Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

🩸↓ 𝘁𝗵𝗲 𝗱𝗮𝘆 𝗯𝗹𝗲𝗲𝗱𝘀 𝗶𝗻𝘁𝗼 𝗻𝗶𝗴𝗵𝘁𝗳𝗮𝗹𝗹


































      ENTÃO LIAM ESTAVA SANGRANDO em seu tapete favorito, cuspindo todo o seu amor em líquido vermelho contra o tecido macio, manchando o branco com uma poça de líquido escarlate que apenas crescia sob o espaço, consumindo até o último vestígio de branco no tapete favorito de seu ex-marido. Zayn ficaria tão furioso quando descobrisse que ele o havia manchado com algo tão grosso quanto sangue, seria impossível tirar aquela mancha gigante de lá e isso deixaria seu homem tão chateado e isso era a coisa que o castanho menos precisava, certo? Ele não precisava deixar o moreno chateado ou ele o amaria menos do que já amava agora, não é?

      Payne rolou sobre sua barriga ferida e se arrastou pelo tapete, indo para longe dele e seguindo para a porta de casa, a mesma porta pela qual seu amor saiu. Sangue escorria por sua boca e suas mãos ensanguentadas deixavam marcas de palmas pelo assoalho de madeira escura e ele grunhia e chorava pela dor lancinante dilacerando seus órgãos internos pela bala estranha alojada entre eles. Tudo dentro dele doía, porém o mesmo continuou se arrastando adiante, para fora, para Zayn, porque ele estaria lhe esperando no jardim, certo? Com o seu sorriso largo que há muito o castanho não via e seus tatuados braços abertos, totalmente pronto para segurá-lo em seus braços aconchegantes e fazê-lo se sentir em casa outra vez, assim como ele estava acostumado a se sentir antes que o moreno saísse pela porta. Ele estaria feliz porque Liam tinha feito a escolha certa ao não sujar o tapete, não é? Zayn estaria orgulhoso porque ele soubera se cuidar enquanto ele esteve fora, certo? Ele arrumou a casa e fez o jantar todas as noites para que quando o moreno chegasse eles pudessem jantar juntos, como uma família, não é mesmo? Eles eram uma família e Zayn ainda o amava, Liam só precisava mostrar para ele que não precisava mais esconder seus sentimentos por trás de seu olhar duro e seu rosto emburrado.

      O homem alcançou a maçaneta dourada com dificuldade, pintando-a de cor carmesim com seus dedos sujos como tinta, abrindo-a logo depois para encontrar seu jardim imerso em total branco. Neve fofa e gélida caia vagarosamente do céu e o mais velho sorriu com seus dentes tingidos de sangue, forçando seu corpo para fora, na varanda e então ele seguiu para os degraus e permitiu que seu corpo fraco rolasse por eles, caindo na neve macia e congelante, tremendo da cabeça aos pés com a brisa cortante de dezembro cobrindo seu corpo fragilizado pelos ferimentos, pelo sangue e pela dor. Dor, essa era a única coisa que Liam conhecia depois que Zayn saiu pela porta e o deixou sozinho com seu ursinho rosa que cheirava a seu perfume. Mas ele voltaria e toda a dor se esvairia por sua pele fria quando os lábios mornos do seu marido tocassem sua boca sangrenta e ressecada e então todas as suas feridas estariam curadas, pois o amor dos dois poderia sarar qualquer machucado, por mais profundo que ele fosse.

      E Liam esperou, e esperou, até que seus lábios ficassem azuis e sua pele ficasse pálida como folhas de papel, então finalmente, quando ele sangrava incessantemente ao anoitecer, os faróis altos do Range Rover negro iluminaram suas feições semi-mortas e um sorriso fraco iluminou suas características, ele tentou chamar o nome do moreno quando ele saltou do carro gritando como um louco e Liam podia ouvir as sirenes lá longe, tão longe que ele achava que elas estavam do outro lado das montanhas, porque a única coisa que ele conseguia ouvir e sentir eram os braços firmes de Zayn o abraçando apertado contra seu peito e a voz amável dele agraciando seus ouvidos com inúmeros “não me deixe, querido, não me deixe” sendo sussurrados aos seus ouvidos.

      — E-eu con-segui, Zee... Eu cui-dei de tu-do... — Sussurrou em seu último fio de voz, debilitado, sorrindo radiante para seu marido, recebendo um sorriso choroso deste que apertou seu corpo mais forte contra seu peito, então o castanho adormeceu ali, no lugar onde era o seu lar, pois ele pertencia a qualquer lugar em que o seu companheiro estivesse.

      Os próximos minutos foram como um borrão esquisito e gélido para os dois. Dentro de sessenta segundos, Zayn estava cambaleando para longe de seu querido homem pela neve branca enquanto paramédicos o colocavam em uma maca, dizendo coisas uns para os outros com os olhos muito abertos no homem com as roupas manchadas, sangue espesso e escarlate gotejando lividamente pelo branco, contrastando com toda a paisagem neutra. O moreno prendeu a respiração, cobrindo seus ouvidos por um momento para abafar o ruído agudo das sirenes com seus olhos se fechando fortemente, sua cabeça doendo e suas pupilas tão dilatadas atrás de suas pálpebras que pareciam prestes a saltar das órbitas. Estavam opacas, como núcleos vazios.

      Deus, por quê ele tinha deixado Liam mesmo?

      Ainda conseguia ouvir os gritos altos e roucos dele do outro lado da porta fechada, chorando tão alto que mesmo depois de entrar em seu carro podia ouvi-lo, tão assustado em perdê-lo que quase derrubou a porta com seus socos impiedosos. Faziam três meses, mas a memória permaneceu viva nos seus pensamentos como uma tormenta sem fim. Aquela manhã tinha sido um caos, mas o que Zayn poderia ter feito de melhor? Ele não amava mais Liam, certo? Eles estavam gastos e cansados, não é? Eles não eram mais perfeitos, não é? Zayn nunca se sentiu tão errado em toda a sua vida quando, finalmente um mês depois, admitiu que os dias haviam se tornado mais longos e solitários sem o castanho, que sua vida era vazia e monótona sem as risadas altas e os gritinhos assustados de seu companheiro. A cidade era colorida e com barulhos altos demais para alguém que havia morado em uma montanha há uma hora da civilização por quase quinze anos, absorto por calmaria e o simples zumbido amável do vento ao anoitecer.

      Antes que pudesse pensar, suas pernas já estavam o movendo para dentro para o cheiro familiar da sua casa, quase o sufocando ao puxar o ar com demasiada força. Seu tapete favorito estava exatamente no mesmo lugar no meio da sala, estava limpo e a casa tinha um ótimo aroma de limpeza, tudo do modo como ele tinha deixado ao sair, mas o vermelho manchava o assoalho e uma mínima parte do tapete, sua arma caída ao lado do sofá de couro marrom, a pistola preta se sobressaindo sobre o tapete branco e felpudo. Zayn amava aquele tapete, conseguia se lembrar de Liam deitado lá sempre que voltava da delegacia com seus olhos chocolate enormes cintilando na luz suave do ambiente e sem cobertura alguma além de um fino lençol branco de cetim sobre suas pernas. Zayn definitivamente amava aquele tapete. Zayn deveria ter voltado para Liam porque amava ele e o tapete. Zayn não deveria ter deixado Liam por causa do bebê, não era culpa dele porque o moreno prometeu amá-lo na saúde e na doença, nos altos e baixos que poderiam ser habituais da vida. Zayn descumpriu a promessa e machucou seu amado no processo. Ele foi tão mau para Liam e mesmo assim tudo que o castanho queria era mostrar que poderia ser ótimo para ele, que poderia consertar as coisas que se quebraram entre eles depois de perder o bebê.

      Pinky estava caído na sala ao lado da árvore de Natal colorida ao lado da lareira. Ela não estava lá quando foi embora. A estrela que deveria ser colocada no topo da árvore estava em cima da lareira. O castanho tinha arrumado tudo para quando ele voltasse, estava o esperando durante os 92 dias em que passou fora, deixando mensagens noturnas em sua caixa eletrônica contando sobre as coisas que fez no dia assim como eles faziam todas as noites antes de dormir. Zayn ainda tinha todas elas na memória do aparelho.

      Deus, por quê ele deixou Liam mesmo?

      Malik pegou Pinky do chão e o cheirou, sentindo a fragrância doce do seu pequeno amor ali, afundando seu rosto contra a pelúcia rosa vestida de patinho e óculos. Zayn beijou o ursinho e o abraçou, tirando logo depois a arma do chão e a guardando na caixa aberta sob a lareira apagada, pressionando sua testa contra o mármore frio da prateleira. A mensagem deixada na sua caixa postal há duas horas vagando por seus pensamentos ainda.

      — Zaynie, quando você vai voltar? Eu estou com saudades. — então houve um suspiro e sua voz ficou trêmula. — E-eu arrumei a nossa árvore, mas eu preciso de você para... colocar a estrela, se lembra? Pinky e eu estamos realmente com saudades e eu fiz biscoitos, aqueles amanteigados que você gosta, decorei eles e fiz em formato de árvores do jeito que você gosta, amor. — Ele riu baixinho, mas soou quebrado e triste. — Eu não quero mais ficar sozinho, Zaynie, quando você volta? Eu sinto falta da sua voz e do seu sorriso, você já está vindo, não é? Você vai voltar, certo? Eu tenho uma surpresa, volta... Volta rápido. — Então a linha foi ocupada com soluços altos e lufadas difíceis de ar por tempo suficiente para que ele se movesse para desligar o aparelho, até ouvir o som seco de um disparo e a mensagem acabar.

      Zayn bateu a testa no mármore e respirou fundo, arrastando Pinky com ele para fora, ignorando o sangue seco e a mancha no seu tapete favorito. Ele entrou no carro e pôs o urso ao seu lado, olhando para o banco vazio por um momento muito longo, lembrando-se de seu homem empurrando seu rosto sentado ali com seus braços tatuados cruzados e o rosto emburrado, um enorme bico em sua boca. Onde aqueles dias felizes tinham ficado? Onde foi que o moreno os deixou quando decidiu ir embora?

      Zayn odiava aquele tapete.

      Zayn ligou o carro e desceu pela montanha, ignorando os vizinhos aparecendo em busca de explicações. Ele não estava deixando Liam sozinho nunca mais, era hora de cumprir sua promessa.









⎘⎗










      Dois dias mais tarde, Liam acordou com o barulho suave do medidor cardíaco cobrindo o quarto frio, sentindo uma respiração rápida e quente em seu pescoço e um pequeno peso sobre seu peito. Por um instante, ele pensou estar sonhando, mas percebeu ser real quando uma linguinha rosa e molhada começou a lamber suas feições, animado com seu despertar. O filhote estava deitado sobre seu peito, arrastando-se para perto de seu rosto com grandes olhos escuros e animados, impedindo o castanho de desviar dos beijos incessantes que recebia. Havia uma coleira rosa e azul em seu pescoço com um pingente em formato de osso azul escrito Sparkle. Era uma dócil fêmea de Cocker Spaniel Inglês. Liam sempre quis um cãozinho dessa raça, mas Zayn não gostava muito de cães porque eles faziam muita bagunça e o maior não gostava de bagunça.

      — Você gostou do presente? — A voz grave e carregada de emoção do moreno preencheu o quarto, ele estava voltando pela porta com um copo nas mãos de alguma bebida quente.

      Os olhos castanhos do homem brilharam ao observar seu companheiro atravessando a porta com um sorriso largo em seus lábios finos. Ele parecia tão apaixonado outra vez que Liam chorou, com seus olhos se enchendo de lágrimas quentes e espessas e soluços saindo por seus lábios ao que ele esticou seus braços em um pedido mudo pelo abraço que sentiu falta por muitos dias, seus batimentos antes calmos, agora disparavam disformes a medida que braços o apertavam fortemente contra o peito largo e o aroma familiar do moreno. Os últimos meses pareceram um fantasma com ele tão próximo, somente um pesadelo ruim.

      — Vo-cê voltou, eu-eu te amo tanto. — Liam choramingou entre seus soluços, apertando Zayn o mais forte que conseguia em seus braços. — D-desculpa, d-desculpa, d-desculpa!

      — Ei, ei, olhe para mim, bebê — Payne ergueu sua cabeça com os olhos vermelhos e o lábio inferior trêmulo, parecendo mais frágil que o normal. Malik suspirou, secando as lágrimas que manchavam suas bochechas cheias com carinho, sentando-se ao lado do menor na maca enquanto Sparkle se aninhou no peito do castanho outra vez. — Eu não deveria ter deixado você, foi uma péssima ideia, eu quebrei minha promessa e isso trouxe danos para você. Tudo que você precisava de mim era o meu apoio e compreensão, mas eu não fui forte o suficiente para dar isso a você quando mais precisou e isso me quebrou, eu admito. Liam, você estava lá sempre, fazendo tudo para que nosso casamento fosse bom para nós dois e para que o nosso amor nunca se tornasse uma coisa unilateral que não podia ser mantida e, não foi sua culpa perder o bebê, isso é uma fatalidade que acontece com muitos casais e eu deveria ter estado ao seu lado quando aconteceu porque, claramente, isso afetou você mais profundo do que a mim. Eu não estava lá, querido. Eu não estava lá quando você queria amor e atenção. Eu não estava lá quando você quis tentar de novo e eu fui tão insensível em deixar os meus sentimentos na cama, em não ter coragem de conversar com você e evitar o assunto. Isso magoou você, eu sei e…

      Liam o interrompeu, grudando seus lábios juntos em um beijo longo e apaixonado, apertando seus corpos tão juntos quanto era possível naquele momento. Definitivamente, eles tinham sentido falta daquilo. Definitivamente sim.

      — Nós vamos ter um bebê. — Payne soltou assim que suas bocas se separaram, ofegante em um sussurro. — Eu fiz uma grande bagunça com a sua arma, eu juro que foi sem querer, eu não queria, Zee, não estava travada e disparou sozinha.

      Zayn engoliu em seco, beijando os lábios róseos do menor outra vez.

      — Eu sei que nós vamos ter um bebê, amor. Por sorte, a bala não o acertou, mas passou perto. — Liam suspirou com as bochechas vermelhas, enterrando sua cabeça no pescoço do maior.

      — Desculpa, eu não deveria ter mexido nas suas coisas.

      — Você sempre pode mexer nas minhas coisas, mas da próxima vez não encoste na arma, bebê, eu não posso perder você. Vocês. O que seria de mim? Você me deu um susto e tanto há alguns dias. — O mais novo respirou, balançando a cabeça.

      — Desculpe de novo. — Ele disse baixinho, aliviado.

      — Eu amo você. Eu amo você tanto. — Liam sorriu com os beijos molhados sendo depositados em sua bochecha e pescoço. — Eu prometo ficar para sempre dessa vez, sem mentiras.

      — Eu não posso viver sem você, Zee. Quando vai entender?

      — Digamos que eu precisei quase te perder para entender. — Liam riu baixinho.

      — O que você trouxe para beber? Estou com sede e com fome. — Indagou Payne levantando a cabeça e o moreno o entregou o copo de plástico.

      — Chocolate quente, o seu favorito.

      Liam tomou um gole e depois se lembrou de algo.

      — Zee, os meus biscoitinhos, eles ficaram no forno, devem estar mofados agora! — Choramingou, com os olhos grandes e chateados. O maior riu, entregando Pinky para o mais novo, sabendo que esta seria a segunda coisa sobre a qual ele daria falta. — Pinky, eu esqueci dos biscoitos...

      — Shh, shh, eu guardei todos os seus biscoitinhos na geladeira, está bem? Quando voltarmos para casa você vai poder comer todos eles comigo logo depois de colocarmos a estrela na nossa árvore, okay? Você quer? — Malik o consolou, acariciando seus cabelos e feições, impossibilitado de manter suas mãos para si mesmo.

      — É o que eu mais quero no mundo todo. — Contou o castanho com aqueles lindos olhos brilhantes como estrelas vidrados em Zayn.

      O moreno beijou sua testa.

      — Vai ser um Natal perfeito como todos os outros, bebê, eu prometo.

      — Não vai não, porque não vai ter um Natal mais perfeito que o Natal do próximo ano, e sabe por quê? Porque o nosso bebê finalmente vai estar lá! — Liam exclamou animado e sonhador, acariciando a cabeça da cadelinha dorminhoca em seu colo.

      — E enquanto ele não chega, nós teremos a Sparkle para nos fazer companhia. — Zayn o beijou a bochecha.

      — Zee? — Chamou baixinho.

      — Sim, bebê? — Respondeu o mais velho no mesmo tom.

      — Podemos ter outro cãozinho para fazer companhia a ela? — Payne deu um pequeno sorriso sapeca, segurando-a como um bebê em seus braços enormes.

      — Liam! — O moreno exclamou, indignado.

      — Por favorzinho, Zee! — Fez biquinho o mais baixo.

      — Olha, eu vou pensar no seu caso. Cachorros ainda fazem uma tremenda bagunça. — Reclamou o maior.

      — Mas pode ser um pequenininho! Que nem um Dálmata! — O olhou sapeca, gargalhando quando o maior bufou e o ignorou.

      — A gente conversa sobre esse outro cachorro aí depois porque se você continuar me olhando com essa cara eu vou acabar te dando e eu não vou lidar com um cachorro tão grande. — Afirmou o tatuador, olhando para o outro lado do quarto. Liam gargalhou mais alto.

      — Mas eu cuido, Zaynie!

      — Não cuida nada, você vai deixar eles mal acostumados e vai ajudar eles a esconder as burradas quando eu não estiver em casa! Eu te conheço, não vem com essa, bebê! — O castanho riu mais, esticando-se sobre o moreno para beijá-lo outra vez.



































__________________

essa oneshot é pequena,
mas ela é o meu amor, gente! 🌴

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro