𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗧𝗥𝗘𝗭𝗘
❝ paz ❞

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—Não é tão difícil. O que vai querer jantar? Pizza ou espaguete? — Mike perguntou enquanto dirigia o carro.

—Os dois. — Abby respondeu após alguns segundos pensando. O mais velho soltou uma risada.

—Tem que escolher um. Qual vai ser?

—Mas eu quero os dois!

—Você não pode ter os dois. — o Schmidt diz dando um sorriso.

A mais nova ficou pensativa, tentando tomar uma decisão.

—Espaguete. Com almôndegas.

—Tá legal, com almôndegas. — concordou enquanto dirigia. — Ah, vamos dar uma paradinha, tá?

Os dois haviam chegado no hospital em que Elisabeth está internada. Já fazia uma semana que ela estava em um coma profundo, sem previsão de acordar. Mike foi o único a entrar no quarto, deixando Abby na recepção o esperando. Ver a sua mulher daquele jeito, machuca e entubada, o fazia ficar com o coração quebrando em vários pedacinhos. Ele sentia tanta falta dela, do seu sorriso, do seu olhar... O homem não via a hora dela acordar para dar luz a sua vida novamente.

—Liz, eu não sei... se você consegue me ouvir, mas... está sendo difícil de assimilar tudo que aconteceu. Mas você sempre esteve lá, sempre nos ajudou quando Abby e eu mais precisamos. Acho que não estaríamos aqui hoje se não fosse por você. Então... fique boa logo, tá? Estaremos aqui quando acordar. — ele segurou a sua mão e depositou um beijo em sua testa. — Eu amo você, Liz. — sussurrou perto do ouvido dela, como se fosse a coisa mais importante para ela ouvir.

E com muita dor no coração, ele saiu do quarto, voltando para a recepção, se encontrando com Abby.

—Disse a ela que mandei um "oi"? — perguntou enquanto eles voltaram a andar em direção ao carro.

—Disse. — respondeu enquanto segurava a mão dela. — Tá legal, vamos embora.

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—Você está bem? — indagou o moreno quando viu a irmã meio pensativa.

—Eu só estava pensando nos meus amigos. — respondeu. — Eles estão sozinhos. Ninguém mais cuida deles. — ela ficou um pouco quieta enquanto mexia no prato com o garfo. — Podemos visitar eles algum dia?

A reação de Mike foi um olhar surpreso e indignado. Sabemos que os animatronics não têm culpa, afinal, eles estavam sendo controlado. Mas mesmo assim, ele nunca mais pisaria naquele lugar.

—Quer saber? Nunca se sabe o que pode acontecer. — ele diz e Abby deu um sorriso.

Mike se sentia completo ao lado da sua irmã e com a Nala, mas uma coisa faltava para tudo ficar realmente completo na sua vida. Elisa. Ele não via a hora dela acordar e ter ela ao seu lado, assim eles iriam ficar completos e tudo aquilo não ia passar de um pesadelo passageiro.

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Elisabeth havia acordado no meio da madrugada. Mike havia ido para o hospital de novo para passar a noite lá enquanto Vanessa ficava com Abby em sua casa. A alegria do Schmidt foi tão grande que ele não pensava em mais nada, apenas em ver em como ela estava. Graças a Deus tudo estava bem, e os médicos disseram que ela pode ir embora no dia seguinte, contanto que receba os cuidados necessários. O Schmidt achou melhor que ela e Nala morasse junto com ele e Abby. A gata já estava hospedada na casa desde o ocorrido com a Lewis, então só faltava a morena para a casa ficar completa.

Mike cuidava muito bem de Elisabeth, fazendo questão de fazer com que ela tenha todos os cuidados que o médico passou. Aquelas atitudes do moreno só fazia a mulher perceber o porque de amar ele: Mike Schmidt cuida muito bem dela.

Em um dia comum, Elisa, Mike, Abby e Nala estavam na sala vendo um desenho que a mais nova havia colocado para assistirem juntos, era Scooby-Doo, o que fazia com que os três rissem a cada cena que aparecesse o Salsicha e o Scooby. Era um desenho que Elisa amava quando era mais nova.

—Esses dois as vezes são muito atrapalhados! — diz Abby enquanto via a dupla se meterem em encrenca mais uma vez.

—A única que pensa e sempre pensou foi a Velma. — comentou Elisa dando de ombros. — Deve ser por isso que é a minha personagem favorita.

O mais velho só ficava calado enquanto via a sua mulher se dando bem com a sua irmã. Com certeza Abby foi a que mais ficou feliz com a mudança da Lewis, as duas sempre se deram muito bem, e isso era algo que deixava Mike feliz também, as suas duas pessoas favoritas se dando bem.

Uma batida na porta fez com que o programa fosse pausado. Mike foi abrir a porta. Era Vanessa. O mesmo deu espaço para ela entrar e quando Elisa a viu, imediatamente fechou a cara, ainda não havia perdoado o fato de que ela escondeu muita coisa importante, coisas que a Lewis procurava saber a muito tempo. A loira cumprimentou Abby que a cumprimentou de volta.

—Elisa. — ela a chamou, fazendo com que a mencionada olhasse para ela. — Podemos conversar?

A Lewis no início não queria aceitar, mas querendo ou não, Vanessa é a sua irmã. Por isso ela assentiu com a cabeça. Mike e Abby saíram da sala para deixarem as duas a sós para conversarem. Um silêncio ficou presente por alguns segundos, até ser quebrado pela loira.

—Olha, eu sei que é complicado, e eu entendo que você esteja com raiva, até eu ficaria se fosse você. Eu só vim aqui pedir desculpas e que me arrependo muito de ter escondido muita coisa de você. Elisa, você é a minha melhor amiga! Eu nunca faria nada que te machucasse, eu só escondi tudo aquilo por causa do nosso pai, e você já deve imaginar como ele era, não é? — a morena assentiu com a cabeça. — Eu espero que ainda podemos ser amigas.

Apesar da raiva que Elisabeth sentia, o seu coração era muito bom para ter toda essa raiva guardada. Vanessa sempre foi sua melhor amiga, e não é isso que vai acabar com a amizade. Todo mundo erra, não é?

—Eu te perdoo, Vanessa. — diz a morena com um sorriso. — Claro que eu te perdoo, minha irmã.

E por fim, as duas se abraçaram, dessa vez como as irmãs que sempre foram.

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Um mês havia passado, Elisabeth havia voltado para a faculdade e fazia algumas costuras para ajudar Mike nas contas de casa, já que finalmente as dívidas foram pagas, ela não precisava mais se matar de tanto trabalhar. Na parte da manhã, a casa ficava vazia, visto que Mike trabalhava, Elisa ia para a faculdade e Abby para a escola, apenas Nala ficava de gato de guarda. A Lewis era sempre a primeira a chegar, e já começava a costurar, Mike chegava duas horas depois e quando dava a hora, ambos iam buscar Abby na escola. Eles eram praticamente a família perfeita, junto com Vanessa que sempre visitava eles quando podia.

Elisa estava costurando um pedido de uma mulher da rua, que havia pedido um vestido para a sua neta, quando Mike chegou do trabalho. A Lewis rapidamente parou o seu trabalho e foi até a sala o receber. Ela correu até ele e lhe deu um abraço forte seguido de um selinho.

—Eu amo chegar em casa e ter essa recepção. — diz o Schmidt com um sorriso de canto, fazendo a morena sorrir também.

—Como foi o trabalho? — perguntou.

—Cansativo. Mas sempre melhor quando vejo você. — ele voltou a selar seus lábios.

Dessa vez, o beijo acabou ficando mais intenso. Mike pediu a passagem para a língua e Elisabeth não hesitou em permitir. As mãos do Schmidt foram para debaixo da blusa da Lewis, começando a fazer um carinho reconfortante na sua cintura. Isso fez com que um arrepio percorresse a espinha dela. Sem parar o beijo, os dois foram até o sofá, onde eles se acomodaram, Mike ficou sentado e Elisa ficou em seu colo. Uma mão dele que estava em sua cintura foi até a sua coxa, onde começou a apertar e a acariciar ali. Mike separou seus lábios e logo começou a fazer uma trilha de beijos que ia do maxilar de Elisa até o seu pescoço, onde ele deixava leves chupões e mordidas na região, esse contato físico fazia com que a morena soltasse gemidos baixos e não demorou muito para que a morena sentisse o volume começando a surgir na calça do moreno e de sentir uma sensação no meio das suas pernas. Ela estava amando aquela sensação, mas não iria demorar muito para eles irem buscar Abby na escola.

—Mike... — ela o chamou em tom de sussurro. — A Abby...

—Nós temos tempo, fica tranquila. — ele diz no mesmo tom que a morena, com os lábios próximos ao seu pescoço. — Mas se você quiser parar, eu entendo... — dessa vez, ele havia parado e estava olhando para a sua mulher. Elisa apenas deu um sorriso.

—Acho que no quarto vai ser mais confortável, não é?

Uma gargalhada escapou dos lábios de Mike, o que fez Elisa rir também. Ele assentiu com a cabeça enquanto se levantava com a morena em seu colo, fazendo com que ela envolvesse a sua cintura com as pernas.

—Eu amo você, Elisabeth. — ele diz enquanto a olhava, com os olhos brilhando de amor.

—Eu também amo você, Mike. — ela diz de volta, com o mesmo brilho no olhar que o moreno tinha.

E então, os dois foram para o quarto. No final, eles sempre estiveram destinados um para o outro, e mesmo passando por tudo aquilo, a mudança de Elisa, o emprego no shopping, o ocorrido na Freddy's, eles sempre se reencontravam e ficaram juntos. Parece que o destino sempre favoreceu com eles. E finalmente, eles estavam em paz, depois de muito sofrimento.

Porém, como o próprio Mike disse: nunca se sabe o que pode acontecer...

THE END...
... for now

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Quero agradecer a todos por terem acompanhado essa fanfic do início até o fim. Confesso que no começo eu estava bem animada, no meio fiquei desanimada, mas após ver muita gente chegando, a animação voltou de novo e agora fico com muita dor no coração de me despedir deles. Acreditem, seus votos e comentários foram de GRANDE ajuda para essa fanfic chegar até onde chegou. Apesar do perrengue que era escrever essa fanfic, eu AMEI a história e a trajetória de Mike Schmidt e Elisabeth Lewis, mas infelizmente, a história deles POR ENQUANTO chegou ao fim. Digo por enquanto porque o segundo filme foi confirmado, e obviamente se o filme for realmente uma continuação do primeiro, vai ter sim uma segunda temporada, caso não, eu volto aqui e trago um final digno para esses dois. Muito obrigada de coração a todos vocês por apoiaram a fanfic e amarem esses dois assim como eu amei. Espero ver vocês no segundo ato! Amo muito vocês🫶🏻

Com amor, Duda💜✨️