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𝟎𝟒. a new home.

QUATRO.
Um novo lar.

QUANDO AMITA PENSAVA na Rússia, imediatamente sentia o gosto de Medovik, uma sobremesa russa, que provou em sua confeitaria favorita em Londres, ou do cheiro forte do perfume de um de seus professores na universidade, que segundo ele, era um perfume importado de Moscow. A terapeuta pensava em apresentações de ballet, o clima congelante e a beleza dos pontos turísticos que viu enquanto folheava um livro. Poderia citar diversas coisas que gostaria de fazer no país, invadir a casa de um oficial russo não estava na lista, mas, ironicamente, esse foi o destino de sua primeira viagem para a Rússia.

Amita se sentiu vivendo em uma cena retirada de um filme de ação. O grupo tinha repassado o plano algumas vezes durante a viagem, seria uma missão simples, com o objetivo de observar e coletar informações, entrar e sair da maneira mais discreta possível, mas é claro que Erik Lehnsherr complicaria as coisas. Shakiff nem sabia o motivo de ter ficado tão surpresa quando o homem correu para dentro da casa do oficial, atacando todos os soldados que encontrou no caminho, afinal sabia que a sede de vingança de Erik o impedia de ser racional. Charles correu atrás do mutante, e Amita o acompanhou.

Nada ocorreu de acordo com o plano, mas na casa do oficial, conseguiram informações importantes com Emma Frost, que depois de Erik quase matá-la, não teve escolha a não ser falar.

Após as revelações de Frost, Amita utilizou seus poderes para acalmar os seguranças, Charles apagou suas mentes e o grupo retornou para o avião particular, e em algumas horas estariam no complexo da CIA. Apesar dos altos e baixos, Shakiff estava considerando a missão um sucesso, uma grande bagunça dramática, mas um sucesso. 

Talvez os outros não compartilhassem da mesma opinião da terapeuta, afinal quando ela entrou no avião, os sentimentos das pessoas ao seu redor estavam agitados e intensos. Amita Shakiff definitivamente não enxergava o mundo da mesma maneira que os outros, além de suas habilidades empáticas, ela tinha sinestesia, uma condição neurológica em que o cérebro pode interpretar as diferentes sensações da natureza simultaneamente, uma estimulação em cadeia onde um sentido causa reações no outro.

Para Amita, dias da semana, lugares, sensações.. Tudo funciona como uma mistura de formas, sons, cores, cheiros e sabores. Sons muito estridentes costumam provocar um gosto azedo, já coisas suaves tinham um gosto mais adocicado. A cor vermelha era associada a seu perfume favorito, as segundas feiras são quadradas e ásperas, associava uma personalidade a cada número até chegar ao 27.

Quando se encontrou com Moira no avião, Amita sentiu um gosto de mofo em sua língua que a fazia querer coçar o nariz, junto de uma vontade de espirrar, a sensação veio por conta dos sentimentos da mulher. Moira MacTaggert era uma agente incrível, mas ainda era apenas humana, e na presença de mutantes ela se sentia impotente, queria ajudar mas não sabia como, estava sendo frustrante para ela. 

Shakiff entendia como Moira se sentia, não apenas por seus poderes, mas por que também se sentia assim quando pensava sobre o resto do grupo. Alex Summers literalmente lançava raios de energia cósmica de seu corpo, e os poderes da terapeuta não tinham nada físico, nunca tinha usado eles para ataque, se perguntava se realmente seria útil para o time. Para se distrair desses pensamentos e distrair Moira, a mutante a convidou para jogar cartas.

━ Você ganhou de novo! Como isso é possível? Está trapaceando. 

━ Um bom mágico nunca revela os seus truques. ━ Amita sorriu, observando a MacTaggert tirar algumas notas de sua carteira, para pagar o que tinham apostado. 

Moira negou com a cabeça como se estivesse decepcionada, mas um sorriso estampava o canto de seus lábios, estava se divertindo e a terapeuta ficava feliz em poder ajudá-la a se esquecer de seus sentimentos ruins.

━ Eu quero jogar com a Amita depois. ━ Charles disse, ao passar por elas. Ele e Lehnsherr tinham terminado uma partida de xadrez, algo que faziam com frequência. Shakiff não era fã de xadrez, era muito parado para ela e não se comparava a emoção das cartas.

━ Contanto que não tente trapacear como da última vez. ━ Disse. ━ Eu sempre sinto quando você entra na minha cabeça, Charles.

━ Trapaça? É bom que você não esteja fazendo isso quando jogamos xadrez. ━ Erik reclamou.

━ Obrigada Amita, agora todos vão achar que eu sou um trapaceiro.

━ Que feio, Charles. ━ O tom de brincadeira estava presente na voz de Moira. ━ Achei que fosse o mais honesto entre os três.

━ Eu vou tentar não ficar ofendida com isso. ━ Amita disse.

━ Deveria ficar ofendida mesmo, está trapaceando desde a primeira vez que joguei cartas com você. ━ A mutante riu diante da reclamação.

━ Não é trapaça se você não puder provar. ━ O sorriso travesso estava de volta ao rosto da Shakiff. ━ E eu posso provar a trapaça do Charles, senti ele entrando na minha cabeça.

━ Uma vez. ━ Ele se defendeu.

Amita observou enquanto Erik guardava as peças de xadrez, ele estava quieto desde que saíram da casa do oficial russo, provavelmente pensando em sua vingança. Os sentimentos do mutante eram sempre complexos, conflitantes e intensos, ele era movido por vingança, tudo em sua vida girava em torno daquele objetivo, e Shakiff se perguntava como ele se sentiria quando completasse seus planos, satisfeito ou vazio? O que faria com todos aqueles sentimentos borbulhantes como lava quente? Ou com aqueles que ele se esforçava para reprimir?

Erik Lehnsherr soava como uma bomba relógio pronta para explodir, um vulcão pronto para entrar em erupção, uma tempestade pronta para acontecer, um furacão que destruiria a si mesmo e tudo que estivesse ao seu redor. 

Ela queria ajudá-lo, realmente queria, mas o mutante com habilidades magnéticas não era a pessoa mais receptiva do mundo. Mesmo assim, Amita se levantou, indo em direção ao assento em que o homem estava sentado.

━ Você quer jogar, Erik? ━ Ela perguntou, torcendo por um "sim", mas sabendo que receberia um "não".

━ Eu não jogo cartas. ━ Disse, sem direcionar seu olhar para a mutante. Ela quase riu, não era como se Amita precisasse de contato visual para conseguir sentir os sentimentos dele.

━ Aceita um conselho? Você deveria relaxar um pouco Erik, o dia mal começou e já consigo sentir a sua sede de sangue. 

━ Deveria agradecer à minha sede de sangue. ━ Recrutou. ━ Foi graças a ela que conseguimos informações com a telepata do Shaw.

━ Nem o roteirista do filme James Bond, poderia ter previsto uma cena como aquela. ━ Amita amava citar o agente 007, ou qualquer filme de ação. Outros gêneros também a agradavam, era fascinada por filmes de uma forma geral. ━ Mas não estamos mais na mansão do oficial russo, você não precisa ficar com o modo "pronto para matar" ligado o dia todo.

━ Não sou um dos seus pacientes, Amita, isso não é uma sessão de terapia.

━ Você precisa de uma, a propósito. ━ Disse ela. ━ E não me olhe assim, todos precisam, o mundo seria um lugar muito melhor se todo mundo fizesse terapia.

━ Pode oferecer sua sessão para Moira e para o Charles. ━ Apontou com a cabeça para os dois. ━ Quem sabe o modo "pronto para matar" seja o meu natural.

Amita riu, não sabia ao certo se pela resposta que considerou dramática, ou pela lembrança que veio em sua mente.

━ Erik eu consigo sentir tudo, sei o quanto se sente satisfeito e agitado depois de ganhar uma partida de xadrez, ou o quanto ficou empolgado ontem quando a Raven deu codinomes para nós. ━ Ela se inclinou, falando mais baixo como se fosse um segredo. ━ Por fora você parecia não se importar, mas senti o quanto gostou disso e nem posso te julgar, Magneto é um nome incrível, eu quase dei pulinhos quando Raven sugeriu Analista para mim.

Quando ela se afastou, Erik parecia não saber o que dizer. A verdade seja dita, Amita realmente queria ajudá-lo mas era impossível resistir a tentação de deixar o homem nervoso, sem palavras ou surpreso, a expressão no rosto dele era sempre impagável.

 ━ E sobre não jogar cartas. ━ Começou. ━ Deveria repensar isso, a satisfação e emoção de vencer um jogo de cartas é muito maior do que a de vencer um de xadrez, sem contar que já cansei de ganhar do Charles e da Moira, uma vitória diferente me faria bem.

Ela sorriu e se afastou, voltando para seu lugar, e deixando Lehnsherr para trás, odiando como Amita conseguia deixá-lo sem palavras.

Quanto mais perto do complexo chegavam, mais nervosa e ansiosa Amita se sentia. Segundo Emma, Shaw executaria seus planos em pouco mais de um mês, esse era o tempo que o grupo de mutantes teria para se preparar, enfrentar e impedir que Sebastian alcançasse seu objetivo, seria o suficiente? Ela nunca esteve cara a cara com Shaw mas as histórias que ouviu, eram o suficiente para saber o quanto ele e sua equipe eram poderosos.

Durante os últimos minutos de viagem, perguntou a Charles e Erik como eles contariam a novidade para o grupo. Xavier estava visivelmente preocupado, e seus sentimentos faziam com que Amita sentisse um cheiro de frio na barriga se espalhando ao redor de todo o jato. Esse cheiro aumentou, ao ponto de se tornar insuportável, quando eles chegaram no complexo, e o que encontraram foi completamente diferente do que estavam esperando.

O prédio tinha sido destruído, poucos andares continuavam firmes e destroços eram vistos pelos cantos. Amita observou enquanto alguns agentes eram levados em macas, sentiu um enorme enjoo e horror ao ver que alguns corpos estavam cobertos, provavelmente mortos. Moira foi ao encontro de uma agente, para entender o que aconteceu e quais eram suas perdas.

━ Raven! ━ Charles correu para abraçar sua irmã adotiva assim que a viu. Amita não conseguiu escutar o que a loira disse durante o abraço, mas Xavier a apertou em seus braços novamente, antes de se afastar e olhar para o resto do grupo. ━ Providenciaremos para que sejam levados para casa.

━ Não vamos para casa. ━ Sean respondeu prontamente, surpreendendo Xavier.

━ O quê?

━ Shaw esteve aqui, Angel foi embora com ele e quase mataram o Darwin. ━ Alex contou. 

━ Por sorte parte da enfermaria não foi afetada, então levamos o Darwin para lá, ele está em coma. ━ Hank contou. ━ Em alguns momentos parece instável, em outros o corpo dele começa a se transformar, mesmo que a mente dele continue em coma, acho que ainda não expulsou toda a energia cósmica, nem sabemos se ele vai sobreviver.

━ Mas uma razão para irem embora, já acabou. ━ Charles disse.

Vindo de Charles, Amita sentia uma textura áspera e cheia de ranhuras, como se uma corda estivesse amarrada em seus dedos.

━ Darwin quase morreu, Charles, ele está em coma, entre a vida e a morte, e nós não podemos fazer nada para ajudá-lo. ━ Raven disse.

━ Mas podemos vingá-lo. ━ Erik disse, todos disseram algo sobre concordar ou assentiram com a cabeça, exceto Charles que lançou um olhar de reprovação. Em seguida, chamou o mutante para conversar em um canto afastado do grupo.

Depois de alguns minutos de conversa, o especialista em Genética se virou para o grupo, ele suspirou profundamente antes de dizer.

━ Temos que treinar, todos nós. Certo?

Vozes falavam uma por cima da outra, era difícil identificar as respostas mas todos concordavam, inclusive Amita. 

A insegurança tomou conta da Shakiff, era frustrante que em trinta anos não soubesse a extensão de seus poderes, frustrante sentir que não seria um grande acréscimo se estivesse ali quando Shaw apareceu. Como seus poderes poderiam ajudar? Seria útil para o grupo ou só um peso sendo arrastado por eles? 

Outra sensação causava incômodo e deixava Amita intrigada, e vinha justamente de Erik. Ódio e rancor não eram novidade vindo do homem, mas toda vez que falavam sobre Shaw ou estavam em uma situação que o envolvia, a sensação que Erik exalava era como olhar pro céu e enxergar o amarelo, que se transformava em azul escuro quando uma tempestade estava prestes a cair. Ela interpretava aqueles sentimentos como a calmaria antes da tempestade, ele estava se concentrando, se preparando para sua tempestade, o momento em que alcançaria sua vingança.

Amita conseguia ouvir o som que vinha antes de um relâmpago, mas nunca o estrondo final. E ela suspeitava que o som do estrondo só viria quando Erik matasse Shaw.

━ Bom, não podemos ficar aqui, mesmo que eles reabram o departamento, não é seguro. ━ Hank, o mais racional entre eles, disse. Tirando Amita de seus pensamentos e a trazendo de volta para a realidade. ━ Nós não temos para onde ir.

Um pequeno sorriso surgiu no canto dos lábios de Charles.

━ Temos sim.

Conforto não era uma prioridade para Mara, ter algum lugar onde pudesse encostar sua cabeça e dormir, era o suficiente para a mutante. Ela não estava em condições de exigir conforto e evitava se lamentar pela falta dele. Antes de ser recrutada por Charles e Erik, a jovem britânica vivia em um apartamento minúsculo, lidando com as goteiras que se espalharam pelo teto, a umidade e o encanamento frágil. 

Quando entrou no complexo da CIA pela primeira vez, ela se sentiu emocionada. Podia parecer bobo para outras pessoas, mas fazia tanto tempo desde que Mara sentia conforto. Não era luxuoso e os quartos para os mutantes tinham sido totalmente improvisados em um prédio menor ao lado do complexo, mas Mara gostava deles, o colchão inflável era muito mais confortável que o saco de dormir que estava em seu apartamento, lá ela podia tomar banhos quentes e se sentia parte da realeza sempre que ia fazer suas refeições no refeitório. As coisas eram tão diferentes que Kumar estava tendo tempo para ler, algo que não fazia a muito tempo.

As pessoas também tornavam o ambiente muito mais agradável do que Mara estava acostumada. Alguns agentes eram rudes, claro, mas os vizinhos do apartamento da mutante ou as pessoas com quem trabalhava, eram ainda piores, sempre prontas para te trair pelas costas, barulhentas, egoístas e cheias de conversas fúteis. O cheiro no complexo era milhares de vezes melhor do que o odor desagradável que ela estava habituada, e era estranho ter pessoas querendo conhecê-la, ouvir sua história. Era bom, quase irreal e quanto mais gostava do ambiente, mais se sentia preocupada, tudo aquilo acabaria em algum momento e ela teria que retornar a sua vida normal.

Uma enorme melancolia se uniu ao sentimento de pavor pelos acontecimentos recentes, quando Mara viu que a maior parte do prédio tinha sido destruída. Ela acreditou que tudo tinha acabado e que voltaria para Londres, mas Charles disse a eles que tinham um lugar para ir. 

A Kumar nunca tinha perguntado para o telepata sobre a condição financeira dele, mas sabia que ele tinha uma boa quantidade de dinheiro, algumas peças de roupa do homem entregavam isso, estava sempre com um relógio caro – que Mara tinha visto no pulso de Faye, a loira devia ter ficado com ele após aplicar um golpe – e tinha a trago para os Estados Unidos em um voo na primeira classe. Porém, a britânica tinha acabado de descobrir que ele era ainda mais rico do que ela imaginava, e a mansão na frente deles era a prova disso.

Ela nunca tinha visto uma residência tão grande e muito menos entrado em uma, se perguntou quantos cômodos tinham ali, parecia um castelo, algo totalmente fora de sua realidade. Mara sussurrou um "Wow" e sorriu, se a duas semanas não tinha conforto, de repente estava diante do luxo. A vida era realmente inconstante e não parava de surpreender a mutante.

━ Caramba! ━ Faye exclamou. Todos encaravam a mansão impressionados, mas a loira foi a primeira a se manifestar. Ela direcionou seu olhar para Xavier. ━ Você tem uma mansão dessas e ficou irritado por causa de um relógio! 

━ Eu gostava daquele relógio. ━ Disse e acrescentou. ━ Ainda gosto, caso você queira devolver.

Ela negou com a cabeça.

━ Com a música certa, aposto que consigo fazer você colocar meu nome no testamento. ━ Ameaçou e o homem riu. 

━ Sou bem mais resistente a sua voz que a maioria, Faye. 

━ Se prepare para ficar sem nenhum centavo.

━ Isso parece divertido, se pegar o dinheiro e fugir, me leve com você, podemos ser felizes no Caribe. ━ Sean se meteu enviando um beijo no ar para Faye.

━ Ficarei feliz em acompanhar vocês no Caribe. ━ Amita brincou.

━ Eu ajudo e até torno a estadia no Caribe mais divertida, se você não tirar o meu nome do testamento. ━ Raven sorriu e então olhou para o meio-irmão. ━ O meu nome está no testamento, né?

━ Sinceramente Charles. ━ Disse Erik, que observava a mansão impressionado. ━ Não sei como você sobreviveu vivendo com tanta dificuldade.

━ É, para mim é uma dificuldade bem agradável. ━ Raven falou e se colocou na frente do grupo. 

O grupo foi guiado por Charles e Raven. Mara observava cada detalhe, o jardim era enorme mas muito bem cuidado, a mutante imaginou quantas pessoas trabalhavam para manter aquele gramado e o resto da residência enorme. A primeira coisa que viu ao entrar pela porta foi um hall de entrada espaçoso, dali poderiam seguir pelo corredor da direita, pelo da esquerda ou subir pela escadaria.

━ Onde o Darwin vai ficar? ━ Mara perguntou, enquanto Xavier falava sobre a divisão de quartos.

Darwin continuava em coma. Ele estava inconsciente, porém seu corpo continuava mudando sem parar, tentando se adaptar para sobreviver. Os mutantes não sabiam ao certo o que fazer para ajudar, e duvidam que os médicos tivessem a resposta, então optaram por manter Darwin junto deles, Charles e Hank observaram o estado dele, e fariam tudo ao alcance deles para garantir que Armando ficasse bem.

━ No quarto no fim do corredor, o quarto ao lado vai ser o laboratório improvisado do Hank. ━ Xavier contou.

McCoy levantou a mão antes de falar, um hábito que acabou adquirindo nas reuniões que participava no complexo da CIA. 

━ Vou estar estudando o caso e analisando opções, vai ser questão de tempo até o Darwin estar aqui. ━ Hank disse.

Se sentia aliviada ao ouvir aquilo, realmente esperava que o mutante ficasse bem logo. Era grata a ele, não só pelo que fez para salvá-los, mas por ter sido legal com ela e feito companhia quando Kumar estava se sentindo deslocada.

━ Me mudei para cá com onze anos, antes vivia em uma casa ━ Contou Charles.

━ Mansão. ━ Sua meia-irmã cortou.

━ Vivia com a minha mãe em Londres, mas ela se casou com um americano, essa residência pertencia ao meu padrasto mas ele passou para o meu nome antes de falecer, a alguns anos. ━ Contou. ━ Foi aqui que eu conheci Raven, que vivi a maior parte da minha vida, é um lugar importante para mim, e no próximo mês será o nosso centro de treinamento, a casa de vocês e espero que possa se tornar um lar.

Lar. Fazia cinco anos desde que Mara não tinha um lar, é claro que passou por pequenos apartamentos, tetos sobre sua cabeça, mas ter um lar era diferente de ter uma casa, eram necessários laços, a sensação de pertencer ao local.

A ideia de encontrar isso ali parecia boa demais para ser verdade.

Durante o dia, o grupo de mutantes se focou em escolher seus quartos, guardar os pertences restantes e explorar a mansão. Quando a noite chegou, se reuniram na sala de estar, acabaram formando um círculo, com alguns sentados no sofá e outros no chão. Não era uma noite quente, mas Sean insistiu que queria ligar a lareira, simplesmente para ver "como funcionava a lareira de um rico", no fim das contas, funcionava igual a qualquer outra lareira.

Mara simpatizava com o ruivo, ela não tinha irmãos, mas imaginava que um irmão irritante e implicante agiria exatamente como Sean. Quanto aos outros mutantes, ela tinha uma impressão formada sobre alguns, enquanto outros pareciam uma incógnita.

Observou a terapeuta que estava sentada em um dos braços do sofá. Gostava de Amita, ambas eram britânicas com ascendência indiana, o que automaticamente tinha gerado uma onda de identificação. Gostava como a Shakiff era gentil e legal, era fácil se sentir confortável na presença dela, afinal ela não pressionava, sentia o mesmo sobre Darwin. 

Apesar de ter sido a primeira recrutada, não tinha muito contato com Erik, ela o via como um lobo solitário, que teve sua alcateia assasinada, e agora tinha que lidar com toda a raiva e isolamento. Charles era legal e era um bom professor, mesmo quando não estava tentando ser professor, sempre acabava ensinando algo a ela.

Raven era divertida, de certa forma ela unia o grupo e sempre tratou Mara bem. Não conhecia Hank o suficiente para ter uma opinião formada, mas ele parecia ser muito agradável. A palavra "Problema" parecia estar estampada em uma placa com letras neon em cima da cabeça de Alex. 

Faye tinha sido a última a se juntar ao grupo, ainda era uma grande incógnita. Ela observou enquanto a loira ria de algo que Sean tinha dito.

━ Por que você está rindo? Eu estou falando sério! ━ Sean exclamou e então direcionou seu olhar para Alex. ━ Ei cara, você nunca disse o por que foi preso, mas eu tenho quase certeza que foi tentando invadir a área 51, então diga para Faye que eu estou certo.

Alex riu como se aquela fosse a coisa mais absurda que ele já tivesse escutado. Mara nunca tinha ouvido ele rir antes.

━ Chega de rir, não é tão ridículo assim, faz sentido para mim. ━ Cassidy reclamou.

━ De onde você tirou isso? Não, é claro que não. ━ Summers disse.

━ Eu disse que era patético. ━ Faye deu de ombros. ━ Eu chuto que foi pego roubando.

Ele negou com a cabeça.

━ Aplicou golpes com uma empresa fantasma? ━ Raven sugeriu.

Independente do que fosse, Mara não podia julgá-lo, ela também tinha sua parcela de crimes.

Alex negou e o grupo continuou tentando adivinhar, algumas sugestões eram comuns, outras eram tão absurdas que tiravam risadas do Summers. 

Terminaram a noite aos risos, fazendo a mutante se perguntar se a paz permaneceria no dia seguinte.

Olá leitores, como vocês estão?

Esse capítulo teve mais foco nas outras duas protagonistas da collab, a Mara e a Amita, mostrando o que elas pensam da situação e nos próximos capítulos vocês vão poder conhecer ainda mais do trio protagonista.

O que vocês acharam do capítulo? Me digam, pois me ajuda muito.

Obrigada por lerem!

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