
|Capítulo 44|
P.O.V Narradora
Adeline abriu os olhos devagar. Por um breve momento, suas íris estavam completamente negras, como um abismo. Então, lentamente, voltaram à sua cor natural. Ela respirou fundo e se sentou no chão com movimentos suaves, quase felinos.
No canto do quarto, Aiko a observava em silêncio, encostado na parede, os braços cruzados. Havia uma expressão de dúvida em seu rosto uma incerteza se havia ido longe demais.Ele deu um passo à frente.
— Adeline...? — chamou com cautela, como se falasse com algo selvagem.
Antes que ele pudesse dar mais um passo, ela levantou a mão com um estalo sutil dos dedos. Num segundo, Aiko foi lançado contra a parede com força, preso por uma força invisível. O impacto arrancou um grunhido dele, mas seus olhos se arregalaram não pela dor... e sim pela mudança que via diante de si.
Adeline se levantou devagar, com elegância cruel. Seus olhos agora carregavam um brilho perverso, um tipo de consciência que antes estava adormecida. Ela caminhou em direção a Aiko, inclinando a cabeça, observando-o preso à parede como se fosse algo interessante de se estudar.
— Que saudade de sentir isso... — ela disse com um sorriso debochado, soltando Aiko com um movimento despreocupado da mão. Ele caiu no chão com um baque surdo.Ela riu, levando as mãos à cintura, os olhos brilhando com algo perigoso.— É um prazer estar de volta.
Aiko se levantou devagar, massageando o ombro e murmurou.
— Você só ficou... trancada por dezoito anos.
Adeline revirou os olhos dramaticamente.
— Drama, drama... —ela disse, com um sorriso afiado. — Eu precisava de um bom motivo pra acordar. E finalmente meu lado sonso permitiu isso. Obrigada.
Ela caminhou até o espelho do quarto e ficou ali por um momento, encarando o próprio reflexo. Passou os dedos pela própria pele, como se estivesse redescobrindo o corpo que agora habitava. Seus olhos se fixaram nos próprios, intensos.
— Finalmente... — murmurou. — A Adeline de verdade está de volta.
(...)
Mais tarde, o céu já tingido por tons dourados, Adeline permanecia em pé diante do espelho, analisando seu reflexo com intensidade. Seus olhos cintilavam com algo que não era apenas mágica era poder, confiança, e uma pontinha de crueldade contida. Ela ajeitou uma mecha do cabelo, ajeitando-se como se se preparasse para um espetáculo.
O som dos passos apressados no corredor interrompeu o silêncio. Logo em seguida, a porta do quarto se abriu com força.
— Jacob é um lobo! — exclamou Bella, esbaforida.
Adeline não se virou de imediato. Apenas deu de ombros, como se tivessem lhe contado que o céu era azul.
— Já sabia. — disse, com desinteresse.
— Você sabia?—Bella piscou, chocada—E não me contou?
Com tédio visível, Adeline finalmente se virou. Seus olhos encararam a prima como se ela fosse uma criança irritante.
— Bella, você é burra e lerda pra tudo, sabia?
A outra garota deu um passo para trás, assustada com a mudança no tom e na postura da prima.
— Adeline...? — sussurrou. — Você tá diferente.
Adeline se aproximou, empurrando Bella para fora do o quarto com um toque firme. Ela fechou a porta atrás de si com um estalo seco e se virou de braços cruzados.
— Essa sempre foi eu. Você só conhece a versão boazinha. — disse com um sorriso debochado. — Praguinha chata.
Bella ficou em silêncio do lado de fora do quarto, visivelmente desconfortável, parecia que sua prima não era a mesma.
(...)
Ao anoitecer, a tensão ainda pairava pela casa. Na cozinha, Adeline e Bella estavam sentadas em lados opostos da mesa, o clima denso e silencioso. Charlie entrava, ajeitando o cinto e mexendo em alguns papéis.
— Amanhã cedo vou fazer uma patrulha com o pessoal da reserva... uns policiais vão nos ajudar a dar uma olhada na floresta. — disse, tentando puxar conversa, mas as meninas nada responderam.Ele as observou com cuidado. — Vocês duas estão bem?
— Sim. — responderam em uníssono, sem sequer se olharem.
Adeline se levantou, pegando sua jaqueta casualmente.
— Eu vou sair. Vou encontrar um amigo. — disse de maneira descontraída.
— Um amigo?—Charlie arqueou as sobrancelhas, surpreso.
Ela parou na porta da cozinha e lançou um sorriso misterioso por cima do ombro.
— Em breve, você vai conhecê-lo. — e com isso, saiu, deixando apenas o som de seus passos
Mais um capítulo amores amores, espero que gostem amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
Meta 30 curtidas amores.
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Até o próximo capítulo amores ♥️ 🥰 ♥️
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