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𝐗𝐗𝐗𝐈𝐈𝐈

˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂. ❜ ꜝꜞ
33 … ❨ capítulo trinta e três ❩
━━ você é a rainha da dança, jovem e doce
apenas vinte e um anos
escrito por 𝖗𝖊𝖈𝖈𝖆𝖜 𝖊 𝖒𝖘𝖚𝖌𝖚𝖗𝖔

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Uma semana se passou. Digamos que o tempo voou até o dia em que tudo estivesse acertado para o tão esperado aniversário de Lexie Evans. Enquanto ela estava distraída, Maxine a havia levado para um passeio com a desculpa de comprar um presente especial para ela. Foram até o shopping e gastaram horas e horas desnecessárias na visão de Lexie para escolher algo que lhe afastasse da mentira prevista. A dupla passou por inúmeras lojas e cafés, comprando coisas inúteis e deixando a aniversariante à margem do que estava acontecendo na fraternidade.

Suguru e Satoru, junto com Maxine, estavam à frente da preparação da festa surpresa, então já haviam planejado tudo. Claro que com um pouco de birra entre eles, mas planejaram tudo. Inclusive, no prédio da fraternidade, naquele instante, Gojo resmungava zombando da ruiva. Ela havia pego a parte mais fácil do plano, que era se divertir no shopping enquanto os dois ficavam enchendo centenas de bexigas e posicionando exatamente como Maxine queria as luzes. Ou seja, deveriam garantir que tudo estivesse impecável se não sairiam, cada um, com um olho roxo.

Suguru, durante o tempo em que passou arrumando as coisas, teve a prova concreta que precisava para ter certeza que não levava jeito para nenhum trabalho manual. Estourou tantas bexigas que na hora de dormir só conseguia pensar no barulho delas esvaziando em um só instante. Mas estava tão feliz que pouco importava. Na noite do dia anterior ao aniversário de Lexie, numa sexta-feira, decidiu montar uma cabana no próprio quarto. Não precisou chamar Lexie, pois ela já estava lá.

O cheiro de manteiga das várias pipocas que estouraram ia até o corredor e alertava Maxine sobre a pequena festa que faziam no quarto ao lado, já que ela ainda estava hospedada com Sukuna na fraternidade - a pedidos e muito choro de Lexie, que implorou para os meninos deixarem ela ficar ali. Escolheram alguns filmes para ver e então, debaixo da coberta, Satoru tapava metade do rosto com medo do filme de terror. Lembraram também de deixar três garrafas de suco de laranja do lado da cama, mas Evans não bebeu nenhuma durante o tempo que passou lá.

Um pouco antes desse momento, pintaram, os três, as unhas. Suguru de azul claro e verde bem suave para combinar com os dois amados enquanto sentava na privada e esperava  Satoru - que pintou as unhas de verde e roxo - também pintar o cabelo de preto para combinar com eles e Lexie, a qual relaxava na banheira, secar as unhas recém pintadas de azul e roxo. Ficaram por vários minutos ouvindo músicas reconfortantes e outras que os faziam tirar os pés do chão e tremer a fraternidade como se fosse um terremoto.

Tinham dado alguns beijos, mas parecia que estavam somente curtindo o momento tranquilo que tinha sido conquistado por eles. Não queriam misturar as estações, já que anteriormente só haviam feito sexo por fazer. O sexo que fariam, quando fosse o momento, seria muito mais intenso. Intenso, apaixonado e mágico.

Quando virou meia noite, Maxine já estava no quarto dos meninos. Um pouco contrariada, mas estava lá. Os três faziam festa para Lexie, que queria enterrar a cabeça na cama e nunca mais levantar. Ficou pedindo para pararem, mas nenhum deles escutou. Nem mesmo no dia seguinte, enquanto ela pedia pra voltar pra fraternidade e Maxine, atenta no celular, tentava contornar todas suas vontades com truques e enrolações baratas. Entrou no grupo não nomeado por ela - mas sim, por Satoru - e começou a digitar rapidamente antes que a amiga visse:

Niver da Lexie 🎂🎂🎆🍰🕯️🍰🕯️🎁🎆

Você: já tão acabando aí? ela tá puta
quer ir embora

Sukuna viado: ninguém come essa menina não? por isso é chata assim

Suguru Geto: desce aqui pra você ver
vou te quebrar

Você: nossa sukuna

Sukuna viado: eu tava brincando gente 😆

Satoru Gojo: todo mundo sabe que você queria a Lexie
o choro é livre gato
eu e o @Suguru Geto que comemos
😈😈😈😈😈😈
você tem AIDS

Shoko 🫀: por isso eu sou lésbica

Você: certa você

Suguru Geto: leva ela pra comer
mais vinte minutos

Você: já levei carai

Suguru Geto: já levou ela pra tomar milkshake? ela não recusa nunca

Sukuna viado: esfomeada do caralho

Itadori melhor primo: só cala a boca cara
toda vez que você fala eu perco duzentos neurônios

Você: EU

Sukuna viado: vocês tão falando demais
e essa porra de festa bem começou

Suguru Geto: lógico
você não ajuda em nada

Little Zenin: você nem tomou banho cara
se manca

Sukuna viado: eu tava brincando mano para

Satoru Gojo: ELE MORRE DE MEDO DO SUGURUUUU KKKKKKKKKKKKKKKKKKKJKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Sukuna viado: vsf tenho nada
QUEM QUE BATEU AQUI NA PORTA?

Megumi: eu vi o Geto subindo a escada

Satoru Gojo: eu adoro esse cara.

Shoko 🫀: VAO LOGO SE ARRUMAR
se vocês não chegarem em dez minutos ninguém mais entra nessa merda

Você: eita como é brava essa gatinha

Satoru Gojo: vai tomar no cu

Choso: que nojo
*Gif de um homem vomitando*

Shoko 🫀: nojenta é a sua pika

Você: isso
me defende amor

Shoko 🫀: você também
apressa essa porra aí logo

Você: sim senhora
🙇‍♀️🙇‍♀️🙇‍♀️

Little Zenin: KKKKKKKKKKK
ou
pode chamar o yuta?

Suguru Geto: sem a louca da rika pode

Satoru Gojo: ~áudio imitando os gritos da rika~

Choso: mano.

Shoko🫀: esquizofrênico do caralho

Maxine desligou o celular tentando não rir do comentário de Shoko. Ficava maravilhada com o senso de humor maluco da garota e não podia deixar de querer conversar mais e mais com ela. Nesses últimos dias, saiu com a pretendente duas vezes. Foi para um parque e para a piscina do clube que frequentavam, jogando conversa fora. E sem nem mesmo perceber, Aiken já estava com a cabeça nas nuvens pela garota.

Enfim, tirou o pensamento que inundava sua cabeça do foco e se concentrou em pegar no braço da melhor amiga e levá-la para comprar milkshake. Graças a fila enorme e o tempo de preparo do pedido, demoraram mais quarenta minutos para chegarem na fraternidade.

Lexie tirou os sapatos no carro e foi somente de meia até a porta. Passou pelas escadas e viu uma placa na porta dos fundos. Como tudo estava escuro, ela teve que chegar mais perto somente para confirmar o que havia sido escrito e estava acompanhado de um sinal de “emergência”. Até que Lexie apertou o interruptor e todos pularam gritando “surpresa!”.

Ao ar livre, lanternas japonesas brilhavam suavemente, suspensas entre as árvores, criando um clima mágico. O espaço era iluminado por fileiras de pequenas luzes, penduradas estrategicamente pelos meninos que até fizeram esforço de buscarem online como se fazia tudo aquilo. Claro que com uma ajuda a mais de Shoko, tudo tinha ficado de um jeito absolutamente incrível.

Enquanto o céu azul da tarde se transformava, reluzia um sol quente, as luzes pareciam aliviar todo o ambiente com uma brisa suave. O piso de madeira já estava preparado para a noite, sugerindo que a dança seria parte essencial da comemoração. Quadrados coloridos roxos, azuis, verdes, amarelos e vermelhos pareciam formar poças coloridas pelo chão, chamando Lexie para o centro.

Bem em frente havia uma máquina grande ligada a um microfone solto para quem quisesse se aventurar num karaokê e o mais legal de tudo isso era que todos estavam com aquele chapéu ridículo de comemoração. Do lado de fora da parede da fraternidade, a decoração não ficava para trás. Balões pretos, prateados e rosé decoravam do chão até uma certa altura. Um banner metálico, com letras que soletravam "HAPPY BIRTHDAY", pendia no centro, com mais balões espalhados pelo chão, contrastando com os as cadeiras, espreguiçadeiras e poltronas do lado de fora.

A turma antes toda escondida ansiava pela chegada de Lexie. Megumi com seu bom humor típico esperava ao lado de Itadori e Nobara, que estavam, há pouco tempo, agachados atrás de um vaso de plantas enorme. Panda simplesmente ficou parado com uma bexiga na sua frente e Maki ficou atrás dele. Inumaki, pequeno do jeito que era, deitou embaixo do sofá e na hora de cumprimentar Lexie, foi o último a conseguir se levantar, inclusive arrancando uma gargalhada de todos por ficar preso na sua tentativa de rolar pelo chão.

Sukuna simplesmente se sentou no sofá e não fez tanto esforço para desaparecer quanto os outros, mas só de ver o sorriso sincero de Lexie já bastou. Ele também sorriu.

Shoko mantinha-se à parte, rindo discretamente do entusiasmo de todos, enquanto Suguru e Satoru, orgulhosos, davam os últimos retoques no planejamento e já se enfiavam de volta atrás da cadeira. A festa tinha um toque íntimo e acolhedor, perfeitamente adequada para celebrar Lexie Evans com as pessoas mais próximas a ela.

O rosto ainda abatido e pálido da cara tomaram outra forma. Um sorriso se abriu, meio sem graça, e ela até deu alguns passos para trás. Porém, encorajada por sua melhor amiga, pegou na sua mão e desceu os degraus da parte de trás.

— Parabéns! - Todos gritaram.

— Quem teve a ideia de fazer isso, pelo amor de deus.

— Eu sei que você odeia surpresas, mas esse ano tudo foi tão diferente. - Maxine agarrou outra vez na sua mão. Mais forte ainda. - Que também precisei pensar em algo diferente.

— Você gostou? - Suguru, preocupado, perguntou.

— Também se não gostar…

— Sukuna, você não fez nada. Tá reclamando do que?

— Eu ajudei! - Shoko deu um pulo. - A Maki também, mas só um pouco.

— Nada a ver. Eu tô doente, tive que tomar um remédio e aí eu capotei. Desculpa.

— Tá bom, gente. Já entendi que o Sukuna não fez nada. - Lexie caçoou e o rosado mais velho foi até ela, dando-lhe uma bagunçada nos seus cabelos e um abraço apertado ao ponto de sufocar.

Lexie tentour retribuir com um pouco menos de força e logo se afastou, recebendo nas mãos um presente. Era uma caixa de tamanho médio que parecia estar até pesada para tal embalagem. No entanto, agradeceu e colocou de lado, vendo que teria que cumprimentar todo o restante das pessoas que fez uma espécie de fila para dar um abraço e falar em seus ouvidos palavras especiais.

— Feliz aniversário, sua nojenta.

Maxine foi a segunda. Permaneceu quase dois minutos abraçada com a amiga, dizendo tudo que precisava em tão pouco tempo para tanta história. Algumas lágrimas até ameaçaram a escorrer pelos olhos da morena, que apertou a ruiva ainda mais forte. Suas palavras, tão intensas, foram as seguintes:

— Feliz aniversário, meu anjo. Eu já te disse isso mil vezes hoje, mas vou repetir mais uma vez pra você nunca esquecer. Não tem uma parte sua, sequer, que eu não queira lembrar. Você é minha irmã de coração e se fosse preciso fazer loucuras para que fosse de sangue, eu faria. Não tenha dúvidas. Você me ensinou muitas coisas sobre a vida e a mais importante delas é que almas gêmeas nem sempre estão em relacionamentos amorosos. Você me faz levantar da cama e esperar pra ver qual foi a sua mensagem, todos os dois. Me fez voar até aqui só pra brigar comigo e me aceitar de volta de braços abertos como se eu não tivesse sido a maior escrota do mundo com você. E você poderia fazer milhares de coisas terríveis pra mim e eu acho que, mesmo assim, eu continuaria te amando. É incontrolável, inevitável e eu, nunca, nunca mesmo, mudaria isso. Te conheço há mais de dez anos, comemoro seu aniversário há nove e há muito tempo venho querendo estar ao seu lado. Te amo, coisa mais linda da minha vida.

Evans sacudiu a cabeça para que as bolhas d'água em seus olhos estourassem rapidamente e deu um beijo na bochecha da amiga. Levou as suas mãos ao seu rosto e com o nariz colado ao dela, os esfregou para um lado e para o outro, juntas.

— Eu te amo tanto, Max. De verdade. Você é tudo pra mim. Tudo. Tudo mesmo. Obrigada. Esse sentimento é recíproco.

— Melhor a gente parar aqui se não eu vou começar a chorar sem motivo. E eles também vão morrer de ciúme.

Encarou Satoru e Suguru logo atrás dela na fila e suas caras irritadas a fizeram gargalhar. Suguru estava de cabelo solto, com os novos piercings no rosto e a camisa de basquete folgada azul marinha e preta em seu corpo. Usava uma bermuda que era quase internamente coberta pela parte de cima e tinha nos pés aqueles tênis mega caros de jogadores profissionais. Mesmo depois de tanto tempo o vendo, Lexie ainda babava. Satoru também estava muito bonito com o cabelo pintado. Tinha um boné vermelho na cabeça que combinava com a corrente em seu pescoço e a blusa escrita “não me odeie, isso me excita”. Mostrou a língua para ela, que fez o mesmo de volta e pouco tempo depois, já não lembrava de nada. A festa de aniversário de 22 anos foi realmente uma boa ideia.

Já era noite quando o churrasco se encerrou e todos ainda pareciam ter energia o suficiente para movimentar montanhas. A brisa suave complementava o clima descontraído, enquanto as risadas ecoavam pelo quintal. Com sua regata bem curta e a calça jeans pesada, uma das únicas roupas que mostrava um pouco mais do seu corpo, Lexie estava radiante. Os olhos brilhantes e o sorriso constante, o qual parecia não abandonar seu rosto.

Ela se misturava com os convidados, sempre sendo o centro das atenções, mas sem a intenção. Mesmo quando foi forçada a dançar valsa com Satoru e Suguru, não deixou de querer fugir dali. Satoru foi o primeiro a conduzi-la. Ele a puxou com gentileza, segurando firme sua cintura, enquanto giravam lentamente ao som de uma melodia animada.

Suguru, com toda delicadeza escondida dentro de si, a envolveu com uma postura serena, mas não menos apaixonada. Os passos eram leves, como se os dois estivessem flutuando na pista improvisada, sob as luzes amareladas que iluminavam o ambiente. Lexie se sentia completa entre os dois. Segura e amada.

Todos se juntaram, até, para cantar no karaokê. Maki se matava de rir só de ver Lexie pegando o microfone, sabendo que a garota só não cantava como sabia pois não queria acabar com o clima descontraído do ambiente. Megumi, ao contrário da, permaneceu sério. Não sorria tanto, mas se aventurou em pegar no microfone só pela insistência enorme de Itadori, que quase quebrou os recordes mundiais de falsete - ou apenas os tímpanos de todos ali.

Geto e Gojo, tentando não beber na frente da namorada, se distraíam enchendo a boca de balas e mascando-as. Ainda juntavam suas mãos e dançavam, juntos, vários estilos de música. Às vezes Lexie chegava perto só pra poder participar da brincadeira e para os dois, tudo, a partir dali, era mais divertido.
Maxine achou o avental, que usou todo o tempo em que estava na churrasqueira, engraçado e, por isso, não o tirou mais. Permanecia com a imagem de corpo de um homem bronzeado e malhado andando na praia.

Várias rodadas de Beer Pong depois, Lexie ainda lutava com a própria mente para não sentir o cheiro de álcool nos refrigerantes. Apesar de difícil para ela, a competição foi acirrada, com Maxine no mesmo time e Choso e Panda como dupla adversária. Cada arremesso errado era acompanhado de risos e provocações, até surtos. Com a tacada final, Panda errou o arremesso e a vitória foi do time de meninas, para a surpresa de todos.

Quando tudo já estava acabando, Sukuna, ainda repleto de energia e de praxe o mais ousado, desafiou todos a pular na piscina. Ninguém quis começar os favores.

— Vai você. Aproveita e toma um banho.

— Não, não! Vocês vão sujar a porra do corredor todo. - Suguru já estava bravo com a possibilidade de molhar tudo dentro da fraternidade.

— Eu não vou limpar a merda que vocês fizerem. Tô fora.

— Nem eu. Nem moro com vocês. - Maki deu um gole na sua bebida e já foi para trás, vendo Sukuna se aproximar de algumas pessoas na tentativa de jogá-las na água.

— Bom, eu estou lá só porque me pediram…

— Maxine! Então quer dizer que você mudaria pra irmandade se pudesse? - Lexie se sentiu ofendida.

E antes que a amiga pudesse respondê-la, Sukuna apegou despercebido pela cintura e correu em direção a piscina. O enorme barulho de água foi ouvido desde a porta do lado de fora e os respingos ultrapassaram a parede de arbustos do quintal. Lexie, a plenos pulmões, assim que voltou para a superfície, deu um grito de raiva, mas que também tinha liberdade envolvida. Empurrou o corpo do rosado pro lado e ficou ali, boiando, ao passo que gritava:

— Seu filho da puta!

— Você tava precisando de uma benzida mesmo.

— Vai se fuder, escroto! Nossa, mano, que raiva. - Evans não conseguiu falar direito pois ele se aproximou e começou a apertar seu corpo com os braços.

— Não precisa ficar tão perto, não, viu. - Todo mundo riu, mas Satoru não estava brincando. Sukuna logo percebeu e se afastou, com medo do seu tom de voz e do olhar fulminante de Suguru.

— Vem cá. Eu te ajudo.

— Se eu fosse você, Suguru, eu não ia não. Ela vai te derrubar na água.

— Ela não é louca.

— É sim. - Choso baforou a fumaça para longe. - Boa sorte. Gojo tá certo.

— Eu não vou te derrubar.

— Eu vi verdade. - Shoko deu uma tragada de Choso. - Mas não sei.

— Eu não vou te derrubar. Vai logo, me ajuda.

— Eu tô tranquilo aqui. - Sukuna deu de ombros.

— Cala a boca, ridículo. Nossa, eu te odeio muito.

— Você me ama, sua cretina. Eu sei.

Lexie revirou os olhos e saiu da piscina. Com a ajuda de Suguru, ela se impulsionou para cima, sentindo todo o peso da sua calça jeans puxá-la para baixo. No entanto, conseguiu levantar e mostrou o dedo do meio para Sukuna. Quando todos achavam que a situação havia se encerrado, Lexie soltou uma risada maléfica e empurrou Suguru Geto na água.

Ele ria sozinha, enquanto Satoru gargalhava. A camisa de basquete do moreno estava encharcada e seu cabelo solto escorria pelas costas como uma cachoeira. Mas não demorou muito para Maxine sentir o gosto da vingança e também empurrá-lo. O platinado, com reflexos comprometidos pela bebida, foi direto pra piscina. Shoko foi logo em seguida, correndo e se jogando na água. Alguns reclamavam, outros curtiam. Foi isso que Lexie pensou antes de falar “que se foda” e pular outra vez.

Os gritos e risadas eram altos, ecoando no quintal enquanto todos se divertiam naquela piscina. A morena estendeu o braço pra amiga e logo, a ruiva e o restante dos amigos estavam na água. Todos gritando e cantando junto com a música que tocava, curtindo o momento. Satoru e Suguru estavam um do lado do outro, meio abraçados, tentando abraçar Lexie da maneira mais descontraída e protetiva do mundo. Ela parecia tão feliz e empolgada que chegava a ser linda a forma como se entregava ao momento.

Eles não queriam sair dali nunca.

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Depois de se despedirem e ir cada um para o seu aposento, algumas pessoas ajudaram Lexie a subir os presentes. E assim que acabaram tudo, deixando a limpeza para a manhã seguinte, Satoru e Suguru abordaram Lexie, a qual vagava pelo corredor na direção do quarto deles.

— Minha pequena, você tem um minuto? - Geto acariciou sua nuca.

— Tô morta de cansada.

— Eu sei, mas você pode vir com a gente um minutinho?

— Pra que?

— Surpresa.

— Mais uma, Satoru?

— A última.

— Ainda não deu meia noite, certo? Então ainda podemos fazer surpresas.

— Vocês são doidos. - Bocejou e sua voz saiu toda falhada.

— Vem cá.

Satoru pegou sua mão e a de Suguru e eles começaram a andar para uma parte da fraternidade que Lexie não conhecia.

O que eles tinham preparado especialmente para ela estava lá, só esperando para ser presenciado. Lexie, já exausta, mas ainda eufórica pelo dia incrível que tivera, foi conduzida por eles com os olhos vendados. Quando finalmente retiraram a venda dela, Lexie se deparou com um espaço cuidadosamente decorado com velas e flores, algo simples, mas cheio de carinho e significado. Os dois haviam preparado uma pequena surpresa romântica, longe da agitação da festa, onde poderiam falar tudo que desejavam para ela.

O gramado verde, lindos igual aos olhos de Lexie, estendia-se junto com um tapete sob o céu, contrastando com as almofadas coloridas espalhadas por todo canto e um lençol branco posicionado no centro. A brisa suave balançava as folhas das árvores ao redor, enquanto o lugar parecia mergulhado em uma luz dourada, cheia de pontinhos numa rede acima deles. Tudo estava impecavelmente iluminado, mas nada brilhava tanto quanto os olhos da morena, que refletiam uma mistura de nostalgia e uma paz rara.

— Meu Deus… – Lexie olhava o local sem nem saber o que dizer. - Vocês prepararam isso?

— Não ficou exatamente igual a foto de inspiração, mas serviu, né?

— Serviu? Isso tá incrível.

Chegou mais perto, ainda com medo de tocar em algo e estragar. Satisfaction, Zayn, fazia o tapete vidrar e ela, ainda boquiaberta, remexia as luzes envoltas no tronco da árvore que apoiava uma cesta cheia de coisas.

— Você merece. – Suguro disse.

Satoru sorriu também, e puxou os dois para um abraço em conjunto, logo os puxando para se sentarem. Eles logo começaram a conversar e sem se segurar mais do que já havia, o platinado - não tão platinado no momento - trouxe a cesta para o meio da roda deles e disse:

— Temos outra surpresa.

— Mais uma?

— Duas. - Suguru o corrigiu.

— Três, na verdade.

— Vocês não existem, né? Meu Deus!

— Bom, nós não te demos presente nenhum ainda…

— Vocês me fizeram uma festa. - Ela disse como se fosse óbvio que o presente já era esse. - Literalmente a melhor festa que eu já tive na vida.

— Eu sei. Nós arrasamos. - Geto e ela riram do comentário do outro menino.

— Bem, nós estávamos pensando nesses dias que passamos com você e nem eu, nem ele, queríamos te dar qualquer presente. Tipo, sei lá, uma blusinha qualquer ou um bagulho nada a ver.

— É. Tinha que ser algo especial. Alguma coisa que você lembrasse da gente quando visse.

— Sempre que visse.

— É. Então, fecha os olhos.

— Ai, gente, não! Já deu de surpresas.

— Fecha, boneca! - Satoru já foi colocando a venda no seu rosto.

— Ô, caralho.

— Agora você vai ter que sentir.

— Medo.

Eles deram uma risadinha, mas logo ela cessou. Assim que Lexie tocou no objeto, deu um pequeno pulo. Suas mãos pressionaram a pequena faixa e ela não entendeu muita coisa de primeira. Foi passando as mãos até encontrar um pedaço que pinicava um pouco. Fez careta.

— O que é isso?

— Chuta.

— É um tecido.

— É. Um tecido.

— Não sei.

— Já dissemos que não é uma blusa. - Suguru já iniciou as dicas.

— Fala logo!

— Calma, minha linda.

— Vocês sabem que eu não tenho paciência.

— Deu pra perceber!

— Vai.

— Tira isso daí, então.

Lexie não demorou dois segundos para tirar a venda e olhar. Quando se tocou, viu aquele lindo cachecol colorido a sua frente. Mas não com cores quaisquer. Eram as cores “deles”. Verde, azul e roxo. Tons bem suaves que se misturavam com branco e deixavam qualquer um quente ao ponto de começar a suar.

A garota apertou o tecido e o enrolou no pescoço, mas o tamanho lhe surpreendeu. Confirme ia mexendo, percebeu que o tecido se espalhou em três. Eram três cachecóis.
Antes que pudesse falar ou expressar sua curiosidade, Suguru mexeu atrás do seu corpo, pegando a mão da garota pairando seus olhos sob ela e o amigo. Mesmo sem uma palavra, ele apontou uma caixa para ela.
Pequena, vermelha e aveludada.

Ele, adicionando um pingo de humor a situação, tentou abrir a caixa com uma das mãos para não largar a dela e quando abriu, com Lexie já eufórica, os olhos da garota quase saltaram para fora.

Viu as três alianças ali e congelou. Fez apenas o sutil movimento de largar a mão de Suguru e tapar a boca, ouvindo em seguida um suspiro do moreno.

— Desculpa! - Ela se corrigiu por ter soltado a mão dele e logo, trêmula, buscou por entrelaçar os dedos com o moreno.

Colocou a caixinha no meio do tapete e pegou a mão de Satoru, que sorria como uma criança. Deu um sorriso ladino quando percebeu que Lexie reparou nas três alianças dentro, marcadas com a data do dia depois do aniversário dela.

— Você quer começar, Satoru?

O mais alto assentiu.

— Você já sabe que eu te amo, mas não dá pra falar só isso, né? Nem aquele filho da puta do Sukuna falou só isso. - Os dois outros riram. - Eu não sou o mais romântico da relação, nem o mais inteligente, mas eu posso falar que desde que te conheci eu não tive paz. E a maioria das pessoas acharia isso uma ofensa, mas eu nunca quis tanto uma pessoa pra me encher o saco como você. Normalmente eu sou essa pessoa, então sempre fico querendo essa sensação ridícula. E desde que você chegou, eu nunca me senti tão feliz por ter alguém pra me irritar, me encher a porra do saco e ficar o tempo todo retrucando tudo que eu falo. Você mudou tudo. Tudo, mesmo, Lexie. Sem você, nada disso seria como é. Sem você não seríamos nós. Nós três. Eu só posso agradecer por você ter aparecido do nada na minha vida e ter feito o que muitos achariam um estrago. Eu amei literalmente cada minuto que passei com você, mesmo quando estávamos brigados e você quis espalhar pro campus inteiro que eu tinha clamídia, ou sei lá o que. Você me faz querer pensar no futuro, igual a ele. - Apontou levemente pro amigo. - Vocês dois me fazem querer continuar. Seja pela forma como você parece estar sempre vivendo e aproveitando o máximo de todos os momentos, ou pela forma que você sabe exatamente dar importância ao que, de fato, é importante. Seu sorriso, seus olhos, suas tatuagens, seu jeitinho de arrumar o quarto dos outros sem nem perceber, sua vergonha de cantar, seus desenhos e ideias geniais que você tem, seu jeito de erguer a sobrancelha involuntariamente e seus sonhos. Tudo, absolutamente tudo sobre você me faz o cara mais sortudo do mundo. No começo era só sobre sua aparência, que é deveras muito encantadora, - Deu risada junto com ela, que já tinha lágrimas nos olhos. -, mas agora é muito mais do que isso. É sobre quem você é. Sobre o quão feliz eu sou em te ter do meu lado. Eu amo você demais. Demais, demais, demais. Você é e sempre vai ser minha princesa.

— Nossa.

— É, você entendeu. Ciumento.

Evans ria, em meio às lágrimas, porém era tudo alegria. Nunca soube que Satoru poderia dizer tais coisas. E além disso, só de pensar que ele pensava aquilo sobre ela, lhe causava arrepios.

— Minha vez?

— Eu não sei nem se eu consigo ouvir sem passar mal.

— Consegue sim. - Gojo bagunçou seu cabelo.

— Bom, eu já te desejei um feliz aniversário e já te disse várias e várias coisas. E você é inteligente o suficiente pra perceber o que está acontecendo aqui, então eu vou direto ao ponto. - “Como sempre”, Lexie pensou. Deu risada sozinha. - Eu percebi há pouco tempo que você já é uma parte muito grande em mim. E não é só porque somos relativamente parecidos, mas sim porque eu já comecei a falar algumas coisas que você fala, olhar para coisas específicas e lembrar de você e do nada, começar a me perguntar se eu deveria te mandar uma mensagem falando que te amo. Porque você é tipo uma força da natureza, mulher. Você é tipo uma tarde de domingo daquelas que a gente abre a janela e aquele ventinho delicioso bate no nosso rosto e faz sorrir. Você é literalmente o que as pessoas querem dizer com “aquela pessoa”, sabe? Você é tudo que eu pedi e mais um pouco. Ao mesmo tempo que você é tão forte como um furacão, você consegue ser tão sensível quanto uma casinha de madeira e mesmo com seus defeitos, eu quero sempre, sempre, te proteger. Não tem um minuto que eu não me pego apaixonado por você e acho que você já sacou isso quando eu começo a te olhar com um sorriso idiota no rosto. Eu tô sempre babando em você e no jeito que você lida com as coisas. E igual ele disse, vocês dois trouxeram luz pra minha vida. Eu não sei o que eu seria sem vocês, de verdade. Os dois que me fazem sorrir o tempo todo. E você, Lexie, que, pelo amor de Deus, é a pessoa que eu mais desejei na vida. Desde o santo dia que te vi, até hoje, que posso finalmente falar que você é minha. No fundo soa tão clichê que nem dá vontade de falar, mas o presente é meu por te ter. Eu ganhei o dia hoje só de ver seu sorriso quando chegou na festa. E eu quero pra sempre poder ganhar meu dia quando chegar em casa e você me receber assim. Seja de cabelo preso, pijama e sem nenhuma maquiagem na cara, ou de cabelo feito, o vestido mais caro do mundo e aquelas maquiagens que cobrem até as rugas das pessoas. Resumindo tudo o que eu disse agora: esses dias eu venho pensando que sinto vontade de dizer que eu te amo a todo instante pra você. E eu te amo. Te amo ao ponto de chegar a doer por dentro. Enfim, eu e o Satoru andamos pensando muito sobre isso e lembra de quando você disse que queria morar no Alasca? ‐ Ela fez que sim, desesperadamente, com a cabeça. - Você disse que era muito frio lá. O cachecol é para, além de se agasalhar no lugar que você mais ama no mundo, você lembrar da gente. De todos os nossos planos. Todos que fizemos juntos, mesmo que estejamos separados. Nós sempre vamos ter uma parte sua e você, uma nossa. Onde quer que estejamos. - Ele limpou a garganta e empurrou a caixinha na direção dela. - E quanto a isso…eu e ele vamos te perguntar se você aceita fazer planos, pra sempre, com a gente.


— Ou não fazer. Tanto faz, desde que você esteja com a gente.

Silêncio. Silêncio por alguns minutos.

— Eu aceito. Fazer todos os planos ou nenhum. Eu aceito!

O brilho em seus olhos era inegável quando Satoru e Suguru se aproximaram, suas expressões suaves, mas carregadas de significado. Ela mal conseguia acreditar que aquele momento, tão sonhado, finalmente estava acontecendo. Deram o abraço mais apertado que já conseguiram e os três, lacrimejando, tiveram um vislumbre da vida que sempre sonharam.

O coração disparado de Lexie estava quase pulando para fora da garganta. Era como se o mundo ao seu redor tivesse se tornado mais brilhante, como se todo o universo estivesse conspirando para tornar aquele instante perfeito. Os sorrisos deles, cúmplices e sinceros, a envolveram em uma onda de emoção.

A ideia de ter não só um, mas os dois - e não ter que escolher - ao seu lado, compartilhando uma conexão tão especial, fez seu coração transbordar de alegria. Nunca imaginou uma vida daquela forma, mas sabia que era o que ela queria. Sem hesitar, ela aceitou, seu sorriso irradiando a felicidade que sentia, sabendo que aquele era o início de algo lindo.

A verdade era que cada momento ao lado deles era especial. Lexie sentia isso, mesmo que talvez…

Não fosse tão genuíno assim.

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lexie como assim n eh genuíno

agr serei obrigada a no final de todo capítulo colocar a conversa da lexie com os meninos aqui

perceberam que esse é o UNICO capítulo feliz?

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