P.O.V Narradora

Adeline passou metade do dia jogada na cama, a sensação de vazio preenchendo cada canto do quarto. Ela não tinha percebido que Bella não estava em casa. O tempo parecia não ter significado, e tudo ao seu redor parecia sem vida.

Quando Charlie chegou, tirou o casaco e olhou em volta, chamando pelas meninas. — Bella? Adeline? — ele chamou, mas não ouviu resposta alguma. Estranhando o silêncio, ele subiu as escadas, indo até o quarto de Bella. Nada. Então foi até o quarto de Adeline e a encontrou deitada, imóvel na cama.

— Adeline? — chamou, a voz grave, tentando esconder a preocupação. Sem resposta. — Adeline! — insistiu mais uma vez, batendo levemente na porta.

Quando ele chamou pela terceira vez, a jovem finalmente se mexeu, sentando-se lentamente e passando a mão pelo rosto, como se quisesse se livrar do torpor que a mantinha presa ali.

— Me desculpa, Charlie... — murmurou ela, a voz baixa e rouca.

— Tudo bem, querida — disse ele, entrando no quarto. — Mas... onde está Bella? Você sabe?

Adeline franziu o cenho e olhou ao redor, um sinal claro de que não fazia ideia.

— Eu... eu não sei, Charlie. Não a vi hoje.

A expressão no rosto de Charlie mudou imediatamente. Ele tirou o celular do bolso e tentou ligar para Bella. Nada. O telefone tocava, mas não havia resposta do outro lado. Sua preocupação cresceu.

— Vou procurar por ela — Adeline disse de repente, levantando-se da cama, tentando afastar a tristeza que Alice havia deixado. — Eu vou pegar o carro e dar uma volta pela cidade.

— Está escurecendo.—Charlie assentiu, seu olhar cheio de preocupação. —Se cuida, tá bom? — ele já estava com o celular na mão, ligando para Billy e Harry, buscando ajuda dos outros policiais para encontrar Bella.

Adeline se arrumou rapidamente, o coração começando a bater mais forte, e desceu as escadas. A ideia de perder Bella também a deixava assustada, e, mesmo que estivesse tentando lidar com sua própria dor, sabia que tinha que ajudar a encontrar sua prima.

(...)

Adeline dirigia pela estrada, o céu já escuro tornando a busca por Bella ainda mais angustiante. O silêncio dentro do carro era quebrado apenas pelo som dos pneus no asfalto, e o nervosismo fazia com que ela mantivesse as mãos firmes no volante, dirigindo um pouco mais rápido do que o normal.

De repente, o celular de Adeline começou a tocar. Ela desviou os olhos da estrada por alguns segundos, o suficiente para ver quem estava ligando. "Charlie", apareceu na tela. Mas, ao olhar para a estrada novamente, o coração dela gelou ao ver uma figura parada no meio da pista.

— Droga! — exclamou Adeline, instintivamente virando o volante bruscamente para desviar. O carro perdeu o controle, os pneus derraparam no asfalto e, antes que ela pudesse reagir, o veículo saiu da pista e bateu contra uma árvore com um impacto violento.

O mundo ficou em silêncio. O som do metal contra a árvore, o vidro se quebrando, tudo ficou para trás enquanto Adeline perdia a consciência, a cabeça pendendo para o lado.

A figura na estrada começou a se aproximar lentamente do carro. A pessoa, envolta em sombras, observou Adeline desacordada no banco do motorista. Com movimentos precisos, abriu a porta amassada do carro e, sem qualquer esforço, pegou a garota nos braços.

— Tão frágil... — murmurou ele, olhando para o rosto dela por um momento antes de se afastar do carro, desaparecendo na escuridão com Adeline em seus braços.

Mais um capítulo amores espero que gostem amores desse capítulo ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Meta 30 curtidas amores
Meta 15 comentários amore

Até o próximo capítulo amores ♥️ 🥰 ♥️ 🥰