10. Dobby
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- Odeio minha vida!
Kailani não teve o melhor começo do dia. No meio da noite ela ficava se revirando na cama sem conseguir dormir, e faltando apenas uma hora para ela ter que se levantar antes que o despertador tocasse ou Andrômeda entrasse em seu quarto jogando um aguamenti nela para acordá-la.
Quando faltavam apenas alguns minutos para o alarme tocar, um pesadelo começou a atormentá- la. Os gritos de medo e dor reapareceram em sua mente.
- Se você tivesse se entregado na hora certa eu ainda estaria vivo - apareceu a imagem de um Rony pálido e machucado.
Um Rony que parecia sem vida.
- Ronnie... - Kaily sussurrou dolorosamente.
- Não me chame assim.
- Mas-
- Você é o culpado por tudo. - Ele disse asperamente. - Por sua causa meus pais sofrem, Hermione chora todas as noites pelos planos que fizemos juntos e que nunca seremos capazes de cumprir! - Cada palavra que saiu de sua boca foi como uma adaga cravada em seu peito. - Foi você quem fez com que Fred tivesse que conviver com a culpa de eu ter morrido.
Kaily balançou a cabeça enquanto ele falava. Não era verdade, seu melhor amigo, seu cúmplice de comida clandestina e seu ruivo favorito seria incapaz de lhe dizer aquelas palavras ofensivas.
- Você é a culpada de tudo.
Ela acordou assustada quando o despertador tocou.
Ela estava encharcada de suor, seu corpo inteiro tremia como se estivesse com frio apesar dos cobertores que a cobriam, ela respirava com dificuldade e seu coração batia acelerado. Ela se sentou na cama enquanto levava as mãos trêmulas ao rosto para enxugar o suor. Sua mente ainda repassava os acontecimentos da guerra como se fosse um filme.
Como ela estava focada em tentar regular a respiração, ela não percebeu que Bichento subiu na cama. Assustada, ela tentou fugir do que quer que estivesse em seu quarto. Os lençóis não ajudaram muito, pois seus pés se enroscaram neles, fazendo-a tropeçar.
Ela acabou no chão.
Por vários minutos ela ficou abraçando os joelhos enquanto chorava, tentando silenciar os soluços cobrindo a boca com as mãos para evitar que o irmão ou Andy a ouvissem.
Ela não queria que eles se preocupassem com ela.
Bichento miou chamando a atenção dela, o gato a viu com a cabeça inclinada, como se soubesse que ela não estava se sentindo bem. Bichento começou a se aconchegar nela tentando lhe dar carinho. Kailani abraçou o gato e sorriu fracamente enquanto o acariciava.
Depois de alguns minutos naquela posição, ela se levantou para tomar um banho para tirar o suor e se vestir, secou o cabelo com a varinha e sentou-se em frente ao espelho. Ela fez beicinho, tentando não chorar de novo quando viu que seu cabelo estava completamente grisalho.
Fechando os olhos ela se concentrou em voltar ao seu cabelo ruivo natural, conseguindo isso depois de alguns minutos.
Ela viu as grandes olheiras sob os olhos e como o cabelo dela estava mais rebelde do que o normal. Ela tentou prender o cabelo em um rabo de cavalo, mas não importa quantas vezes tentasse, ela não gostou de sua aparência.
Ela soltou um pequeno grito cheio de frustração e deixou o cabelo despenteado.
- Parece um ninho de pássaro. - Ela bufou.
Ela relutantemente deixou a escova na cômoda e pegou a mochila para descer até a sala de jantar. Enquanto descia as escadas respirou fundo e tentou fazer seu sorriso parecer real, não queria preocupar seu irmão com seus problemas.
Ao chegar ao primeiro andar viu Arwen deixando um prato de frutas picadas sobre a mesa.
- Amiga Kailani. - O elfo murmurou preocupado. - Há algo de errado com a senhorita?
- Não é nada, não se preocupe. - Ela sorriu para ela enquanto se sentava no sofá.
- Espero que a menina perdoe Arwen por sua ousadia. - disse ela, cruzando os bracinhos atrás das costas. - Mas Arwen pode dizer que a menina não está bem, seus lábios podem sorrir, mas esse sorriso não alcança seus olhos.
Kailani desviou o olhar.
- Ela tem o mesmo sorriso triste que Lily ama. - Com passos lentos a elfa se aproximou dela. - Arwen lembra que ela sorria da mesma forma quando fingiu que estava bem.
- Foi apenas um pesadelo. - Kailani sussurrou, contendo a vontade de chorar.
- A garotinha não deveria fingir que está tudo bem. - Ela colocou uma de suas mãozinhas sobre a dela. - Isso só irá machucá-la.
- Acho que nada pode me machucar ou machucar mais do que as lembranças da guerra - As primeiras lágrimas começaram a ser derramadas. - Sinto que tudo é minha culpa.
- Isso não é verdade, nem você nem seu irmão Harry são culpados de nada. - ela negou. - Você poderia ter ido embora quando teve a chance e não foi. Vocês lutaram e venceram.
- Então por que não parece uma vitória?
Arwen sorriu tristemente, os filhos de seu querido amigo James estavam sofrendo e ela não gostou disso. A elfa subiu no sofá e abraçou a ruiva, que não aguentou mais e começou a chorar.
Suas lágrimas fluíram como um rio. Os pesadelos sempre conseguiam criar uma rachadura nela, mas este tinha sido mais doloroso do que todos os anteriores juntos, conseguindo assim partir dolorosamente seu coração.
Depois de alguns minutos desabafando um pouco nos braços de Arwen, ela se afastou e lhe deu um leve sorriso.
- Não conte para Harry ou Andy - Ela pediu brincando com as mãos. - Não quero preocupá-los, eles já têm seus próprios problemas.
- Mas amiga Kailani-
- Prometo que conto mais tarde, mas por enquanto prefiro cuidar disso sozinha. - A elfa assentiu, ainda sem concordar.
- Arwen vai preparar seu suco de pêra para você se sentir melhor. - Com um "puf" ela desapareceu da vista da ruiva.
Kailani enxugou as lágrimas e com as mãos tentou fazer desaparecer o vermelho dos olhos por ter chorado.
Ela ficou aliviada ao saber que era o último dia de aula da semana e não teria mais que se esforçar para fingir um sorriso na frente do resto das pessoas.
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Kaily mordeu a língua tentando não reclamar do jeito que Andrômeda puxava seu cabelo tentando penteá-lo.
- Por que é tão difícil? - reclamou no momento que os fios vermelhos estavam desarrumados.
Harry estava descendo as escadas com Teddy nos braços, pois era sua vez de cuidar dele, mas ele parou quando viu sua irmã fazendo uma careta de dor enquanto Andy tentava prendê-la em um rabo de cavalo.
Decidiu que o melhor para ele seria voltar para o quarto e não ser visto, seu cabelo estava tão bagunçado quanto o da irmã.
- Alto aí! - Andromeda exclamou - Eu já te vi Harry, se você escapar vai ser pior!
O rapaz fechou os olhos com força, virou- se resignadamente e se aproximou deles.
- Andy... sério, já tentamos de tudo mas não dá certo - Ele tentou fazer com que ela parasse de pentear os cabelos deles. - Até a poção que nosso avô fez, mas nem isso.
- Deve haver um jeito! - ela disse tolamente. - Vocês não podem levar esses malucos para a escola.
Harry revirou os olhos enquanto deixava Teddy no pequeno cercado da sala de jantar.
Seu olhar rapidamente se dirigiu para sua irmã, apesar da maquiagem ele podia notar suas olheiras sob os olhos, ela estava um pouco pálida e uma pequena mecha grisalha se destacava contra o ruivo de seu cabelo. Quando ela percebeu seu olhar, ela sorriu para ele.
Ele imediatamente soube que o sorriso dela era falso.
Ele a conhecia e sabia que algo estava errado com ela, mas também sabia que não contaria a ela. Ela poderia enganar os outros, mas não ele. Ele conhecia a irmã mais do que ele mesmo, ela não estava bem e isso o preocupava.
- Eu desisto! - Exclamou Andy, deixando a escova de lado. - O cabelo dela é indomável!
A ruiva sorriu, aliviada por ela finalmente ter parado de puxar seus cabelos e Harry por não ter que passar por aquela dor.
- Mas acho que tenho algo que pode ser útil. - Seus sorrisos desapareceram quando a mais velha saiu da sala de jantar em busca de algo para pentear o cabelo.
Harry quis perguntar à irmã o que havia acontecido, mas uma coruja desconhecida entrou pela sua janela, deixando uma carta e um pacote sobre a mesa antes de pegar o pão da mão de Harry e retornar por onde veio.
A surpresa no rosto dos irmãos ficou evidente ao lerem que a carta que a coruja desconhecida deixou era um pequeno testamento de Dobby, aquele elfo por quem se sentiam culpados por sua morte e de quem choravam ao lembrar.
Para a Sra. Kailani e o Sr. Harry Potter:
Dobby escreve isso porque sabe que em algum momento não estará mais por perto para protegê- los e cuidar de vocês. Dobby sente isso. É como uma sensação de formigamento no peito.
Mas Dobby, não quero que a Srta. Kailani e o Sr. Harry fiquem tristes. Dobby quer que eles saibam que o fizeram feliz e que ele sempre ficou grato por tê-lo libertado. Desde que o Sr. e a Srta. Potter fizeram com que Dobby parasse de servir aos Malfoys, ele tem conseguido conhecer mais elfos e viajar pelo mundo, embora seja maior do que Dobby jamais poderia ter imaginado, então Dobby decidiu encontrar uma casa próxima de Hogwarts, porque é aí que Dobby seria útil se a Srta. Kailani ou o Sr. Harry precisassem dele.
É muito aconchegante, Dobby não precisa mais seguir ordens de ninguém, agora ele é seu próprio patrão e come o que mais gosta, sua sobremesa preferida é torta de abóbora. Dobby não quer causar mais problemas para os Potter e sente muito por perguntar isso, mas há algo que ele quer que eles façam por ele...
O pacote que a coruja entregou é algo que Dobby quer que seja entregue à Srta. Granger. É o que Dobby tem de mais precioso, é a meia e a luva com que os mestres Potter o libertaram.
Ele quer que ela fique com isso porque confia nela para fazer uma mudança por nós. Dobby tem muita fé de que esse será o caso.
Weasley deixou meu papel de protetor da senhorita Kailani e do senhor Harry, pois Dobby não esquece que foi ele quem destemidamente os salvou no carro voador.
Aos Mestres Potter, Dobby dá sua eterna gratidão e a palavra de que os elfos domésticos sempre os apoiarão em cada uma de suas batalhas. Dobby também agradece à Srta. Kailani pelas meias que ela tricotou para ele e por todo o amor que ela deu a Dobby.
Há uma última coisa que Dobby pede antes de partir. Por favor, não abandone o jovem Malfoy, Dobby era seu único amigo quando estava sozinho em casa, ele sempre tentava lhe fazer companhia e o jovem Malfoy às vezes ria com ele. Dobby sabe que fez coisas ruins, mas é porque está cercado de pessoas cruéis.
O jovem Malfoy tem um bom coração e tentou defender Dobby muitas vezes quando foi punido pelo Sr. Malfoy
Dobby se despede da senhorita Kailani e do senhor Harry, e não importa como isso aconteça, pois ele tem certeza que ficará feliz se com sua morte conseguir fazer felizes os gêmeos Potter e seus amigos.
E porque Dobby terá ido embora como um elfo livre.
Ao lerem o pequeno testamento, ninguém conseguiu conter as lágrimas.
Andrômeda desceu com um recipiente nas mãos e um sorriso por ter encontrado o que precisava, mas esse sorriso se apagou ao vê-los chorando. Ela rapidamente se aproximou deles e os envolveu em um abraço.
- O que aconteceu? - Ela perguntou, dando-lhes pequenos carinhos na tentativa de acalmá-los. Kaily entregou-lhe o pergaminho, seus soluços não permitindo que ela falasse sem se afogar em lágrimas.
- Dobby... - Kailani sussurrou com pesar quando terminou de ler.
- Ele sabia,- Harry gaguejou. - Ele sabia que poderia morrer e ainda nos ajudou a escapar.
Ambos se lembraram de como tentaram ajudá-lo, mas nada funcionou. A adaga com a qual Bellatrix Lenstrange conseguiu prejudicá-lo estava amaldiçoada e os poucos recursos que possuíam não ajudaram muito.
Hermione estava inconsciente nos braços de Ron. Harry não sabia muito sobre medimagia e Kailani estava fraca com os feitiços que recebeu na mansão Malfoy, sua mente não a ajudava a lembrar dos feitiços de cura devido à dor intensa que sentia.
Não ser capaz de salvar Dobby foi o primeiro momento em que ela reconsiderou se seria uma boa medibruxa.
- Meus filhinhos... - Andy sussurrou enquanto eles se aconchegavam nela em busca de conforto.
- Por que sempre perdemos aqueles que amamos? - Harry perguntou com um olhar perdido.
- As piores coisas acontecem às pessoas boas. - Foi a única coisa que a mulher mais velha conseguiu dizer.
- Não deveria ser o contrário? - Kaily disse. - É injusto.
- A vida é injusta.
- Vou escrever para Mione. - Disse a ruiva quase em um sussurro. - Dobby estava confiante de que ela faria uma mudança para os elfos, tenho certeza que ela conseguiria.
- Antes disso, nos matará por ter três elfos domésticos. - Harry sentiu um arrepio ao se lembrar de sua melhor amiga irritada.
- Bem, se Voldy não nos matou, Hermione o fará.
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Os dois irmãos estavam deitados no chão do quarto da ruiva que acabava de existir. Ainda tinham tempo para ir à escola e aproveitavam para não fazer nada.
- Porque eu nasci. - Ela murmurou sem entusiasmo.
- Não fale bobagem. - Seu irmão a repreendeu.
- Você sabe que toda decisão que tomamos tem o potencial de arruinar nossas vidas - Harry permaneceu em silêncio, sabendo que isso era verdade.- Nós nem somos bons em dirigir nossas vidas.
- É um desrespeito que o nosso bem-estar atual e futuro dependa de alguém tão irresponsável como nós. - Harry disse, continuando a libertar um pouco do seu pessimismo. - Você está se sentindo muito deprimida hoje. - Ele se virou para olhar para ela. - O que há de errado com você?
- Acho que a pouca vontade de continuar vivendo se foi. - Uma lágrima caiu ao lembrar de tudo o que eles passaram. - Há pouco mais de um mês eu estava pronta para morrer de uma vez por todas.
- Você teve um pesadelo? - ele perguntou, pegando a mão dela.
Ela permaneceu em silêncio.
- Lily, você não deveria conter o que sente. - Ele negou, é dando-lhe um leve aperto. - E não diga que porque você não quer me preocupar. - Harry viu como sua irmã desviou o olhar para não olhá-lo. - É impossível não vê-la, você é a coisa mais importante que eu tenho, sempre irei me preocupar com você, mesmo que minimamente.
- Eu já te disse que você é o melhor irmão? - Sorriu sinceramente.
Harry sorriu antes de puxá-la para um abraço e beijar sua testa.
- Você ainda tem as meias que Dobby nos deu?
- Eles estão na caixa com coisas especiais. - Respondeu ele.
Uma batida na porta interrompeu o momento fraternal. Andrômeda entrou na sala com um sorriso.
- Eles vieram procurá-los. - disse ela, sentando-se na cama. - É uma garota baixa e um loiro com cabelos parecidos com aqueles do filme que me mostraram. - Ela ficou em silêncio por alguns segundos, lembrando-se do nome. - Cachinhos Dourados, sim.
Uma expressão de confusão apareceu nos rostos dos gêmeos antes de se levantarem para descer as escadas até o primeiro andar.
Harry foi quem chegou primeiro, quando abriu a porta a primeira coisa que viu foi Alice com seu habitual sorriso enérgico.
- Olá ! - Ela o cumprimentou com um pequeno pulo. - Jasper e eu queríamos levá-los para que não brigassem sobre quem estava dirigindo.
O Potter mal tinha visto o loiro porque estava olhando boquiaberto para a morena.
- Senhorita. - Jasper cumprimentou ao ver sua pequena humana chegar ao lado de seu irmão.
Ele pegou a mão de sua parceira e deu um beijo suave nas costas dela. As bochechas de Kaily ficaram levemente rosadas e um pequeno sorriso bobo apareceu em seus lábios. Jasper a viu, ele não entendia como ela podia ser tão linda, seu cabelo ruivo meio cacheado estava bagunçado, como se ela tivesse acabado de se levantar, mas isso a fazia parecer adorável aos olhos dele.
O loiro franziu levemente a testa ao sentir, graças ao seu dom, a dor emocional que os irmãos sentiam. O brilho travesso que sempre esteve presente nos olhos de Kailani não estava mais ali, eles agora pareciam opacos e quase sem vida.
Ele compartilhou um olhar preocupado com Alice, que também havia notado que faltava brilho nos olhos esverdeados de seu companheiro.
Jasper não pôde deixar de se sentir um pouco sufocado pelo intenso sentimento de dor e culpa que carregavam, então enviou uma onda de calma sobre eles.
- Espero que vocês não se importem por termos vindo atrás de você. - Comentou Alice com um sorrisinho.
- De jeito nenhum. - Negou Kailani. - Se acabarmos mortos em um acidente de carro, Harry não poderá me culpar porque foi eu que dirigi. - ela murmurou enquanto entrava para pegar suas mochilas.
- Se acabarmos mortos será por causa de um de nossos impulsos suicidas. - Harry sussurrou, pegando as chaves da casa.
"Nossos traumas, nossas piadas." pensou Kaily.
Ambos os vampiros se entreolharam novamente preocupados, o tom pessimista com que seus companheiros falavam os assustava.
Jasper abriu a porta do passageiro para a ruiva entrar. Durante o caminho, os dois irmãos permaneceram sem pronunciar uma única palavra, o que nenhum dos vampiros sabia era que ambos se comunicavam através da legilimência.
Harry havia derrubado suas barreiras mentais para que ela pudesse ver o pesadelo que ele teve no meio da noite. A lembrança da noite de 31 de outubro ainda estava em sua mente.
Kaily ia deixar seu irmão ver o pesadelo que ela teve com seu falecido melhor amigo, mas felizmente para ela eles já haviam chegado na escola e por precaução ela não poderia deixar a mente dele desprotegida.
Jasper saiu do carro para abrir a porta para a ruiva. Da mesma forma Harry com Alice.
As pessoas no estacionamento ficaram em silêncio ao ver os Potters saírem com Alice e Jasper, em menos de uma semana conseguiram o que muitos tentaram inúmeras vezes, se aproximando deles.
Angela tirou algumas fotos deles sorrindo levemente, no geral os gêmeos formavam um casal muito bom com Alice e Jasper. Ao lado dela, Jéssica fez uma careta que tentou esconder.
Os gêmeos ficaram alguns passos atrás deles enquanto falavam algo que os vampiros não conseguiam entender já que falavam a mesma língua estranha de dias atrás.
Do outro lado do estacionamento, uma expressão de completa confusão apareceu nos rostos dos Cullen.
Bella olhou para os irmãos com curiosidade, Edward havia dito a ela que eles eram companheiros de seus irmãos. Isso a fez se sentir um pouco bem, ela não seria mais a única humana entre os Cullen.
- Vou ficar de olho por precaução. - disse Emmett, olhando para eles com os olhos semicerrados.
Sua parceira bateu-lhe no braço.
- E se estiverem falando mal de nós nessa língua estranha? - O grandalhão começou a inventar mil teorias sobre o que eles poderiam estar falando.
- Eu ainda acho que é algum tipo de linguagem de gêmeos. - Concluiu Edward.
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As aulas estavam sendo uma tortura completa para Kailani.
Naqueles momentos em que invejou o irmão por dividir as aulas com Alice, a duende conseguiu fazer com que as aulas não parecessem tão pesadas para ele e conseguiu distraí-lo. Ela estava grata por ela ter conseguido levantar o ânimo de Harry e distraí-lo, mesmo que por um momento, de seus problemas.
Ela agradeceu a Merlin e Morgana por colocarem Alice Cullen na vida de seu irmão.
Enquanto a professora falava ela tentava não adormecer, uma hora de sono não tinha sido suficiente para se sentir descansada e isso acrescentou que não tinha comido nada desde a tarde do dia anterior, nem tinha tomado um gole do suco que Arwen preparou para ela.
Se sentia débil tanto física como emocionalmente.
Ela olhou para o anel de flores em seu dedo anelar, o último presente que Sirius havia lhe dado. Ela fechou os olhos tentando afastar todas as lembranças de quando era feliz com ele e seu padrinho.
Kailani sentiu como suas pálpebras estavam ficando mais pesadas e com a pouca força que ela tinha estava desaparecendo. Ela aproveitou uma distração da professora para pegar a mochila e sair da sala de aula, só queria chegar em casa e dormir se possível uma semana inteira.
Enquanto caminhava, apoiava-se nos armários para não cair, suas pernas, assim como todo o corpo, tremiam. As memórias de seu pesadelo ainda estavam gravadas em sua mente, as palavras de Ron continuavam ecoando em sua cabeça fazendo-a se sentir pior. Kaily soltou uma risada sem humor enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas, ela não sabia porque estava chorando e rindo ao mesmo tempo.
- Estou ficando louca. - ela murmurou, quase sem voz.
Ela conseguiu sair até o estacionamento com esforço, mas lembrou que Jasper e Alice os trouxeram e agora não tinha carro para voltar.
- De jeito nenhum. - Ela disse antes de querer sacar sua varinha para aparecer. - Isso pode acabar muito bem ou muito mal.
De um momento para o outro ela sentiu como seu corpo finalmente enfraqueceu, sua visão ficou turva e seus olhos começaram a fechar.
A última coisa que viu foi algo correndo em alta velocidade em sua direção antes de tudo escurecer.
Não esqueçam de votar!
Só eu que senti um peso no coração com a carta de Dobby?
Andrômeda chamando eles de filhinhos...
Pessoas, comentem alguma coisa. Isso me ajuda a saber o que estão achando e ajuda a subir a fic também. Não precisa encher de comentários, apenas dizer o que estão achando ou pensando em alguma coisa. Ajudaria bastante!
Enfim.
Boa leitura e até o próximo capítulo!
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