pela boca, minha voz começando a falhar e minhas mãos soando. Céus. Vamos Yumin, você consegue! Não complique muito, você só precisa dizer o que sente.

       — Eu sinto que estou me transformando em uma idiota. — eu deito a cabeça em seu ombro. — Quando eu olho para você, sinto o tempo parar. Eu sempre acreditei na filosofia de que o tempo é precioso, então, durante aqueles cinco segundos em que o tempo congela, você é a única coisa que realmente importa, eu não sinto que estou perdendo tempo e sim ganhando. — falo, como uma completa idiota apaixonada. — Eu não faço ideia de como, mas você conseguiu me fazer apaixonar.

       Eu vou me acalmando aos poucos, conforme vou dizendo o que sinto.

       Nos meus braços, Felix não reage. Eu não sei o que ele pensa ou sente a respeito disso, mas procuro não me preocupar, fiz isso porque precisava dizer como eu me sinto, não para saber se ele sente o mesmo.

       — Eu não estou te contando isso para ouvir uma resposta, muito menos isso é um pedido de namoro. — eu esclareço a situação. — Você sabe, eu não tenho tempo para namoro. O que quero com isso é apenas dizer que, sim, eu gosto de você, estranho. — assumo de uma vez, sem mais enrolação. Rápido e indolor.

       Eu respiro.

       Tudo o que estava preso no meu coração saiu, levando consigo o peso depositado nas minhas costas. Eu me sinto bem, livre.

       Com o que precisava ser dito finalmente feito, eu o solto. Meus olhos não conseguem parar no seu rosto por mais que dois segundos, então abaixo o olhar até a altura das minhas unhas, as mãos no travesseiro entre nós.

       Mesmo sem ser a intenção, esperei que ele dissesse alguma coisa sobre o meu monólogo, ainda que fosse apenas dizendo para descermos e voltarmos para os nossos amigos, mas ele fica por um tempo quieto.

       Desesperada para que esse clima acabe logo, sou eu quem resolvo tomar uma iniciativa. Levanto-me da cama de uma vez e deixo o objeto fofo em seu devido lugar.

       — Vamos? — o chamo.

       Felix se levanta ao meu pedido, fica de pé bem na minha frente, bloqueando a passagem. O observo confusa, até que ele avança um passo na minha direção, me fazendo dar um para trás, encostando-me na parede.

       O seu olhar sobre mim me faz arrepiar os pelos da nuca. Sua mão toca com cuidado o meu queixo, o erguendo para que eu consiga olhá-lo com clareza. Seus olhos encontram os meus e depois à minha boca. Seu indicador toca os meus lábios, deslizando sobre eles. Não achando suficiente, ele aproxima o seu rosto, roçando seus lábios nos meus.

       — Não há ninguém como você, Kang. — é o que ele diz, antes de unir seus lábios aos meus, calando quaisquer que sejam as minhas dúvidas.

Felix me beija, eu o beijo, nós nos beijamos. Isto é tudo o que realmente importa.

É possível alguém se sentir tão bem assim? Se isso for um sonho, por favor que eu não acordar. A casa poderia estar pegando fogo, a polícia podia invadir e acabar com a festa, minha mãe poderia aparecer para brigar comigo por não estar em casa estudando, a minha banda favorita poderia fazer um show gratuito na sala, nada disso funcionaria para nos separar. Neste momento, não ligamos para o resto, a única coisa que desejamos é um ao outro.

A sensação que fica no peito é boa, de uma felicidade sem igual. Sempre que penso nele meu dia ganha cor, quando ele sorri eu sinto vontade de fazer o mesmo. Se ele está aqui, eu estou okay. O meu corpo se arrepia por inteiro só de sentir o quão bom é o beijar. Tudo em Lee Felix soa como música aos meus ouvidos.

Eu me sinto tão bem ao seu lado, posso estar no meu pior dia, mas se ele estiver comigo esse se tornará o melhor de todos. Eu não sei por quanto tempo isso vai durar, então que seja eterno enquanto dure e que dure para sempre.

.  💐  .

       — Já faz um bom tempo, ele sempre foi apaixonado por mim e- — Hwang Hyunjin começa a contar a história de como os dois se conheceram até começarem a namorar.

       — Que mentira! — Jeongin protesta, indo contra a versão distorcida do namorado. — Eu vou contar como as coisas aconteceram de verdade. — ele interfere, não aguentando mais as "mentiras" que o Hwang conta. — Hyunjin e eu temos um amigo em comum, Kim Seungmin. Seungmin é o meu melhor amigo, nós íamos sempre ao fliperama juntos nos fins de semana. Era uma tradição nossa, até que em um desses dias ele resolveu convidar o Hyunjin. É claro que eu não fui com a cara dele no início, ele era... irritante de mais.

       — Eu acredito que "era" não é bem a palavra certa. — Felix implica com o amigo, este que apenas faz uma careta e mostra-lhe o dedo do meio como resposta.

       — Como eu dizia, não gostei dele nem um pouco. Também fiquei irritado com Seungmin. Era uma coisa só nossa, como ele poderia incluir outra pessoa? E ainda mais o Hyunjin.

       — Eu não entendi esse seu "ainda mais o Hyunjin". — Hwang fica chateado.

       — Você era insuportável, Hyunjin. — Jeongin manda a real para o namorado, sem meias palavras. — Você estava andando com um pessoal bem babaca e sendo bem como eles. Eu te achava um idiota, mas depois a gente se conheceu melhor e eu descobri que você não era daquele jeito, era apenas uma fase ruim. Você estava processando o luto.

       — Eu lembro. Seungmin tentou me tirar daquela situação que eu me meti. Ele me ajudou muito e achou que um amigo a mais poderia ser bom para mim. — o mais alto conta.

       — Eu só nunca entendi muito bem como vocês dois viraram amigos. — Yang compartilha sua dúvida.

       — Eu estava em uma fase bem encrenqueira. — ele diz. — Um dia eu coloquei um balde com tinta na porta da sala para cair no professor Ban. E foi hilário, disso eu não me arrependo. — seu lado encrenqueiro ainda se diverte com a cena. — Mas quando o professor perguntou, Seungmin disse que foi ele, não eu. Ele levou a culpa e ficou parado no corredor, de joelhos e com os braços para cima até a aula acabar. Eu não entendi o motivo daquilo, quando eu perguntei ele disse que me entendia e que eu já tinha problemas de mais, mas ele não e conseguiria lidar com aquilo para eu não ser expulso. Ele também fez uma piadinha com o meu cabelo vermelho, aquele idiota.

       — Então depois disso vocês viraram amigos? — Jeongin pergunta.

       — Não, levou mais um tempo. Mas o que importa é que ele me levou até você e você se apaixonou por mim, ficou caidinho. Amor a primeira vista.

       — Vai sonhando.

       — Tá, mas como foi que aconteceu? — Shin Mina questiona, curiosa. — Como isso levou a vocês dois juntos.

       Nós ficamos todos quietos ouvindo a história, atentos e entretidos. Yang Jeongin tenta contar os fatos como eles realmente são, enquanto Hwang Hyunjin interfere e muda alguns fatos para a história ficar de uma maneira que caia bem para o seu lado. Eu me divirto ouvindo.

       — Eu tive que me acostumar com a cara dele, mas ele não fazia o meu tipo nem um pouco. — continua o Yang. — Eu só conseguia ver ele com o amigo do meu amigo, mas ele não. Hyunjin teve que insistir um pouco até que eu aceitasse sair com ele, não faço ideia de como, mas ele conseguiu, me ganhou pelo cansaço. Tempo vai, tempo vem, até que ele me pediu em namoro.

       — Aí ele aceitou e nós vivemos felizes para sempre. Fim. — o moreno, Hwang, tenta por um ponto final na história.

       — Não foi bem assim, eu recusei o pedido. — Yang conta. — Eu não queria namorar, tinha terminado um relacionamento longo não faziam nem dois meses. A culpa de estarmos juntos é do Felix, foi ele quem nos uniu. Foi bem complicado, digamos que eu ainda não tinha conseguido superar bem o meu ex.

       — Por favor me diz que Felix era o ex. — teoriza a Shin.

       — Não coloca meu nome nessa história não que você não faz ideia da confusão que Hyunjin fez com o garoto. — Felix protesta, seu tom de voz soa um pouco amedrontado.

       — Tudo que ele disse é mentira. — o Hwang nega. — E o Jeongin também, ele sempre me amou. E que história é essa de que "a culpa de estarmos juntos é do Felix"? Eu não entendi esse seu desaforo.

       — Aish, o que importa é que estamos juntos agora! — o castanho aperta a bochecha do namorado.

       — Argh! — Mina faz cara de nojo. — Isso foi demais para mim, eu vou ver se encontro a sua irmã. — ele refere-se à Yeji.

       A Shin afasta-se de nós apressadamente, ele parece realmente estar interessada na outra gêmea Hwang. Eu ainda não tinha visto ela assim, tão entusiasmada sobre uma pessoa nova. Mina sempre dá em cima de todo mundo, mas dificilmente corre atrás duas vezes.

       Os quatro restantes de nós continuamos conversando, até que o casal dá uma desculpinha esfarrapada para sair da mesa e irem se pegar em algum canto da casa, restando assim apenas Felix e eu. Pela primeira vez me sinto como uma adolescente comum, em uma festa, aproveitando a noite com alguns amigos e o garoto que eu gosto. Essa minha "fobia social" me privou de tantas coisas. Por muito tempo eu quis não me importar e fazer o que tivesse vontade, agora enfim sinto que posso.

       — Você está com frio? — ele me pergunta. As noites estão começando a ficar cada vez mais frias, o inverno se aproxima.

       — Um pouco.

       — Vem cá, deixa que eu te esquento. — Lee diz, abrindo os seus braços para que eu me encaixe nele.

       Assim eu faço. Felix me aquece em um abraço, enquanto eu tenho a cabeça deitada sobre seu peito e as mãos entrelaçadas as suas.

       São por momentos como esse que eu passo por todo o estresse do dia-a-dia com um sorriso no rosto. Estar junto de Felix, deitada no seu peito e com olhos fechados, inalando o seu cheiro gosto de baunilha e rosas brancas, é surreal. Sentir o que sinto faz tudo valer a pena no final.

       — Você não parece mais estar odiando tanto assim ter vindo. — ele diz.

       — Não muito, até que foi legal. — confesso.

       — Nós podemos sair assim mais vezes, se for o que quiser. — Yongbok sugere. — O que acha de um karaokê da próxima vez? Depois que o vestibular acabar nós podemos sair mais em grupo. É divertido.

       — Para mim, parece ótimo! — eu concordo. — Mas não acho que um karaokê seja o lugar certo. Eu não sei cantar, Felix. — não digo nenhuma novidade.

       — Mas é em uma salinha fechada, só nós vamos ver. — o loiro tenta me convencer. — Além disso, você acha que a gente faz karaokê sério? É um momento para dar risada, vamos escolher músicas que com certeza não conseguimos cantar, passar muita vergonha e rir para caramba.

       — Tá legal, eu topo. — aceito a proposta.

       Eu me surpreendi hoje, achei que seria um completo desastre mas no fim das contas acabei me divertindo bastante. Eu descobri que só precisava dar uma chance a tudo isso, inclusive a mim mesma.

       O tempo passou tão rápido que eu nem percebi o horário, só me dei de conta quando recebi uma mensagem da minha irmã mais velha. Já se aproximava das quatro da manhã.

       Felix se ofereceu para me levar até em casa, mesmo que tudo que eu quisesse era apenas ficar mais tempo juntinho dele. Não demorou para que nós chegássemos, graças a ele. Mina veio junto também, já que havia dito ao seu pai que dormirá na minha casa hoje. Me despedir de Felix hoje me levou um pouco mais te tempo, com mais beijinhos e carinho. Eu suspiro contente. Hoje me diverti, fiz coisas novas e me declarei para o garoto que gosto. Esta noite com certeza ficará guardada na memória.

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