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23. Sentimentos Ocultos

Constança, Romênia

A L I C E

A praia havia me feito bem. Ver o sol após dias de chuva intensa acalmou meus ânimos, e eu já havia agradecido a Barnes diversas vezes pelo passeio. O havia feito ficar sem graça, o que era fofo. Em um segundo ele estava flertando pesado comigo, no outro estava com as bochechas vermelhas pela minha gratidão.

Eu me encantava mais e mais com ele. Nem sabia como era possível.

Cada minuto que passávamos perto, cada história que compartilhávamos só me dava mais certeza que eu não poderia deixar ele nas mãos dos chefões do governo americano, muito menos poderia deixá-lo desamparado. Ele merecia viver sua vida. E viver de verdade dessa vez.

O único problema que cercava minha mente era sobre como eu contaria a ele sobre quem eu sou, e o motivo de estar ali na Romênia. Não tinha coragem de dizer que tudo foi acaso, que eu já estava ali procurando ele, e que tive a sorte de o encontrar no primeiro dia de missão. Ele me odiaria. E nunca mais confiaria em mim de novo.

Ou em qualquer outra pessoa.

— Você ainda vai entrar na água? — Ouço Barnes perguntar e maneio a cabeça, negando.

— Não quero voltar encharcada. — Digo, tocando o biquíni e percebendo que a peça já estava quase seca pelo sol.

— Não esquece de levar as latinhas quando sairmos. — Ele avisa, apontando com o queixo para a sacola onde estávamos jogando as latas de cerveja.

— Não vou. Essa já é a última. — Digo, erguendo a latinha que estava na minha mão, vendo-o assentir.

Me acomodo sobre a manta, descansando ali, e em questão se segundos, sinto as mãos de Barnes na minha cintura, me puxando para si. Ele me acomoda ali, com as costas no seu peitoral, e permanece quieto, encarando o mar, como se não tivesse feito nada demais. Não contesto, gostava daquela proximidade, então apenas relaxo ali, finalizando a cerveja.

O ouço murmurar uma música, reconhecendo por ser ‘Hungry Eyes’, e o acompanho, percebendo pelo olhar periférico que ele me observava. O encaro enquanto murmuramos o refrão da música ao mesmo tempo, e sorrimos juntos, como dois bobos.

Mas encarar Barnes de perto fez algo diferente queimar em mim. Uma estranha vontade. E essa vontade me deu um impulso. Ele fez o mesmo. Nós dois nos movemos igualmente, um em direção ao outro, fechando os olhos no mesmo momento, quando nossos lábios se encontraram. O encaixe do beijo foi perfeito, e o que deveria ter sido só um longo selinho, se estendeu para mais quando ele passou a língua por meus lábios, pedindo passagem.

— Bucky.. — Ofego, afastando nós dois quando sinto meu corpo mais quente que o normal. — Estamos em público.

— Eu sei. — Se defende, beijando minha bochecha, ombros e nuca. — Desculpe.

Apenas assinto, perdida em pensamentos. Me encosto no seu peitoral outra vez, relaxando ali, mesmo com a quantidade incontável de borboletas zanzando pelo meu estômago. Barnes ainda murmurava algumas músicas, e depositava curtos beijos por meu ombro e costas.

Sua versão carinhosa me encantava. Ele ainda era um homem dos anos 40 por dentro, podia perceber até pela forma tímida e respeitosa a qual ele só tocava meu corpo onde a camisa estava, evitando minha pele, o que seria um toque mais íntimo, mesmo que eu estivesse de biquíni. Ele não deixava de me surpreender, de me deixar ainda mais… atraída.

— Vamos? Não quero pegar a estrada a noite. — Bucky diz, apertando minha cintura levemente.

— Vamos. Guarda as coisas enquanto eu me visto?

— Sim senhora.

Me levanto, puxando o vestido que usava, e o uso para bater levemente meu corpo, tirando a areia da minha pele. Me visto, arrumando a peça vermelha no corpo, e prendo o cabelo ainda úmido em um rabo de cavalo. O vi erguer a manta, batendo-a e dobrando com cuidado, pondo na mesma sacola que eu havia trago, evitando deixar minha bolsa cheia de areia.

Ele levou minha bolsa nas costas e o saquinho de lixo improvisado, e deixou o mesmo em um lixeiro de reciclagem. Voltamos para a moto, e ele subiu primeiro, passando a bolsa para mim assim que eu me acomodei na garupa. Tive de soltar o cabelo para pôr o capacete, e aguentar os risos de Barnes pelo meu esquecimento sobre a peça.

— Acho que o capacete já apertou demais a sua cabeça na vinda, não está pensando direito. — Ele provoca, recebendo um tapa no ombro em troca.

— Deixa de falar besteira e pilota logo isso, Narizinho. Estou com fome.

— Vou te levar em outro lugar então. — Ele diz, acariciando minha perna antes de levar a mão ao guidão e acelerar, fazendo a moto roncar.

Me segurei na cintura do moreno, acomodando meu queixo no seu ombro, sem implicar sua vista do retrovisor. O caminho era bem quieto. Florestas e casas distantes dos dois lados. EM lembrava a mansão de Lehnsherr, e isso me lembrava de que eu deveria falar com o ruivo, apenas para manter as aparências..

Faria isso quando chegasse em casa.

Bucky pilotava em uma velocidade alta, mas tomando cuidado nas curvas, e a cada semáforo que parávamos, ele descansava as mãos nas minhas pernas, fazendo um carinho confortável ali. Quando chegamos na parte mais central, ele desviou um pouco o caminho, e antes que eu pudesse perguntar para onde estávamos indo, ele estacionou a moto em frente a um restaurante.

— Era aqui que eu vinha quando via você lá no outro restaurante. — Ele diz, provavelmente referente a primeira semana que passei aqui. Quando ele me evitava.

— Está me trazendo para a concorrência? — O pergunto, mantendo uma parte do disfarce da missão ali.

— Só um dia não vai te falir. — Ele brinca, descansando o capacete no braço, me estendendo o de metal, agora com uma luva sobre a mão biônica.

Entramos juntos no local e ele me guiou para uma mesa no canto, afastada de janelas. Imaginava porque ele gostava de ficar assim, e sorri fraco ao pensar naquilo. Peguei o cardápio que descansava na mesa e comecei a escolher meu prato. O estabelecimento era ais uma lanchonete de filmes antigos do que realmente um restaurante.

Bucky optou por um sanduíche completo quando a garçonete veio, e eu, indecisa, pedi o mesmo, mas com cheddar extra. Um vício incurável. Para beber, optamos por refrigerante, e a moça anotou o pedido, nos deixando a sós.

— O que quer fazer quando voltar para o apartamento?

— Além de tomar um bom banho, é óbvio.. Não sei. Talvez ver algum filme. Você tem algo em mente?

— Ver um filme parece bom.

— Está se convidando, James Barnes?

— Óbvio! Não tem graça ver filme sozinho.

— Tem sim.

— Shh. Caladinha. — Ele manda, e eu faço um zíper sobre a boca. — Você ficou com as bochechas vermelhas. Eu disse que deveria ter usado o protetor solar também.

— Deveria. Mas não está ardendo. Quando chegar em casa eu passo hidratante e melhora.

— Você é bem preparada, hm?

— Sou bem treinada, gatinho. — Digo, e o ouço sorrir. — Bucky… Posso perguntar uma coisa?

— Deve.

— Porque me beijou? — Finalmente tiro a coragem para lhe questionar, ouvindo o homem suspirar e passar a mão pelos próprios cabelos longos, talvez pensativo.

— Porque eu quis. — Dá de ombros. — Senti que já devia ter feito antes e aproveitei a oportunidade.

Não tenho resposta para aquilo. Meu cérebro apenas parece um espaço em branco total. Ao mesmo tempo que me agradava ter aquela atenção por Barnes, me preocupava. Eu não planejava ser um interesse romântico para ele, muito menos tê-lo como um interesse meu, mas parecia que minha mente já não correspondia as minhas vontades conscientes.

Nossa comida chegou antes que eu pudesse lhe perguntar mais algo, e eu apenas decidi deixar aquele assunto em aberto. Poderia conversar com ele depois, ser sincera, querer saber se ele sentia algo ou se foi algo de momento. Caso fosse a segunda opção, lhe daria um aviso sobre não podermos continuar com aquilo. Não seria positivo para a minha missão.

O meu maior problema era se ele sentia algo. Eu teria que ser muito mais cuidadosa com as minhas palavras. Nunca quis lhe dar a entender que queria algo além de amizade. Mas talvez o tempo que passávamos juntos e as conversas sinceras que tínhamos um com o outro lhe deu uma brecha para isso.

— Lice? Seu celular. — Ouço Barnes falar, me chamando a atenção.

— O que tem?

— Está tocando.

Seu aviso funciona como se me deslocasse da realidade paralela em que a minha mente estava. Deixo o lanche sobre o prato e limpo as mãos, pegando o aparelho a tempo, antes da chamada ser desligada. Atendo apenas após ver o nome de Lehnsherr no visor.

Ma belle! Pensei que não iria me atender.

— Desculpe, estava jantando.

Oh, estou atrapalhando?

— Não, tudo bem. Pode falar.

Lembra da nossa viagem para Berlim? A missão…

— Lembro sim. Você havia deixado em aberto.. Teve alguma atualização sobre a ida?

Tive sim. Minha companheira de lá confirmou a data. O resgate vai acontecer amanhã a noite, durante a festa beneficente que lhe comentei. Então preciso que apronte suas malas, passo para buscar você as dez, hoje. Você dorme aqui, e sairemos bem cedo para lá.

Assim que ouço sua fala, encaro o relógio. Eram sete e quarenta, teria tempo para terminar de comer, chegar em casa, tomar um bom banho e arrumar a mala. Ergui o olhar para Barnes, vendo a sua curiosidade sobre mim e o telefonema, enquanto continuava a comer.

Combinados? — Erik pergunta, novamente me fazendo voltar a realidade.

— Sim, sim. Combinados. Estarei esperando você.

Excelente. Não esqueça seu vestido!

— Não irei.

Ele desliga a chamada e eu ponho o celular na bolsa, voltando a comer. Assim que termino, Bucky chama a garçonete para fechar a conta, e reluta para aceitar quando eu insisto em pagar a conta. Ele já havia comprado diversas coisas para passarmos o dia na praia, não era justo que apenas ele gastasse.

— O que era? O telefonema? — Ele pergunta, conforme saímos do local.

— Tenho que ir a um lugar. Hoje.

— Tem que ser hoje? Achei que tínhamos combinado o filme.

— E tínhamos, mas.. É algo que eu preciso fazer, Bucky. — Digo, vendo-o olhar ao redor, evitando me olhar.

— É com aquele Erik? Você sempre corre para ele, porque?

— Ei! Eu não corro para ele! Nós já tínhamos combinado isso há um tempo, eu estava apenas esperando ele me dizer o dia. Não imaginei que seria hoje.

— Está correndo para ele agora. Cheia de planos e quer dizer que são só amigos. — Ele desdenha, pondo o capacete.

— Você está sendo ridículo. Nem sabe sobre o que se trata. E porque está com ciúmes?

— Não estou. Sobe logo. — Pede, e eu o faço, me acomodando outra vez na garupa, tocando seu corpo agora com uma hesitação maior.

— Não acredito que vai ficar emburrado por isso. — Digo, após ver seu rosto pelo retrovisor.

— Não posso? Nós tínhamos planos.

— E eu já tinha marcado outro plano com ele antes! Podemos ver os filmes quando eu voltar, qual a dificuldade?

— Nenhuma, Alice. Nenhuma. Faça o que quiser, você é livre.

— Sim, eu sou! — Concordo, franzindo as sobrancelhas.

Ficamos os dois em silêncio após isso, e ele foi direto para o conjunto de prédios, parando apenas para respeitar os semáforos. Eu queria entender a sua chateação, porque havia ficado tão sentido por uma bobagem como essa. Eu tinha que obter a resposta por sua boca, por suas próprias palavras, porque se a verdade fosse a que eu imaginava, teríamos um pequeno problema para resolver.

— Obrigada pelo passeio. — O agradeço, lhe entregando o capacete.

— Espero que o com o Erik não seja melhor. — Provoca, me dando um sorriso cínico.

— É sério?

— Seríssimo.

— Legal. Quando parar de ser infantil a gente conversa.

Não ouço mais uma palavra sua, na verdade sequer espero. Entro no prédio e subo as escadas, sem querer saber se ele iria entregar a moto agora ou subir comigo. Não me importava. Tudo o que eu queria era meu chuveiro, e arrumar logo aquela mala. Erik logo chegaria, eu precisaria estar pronta. Precisaria me focar e continuar a minha missão.

※ ══ • ⊰ Ⓐ ⊱ • ══ ※

Oie!

Atrasei mais do que pensei que iria.
Ainda estou me reorganizando, então não posso prometer quando voltarei a postar com frequência.

Até o próximo, beijos 🤍

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