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𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈

˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂. ❜ ꜝꜞ
18 … ❨ capítulo dezoito ❩
━━ diga ao seu bebê, que eu sou o seu bebê.
escrito por 𝖗𝖊𝖈𝖈𝖆𝖜 𝖊 𝖒𝖘𝖚𝖌𝖚𝖗𝖔

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Para uma melhor experiência, sintonizem a música do capítulo em Black Out Days, Phantogram. Conforme mais músicas forem citadas no capítulo, troque.

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Ontem, depois de dançarem por um longo tempo, eles comeram um pouco já que a menina estava sem fazer uma mísera refeição e então, dormiram. Lexie caiu na cama e dormiu como um bebê - coisa que não fazia há muito tempo.

Gojo ficou acordado acariciando sua cabeça até eventualmente acabar pegando no sono da mesma forma.

Os dois deitados na mesma cama, grudados, foi o que fez com que Geto, ao entrar no quarto, desse um passo para trás.

Apesar de sentir algo por ambos ali, não estava preparado para se sentir deixado de lado como sentiu naquele momento. Dormiam tão calmamente que não queria nem chegar perto.

A menina apenas com uma bermuda e um top e o garoto sem camisa ao seu lado, com o queixo colado no cabelo negro dela indicando apenas uma coisa no entendimento do moreno. 

Eles além de terem passado todo esse tempo juntos, fizeram sexo. Íntimos de um jeito que nem mesmo ele entendia ou sabia.

Não reconhecia o rosto do amigo, muito menos o da garota dormindo serenamente ali. Como conseguiam estar tão tranquilos em deixá-lo de fora? Como conseguiriam usar uma oportunidade dessa pra transar?

Deixou a sacola plástica com mais de 20 bombinhas de asma, remédios para qualquer tipo de dor, chocolates e doces em cima da mesa de canto e foi até eles, observando-os com o rosto pegando fogo.

Retardou as lágrimas o máximo que pôde. Não queria sentir aquilo. Mas era inevitável ao ver seu melhor amigo e sua nova “paquera” se envolvendo tão romanticamente e o deixando de lado.

Raiva de si mesmo cresceu no ambiente. Suguru pensava que era culpa sua por ser tão fechado ao ponto de não conseguir demonstrar os sentimentos.

Ou quem sabe fosse sua mente estúpida com a mania de não conseguir confiar em ninguém além de si mesmo. Não queria acreditar no que via. Fechou os olhos, negando com a cabeça.

Eles estavam conectados de várias formas. Mas, nesse contexto, onde Suguru se encaixava com os outros dois a não ser no sexo? Não havia espaço pra ele. Quem sabe seria melhor se os deixassem fazer o que queriam e…sumir.

Por sorte, sua lágrima caiu bem ao lado da cabeça do amigo, no travesseiro. Fez um barulho suave, mas não o acordou. O moreno tirou uma mecha do seu olho, e tentou memorizar seu rosto como uma pintura.

Também deslizou os dedos pelo rosto marcado de Lexie e desejou que tudo fosse normal uma vez na vida. Pra ela, pra ele e pra Satoru. Desejou que tivessem as vidas que sempre sonharam e que, nunca tivessem se conhecido.

Quem sabe tudo seria diferente.

Não tinha noção ao certo para onde ir, mas teria que se situar o mais breve possível. Então, desceu até o térreo da fraternidade e pegou três garrafas de whisky.

Mandou uma mensagem para Shoko pedindo para que pudesse ficar no seu quarto com a desculpa de que não queria atrapalhar Evans e a mesma permitiu, pedindo para que ele não fizesse bagunça.

Assim fez. Dirigiu até a irmandade e ficou no quarto da amiga, bebendo e fumando o que encontrasse pelo caminho. Uma mistura de raiva, dor, vergonha e amor.

Não atendeu o telefone e não queria saber de ninguém. Sua família era repleta de pessoas que não podiam contar e os seus amigos agora pareciam ocupados demais para darem atenção a ele.

Digo, ele não precisava da atenção de ninguém. Por si só ele já fazia isso. Mas, no fundo, tinha uma pessoa que ele não suportava perder.

E esta estava escapando entre seus dedos, indo direto pro peito de outro alguém que Geto também queria e sabia que, eventualmente, se tornaria importante de igual maneira.

Lexie era outra pessoa que ele não queria perder. Não queria dividi-la, tampouco. Isso o deixava maluco, pois não podia cortar as asas do pássaro que sempre amou justamente pelo fato de ele ser livre para voar onde quisesse.

Na teoria, agora era inútil pensar naquilo. Todos estavam cegos, inclusive ele. Ficou no meio do fogo cruzado e ali, a única solução que encontrara era o álcool para ajudar a apaziguar o sentimento.

Cinco horas depois, várias garrafas estavam espalhadas pelo quarto de Shoko. O cheiro forte de bebida exalava corredor afora e os dedos do moreno estavam enrugados de tanto álcool que escorreu pelo seu braço.

Não precisou de muito para espalhar suas carreiras de pó em cima de um caderno apoiado na cama. Em questão de segundos, já não via mais nada com clareza.

“Porra, eu sou um idiota. Pareço um psicopata”, pensava. Não acreditava que nessa idade poderia ter tanto ciúme de alguém, ou sequer ficar irritado sobre algo que não lhe cabia.

Enrolou uma nota que achou na carteira e respirou fundo até o nariz parecer tapado, como se estivesse com gripe. Um pouco de sangue escorreu, porém, não foi o suficiente para fazê-lo parar.

Nem isso dava um efeito completo em Suguru Geto. Ainda permanecia um tanto quanto sóbrio, o que o fez abrir mais e mais pacotes até fazer esvair essa dor.

A porta se abriu sem muito alarde e quando estava prestes a cheirar mais um pouco, Shoko jogou longe o caderno onde estava apoiada a substância e correu até ele, batendo no seu rosto até seus olhos abrirem minimamente.

— Que porra é essa, Suguru? O que aconteceu? Ninguém consegue falar com você!

— Porque nunca sou eu, Shoko?

— Nunca é você o que? O que você tá falando?

— Eu nunca sou o escolhido. Nunca sou o primeiro.

— Como não é? Você é o meu primeiro.

— Eu não sou inteligente. Não sou bonito e muito menos simpático. Como posso ser o primeiro?

— Ei, o que você tá falando? Você é a pessoa mais inteligente e linda que eu conheço! E apesar de não parecer tão simpático de primeira vista, você é uma pessoa incrível. Pare de falar essas coisas, está bem? Eu não entendo porquê você se põe tanto pra baixo.

Ela limpou a sujeira abaixo de seu nariz e pegou o celular do bolso, dando alguns cliques e logo colocando-o na orelha.

— Eu não sou mais uma criança. Não espero que alguém me entenda.

— Mas não pode se martirizar toda vez que alguém não te entende, não é? - Desviou a atenção dele para o outro lado da linha no celular. - Ah, Gojo! O Geto tá aqui. Venha logo.

Geto lutava contra os soluços em prantos pelo efeito de todas as drogas na sua cabeça, com os ouvidos ligados em Slow Dancing in the dark, Joji.

Em poucos minutos, Lexie e Gojo estavam batendo na porta, empurrando-a feito doidos em busca de ajudar o outro integrante daquele grupo.

— O que aconteceu? - Gojo se ajoelhou na frente do melhor amigo com a feição preocupada. Evans fez o mesmo. - Oi. Oi! Estamos aqui, calma.

— Respira, Suguru. Seu nariz tá sangrando.

Quando a morena foi tentar tirar o borrão vermelho manchado em seu rosto, ele deu um tapa meio molenga -sem força pelas drogas - na mão da garota e se apressou em dizer:

— Que porra vocês tavam fazendo?

— Que?

— No quarto. Não era você que estava mal, Lexie? Vocês acham que eu sou um otário, né.

— Calma, Geto. - Shoko colocou uma mão em seu ombro, o que fez com que ele soltasse o ar profundamente. Como se soubesse que podia contar com ela.

— Ela tava mal mesmo! Só tentei fazê-la se acalmar um pouco. Só isso.

— Não mente pra mim, caralho! Vocês transaram.

— Que? Claro que não! Eu não estava legal pra isso. Porque você está agindo assim, em? Não precisa disso. - Ela mudou o tom de voz para cochichos e se direcionou a Shoko e Gojo. - Conseguem pegar um copo da água? Por favor. E uns lenços umedecidos.

— Você vai ficar bem. Não tem porquê ter ciúme.

Aquela foi a gota d'água. Depois de ouvir da própria boca do platinado aquilo, não se conteve. Na tentativa de levantar, acabou tropeçando e caindo sobre Lexie, que tambem não aguentou o peso e foi de bunda no chão.

Ninguém ouviu, já que foram buscar o que Evans requisitou. Ela permaneceu deitada debaixo do seu corpo, enquanto as lágrimas do moreno molhavam sua roupa.

— Eu não sou ele, Lexie. Eu não tenho o porquê competir, porra. Você não consegue enxergar isso?

— Competir com quem, Suguru? Você não tá bem.

— Você me olha como se eu fosse outra pessoa…você deseja que eu seja outra pessoa…e eu não sou.

— Não…eu não…

— Deveria estar com ele, não comigo. - Foi se levantando, esbarrando as mãos em todo lugar, mas falhou. Continuou sentado com as pernas abertas.

— Para, Geto! Eu gosto de você. De onde você tirou isso? Eu quero você!

— Você não gosta de ninguém, Lexie. Você também, beleza? - Se referiu ao platinado que acabará de chegar no quarto. - Você só gosta de si mesmo.

— Por que você está falando isso, Suguru? O que aconteceu?

— Vocês deveriam ficar juntos. Vocês se merecem.

O platinado engoliu seco quando percebeu o que aconteceu. Uma onda de arrependimento lhe bateu nas costas quando lembrou que, durante a vida toda, o moreno não soube receber amor.

E a primeira pessoa que conseguiu mostrar isso a ele foi Satoru Gojo. O menino que sempre foi de conversar e que carregava o fardo de ser perfeito.

Com Suguru Geto, ele nunca precisou fingir ser quem não era. Nunca teve que mentir ou sequer forçar um sorriso. Sempre foi mais feliz do que nunca ao seu lado.

E vê-lo desse jeito, com ciúmes de um tratamento, quebrou seu coração. Era sua forma de demonstrar que se sentia traído. Traído pela pessoa que menos esperava.

Lágrimas começaram a se formar nos olhos do mais alto assim que entendeu o que estava acontecendo. Se ajoelhou outra vez em frente ao amigo e lhe puxou para um abraço.

O mais forte que conseguiu dar. O mais longo de todos eles, mesmo sem ser correspondido. As mãos de Suguru não encostavam nele, só ficaram caídas ao lado do seu corpo sem movimento.

A mente do moreno enevoada com todas as memórias e traumas da infância e adolescente e a do platinado revivendo suas piores lembranças possíveis.

Lexie também se apressou para abraçá-lo, mas a essa altura, Geto já estava puto. Os três choravam de culpa, cada um na sua proporção.

— Me desculpa. Me desculpa por tudo.

— A gente nunca quis que você se sentisse assim, Suguru. Desculpa. - A morena tentava balbuciar entre soluços. - Você nunca vai ficar de lado.

— Não se depender da gente.

E então, Satoru selou seus lábios em um selinho rápido, mas muito amoroso. Foi a primeira demonstração de afeto tão expressa assim entre eles e apesar de não gostar disso, o platinado julgou necessário naquele momento.

Evans ficou encolhida no seu peito tentando desacelerar a respiração, ainda com o choro entalado na garganta.

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Depois das aulas do dia seguinte, Suguru correu pra academia. Seus fones tocavam Christmas Kids, Roar, e sua camisa já exalava um odor de suor.

Ele era mestre em reprimir sentimentos e não falar nada desde pequeno, pela quantidade de vezes que a polícia o interrogou por ser filho dos maiores criminosos do país.

Ficava sentado, balançando as pernas que nem encostavam no chão, com um pacote de biscoitos na mão e lutando contra a vontade de chorar.

Mas a maioria das pessoas o achavam esquisito por não falar. Sempre o indicavam para fonoaudiólogos e psicólogos por acreditarem se tratar de uma criança com algum tipo de dificuldade na fala e no pensamento.

Quando na realidade, ele só não estava acostumado a ter tantas pessoas em cima dele e nenhuma delas, surpreendentemente, querer lhe dar algum afeto.

Lembrava como havia sido o natal quando tinha seis anos de idade. Ganhou mais de vinte presentes, mas nenhum deles era o que ele queria.

Carros de brinquedo, armas - até de verdade -, pelúcias e restos de tralhas do trabalho sujo. Porém, nenhum deles era um óculos de Sol, seu verdadeiro sonho de consumo.

Gostava de como as pessoas que o usavam ficavam estilosas e pareciam confortáveis, ao mesmo tempo. Também queria se sentir assim. Quase como um disfarce para sua verdadeira face.

Infelizmente não foi assim. Ele nunca recebeu um óculos de sol, apenas quando conheceu Satoru Gojo e teve a chance de roubá-los para si. Eles combinavam com ele, e ainda mais com o platinado.

Tudo isso não importava mais. Só focou no presente.

A academia de boxe estava cheia de energia, com o som de socos e gritos de incentivo preenchendo o ar. Era uma tarde comum, mas para Geto, cada momento parecia mais intenso e carregado de tensão.

Ele estava com os pensamentos ocupados com seus sentimentos por Lexie e Gojo. A insegurança e o ciúme que sentia constantemente corroíam sua mente, mas ele mantinha isso bem guardado.

Chacoalhou a cabeça para esquecer daquilo e focou sua atenção no saco de pancadas a frente, vermelho como se pedisse para ser atacado.

Proferiu diversos golpes ali, quase esquecendo das horas voando. Descontou sua raiva inteira ali ao passo que tentava manter a respiração e o foco no que realmente importava.

Seus movimentos eram fluidos e precisos, fruto de anos de treinamento dedicado. De repente, ele ouviu a porta da academia se abrir e, ao olhar para a entrada, viu Lexie.

Ela estava impecavelmente vestida em um moletom cinza escuro e as pernas torneadas à mostra, já que usava somente um pequeno shorts por baixo.

Sua expressão foi de choque assim que viu o moreno ali. Embora houvesse tentado desviar o olhar, já não podia disfarçar. Era difícil encará-lo depois do que aconteceu no dia anterior.

Principalmente porque ele odiava que vissem essa face mais sensível dele e Lexie Evans viu. E amava ter visto aquilo. Era uma prova de confiança. Quase uma prova de amor.

Preparou as luvas e fez o mesmo que ele, aquecendo nos sacos de pancada.

Até que decidiu se aproximar, segurando o saco em que ele batia incessantemente.

— Não adianta fingir que eu não existo, Suguru.

— Eu não estou fingindo nada. - As palavras saíram de sua boca de maneira pausada, já que sua respiração as entre cortavam.

— Dá pra ver que está com raiva. Eu não fiz nada com ele.

— Tá bom.

— É sério. Eu derrubei suco na minha camiseta, então tive que tirar.

— Ele também derrubou? Conta outra, Evans.

— Ele quis me dar a camiseta dele, mas eu não aceitei. A gente só continuou como estava e pegou no sono. Só isso. Na real, por que você tá agindo como se você não fosse parte disso? Somos nós três.

— Eu já deveria saber que isso não daria certo.

— Ei, estava dando certo até ontem.

— Exatamente. Até ontem.

— Quer saber? Por que não desconta sua raiva em mim? Luta comigo.

— Não.

— Se eu ganhar, você engole esse seu ciúmes e aceita que somos nós três. Se você ganhar, faça o que quiser. Que tal?

— Hum. - Pensou por uns minutos antes de caminhar na direção do ringue, estralando o pescoço. - Tá.

Evans não conteve o sorriso diante da reação inesperada. Conectou seu celular no Spotify, colocou uma playlist aleatória para a ocasião e o seguiu para o ringue, fazendo um coque com o cabelo grande.

Enfiou o protetor bucal e bateu uma mão contra a outra, ameaçando o moreno, que sabia que essa luta seria bem mais que um simples treino.

Talvez fosse uma oportunidade para enfrentar seus sentimentos, mesmo que não conseguisse colocá-los em palavras.

— Você não sabe o que quer. Não faça besteira, Suguru. Satoru não vai voltar atrás.

— Eu me resolvo com ele.

Os dois se posicionaram no centro, trocando um breve olhar que dizia muito mais do que palavras poderiam expressar. Como essa parte da academia era isolada, ninguém os assistia, ainda mais com as portas de acesso trancadas.

Lexie avançou primeiro, com uma sequência rápida de jabs que Geto desviou com habilidade. Ele contra-atacou com um gancho que a menina bloqueou, mas fez seus olhos se encontrarem por um momento.

— É um conselho. Só estou falando porque você tem que ouvir a verdade.

A luta continuou intensa, com ambos mostrando sua maestria no esporte. Cada golpe era preciso, cada movimento era calculado.

— E o que devo fazer agora? Pedir desculpas? Vai se fuder.

— É só dar um abraço nele. E em mim, de preferência.

Conforme os rounds passavam, Geto sentia uma mistura de frustração e admiração crescer dentro de si. Ele sempre soube que Lexie era talentosa, mas lutar contra ela assim, diretamente, era diferente.

Era como se estivessem comunicando-se através de seus socos, suas esquivas, suas estratégias. Dizendo seus sentimentos sem abrir a boca, mesmo que houvesse urgência.

— Tarde demais.

Quando o moreno viu uma abertura, não hesitou em ir para cima. Seus pés de moveram com agilidade mirando na costela de Evans, a qual foi mais rápida e em uma sequência mágica de movimentos, o jogou no chão.

Caiu em cima do seu colo, com os olhos vidrados nele. Uma mão estava lá em cima, preparada para atacar enquanto a outra se mantinha rente ao seu corpo, pedindo para que ele tomasse o controle.

Mas ele não o fez. Jogou o bucal longe e tentou retomar o controle da respiração. A sobrancelha franzida dava ao seu olhar uma conotação intensa e suja, na tentativa de dizer que gostaram daquilo.

Suas respirações pesadas se misturando, a proximidade elétrica e House of Balloons, The Weeknd, na caixa de som.

Nesse pouco tempo, Lexie lutava entre dar mais golpes ou falar o que deveria ser dito e correr o risco de ser ignorada. Sentia a tensão se formando pouco a pouco.

Foi no que seu coração dizia:

— Não é tarde demais e nem vai ser, tão cedo.

—  Como você sabe?

— Caralho, não é difícil perceber. Ele é louco por você.

Ele sabia que ainda havia muito a ser dito, mas, por enquanto, essa luta havia sido um início. E isso já era algo.

Ela continuou naquela posição até decidir abaixar o braço e dar um beijo no garoto. Se inclinou para a frente e sem pensar, seus lábios encontraram os de Geto.

O beijo foi intenso, cheio de paixão e emoções reprimidas. Geto retribuiu com igual fervor, segurando-a firmemente pela cintura e costas.

Naquele momento, toda a insegurança e ciúme pareciam se intensificar. A sensação de domínio crescia rapidamente dentro de ambos, inconformados com o rumo que suas histórias tomariam.

O beijo foi uma liberação, uma confirmação do que sentiam um pelo outro, e talvez uma promessa de que, juntos, poderiam superar aquilo.

Com suas mãos grandes e largas, ele puxou o cabelo dela para ver melhor seu rosto agora mais corado ainda, de ansiedade, tesão e aquela sensação maravilhosa de dor.

— Eu sou louco por você. Consegue entender agora?

Evans não disse nada, só fez um “sim” com a cabeça e voltou a beijá-lo, pressionando sua bunda contra a ereção que já se formava.

O beijo começou como um toque leve, mas já não era assim. Lexie abriu a boca e permitiu com que a língua do menino encontrasse a sua. Elas se exploravam e se entrelaçavam de uma maneira que nunca sentiram antes.

O moreno sinta falta do gosto doce e familiar de Lexie, enquanto seus sentidos eram invadidos pelo aroma de seu perfume misturado com o leve cheiro de suor, resultado da luta intensa.

As mãos de Lexie procuravam espaço no contorno do peito e ombros de Suguru, que apertava sua bunda como se dependesse daquilo pra respirar.

A intensidade do beijo aumentou, as línguas de ambos agora em uma batalha prazerosa, cada movimento carregado de desejo e emoção reprimida.

Geto retribuía cada carícia, suas mãos segurando firme a cintura de Lexie, sentindo a firmeza de seus músculos nas entrelinhas.

O beijo parecia durar uma eternidade, mas também apenas um instante, como se o tempo tivesse parado para aquele momento de conexão profunda.

Os olhos de Geto encontraram os de Lexie, e ele viu uma mistura de carinho e determinação neles. Sem palavras, eles sabiam que aquele beijo poderia mudar algo entre eles, um passo significativo para enfrentar todas as merdas que haviam acontecido.

Rapidamente ele ficou por cima, segurando os dois braços da garota acima da sua cabeça com apenas uma mão. A outra cravava as unhas na sua barriga, enquanto dizia:

— E você, minha linda?

— O que?

— Você é louca por mim?

— Você sabe…

Mal conseguia falar sentindo a boca do menino na curva do seu pescoço, marcando cada centímetro da região com um ponto de dor que com certeza ficaria roxo mais tarde.

Evans pensava o quão foda ele era. Em todos os sentidos. No melhor e com certeza, no pior. Sabia fuder com a mente dela como ninguém.

Ao mesmo tempo que lhe seduzia, conseguia o que queria dela e a dava a liberdade de fazer as merdas com que sempre sonhou.

— Mas quero te ouvir dizer.

— Eu sou.

— É o que?

— Eu sou louca por você.

Enquanto as mãos dela escorregaram pela cueca dele, ela o encarou com os olhos pidões e safados como se quisesse saber o que aconteceria depois dali. Depois desse momento de raiva.

De qualquer forma, tudo se voltava a eles. Inevitavelmente. E ela não tinha mais tempo para fingir. Não tinha mais tempo pra brincar de esconde-esconde, somente força.

— Mentirosa.

Evans não teve tempo de pensar em uma resposta. Quando abriu os olhos, seu top e seu shorts já estavam do outro lado do ringue. Geto lambia toda extensão da sua barriga pra cima, chegando nos seios.

Ele tomou com a boca um deles, nunca soltando o contato visual. Com a mão estimulava o outro ouvindo os gemidos deliciosos que Evans soltava a cada segundo.

Deixou chupões por ali querendo dizer que aquele era o seu território e se ele não o tivesse, ninguém mais teria. Sorte a deles que ambos gostavam do sexo desse jeito: bruto.

A menina também não ficava para trás, massageando a cueca do moreno em um vai e vem contínuo até vê-lo fazer algumas caretas contidas de tesão e descer abaixo do seu umbigo.

Jogando a calcinha dela pro lado, Suguru lambeu sua buceta com vontade. Passou a língua lentamente pelo clitóris, sugando-o e forçando-o contra sua boca.

Choramingava mais ainda sentindo os dedos dele a penetrarem sem pausa, começando lentamente e indo rápido conforme o tesão crescia.

Lexie com certeza nunca tinha experimentado algo como aquilo. Sabia que ele era bom de cama, mas descobrira hoje que de agora em diante, o deixaria irritado para transar.

A sensação da sua língua molhada sob toda sua extensão era surreal, melhorava tudo. Subindo e descendo, fazendo movimentos circulares e chupando sem parar.

A menina puxava sua cabeça mais perto a cada segundo, agarrando naqueles cabelos morenos e querendo que ele chegasse mais e mais perto.

De tanto morder o próprio lábio, podia sentir o gosto metálico do próprio sangue escorrendo. Mas naquele momento isso não importou, já que os três dedos de Geto a faziam ver estrelas em conjunto com sua língua trabalhando arduamente para fazê-la atingir o orgasmo.

Em questão de mais alguns minutos ela sentiu uma onda de prazer que a fez arquear as costas e revirar os olhos, quase implorando por mais e chamando o nome do menino, o qual sorriu obscenamente entre os beijos que dava na região.

Lentamente Suguru subiu e passou a língua no seu lábio debaixo que escorria um tanto de sangue. “Eu nunca vi algo tão excitante assim. Puta merda.”, pensava Evans. Então, ela deu-lhe mais um beijo.

— Sua vez. - O moreno prendeu o cabelo em um coque e abaixou a cueca, fazendo seu membro ereto saltar para fora.

— Não, amor. Eu quero fazer diferente.

Completamente nua, a menina ficou por cima com a buceta em seu rosto, enquanto encarava o pau dele de frente, lambendo os lábios. 69.

Colocou o que coube do pau dele em sua boca e masturbou o restante, engasgando com a própria saliva. Teve alguns momentos em que parava de respirar com a forma que ele posicionava os quadris pra cima, mas também tentava receber com otimismo os tapas doloridos na bunda.

Ele a xingou na sua cabeça de todos os nomes possíveis quando ela começou a sugar só a glande e brincou com as bolas. Sua tentativa de não gemer foi suprimida quando sentiu a garganta de Lexie batendo contra o seu pau.

Sentiu até as lágrimas dela caírem sobre si com o esforço que fez para agradá-lo sem ao menos saber como ele odiava achar aquela morena tão linda.

Com quase certeza que ela estaria vermelha a ponto de sangrar, começou a retribuir o favor. Arranhava a parte interna das coxas do garoto enquanto circulava sua língua pela cabeça do pau dele.

— Porra, Suguru, eu te odeio por isso. Caralho.

Não conseguiam parar. A cabeça de ambos a milhão, milhares de pensamentos voando de um lado para o outro e centenas de posições para fazerem ali.

— É. Eu também.

Geto rosnou alto quando seu orgasmo chegou ao mesmo tempo que o de Lexie, que saiu de cima dele limpando com a língua ao redor dos lábios que estavam melados de gozo.

Não andou meio passo quando sentiu seu corpo ser levantado pelo moreno, que a pegou com uma das mãos pela cintura e a fez rodear seu tronco com as pernas. Um sorriso no lábios dos dois.

Tocava I was never there, The Weeknd. As sirenes intensificando tudo.

Ela rapidamente agarrou seu pescoço e atacou seus lábios outra vez. De tão sem fôlego que estava, nem percebeu quando suas costas bateram fortemente contra a parede.

Só se deu conta de que não estava dentro do ringue pois perdeu o ar com as mãos de Geto a enforcando durante o beijo.

Quase não sentia mais a própria língua. Beijos selvagens como aquele eram a marca registrada do moreno, que parecia não ter um pingo de afeição a ela naquele momento. Era puramente desejo carnal, nada mais.

Estavam em uma sala de espelhos, com alguns armários que faziam barulho toda vez que Lexie pressionava as costas contra eles e rebolava a bunda no pau do garoto.

— Me diz o que você quer.

— Ainda não percebeu, gatinha? Eu quero te fuder até você olhar para os meus olhos e me reconhecer. Até perceber que você é minha.

Ele falava entre os chupões que dava no seu pescoço e clavícula, brincando com o pau na entrada de Lexie, a qual tentava falar sem gemer - e falhava miseravelmente.

— Eu…não sou…sua.

— Pode dar uma de rebelde se quiser, mas eu não sou um daqueles fudidos que se contenta com o que tem. Eu não mudo de ideia, Lexie, e eu sei bem o que quero.

Enfiou seu pau da maneira mais devagar que pôde, abrindo a boca na medida que fazia isso. Evans o acompanhou, puxando seu cabelo e o fazendo chegar mais perto.

Podiam até negar a tensão entre eles, mas não por muito tempo. Gemidos preenchiam o ambiente loucamente e chegaram a brotar lágrimas nos olhos de Lexie Evans, a mais nova mentirosa do pedaço.

Brincava com o clitóris com uma das mãos durante o mesmo tempo em que o moreno lhe punha para cima e para baixo, ajudando-a a  quicar no seu membro sem pausa.

O tempo não parecia passar. Acontecia o oposto; quanto mais de olhavam, gemiam e choramingavam de prazer, aquele instante parecia durar cinco horas.

A sala “cada vez menor” ganhara sentido literal, uma vez que trocaram de posições e agora a menina encarava o próprio reflexo no espelho, sentada no colo do moreno - também sentado em uma cadeira - com as pernas totalmente abertas.

Suguru sabia como dar a ela prazer da forma que gostava e merecia. Sabia os lugares exatos onde tocar e com que intensidade deveria fazer isso.

E provocar era uma das suas especialidades.

— Olha pra você; puta merda. Ainda tem coragem de dizer que não é minha. Caralho, Evans.

— Cala a boca, Suguru. Porque não consegue fuder calado?

Ela jogou a cabeça para trás e se apoiou no braço da cadeira, rebolando enquanto via Geto lamber os dedos e em seguida, molhar seu clitóris com movimentos circulares durante a penetração.

Ele metia rápido e fundo, sem dó alguma. Ainda mais com o tiquetaquear do relógio marcando seu momento mais próximo.

Continuou até sentir o orgasmo chegar, chamando o nome da garota sentada em seu colo ao gozar dentro dela. Respirou fundo algumas vezes antes de tirar o pau de dentro de Evans e encarar o espelho só para ver sua buceta inchada e cheia da sua porra caindo aos montes no chão.

Lexie fechou as pernas, com vergonha, e se encolheu naqueles braços fortes na esperança de que o que sequer tivesse acontecido entre eles nesses tempos, ficasse para trás. Apoiada em seu peito, ela disse:

— Não tem que pensar em nada daquilo. Ninguém quis te deixar de lado.

— O que passou, passou, Lexie. - Ele a acolheu, mesmo com receio.

— É assim que você vai resolver isso?

— Eu não quero falar sobre.

— Tudo bem. - Ela arqueou as sobrancelhas, mas tentou manter a calma. - Eu já vou indo.

Vê-la enfiar as roupas e virar as costas com lágrimas nos olhos, parecendo tão frágil, e prestes a abrir a porta do cômodo, o fez cuspir as palavras.

Detestaria que Lexie Evans fosse embora com inúmeros motivos para ficar.

— Eu não suporto mais me sentir assim, ok? - Lexie travou no lugar que estava. - Eu sempre sou o amigo de tal pessoa. O que chegou quase lá, mas não conseguiu. O que se voluntariou, mas não foi escolhido. Sempre chego perto, mas nunca consigo o que eu quero. E porra, me deixa angustiado ver você fazendo o mesmo comigo.

A garota olhou pra ele e caminhou na sua direção assim que se deu conta de que aquelas palavras dilaceravam seu peito.

Suguru ainda estava sentado na cadeira, sem amparo. Sua cabeça levantou ao ver Lexie dar meia volta.

— Suguru, eu nunca faria isso. Você é quem eu mais quero. Sem você eu não quero porra nenhuma.

— E o Satoru?

— Vocês dois. Nós concordamos com isso, lembra? - Levantou a cabeça dela com o dedo. - Eu gosto de vocês genuinamente e não queria escolher um só.

— Eu fiquei com…medo de...sei lá. Eu sou um idiota, vai se fuder.

— Você é ser humano, gatinho. Está tudo bem se sentir assim. Mas pode deixar que eu não vou fugir. Prometo. E nunca vou escolher entre vocês dois. Prometo também.

— Mesmo?

— Mesmo.

Como se estivesse se soltando, Geto levou os braços em torno da cintura da garota e enterrou a cabeça na barriga dela, igual uma criança faria.

Talvez carregasse o peso da vida nos ombros por muito tempo e precisasse de alguma segurança no final do dia.

E Lexie estava disposta a fazê-lo entender isso, pois amar nunca seria fácil. Difícil mesmo era lidar com todo esse caos com um sorriso no rosto como ele vinha enfrentando há tempos.

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não meninos, ela n vai escolher entre vcs, ela vai escolher outra pessoa

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