𝐈𝐈𝐈.
˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂. ❜ ꜝꜞ
03 ... ❨ terceiro capítulo ❩
━━ eu quero te foder devagar, com as luzes acesas.
escrito por 𝖗𝖊𝖈𝖈𝖆𝖜 𝖊 𝖒𝖘𝖚𝖌𝖚𝖗𝖔
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Fato era que Lexie Evans odiava perder. E isso sempre acaba refletindo em sua vida, de uma maneira ou de outra.
Ontem era a prova disso. Saiu marchando pelos corredores, como uma criança quando não deixam ela ganhar nos jogos em família. Ficava furiosa.
Não queria ser presidente de nada, muito menos vice-presidente. Só queria o que queria. E naquele momento, desejava só tomar algo de valor de Suguru.
Mas isso já era esperado de jovens mimados. Digo, não que Lexie fosse uma exceção, ela só era assim porque não tinha escolha.
Durante grande parte da sua vida não teve o que queria. Mas agora, morando com o pai multi milionário, era de se esperar que tivesse tudo e mais um pouco.
- Terra chamando Evans! - Lexie saiu dos seus pensamentos quando a mão de Maki passou na frente de seu rosto, tentando chamar a atenção.
- Ah, foi mal.
Naquele momento eles estavam assistindo uma aula qualquer. Já haviam entregado o trabalho e agora não tinha mais nada a ser feito. A não ser prestar atenção.
- Hmm, ei, hoje vai ter uma festa temática na casa de Naoya. - Choso se colocou no meio das duas, sussurrando baixinho.
- Qual o tema? - Maki perguntou.
- Ainda não sei, mas provavelmente vão falar.
Lexie apenas suspirou e escorregou seu corpo pelo assento, estava com sono.
- Você vai? - Choso olhou para ela.
- Hmm, é, talvez.
As aulas passaram de forma rápida, sem que ninguém percebesse.
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Disseram a Evans de tarde, no final das aulas de ontem, que o tema da festa era fantasia. Então, teria que providenciar algo o mais rápido possível.
Ficou nervosa de não ter nada para usar a não ser suas camisas surradas e moletons, mas surpreendentemente Maki a ajudou a vestir com algo mais "ousado".
No dormitório de Itadori, ambas se trocaram dentro do banheiro, esperando o aval dos meninos para saírem de lá quando estivessem todos prontos.
Nesse instante, a Zenin estava maquiando sua amiga, que estava sentada na bancada da pia, já que não queria ver o resultado antes da hora.
- Eu não sei se gosto disso, Maki. Dá pra ver toda minha perna roxa! - Evans encarava as manchas arroxeadas em suas coxas, observando-as descobertas. Usava, pela primeira vez em anos, um shorts preto bem curto.
- Ah, vai, para! Ninguém vai perceber. Estará tudo escuro.
- E daí? As pessoas podem olhar.
- Deixa de ser boba. Você está linda. - Ela pincelou algumas gotas de sangue no rosto da amiga e colocou o band-aid na ponte do seu nariz. - Pronto!
- Cadê? Vai logo, porra! Quero mostrar meu look! - Sukuna gritou do outro lado da porta, ansioso com a fantasia que escolheu.
- Já estamos saindo!
Lexie virou, ficou de frente para o espelho e respirou fundo ao ver sua imagem.
Usava um shorts preto, com uma regata da mesma cor e um corset underbust, junto de um blazer vermelho e uma gravata solta. Sua fantasia era o The Weeknd, em seu álbum "After Hours".
Seu cabelo estava meio preso e meio solto, dando mais destaque para o piercing em sua sobrancelha e os olhos com um delineado bem afiado.
Estava preparada para várias perguntas sobre qual era sua fantasia, mas mesmo assim, não estava ligando. Depois de alguns goles de vodka, já estava bem mais tolerante.
Se achou bonita, apesar de não estar totalmente confortável. Sentia como se seus seios estivessem pulando pra fora da roupa e como se seu shorts fosse explodir a qualquer momento.
- Eu tô muito piranha.
- Tá nada! Tá normal.
- Você tem corpo pra isso, Maki. Eu não.
- Garota, olha essa bunda, pelo amor de Deus! Quem tem, usa.
- Olha pra sua! - Lexie riu, se soltando um pouco. - Não é meu estilo.
- Sair da zona de conforto faz parte, não é? - Ajeitou o chapéu de policial na cabeça e se virou para a menina outra vez. - Voilà! Prontíssima!
- Caralho, você tá muito gata.
- Ai, não fala muito que eu fico sem graça.
Elas se entreolharam com carinho e animação e deram uma ajeitada no cabelo, antes de Maki perguntar se podiam sair de lá e entrar, finalmente, no quarto.
Obtendo aprovação de Choso, elas abriram a porta e começaram a gargalhar. Literalmente, de cair no chão.
Viram Sukuna, vestindo uma sunga branca, com asinhas nas costas e um arco nas mãos. Ele ostentava um sorriso gigante e meio "sedutor" nos lábios, abrindo os braços e perguntando:
- Tô bonito?
- Não. Tá ridículo.
- Eu amei. - Maki se apoiou em Lexie, quase morrendo de rir.
Evans nem percebeu como os garotos a observavam de cima a baixo, com olhares maliciosos escondidos por trás dos sorrisos. Eles encaravam suas pernas definidas e expostas,, fuzilando cada centímetro de pele exposta.
Verdade era que a menina era tão bonita que não passava despercebida. Mas, ao mesmo tempo, nunca soube como colocar a beleza em potencial. Ou seja, era fácil achar que Lexie era mais uma morena qualquer. Mas não, tudo nela chamava atenção.
Choso também chamava atenção. Muita. Com uma marca em seu rosto e o cabelo preso em duas chiquinhas, ele fazia sucesso entre as garotas. Tinha o rosto angelical e ao mesmo tempo, diabólico e sempre com seu ar sedutor.
O garoto até perdeu o foco vendo a cintura afinada e os seios apertados, mas tentou desviar o olhar e chamar atenção dos amigos ao limpar a garganta.
- Vocês estão gatas, em. - Itadori estava em um dos cantos, vestindo uma espécie de colete. - Eu pegava.
- Deveras bonitas, senhoras. - Choso adicionou.
- Muito obrigada.
- Qual a sua fantasia? Cafetão? - O "cupido" zoou.
- Vai se fuder! É o The Weeknd. - Virou uma golada de Ice na boca, sentindo-se mais feliz automaticamente.
- Depois de umas surras, né? Cê é louco.
- Vai encher o saco do outro. Eu entendi que você tá de cupido e você de cowboy, mas o seu é o que, Choso?
- Dabi. De Boku no Hero. Conhece?
- Ah, eu sei! Caralho, ficou muito foda. - Ela agachou no chão para ficar na altura do amigo, pegou o queixo dele e foi virando de um lado para o outro, observando melhor os detalhes da pintura. - Você que fez?
- Foi.
- Ficou bem legal mesmo, não tinha visto. - Maki se deitou na cama acima deles, de bruços.
- "Me fale que você quer ser pintor sem dizer que você quer ser pintor".
- Basicamente isso.
- Bate aqui. - Choso e Evans deram um soquinho, erguendo os copos cheios. - Somos dois.
- Minha fantasia é a melhor de todas.
- Você quer dizer pior, né? - Itadori provocou o irmão.
- Imagina viver com essa praga. Vai se fuder, muleque. - Sukuna jogou um livro em direção ao irmão. - Preciso de vocês me façam um favor.
- Qual? - Choso perguntou.
- Você não. As meninas.
- Hum. Fala. - Lexie franziu o cenho tentando adivinhar o que o amigo iria pedir.
- Vocês podiam fazer uns beijinhos em mim, né? - Pegou o batom de cima da cabeceira e apontou na direção das amigas.
- Oi?
- Nem fudendo! - A jovem Zenin concordou com a amiga.
- Esse batom é meu! - Lexie levantou correndo, tentando pegar o objeto da mão dele.
Mas ficou nas pontas do pé enquanto ele só estendia a mão pra cima. Desistiu depois de um tempo, aceitando a derrota.
Choso riu, revirando os olhos. Isso fez com que Lexie fizesse o mesmo. Ambos pensavam o mesmo: não é possível. Ele não tem senso.
- Tô falando sério. Preciso que alguma de vocês faça os beijos em mim.
- Peça para a Shoko.
- Ela vai me bater.
- E o que te faz pensar que eu também não vou te bater?
- Vai, por favor. - Tentou pela última vez. - Lexie? Não quer provar esse docinho?
- Deus me livre. - Arrancou uma gargalhada de todos no cômodo. - Prefiro comer um sabonete.
Ele bufou e foi em direção a porta.
- Podemos ir? Já são quase dez horas.
- Vamos.
E assim, apagando as luzes e dando mais um gole na bebida aberta, eles seguiram para o carro de Choso, partindo para a casa de Naoya - membro da fraternidade. Apesar do evento ser fora dos dormitórios, a Nexus organizou tudo. Desde as bebidas, as comidas, a música e etc.
Já pela fachada dava pra ver a mansão piscando. Muitas luzes e pessoas descendo até o chão. Vários pacotes, garrafas e papéis estavam na porta, como se a festa mal tivesse começado e os jovens já agiam como jovens.
Dava para reconhecer algumas fantasias como freiras, jogadores de futebol, ventríloquos e princesas - de um jeito mais sensual. Mas nenhuma tão chamativa ou diferente como a de Lexie, que pisara fora de casa para causar esta noite.
Não estava nem aí para o seu telefone, ou para o número tocando nele. Só queria saber de curtir ao lado de seus novos amigos.
Adentrando a casa lotada, Slow Down, de Chase Atlantic, estava tocando em um volume absurdo. Todas as paredes pareciam estremecer e todo mundo pulava do chão. As janelas podiam quebrar a qualquer momento com o batuque bruto.
De cara, Choso, Maki e a menina se encontraram em um grupo, se dirigindo para a cozinha para pegar bebida para o grupo. Era legal notar como as pessoas se dividiam ali dentro.
No canto direito, os viciados. Seja em drogas ou bebidas. Todas as carreiras na mesa, os sacos plásticos em volta e copos coloridos por toda parte. Tinham sempre cara de cansados, mas eram os com mais energia.
No direito, os mais festeiros. Aqueles que dançavam e gritavam não importa a hora. Subiam e desciam no ritmo da música e faziam amigos com a facilidade de trocar o sapato.
E ainda sobravam, ao centro, os que gostavam de tudo. Não tinham preferências, só queriam estar lá e aproveitar como se não houvesse amanhã.
E isso era o que Lexie Evans faria para esquecer de como a vida podia ser cruel.
Sukuna foi cumprimentar os amigos, junto de Itadori na área externa, enquanto Choso foi buscar as bebidas. Já que eles conheciam todo mundo, isso fazia com que, consequentemente, Lexie também ficasse por dentro.
Então, se sentaram perto da piscina, onde a movimentação estava maior ainda por conta do DJ. Foram já tirando os vapes da bolsa e Maki foi a primeira a tragar, passando o fumo para o lado como telefone sem fio.
As brincadeiras de criança nunca iam embora, só evoluíram.
Como as paredes eram de vidro, mesmo de fora, Lexie via tudo. Desde a cozinha em conceito aberto, a sala e a porta de entrada. Inclusive, via as pessoas pulando na piscina. Com ou sem roupa.
Uma neblina cobria a parte interna da casa, por conta da quantidade de adolescentes fumando. E no andar de cima, só podia se ouvir música abafada e gemidos.
Itadori tirou três zip locks do bolso e foi depositando o pó branco sobre a mesa, fazendo todo o grupo se debruçar para pegar um pouco.
Choso se sentou ao lado da garota, colocando uma de suas mãos sobre a perna de Lexie para se apoiar, já que estava meio tonto. Ou talvez tenha sido apenas uma desculpa para a tocar.
Lexie reparou, mas não deu bola, Choso ao perceber, deixou a mão por ali mesmo.
- Ae, deixem um pouco pra mim!
- Tem mais aqui, Choso. Relaxa.
- Você tá devendo pro Geto, não tá? - Sukuna deu uma de irmão mais velho.
- Eu resolvo isso depois.
- Resolve nada. Já te falei que com ele você não brinca, porra.
- Não sei porque vocês têm tanto medo dele. - Choso parecia não ligar.
E era real. Satoru e Suguru tinham espécies de seguidores, por terem tanta influência na fraternidade. Mas isso não significava que alguns meninos não seguiam suas palavras como mandamentos.
- Medo de que? - Evans perguntou, se sentindo a única deslocada da conversa.
- Os pais do Geto são traficantes. Tudo que ele nos fornece é da família. - Sukuna explicou.
Lexie, mesmo não admitindo para si, olhou em volta. Queria achar Suguru e confirmar, pelo seu rosto, que era assim. Que aquilo era verdade. Nunca imaginou que seus pais seriam daquela maneira.
Mas longe de qualquer julgamento. Afinal, Lexie Evans era a prova viva de que nem todos os filhos eram iguais aos pais.
- Ele mora com eles?
- Ah, não. Antes da faculdade ele morava com Gojo... Vamos dizer que ele não tem muito orgulho da família.
- Faz sentido.
- Para que pensar nisso, porra? Vocês estão muito sóbrios pro meu gosto. - Maki levantou uma garrafa de whisky e colocou no meio da roda.
Mas Evans nem percebeu. Só escuta a música Pushin P no fundo. Sukuna e Itadori gritavam "vira, vira, vira" para Todou, um garoto na roda, virar uma garrafa toda de uma vez, enquanto ela mesma aspirava três da fileira.
Gritava, extasiada, sentindo o nariz arder. Era um prazer do caralho. Mal sabia explicar. Ficou por alguns instantes parada, de olhos fechados com a língua pra fora. Uma lágrima escorria pelos olhos.
Quando, ao abri-los, viu as duas estrelas da noite. Que piada. Satoru e Suguru praticamente pararam a festa, fazendo quase todo mundo ir em direção a ele para cumprimentá-los ou apenas segui-los.
Satoru vestia apenas um "pano" bege na cintura, com uma coroa de louros na cabeça e os olhos azuis mais amostras do que nunca. Sua pele parecia brilhar para acompanhar a fantasia. Era mesmo um deus grego e o mais importante era que sabia.
Já Suguru estava com uma caveira desenhada no rosto, também sem camisa e com uma calça larga, preta. Era Tate Langdon de American Horror Story. Havia feito um piercing na sobrancelha, ou Lexie só não tinha reparado antes.
Mas caralho, não conseguia desviar o olhar. Eles eram realmente muito bonitos. E estavam mais gostosos ainda sem camisa, mau comportados e praticamente chapados.
Um deles já segurava um cigarro quando entrou no cômodo e o outro, recebeu milhares de copos nos 3 primeiros minutos da festa.
O problema era como eram idolatrados. Por todos os garotos, que se preocupavam mais ainda com a opinião do "mestre" e pelas meninas, que sonhavam em serem as escolhidas por eles.
A fama subiu à cabeça e deixou os dois babacas. Como Lexie odiava. O que tinham de gatos, tinham de insuportáveis.
De qualquer forma, Shoko chegou junto deles, mas não fazendo questão de ficar nos holofotes. Ela estava linda, usava a fantasia de Ellie Williams, mas de forma vulgar.
Cumprimentou a todos também, indo até a mesa de Maki e dos amigos com um saco de MD.
- Oiê!! - Chegando por trás, ela deu um susto em Sukuna, que pulou do sofá.
- Shoko! - Maki correu para um abraço.
- Caralho, que susto! E aí, bebê? Tá bem? - O rosado também lhe cumprimentou com um beijo na bochecha.
- To sim e vocês?
- E aí, amiga? Saudade.
- Um dia só e você já tá com saudade? Me ama menos. - Respondeu a Evans, logo recepcionando uma amiga. - Gente, essa daqui é a Nobara. Tá na mesma sala que eu.
- E ai, pessoal? - Cumprimentou envergonhada.
- Vem sempre aqui, gatinha? - Itadori já estava no décimo oitavo planeta, embolando todas as palavras. - Yuji.
- Prometo que ela não é tão calada quanto parece. Só está com vergonha.
Choso observava tudo calado. Fez apenas um gesto com a cabeça para ambas e cochichou no ouvido de Evans:
- Odeio quando chega muita gente.
- Para de ser anti social. - Estava sendo completamente hipócrita, ela também odiava multidões, mas não naquela noite.
- Me leva de volta pra casa, por favor.
- Mais tarde. - Cortou a birra do amigo e cumprimentou a garota nova. - E aí? Sou a Evans. Prazer.
- Maki.
- Chame ela pelo sobrenome: Zenin. - Shoko provocou, dando uma risada com o nariz.
- Não faça isso, por favor. Vou ter que ser obrigada a te xingar.
- Sorte é que eu sou péssima pra lembrar alguns nomes. Acho que já me esqueci do seu.
Maki piscou pra ela, abrindo um espaço no sofá para as duas sentarem. Shoko colocou as balinhas na mesa e observou-as desaparecerem na velocidade da luz. Só Evans pegou umas 4 e engoliu tudo de uma vez.
- Vai com calma ai, vida. Isso daí é forte pra caralho.
- Ou você que é fraco demais. - Lexie respondeu a Choso batucando um dedo na cabeça, como se estivesse falando algo óbvio.
- Eu cuido dela depois. - Sukuna se intrometeu, massageando os ombros da jovem e indo fazer outra coisa.
- Ouch. - Ele pegou dois comprimidos e jogou dentro da boca. - Melhor?
- Melhor.
Houve uma piscadinha de Evans pra ele, antes da garota se levantar e ir até o balcão da cozinha.
- E o nosso cupido? Que porra é aquela? - Shoko havia parado para pensar só agora, se dando conta de como o amigo estava ridículo. - Só por Deus essa fantasia.
Enquanto isso, os dois meninos arranjaram uma mesa no centro da casa. Não muito na área da piscina, mas não tão dentro. Ficaram de olho em tudo, querendo saber onde estava Lexie Evans.
Já intoxicados pelas drogas, viram uma garota de costas pra eles. Ela tinha pernas grossas e bem definidas, com a cintura bem marcada e fina que sobressaltava ainda mais sua bunda naquele shorts, a tatuagem de anjo caído era a única que tinha na perna esquerda.
- Quem é aquela?
- Sei lá, Suguru. Ainda não tenho bola de cristal.
- Ela é nova?
- Acho que sim. Eu reconheceria aquela bunda em qualquer lugar.
Se entreolharam e levantaram na mesma hora, soltando uma risada anasalada. Caminharam em direção a garota, a pegando por trás. Gojo já estava colocando um braço na cintura para gira-la.
- E ai, gostosa.
Lexie Evans congelou ao ouvir aquelas palavras de Satoru. Riu sozinha, na verdade. Ela viveu para esse dia, quando os dois admitiriam o que achavam dela. Mesmo que indiretamente. Sendo surpreendida pelo braço de Gojo, não teve opção a não ser se virar, mordendo os lábios.
- Oi.
Tomaram um susto ao se darem conta de quem se tratava. Mas não ficaram tristes com isso. Nem um pouco. Só surpresos, porque não imaginavam a garota usando essas roupas.
Ainda mais quando viram o decote e a cintura afinada. Foi uma hipnose automática. Perderam o olhar por ali, demorando alguns segundos para voltarem à órbita.
- Perderam alguma coisa?
- Porra. - Ambos responderam em coro.
Lexie riu diante das palavras dos dois, percebeu que em nenhum momento eles tiraram os olhos do corpo dela.
- Meus olhos estão aqui em cima, viu? - Lexie cruzou os braços na altura dos seios. - Babacas.
- Você é ousada. - Geto soltou uma risada provocativa para a morena.
- Muito ousada... - Satoru ainda continuava a comendo com os olhos. - Star girl.
- Bom, vocês também não estão nada mal, sabe?
Dessa vez, foi ela que os olhou de baixo para cima, colocando um dos dedos de cada mão no abdômen deles. Deslizou-os para baixo, pegando no cós da calça de Suguru e no pano envolto na cintura de Satoru.
- Eu até poderia falar que vocês estão bonitos, mas aí eu lembro... - Inclinou a cabeça para o lado. - Que são insuportáveis.
Satoru riu diante das palavras de Lexie, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha da mesma e falando:
- E mesmo assim você paga pau, não é?
- Poderíamos recompensar você. - Geto se apoiou no balcão ao lado da garota, chegando perto do seu rosto.
- Bom...
Lexie puxou o tecido da cintura dos dois e soltou com força, fazendo-os sentirem uma ardência na região.
Os dois a olharam de forma maliciosa, e antes mesmo que eles avançassem, a mais nova tirou as mãos.
- Quem sabe outra hora.
- Você gosta de ter a nossa atenção, não é? - Os meninos se entreolharam, Satoru foi o que sorriu torto e disse.
- Quem não gostaria?
- Sabe, nós não vamos esperar para sempre, linda.
- Uma pena, meninos. Quando quiserem, me chamem.
- Espero que ninguém esteja te incomodando, bebê. - Choso entrou na conversa, puxando Evans pela cintura, com força. - Algum problema?
- Não esquenta. Eles latem, mas não mordem.
Lexie Evans não prestava atenção em nada. Por isso fez um tchauzinho provocativo com as mãos e acompanhou o peguete, o qual segurava uma garrafa de tequila.
Já, Gojo e Geto suspiraram diante da provocação, totalmente frustrados por não conseguir o que tanto queriam.
- Ela é um desafio, cara. - Satoru o cutucou.
- Ainda bem que a gente adora desafios. - Deu um gole na bebida.
Os dois se entreolharam e brindaram com uma bebida, enquanto Lexie voltava para a mesa em que estavam antes.
- Verdade ou desafio? - Choso perguntou.
- Desafio.
- Vai ter que aguentar vinte segundos dessa tequila na sua boquinha. Vou virar pra você. Consegue?
- Bora.
Chegando no grupo - dez vezes maior agora, com muitas pessoas que Lexie nem conhecia - Choso anunciou o desafio.
- Quero ver, em! - Itadori gritou.
- Arrasa, amiga. - Nobara também entrou na brincadeira.
Evans abriu a boca, sentindo de cara o gosto forte e amargo. Se esforçou ao máximo para não fazer careta, mas não a conteve quando o líquido foi descendo rasgando. Forçava os olhos fechados e chacoalhava a cabeça, dificultando ainda mais.
As pessoas ao redor faziam a contagem regressiva e a incentivaram a aguentar mais. Quando chegaram no vinte, Lexie engoliu tudo e abriu os olhos, cambaleando de tontura.
Sukuna a jogou para cima, animado pra cacete. Shoko e Maki também gritavam, loucas já. E Choso sorria tentado, sussurrando no seu ouvido:
- Você é uma deusa Lexie. Puta merda.
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As horas voavam como minutos e já se passava da uma da manhã quando Lexie decidiu ir ao banheiro, experimentando a famosa sensação da bad trip.
Ela já não estava tão chapada com o efeito das drogas - que era momentâneo - mas ainda sim, a bebida subia a cabeça.
Gojo estava longe de observar aquilo. Ele estava ocupado demais quase transando com uma garota em uma das bancadas perto da cozinha, passando suas mãos por todo seu corpo e ao mesmo tempo, beijando outra.
E Suguru também. Ao invés de uma só, beijava quatro garotas. Todas maravilhosas. Com rosto e corpo impecáveis. Era uma suruba, basicamente.
Enquanto isso, Lexie arrastou Maki, Shoko e Nobara junto para o banheiro. Trancaram a porta do cômodo e Evans já foi dizendo:
- Eu não sei se ele quer ficar comigo.
- Como não, garota? Ele está te comendo com os olhos!
- O Choso?
- É, sua burra. Noba está certa. Ele está te comendo.
- Se isso não é demonstrar que quer, eu não sei o que é. Falta só ele falar "me bate, por favor, deusa".
- Porra, é verdade, ele te chamou de deusa. Quer mais o que?
- Fala baixo!
- Ele super está ouvindo atrás da porta, Evans. - Shoko gargalhava com a ironia de Maki.
- O que eu faço?
- Nada, ué. Ele que tem que chegar em você. - Shoko falou.
- E se ele não chegar?
- Uma pena. - Nobara retocava o batom.
- Eu não sei ele, mas eu não desperdiçaria você não.
- O que você quer dizer com isso, Maki?
Shoko na mesma hora arregalou os olhos e tapou a boca, empurrando Nobara para fora do banheiro. Só conseguiram ouvir a música de Dove Cameron tocando. Boyfriend.
Evans trancou a porta quando a garota lhe respondeu:
- Se ele não quiser, eu quero.
E como num passe de mágica, suas bocas se encontraram. Maki era realmente muito gostosa, aos olhos de Evans. Mas sóbria nunca faria isso. Nem admitiria que achava a garota bonita de outras formas.
Só aproveitou a sensação daquela boca macia, com gosto de energético e vodka, na sua, se arrepiando quando Zenin a puxou pelo cabelo para trás e mordeu seus lábios.
A língua de ambas ia passeando pela boca da outra, induzindo a mão da morena a apertar com força a bunda da amiga, que também segurava sua cintura com força.
As longas unhas da garota de cabelos esverdeados causavam arrepios em Lexie. Em todos lugares. Até chegou a sentir o suor se formando.
Sem conseguir se segurar, colocou Maki sentada na pia, beijando todo seu pescoço e colo exposto. A amiga arfava gemendo um pouquinho toda vez que sentia um pico de prazer.
Não demorou muito pra elas voltarem a se beijar, juntando suas línguas outra vez em um beijo desesperado e bem molhado - as duas todas borradas com o batom vermelho.
Se fosse pra fazer merda uma vez, seria inesquecível.
Estava delicioso. Mais que isso: excitante de forma que se Lexie continuasse ali, teria que fazer outras coisas. Então, ela se afastou e empurrou a amiga para trás, delicadamente, falando:
- Se fizer isso de novo, vai ter que namorar comigo. - Maki avisou, tirando uma gargalhada de Lexie.
- Eu sempre soube que você cortava pros dois lados.
- Não consigo enganar?
- Nem um pouco. - Lexie passou pela garota, apertando o ombro da amiga e abrindo a porta para ela. - Damas primeiro.
- Muito obrigada, namorada.
Algumas pessoas na espera do banheiro as olharam feio, mas nenhuma delas ligava pra isso. Estavam loucas demais e com tesão demais. A essa altura, ninguém mais ligava pra nada.
Quando voltaram ao lugar em que estavam, se suspenderam com a companhia inesperada. Shoko provavelmente convenceu Satoru e Suguru a ficarem lá, então ali estavam.
Satoru com um bong nas mãos e Suguru com um beck. Conversavam com a galera na roda, provavelmente sem saber o nome de quase ninguém.
- Olha só, as sumidas! - Sukuna voltou a atenção do grupo para elas.
- Emergências femininas.
- Vocês não entenderiam. - Evans molhou os lábios e olhou de canto para Maki, a qual ostentava uma risadinha.
- Estávamos esperando vocês pra começar. - Choso explicou. - É simples. Colocar a venda e esperar.
- Eu começo! - Nobara foi vendada e se sentou na cadeira. - Não sejam tímidos.
O primeiro a se levantar foi Itadori, indo direto devorar a boca da garota. As mãos dela agarraram direto a nuca do menino como super bonder, ao som de Under the influence, Chris Brown.
Foram minutos de pegação, com toda a roda rindo e achando foda, todos com um certo tesão guardado. Claro que não admitiam, mas todos estavam gostando.
A bebida potencializava todas as sensações. Subia a cabeça e fazia todos assistirem atentamente as línguas se tocando e ouvirem ainda melhor os ruídos das bocas.
Depois de Itadori, Geto se levantou e deu um beijo lento, mas rápido, na menina. Só para provocá-la e deixar Lexie com cara feia - já que a menina não sabia esconder a irritação.
- Tá. Quem foi? - Shoko perguntou, tirando a venda da amiga.
- Hummmm...eu queria que tivesse sido o Itadori.
- Fui eu mesmo, gatinha.
- E eu.
Nobara corou. Envergonhada, ela se sentiu ainda mais constrangida em ver que Suguru havia lhe dado bola. Porém, verdadeiramente, queria apenas Itadori.
- Próximo. Quem vai?
Gojo gostaria de ir, até porque sabia do tanto de pessoas que iriam ao seu encontro apenas para beijá-lo, porém, ele também sabia que Lexie Evans se sentiria provocada, e provavelmente não gostaria mais de jogar.
Definitivamente Satoru não gostaria que aquilo acontecesse, pois, o que ele mais desejava naquela noite era ver Lexie no jogo. Sendo mais específico: vendada.
- Eu!
Sukuna se sentou na cadeira ao meio e foi vendado. Algumas meninas foram para cima dele em um beijo quíntuplo, todas as línguas misturadas com cheiro de bebida, fumo e balinhas.
Depois de longos minutos, Shoko pegou o batom que estava dentro do sofá e passou na boca. Seguida de Lexie, que se levantou e também foi em direção ao rosado, as duas performando algo cômico.
Evans se sentou no colo do garoto, fazendo uma dança sensual. Balançou os quadris e rebolou com a bunda, o que fez com que Sukuna agarrasse bem forte sua cintura.
Desajeitou o cabelo e passou as mãos pelo corpo, seduzindo a si mesma. Com a mente inundada de tesão em um ambiente propício para aquilo, não teria outra chance de se sentir tão desejada.
Lexie se sentia mais chapada do que nunca, mas não se importou com isso. O que mais queria de fato era aproveitar. Como se não houvesse amanhã.
E também não iria perder a oportunidade de provocar Suguro e Satoru.
A dupla caótica não conseguia tirar os olhos da mulher que tanto causava. Só podiam imaginar como seria se ela estivesse em cima deles, dando um dois, enquanto gemia alto ao ser fodida. Entre quatro paredes, sem saída. Ah sim, só de pensar nisso eles ficaram duros.
Junto de Choso, hipnotizado nos movimentos de Lexie. Ele desejava estar no lugar de Sukuna, e tocá-la como bem entendesse.
Os três com um sorriso safado no rosto e a comendo com os olhos. Só faltavam babar. Engoliram seco quando os olhos dela passaram por eles, de relance.
Shoko deu vários beijos pelo peitoral dele e foi descendo até encontrar a bunda de Lexie, que ganhou um beijinho por consequência.
- Caralho. - O menino levou as mãos a cabeça e gemeu. - Porra, Evans. Me fala que é você.
- Você gosta, né?
- Pra caralho.
- Até eu gosto. - O jovem com uma marca no nariz respondeu, em coro. - Porra.
- Imagina eu. - Sukuna rebateu, mostrando possessividade.
- Exibida. - Gojo esboçou para que só Evans visse.
E ela viu. Viu e nem ligou, dando uma risada debochada e continuando a se movimentar. Mas ao invés de simplesmente dançar, fez isso olhando nos olhos da dupla.
- Shhh... - Evans subiu, desgrudando seu corpo do dele.
Passou uma das mãos pela calça do amigo até chegar em seu pau duro. A roda ficou apreensiva nessa hora.
Gojo e Geto ainda mais, sem acreditar que Lexie Evans tinha toda essa coragem. Um desejando mais do que o outro o que Sukuna conseguiu: a completa atenção da garota, que sorria loucamente, alucinada.
Quebrando a expectativa de todos, ela bateu com força lá. Pra machucar mesmo. O garoto se contorceu, tirou a venda e encolheu o corpo diante do machucado, fazendo o grupo soltar gargalhadas.
- Eu mordo às vezes.
- Ô se morde. - Choso foi o primeiro a se manifestar, antes mesmo de Sukuna.
- Porra, Evans! Vai se fuder.
- Eu que não sou boba de testar! - Shoko cutucou Nobara, que riu junto.
- Bem feito. - Maki deu um high five na amiga.
- Próximo!
- Vai, Maki! - Lexie a incentivou.
- Eu não.
- Maki, Maki, Maki, Maki! - Itadori puxou o grito, sendo seguido por todos, até por Suguru.
- Tá bom, tá bom. "Moliéres", por favor, me comam.
A jovem sentou-se e foi vendada por Satoru, que estava a postos para brincar. Assim que ela se posicionou, duas mulheres se levantaram.
Uma delas, loira, cujo nome era Yuki, começou a dar chupões por todo o pescoço da esverdeada, enquanto a outra de cabelos brancos depositava um beijo lento nos lábios dela.
Depois delas, a vez foi de Satoru. Ele passou as mãos pelo corpo da menina, abrindo sua boca e jogando um pó e em seguida, beijando-a todinha até a barriga. Ninguém protestou. Afinal, esse era o clima da festa e todos estavam querendo a mesma coisa.
Algumas outras bocas tocaram por lá, até que foi a vez de Choso. Assim que Evans viu várias meninas se levantando, ela se pôs a frente dele e já foi se adiantando:
- Vocês que arranjem o de vocês. Ele é todo meu, a menos que ele não queira.
- Vocês ouviram. - O garoto ressaltou, mordendo os lábios mesmo sem ver a amiga. - Só dela.
Muitas garotas reclamaram. A odiaram por aquilo. Garotos também, achando que ela estava "se amostrando demais". No entanto, a verdade era que Lexie nunca teve tanta liberdade para fazer o que queria quanto agora.
Não se sentia julgada, nem mal vista. Se sentia ela mesma.
Cortando por total o clima de mistério da brincadeira, Lexie Evans desvendou Choso e sentou em seu colo. Bem provocativa, olhando olho no olho.
Jogou o cabelo para o lado e abraçou a nuca do garoto, cujas mãos caíram até as costas de Lexie, indo vagarosamente até sua bunda.
- Arrumem um quarto. - Essas foram as únicas palavras que ouviu de Suguru durante quase toda brincadeira.
- Tá com inveja? - Shoko era a única como intimidade o suficiente para enfrentá-lo. O homem negou com a cabeça, como se fosse óbvio. - Cala a boca, então.
Ele revirou os olhos e baforou para o lado oposto, intrigado entre assistir ou definhar de incômodo. Não estava com ciúmes. Porém, queria conseguir o que queria e depois fugir. Como sempre fazia.
- Vai querer um lap dance também?
- Só no quarto. Pra valer.
- Seu desejo é uma ordem.
As palavras sussurradas pela menina despertaram um instinto animal em Choso.
Ele, de pronto, juntou seus lábios e apertou o corpo da garota contra ele. Toda pressão entre eles aumentou e a cada segundo, o tesão aumentava.
O beijo fazia jus aos filmes. Era bruto e cheio de mãos bobas, com certa intimidade a mais pelos sorrisos no meio. Eles nem escondiam que queriam muita coisa a mais.
Demorou mais alguns minutos até que o beijo parasse por falta de ar e voltasse outra vez. Só que, nesse meio tempo, ouviram uma voz masculina:
- Isso daí vale pros meninos também? - Itadori se levantou, querendo participar.
Ela olhou para Choso e ambos deram meio sorriso. Lexie gostará da ideia e Choso mais ainda.
Com a reputação que tinha, a essa altura do campeonato, beijar um homem não faria diferença nenhuma em sua vida. Então, quem puxou o rosado para a roda foi ele.
A língua dos três se juntaram, pouco confusas em como dividir a atenção. Logo acharam um padrão gostoso e se pegaram como nunca. Os três. Claro que no fim, faziam isso por Lexie, mas não deixava de ser bom para aqueles garotos.
Quanto mais tempo passavam ali, mais gemidos escapavam.
Satoru e Suguru tinham sensações estranhas. Meio desaforados com aquilo. Não gostavam de ver algo que clamavam "deles" ser dividido por aí igual um bic.
Então, deram um sinal para que o beijo parasse e que a próxima a sentar na cadeira deveria ser Evans.
A menina odiou parar aquilo, mas concordou em ser a próxima nos holofotes. Todos estavam ansiosos para ver o que aconteceria a partir dali, uma vez que Choso se mantinha um pouco enciumado.
Quando a venda cobriu os olhos da jovem, muitas pessoas se levantaram. Muitas mesmo. Nem ela acreditaria na quantidade se estivesse vendo.
Só que Satoru não deixou nada passar batido. Mandou todos sentarem, fazendo apenas um gesto com as mãos - Shoko revirou os olhos, já entendendo o desfecho - e chamou Suguru, que estava minutos antes enchendo um copo de shot.
Antes de falar qualquer coisa, Evans foi puxada pela cintura. Ficou em pé, conforme a guiavam, e então, foi empurrada por Suguru na cadeira.
Só que havia algo diferente. Era muito mais macio e... se mexia. A menina tentou conter uma risada ao perceber que estava no colo de algum dos meninos e seus braços estavam sendo forçados para trás, em rendição.
Satoru mordiscava a orelha dela e observava atentamente o amigo, que despejou um pouco de whisky nas coxas de Evans e logo em seguida, limpou com a língua.
Era pura implicância e tentação ao mesmo tempo. De maneira que nenhum dos três poderia aguentar esperar.
Depois, pingou um pouco do líquido no pescoço da garota. Fez o mesmo: lambeu a região. Isso fez com que Lexie gemesse e se contorcesse um pouco nos braços de Satoru.
Nesse momento, Lost in the fire, The weeknd, tocava de forma alta pelo local, fazendo com que todos vibrassem.
Lexie teve pequenos espasmos e recostou a cabeça nos ombros do platinado, ouvindo sua voz soar mais rouca:
- Era disso que você precisava.
❛ i wanna fuck you slow with the lights on ❜
- Alguém mandando em você. - Suguru complementou, chegando perto do rosto dela e retirando sua venda.
❛ you're the only one i got my sights on ❜
- E te fazendo implorar...
❛ type of sex you could never put a prince on ❜
Gemeu outra vez. Agora porque a língua de Suguru pairou sobre seus seios, onde jogou o aguardente. Ficou alguns segundos por lá, olhando, por baixo, Lexie Evans se deliciar com o sentimento.
E ela por cima, tendo plena visão dos seus seios fartos sendo adorados pela dupla mais extravagante de todo campus, mais excitada do que nunca.
❛ i'll take it off, you're the one i'll roll the dice on❜
Os amigos trocaram risadas antes de aumentarem suas provocações. Começando por Suguru, o qual largou o copo em um canto qualquer e se debruçou contra o rosto da menina. Que só conseguiu reparar nas veias e músculos em seu corpo, além das tatuagens marcantes que deixavam sua personalidade mais assustadora ainda.
- Eu não imploro por ninguém.
❛ you said you might be into girls ❜
Satoru segurou firmemente o rosto dela de frente para o amigo.
- Ainda não, princesa, ainda não. Agora, beija ele.
- Não.
- Você beijou todo mundo nessa porra. Agora vai beijar ele também.
❛ well baby, you can bring a friend. ❜
Nessa hora, quase a festa inteira prestava um tanto de atenção. Quer dizer, quando que a dupla deixava de ser o principal?
Lexie se sentiu tentada e odiou aquilo. Pela primeira vez. Parece que aquele corpo em sua frente, praticamente nu, a chamava. Sua boca já estava sedenta e incontrolável, buscando por mais.
❛ she can ride on top your face ❜
Sem perder mais tempo, ela atacou os lábios do moreno, agarrando sua nuca em um rápido movimento. Para se lembrar de que deveria continuar sentada, Satoru a prendia contra seu corpo e observava o beijo entre o amigo e ela.
Geto segurou firme a cintura de Lexie enquanto a beijava esfomeado, como se os lábios da mulher fossem o jantar da noite. Já Gojo, estava completamente duro, por sentir a morena se remexendo no seu colo diversas vezes, mas mesmo assim, tinha as mãos nas coxas dela enquanto devorava seu pescoço.
Lexie gemeu entre o beijo ao receber o apertão na cintura e um chupão no pescoço, a dupla riu ao perceber o quanto estavam satisfazendo Lexie.
❛ while i fuck you straight ❜
Quando abriram os olhos, todos estavam bem atentos, duros como pedra. Ninguém sequer piscava. Todo o silêncio - metafórico - foi quebrado pela voz do moreno:
- Você só está morrendo de tesão, né, linda?
- Sim...tanto que vocês foram as sobras da noite, né? - Evans ironizou, soltando o aperto se Satoru de sua cintura.
- Filha da put...
- Fale o que for, docinho. Mas todo mundo aqui viu você se pendurando em mim. - Suguru deu uma piscadela na direção da jovem, antes dos três voltarem para os seus lugares.
E a brincadeira continuou rolando. Porém, ela perdera um pouco da graça. A atração maior já havia acontecido e agora o resto era resto.
Evans nem prestava atenção nos comentários, mas foi incluída na conversa quando Choso cutucou sua coxa, tirando-a do transe.
- Não me diga que já se cansou. - Choso perguntou.
- Nunca.
- Eu já. Par ou ímpar pra ver se voltamos pra casa?
- Você já quer ir?
- Desde que eu pisei o pé aqui, eu já queria ir. - Ambos riram.
- Agora, agora?
- De preferência.
- Hum...Par. - Lexie escolheu.
- Ímpar. - Eles balançaram as mãos e anunciaram. - Par ou ímpar?
- Ímpar. Droga.
- Aleluia! Até que enfim...Vamos, Evans, você tá me deixando maluco. Tchauzinho, pessoal.
- Mas já? - Shoko olhou cabisbaixa.
- Já estão indo? - Nobara perguntou.
- Vocês vão sozinhos? Vish! - Maki colocou lenha na fogueira. - Cabaré abrindo cedo.
- Cabaré tá abrindo é tarde demais! - Evans deu uma indireta para Choso, rindo logo em seguida. - Bora.
- Até.
- Tchau, gente. - Lexie deu um beijo na testa das meninas e se virou para ir embora.
Acenou também para Sukuna, dando um soquinho no ar para ele, que fez o mesmo, e olhou de relance para a dupla. Eles a encaravam do mesmo jeito, com um pouco de desdém no olhar.
Foda-se. Ninguém mandou contar vantagem sobre mim.
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pega fogo cabare
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