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11. As Dimensões dos Sentidos

Bucareste, Romênia; 20h

A L I C E

O fim de tarde e início de noite foram levados em leitura. Agora, graças aos documentos que Colin e Rogers me enviaram, eu já estava mais familiarizada com James, com o seu passado sofrido. Tinha pouquíssimos arquivos seus sobre, como eles chamavam, “Soldado Invernal”, mas o que vi foi suficiente para perceber a quantidade de abuso que ele sofreu por tantos anos.

Desde o primeiro momento em que foi “resgatado” pela Hidra, ele foi tratado como um rato de laboratório, e isso me indignou. Me fez querer ainda mais estar do lado de James e poder lhe ajudar, tirá-lo dessa. Com os documentos, consegui também o endereço da sede romena da Hidra, e seria um dos pontos que visitaria e investigaria, e, com sorte, destruiria.

Agora estava devidamente maquiada e terminando de me vestir, esperando a mensagem avisando que eu poderia descer, e essa chegou quando eu calçava os saltos. Não tinha tanta animação para sair com o grupo, mas sentia que devia. Não ignorava meu sexto sentido, nunca, então peguei minha bolsa de mão e desci, após garantir que Alpine ficaria bem.

Desci todas as escadas e encontrei o grupo na frente do prédio, com celulares em mãos, possivelmente esperando o táxi, uber ou qualquer outro. Cumprimentei todos e fiquei de pé, ao lado de Ash, olhando ao redor, tentando sair um pouco daquela tensão toda. Vi o bar de esquina com as luzes acesas, e lá dentro pude ver Barnes e a atendente. Os dois conversavam, pareciam sorrir, se divertindo com o assunto.

Sorri com a cena. Após ler tudo aquilo sobre James, me sentia minimamente feliz por saber que mesmo com tantos possíveis traumas, ele ainda conseguia viver bem, ou tentar. Ele ainda se esforçava para ter uma vida minimamente normal, e isso me dava mais esperanças para acreditar que ele só estava aqui tentando lembrar quem era. Tentando voltar a ser ele, e não por ainda trabalhar com a organização.

Voltei minha atenção para o grupo quando os carros chegaram, e nos dividimos para ir. Entramos e nos acomodamos no carro, seguindo caminho para a tal boate.

— Niko, hoje vamos te apresentar ao chefe. Ele ficou empolgado em saber que tem gente nova entrando. — Ash diz. Ótimo, era exatamente disso que eu precisava.

— Ele as vezes parece bem intimidador, mas não tem do que ter medo. Se ele não gostar de você, o máximo que vai fazer é não permitir que você entre para a equipe. — Brady explica, limpando entre as escamas do braço.

— Ahm, e eu… já vou poder entrar para a equipe? Se ele gostar de mim, é claro.

— Vai. Estamos precisando de agentes, você tem o físico perfeito. A mutação também. — Tom diz, encarando a janela pelo assento da frente. Dali, ele era o que menos gostava de mim, e isso eu realmente conseguia sentir.

Conversamos um pouco mais sobre outros assuntos, saindo da ligeira tensão, e logo chegamos ao pub. Era bem bonito e organizado por dentro e por fora, e tinha uma decoração no modelo antigo, mais simples. E era cheio, mas com Tom, nós subimos direto para uma sala vip enorme. Pole dances espalhados, mesas de poker e sinuca, e muitos mutantes andando para lá e para cá.

Ash e Tom me guiaram para uma mesa em especial, que estava ocupada por apenas um homem. Meu coração gelou ao vê-lo ali, mas mantive a pose e postura. Não podia me deixar levar agora, muito menos mostrar extrema empolgação, então me obriguei a permanecer quieta. Ele sorriu ao me ver, e se levantou, cercando a mesa para ficar frente a frente comigo.

— Alice, este é o meu chefe, Erik Lehnsherr.

Ashley nos apresentou, e eu encarei o homem a minha frente. Vestes sociais, arrumadas, como todos ali, e bastante perfumado. Os cabelos castanho-ruivos um tanto desgrenhados e curtos, a barba por fazer e os olhos verdes sobre mim, me avaliando. Me encarando do pé a cabeça, possivelmente avaliando meu físico.

— É um prazer, Alice. — Ele diz, receptivo, estendendo a mão para mim. — Ashley me contou o seu tipo, se não se importa.

— Não me importo, não se preocupe. O prazer é todo meu. — O cumprimento, gentil e sorridente, apertando sua mão e o vendo aproximá-la dos lábios e dar um rápido beijo. Educado. Mais um homem a moda antiga.

— Sente-se. — Pede, e eu o faço, ficando ao seu lado no sofá. — Mutante alfa, não é?

— Isso mesmo.

— Que espécie, exatamente? Fiquei curioso quando soube.

— Tigre-siberiano.

— Ora, muito interessante. Consegue controlar perfeitamente, não é? Brady não.. — Ele exemplifica, e o homem-peixe me encara, acenando e mostrando as membranas natatórias entre os dedos e as escamas no braço.

— Controlo tudo. Força, velocidade e transformação. Treinei bastante.

— Excelente! Poderia me mostrar? Se não for incômodo.

— É um pouco, mas... Olhe. — Peço, e o mostro a minha mão.

As unhas crescem, se formando garras extensas, duras e bem afiadas, e os pelos do antebraço se tornam grossos, brancos com rajadas em preto. A transformação clássica. De corpo inteiro seria mais difícil. Erik me encara, como se pedisse permissão para tocar. Assinto, e sinto suas mãos tocando os pelos, as garras, virando minha mão e vendo a palma com a pele grossa, os dedos levemente mais largos.

— Impressionante, Alice. Imagino que deva ter uma ótima visão, audição e olfato, sim?

— Sim. Na verdade, todos os meus sentidos são extremamente aprimorados. Foi algo que treinei durante um tempo também.

— Quanto descobriu a mutação?

— Aos dezessete anos. Bem mais tarde do que outros mutantes que conheço, então treinei bastante para “recuperar” o tempo perdido. — Explico, e ele assente.

— Ótimo. Você é uma mulher de valor, Alice. É exatamente o que eu preciso. Quem eu preciso. — Se corrige. — O que está disposta a fazer?

— O que você precisar. — Me disponho. Ele sorri.

— E já sabe a nossa causa?

— Sei sim, senhor. Para um mutante, é difícil não saber.

— Perfeito. Então, bem vinda a Irmandade, Nikolaev! — Ele diz, sorridente, me chamando pelo sobrenome que tanto odeio.

Não revira os olhos, Alice. Agora não.

— Agradeço.

Sorri amigavelmente para aqueles que me davam as boas vindas, brindei e bebi com os outros membros da equipe de Lehnsherr. Aquela oportunidade era perfeita que eu precisava para me integrar de uma vez na missão. Agora passaria informações de dentro para Ross.

Sabia que precisaria tomar cuidado. Não conhecia todas as habilidades daqueles que estavam comigo, e era bem óbvio que Lehnsherr não confiaria tanto em mim no início, mesmo que se mostrasse aberto. Ele já deveria saber que o exército tinha conhecimento dos seus planos, então tudo poderia ser um teste, qualquer pequeno detalhe poderia me fazer ficar entre a vida e a morte, se ele me pegasse e descobrisse a verdade. Não seria idiota para confiar em qualquer um.

Comecei a aproveitar mais da noite, deixando as preocupações levemente de lado. Ashley me apresentou a mais pessoas, fazendo o exato trabalho que eu precisava. Me fazendo conhecer a habilidade das pessoas que me cercavam, que trabalhavam para Erik.

Ao menos ali não tinha ninguém como Xavier ou Grey, telepatas. Era óbvio que não eram os mais fortes. Estes possivelmente estavam na mesa onde Erik estava, com Tom. Era com aqueles que eu tinha que me preocupar. Os mais poderosos.

— Aí, Lice! Vou no balcão, quer cerveja? — Vanessa se dispôs.

— Ahn... Vodca, se tiver. — Peço, e ela assente.

Volto a focar na conversa, ouvindo o pessoal falar sobre jogos de basquete. Eu normalmente conversava pouco, mas aquele era um assunto ao qual eu me enquadrava. Me permiti conversar mais quando comecei a beber, sempre tomando cuidado com o que falava, não deixando passar nada sobre o meu passado.

↢ ❦ ↣

As horas passaram devagar, mas isso eu tinha como um ponto ao meu favor. Eu bebia muito, mas tinha uma boa resistência – mesmo sem nunca ter entendido de onde ela vinha –, e isso me fez ficar o menos bêbada possível enquanto os outros ao meu redor estavam cambaleando e trocando as palavras, e contando muitas coisas úteis.

Só parei quando eram cerca de três, quase quatro da manhã. Fui até o banheiro da boate e lavei o rosto, molhei os pulsos e a nuca, retomando mais da minha consciência e sanidade. Saí do local, vendo bastante gente dispersa e peguei o celular, pronta para chamar um carro em algum aplicativo e ir logo para casa. Já estava cheia e já havia socializado muito mais do que o meu costume.

— Já cansou? — Ouço Erik me perguntar, e o encaro, vendo o homem me olhar de forma curiosa.

— Na verdade, já. Estava procurando a Ash para me despedir, mas não estou achando.

— Tom a levou para casa agora a pouco. — Lehnsherr explica, se aproximando sutilmente. Me controlo para não semicerrar os olhos. — Quer uma carona?

— Você não bebeu?

— Bebi, mas não sou eu quem vai dirigir. Meu motorista está esperando. — Ele explica, pondo as mãos no bolso da calça. — Vem comigo. Te deixo em casa, assim não tem que ir só.

Não reluto, apenas o sigo, pondo em campo minha mania de confiar cegamente nas pessoas. A diferença é que eu já sabia que Erik era a pessoa errada muito antes de aceitar seu pedido. Era melhor do que ir sozinha, eu achava. Antes ele, que parece minimamente responsável e confiável naquele momento, do que um morotista qualquer, que poderia acabar morto se tentasse tocar em mim.

— Boa noite, Sr Lehnsherr. Senhorita. — O motorista cumprimenta, segurando a porta do carro. Ele também era um mutante, com o corpo todo vermelho e uma cauda sobressalente no terno.

— Boa noite, Azazel. — Erik responde após nós dois entrarmos. — Qual seu endereço, Alice?

— Strada Emil Racoviță, o conjunto de prédios. — Digo, e o motorista assente.

Arrumo a saia, me acomodando melhor no banco e encaro a janela. Logo sinto Erik se mover, inquieto, e ao encará-lo, percebo que ele observava meu corpo. Mais precisamente as minhas cicatrizes. Aquilo me incomoda. Não tinha problema algum em falar sobre elas, mas não gostava quando me olhavam fixamente por conta disso.

— São muitas. Onde as conseguiu? Se não for delicado de contar.

— Não é, não se preocupe. — Digo, ajustando minha postura. — A maioria delas foi feita pelo meu... Pai. Biológico.

— Tem outro pai?

— Adotivo.

— Entendi. Imagino que tenha sido uma infância difícil com alguém assim.

— Foi. Muita dor, perda... Mas... Faz parte. Me fez ser a Alice que sou hoje.

— Gosto de pessoas como você, Alice. Que sabem o que é o verdadeiro sofrimento da vida e se mantém firmes. E vão muito além da beleza física. — Ele diz, tocando meu queixo.

Ok, proximidade um pouco estranha.

— Confesso que quando Tom me falou sobre uma nova mutante, eu duvidei. É difícil ter mulheres aderindo a nossa causa. E quando ele me comentou sobre ser tão forte.. Fiquei curioso. — Erik fala.

Eu sorrio, de puro desdém, mas ele não percebe.

— Agradeço que me ache tão forte, e também pela oportunidade de entrar na equipe.

— Imagino que tenha sofrido muito com a descoberta da sua mutação. Espero que se sinta acolhida conosco. — Lehnsherr diz, passando o dedão pela minha bochecha.

Por Deus, eu vou vomitar.

— Também espero me sentir bem com os seus, Sr Lehnsherr. — Digo, sorrindo docemente, contrastando com o que realmente queria fazer naquele momento.

— Oh, por favor. Erik. Apenas Erik.

— Tudo bem, Erik.

Não podia deixar de entrar no jogo dele. Daria a Erik o que ele queria se isso me fizesse ter mais conhecimento para a missão e sobre seus planos. Eu era especialista em disfarces de todo tipo, não era agora que daria para trás.

Por isso quando ele avaliou meu rosto, meus lábios, eu fiz o mesmo. Talvez ele estivesse pensando em tentar algo. Em se aproximar mais e deixar rolar. Mas a única coisa que eu conseguia imaginar naquele momento era minhas garras rasgando cada polegada de pele daquele rosto pálido e repleto de sardas. Aquilo me fez sorrir. Um sorriso genuíno, e Erik, a minha frente, mordeu o lábio.

Oh, coitado. Se você soubesse…

— Chegamos, Sr Lehnsherr. — Azazel diz, parando o carro na entrada do prédio.

— Um momento. — Ele diz, e pega um papel do bolso. Puxando uma caneta com os seus poderes, Erik anota algo num papel, e quando ele me entrega, percebo que é um endereço. — Quero que me encontre aqui mais tarde, as seis da noite.

— Só eu?

— Só você. Tom e os outros já estarão por lá. — Ele diz, e eu assinto. Guardo o papel entre o sutiã e o top.

— Nos vemos amanhã, então.

— Até lá.

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Acabei atrasando um cap quarta, que seria esse, então talvez nessa semana eu poste três.

Até o próximo 🤍

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