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ೃ [004] the dragon that ate other dragons

𝗢 𝗗𝗥𝗔𝗚𝗔𝗢 𝗤𝗨𝗘 𝗖𝗢𝗠𝗜𝗔 𝗢𝗨𝗧𝗥𝗢𝗦 𝗗𝗥𝗔𝗚𝗢𝗘𝗦 
✩‧ೃ 𝐑𝐡𝐞𝐦𝐦𝐚 *Arryn* Pov༄୭࿔

Anos depois...

     Ao pé da cama, Rhemma observava a criada retirar os lençóis com cuidado para que não manchassem mais. A garota sabia o que aquilo significava; teriam que informar a rainha em Porto Real. Estava pronta para ter filhos e casar-se com quem fora preparada desde pequena.

Ser a esposa de Aegon não era o pensamento ideal. Mas esse era o único propósito que lhe haviam dado a vida toda.

━━ Parabéns, lady Rhemma ━━ disse uma criada enquanto segurava um vestido em seu braço.

━━ Obrigada. ━━ respondeu, incerta se estava nervosa ou feliz.

━━ A senhorita é uma donzela agora, ━━ expressou, ajudando-a com a roupa. ━━ Uma das mais bonitas que já servi, me atrevo a dizer.

Rhemma agradeceu, mas apenas uma coisa passava em sua mente: teria de avisar a rainha.

Enquanto a criada ajustava o vestido, Rhemma respirou fundo, tentando acalmar a agitação em seu peito. Sabia que a notícia mudaria tudo; não havia mais volta. Os planos e expectativas que lhe foram impostos se tornavam realidade, e a pressão para cumprir seu dever como esposa de Aegon pesava mais do que nunca.

Ansiava por esse momento ao mesmo tempo que temia...

[🪻]

━━ Vermax está cada vez maior ━━ Jacaerys inicia em um alto valiriano carregado. Está parado para Rhemma poder pintá-lo em seu quadro. ━━ Daemon disse que ele tem potencial para se tornar grande, um tamanho considerável.

━━ Vermax é um ótimo dragão. Cresce mais a cada ano, estou de testemunha. ━━ Sua cabeça se inclina para observá-lo de melhor ângulo. ━━ Talvez, se deixá-lo mais ao ar livre, ele cresça mais. Li em um lugar que os dragões da Conquista eram tão grandes por serem livres, pode ser apenas boatos, é claro.

━━ Até que faz sentido. ━━ Meditou batucando a ponta dos dedos na perna. ━━ Me mostre esse livro quando tiver tempo.

Parecia que todos tinham a atenção direcionada aos dois jovens, Rhemma reparava, não era boba. Jacaerys parecia encarar estrategicamente seus olhos enquanto a platinada fazia um rascunho de seus traços. Era engraçado perceber que o filho com ar diplomático desde jovem da princesa Rhaenyra corava subitamente toda vez que percebia que ela notara seu olhar.

━━ Quando eu o achar, talvez. ━━ Ela dá de ombros, olhando então a pintura fixamente. ━━ Jace, acha que Mistfyre também ficará tão grande?

━━ Por que não? ━━ Devolve a pergunta antes de formular uma resposta. ━━ Claro que ficará, já é um dragão grande para a idade.

━━ Obrigada ━━ disse em alto valiriano, molhando o pincel na tinta. Isso a fez sorrir, e ele sorriu por conseguir fazer com que a lady sorrisse. ━━ Você é muito gentil.

━━ Estou deixando que me desenhe. ━━ Soltou, sorrindo timidamente.

━━ Sim, está. ━━ Respondeu desconfiada, reparando nas bochechas avermelhadas do menino.

━━ Queria pedir algo em troca. ━━ Seus olhos sorriam enquanto lutavam para baixo, até que a mão da menina levantou seu rosto, segurando-o no queixo para que mantivesse a postura boa para continuar a pintar. ━━ Algo justo.

━━ E o que seria justo? ━━ Suas sobrancelhas estavam levantadas, assim como o canto dos lábios, formando um quase sorriso. Gostava de deixá-lo nervoso. ━━ Me diga, estou curiosa.

━━ Desejo que pratiquemos mais o alto valiriano. ━━ Declarou, quase se perdendo em palavras. ━━ Se tiver tempo, sei falar, estou aprimorando e melhorando, mas você fala mais... ━━ Pausa, buscando em sua mente palavras ━━ de um jeito mais bonito, quase perfeito.

━━ Mas claro. ━━ Respondeu em alto valiriano.

O som de pessoas indo na direção dos dois fez com que a conversa terminasse de forma rápida. Rhemma, mesmo de costas, conseguia adivinhar quem se aproximava: Baela.

━━ Estão chamando todos para a aula. ━━ A garota Targaryen anunciou.

Que desculpa conveniente, pensou, limpando o pincel. Não poderia negar que aquilo agitava seu senso de diversão. Toda vez que Baela demonstrava incômodo sobre o tempo que passava com o príncipe Jacaerys, Rhemma ria internamente.



A flecha estava apontada para o alvo à sua frente, a ponta do objeto rente aos olhos violetas, ignorando todos ao seu redor como se fossem apenas detalhes, focando apenas em seu olho predominante. Puxou com mais força a flexão da linha, podendo ouvir o som do objeto ser lançado no alvo.

━━ Deuses! ━━ soltou em animação, deixando o arco cair no chão. Os demais jovens pararam para olhar em choque, ela havia acertado o alvo pela primeira vez. ━━ Consegui!

━━ Parabéns! ━━ Jace a parabenizou batendo palmas enquanto se aproximava da platinada.

━━ Depois de dois anos e uma experiência de quase assassinato, conseguiu. ━━ havia um tom sarcástico em Luke, que brincava com a situação.

━━ Não seja reclamão! ━━ Pegou novamente o arco, agora animada, e se preparando para outra tentativa. ━━ Foi só uma vez e passou raspando.

━━ Diga isso aos meus traumas. ━━ Sorriu, sentindo um soco do irmão mais velho no seu ombro. Rindo, ele se virou, retornando para a espada.

━━ Foi bem, Lady Rhemma. ━━ A voz do príncipe Daemon a fez apertar o arco com força, sentindo como se puxasse todo o ar para seus pulmões. ━━ Ao menos não temos que nos preocupar com nossas cabeças na próxima.

Aquilo lhe tirou um sorriso tímido e nervoso. Rhemma então abaixou o arco, caminhando atrás do homem mais velho. Queria lhe perguntar algo há dois dias, mas naquele momento não havia mais como ignorar.

━━ Obrigada. ━━ Agradeceu, olhando nervosamente e tomando coragem. ━━ Por acaso o senhor chegou a ver Mistfyre?

Daemon se surpreendeu por enfim dar conta de que o dragão da jovem ainda não havia retornado para os arredores como de costume; era de seu histórico um dia, mas não três dias sem dar nenhum sinal.

━━ Tem permissão para procurá-lo, conseguiu acertar o alvo. ━━ Concedeu finalmente para a alegria da Lady Arryn. ━━ Seja cautelosa, tenha cuidado.

Com a benção, antes de escurecer, saiu para que ainda assim chegasse na hora do jantar. O ar húmido soprava seu rosto enquanto tropeçava em algumas pedras, olhando para o céu em busca de qualquer sinal de Mistfyre.

Sentia o entardecer chegar pelo sol que se afastava cada vez mais. Segurou seu vestido com mais força, olhando para frente, a areia entrava em seus sapatos, levantando-se a cada passo cuidadoso.

Um arrepio passou em sua espinha, não conseguia distinguir se era o som de um galho que talvez tivesse pisado e não dado atenção, ou de algum osso sendo quebrado. Desejou ter chamado alguém consigo para isso. Olhou para o céu novamente, soprava fortemente, mas não via asas acima de sua cabeça, apenas a teia atingindo seus olhos.

Fechou os olhos, rezando mentalmente, não apenas para encontrar seu amado dragão.

Seus passos pararam novamente e seus olhos se arregalaram ao som. Olhou para frente, sentindo sua boca secar, engolindo em seco. Seu coração bateu tão forte que sentia sua respiração fraca, poderia desmaiar ali mesmo, pois sentia sua cabeça explodir.

Tinha escamas escuras,
Tinha chifres,
Tão ameaçador e ferido...
Era Cannibal.

Os olhos verdes que a encararam por um segundo a fizeram dar um passo para trás, como se fosse desfalecer. A boca do animal se abriu, pronto para devorá-la, pensou.

Porém, ele voltou a morder algo que estava com ele, parecia mais atrativo que a jovem à sua frente. Um forte ruído escapou e então reparou na vermelhidão destacada entre o chão arenoso e o preto das escamas.

Estava a um segundo de abocanhá-la, bastava apenas um passo para a enorme fera fazer, mas ele devorava seu ovo vermelho.

Deu um passo lentamente para trás, se obrigando a tirar coragem para dar outro e mais outro, sem tirar a visão da besta. Cobria sua boca em horror, tremia como em um inverno. Já distante, sem ao menos olhar para trás, correu. Correu sem conferir, pois tinha medo de que Cannibal mudasse de ideia.




       As criadas ao seu redor arrumavam seus cabelos com grampos, tentando sustentar o rabo de cavalo, mas Lady Rhemma tinha os olhos fixos na mesa. Estava uma grande bagunça de grampos e papéis amassados; tentava escrever uma carta, mas nada saía.

Estava impaciente com as tentativas falhas, atropelava as palavras apenas em pensar no que diria à sua tia. Não era de costume enviar cartas quando não necessário, mas todas as poucas vezes necessárias nunca sabia o que dizer, não era tão boa com palavras.

Talvez o jantar a ajudasse.

Levantou-se, alisando o vestido lilás e se preparando para jantar com os demais moradores de Pedra do Dragão. Outra lembrança a atingiu: uma carta à rainha. Tinha que enviar algo antes que a rainha mandasse alguém buscá-la, mesmo contra sua vontade.

━━ Boa noite. ━━ disse, sentando-se entre Luke e Jace. À frente estavam as filhas do príncipe Daemon, e não demorou para que marido e mulher se sentassem.

Todos se serviam e passavam pratos ao mesmo tempo que contavam um pouco do que passava em suas mentes.

━━ E como está Mistfyre? ━━ perguntou uma jovem, fazendo Rhemma arregalar os olhos ao lembrar do que tinha visto de manhã. ━━ O encontrou?

━━ Ainda não... ━━ disse tristemente, mesmo que escondesse o fato de ter visto o que não devia. ━━ Estou começando a ficar preocupada.

━━ Ele vai retornar. ━━ Rhaena a confortou rapidamente com um sorriso acolhedor.

━━ Não consigo dormir ou passar meu tempo sem ter notícias dele. ━━ enquanto falava, seu coração se partia. Encarava o prato ainda com comida e o copo à frente ainda cheio. ━━ Nunca ficou tanto tempo fora.

━━ Dominar um dragão não é fácil. ━━ Jace iniciou, levando um pedaço de cordeiro à boca. ━━ Mas você é a montadora e ele sempre volta.

Ficou em silêncio, retornando à comida, mas parecia intragável. Soltou os talheres na mesa e bebeu do cálice, mexendo no brinco que pesava em sua orelha. Tinha perdido a fome, só conseguia pensar se Mistfyre tinha comido, se tinha descansado ou se estava vivo.

━━ Príncipe Daemon, ━━ chamou, sentindo a garganta seca. ━━ Poderia continuar procurando por ele?

━━ Claro, mas é como Jace disse, ele voltará logo. ━━ Daemon assegurou, largando o cálice de vinho. ━━ Você está aqui, para onde mais ele iria?

━━ Nunca me aconteceu com Bailalua. ━━ disse Baela pela primeira vez com gentileza para a prima distante. ━━ Mas posso imaginar seu desespero.

━━ Agora não perturbe seu coração, ━━ Rhaenyra disse, apontando com os olhos o prato intocado à frente de Rhemma. ━━ Está tudo bem com ele, então apenas retorne a comer.

Em silêncio, levou o garfo aos lábios, mastigando a carne enquanto observava a mesa. Não tinha vontade de comer, mas se forçava. Enquanto se forçava, analisava Rhaena, Baela, Jace, Luke, Daemon e Rhaenyra.

Pareciam felizes. Luke e Jace olhavam para sua mãe com devoção, assim como as duas jovens filhas de Daemon. Desejava ser olhada assim; observou Daemon e Rhaenyra, seria amada assim?

Não, menina boba, Aegon não faria. Alguém faria? Desejava que sim.

━━ Vamos então fazer um brinde, ━━ Daemon iniciou, levantando sua taça com os olhos fixos na filha. ━━ Baela irá para Driftmark, ficar sob a tutela da avó.

Rhemma levantou a taça, acompanhando todos, mas em sua mente o pecado da fofoca corria solto. Rhaenys não tinha odiado a notícia do casamento entre Rhaenyra e Daemon após nem meio ano de luto? Talvez uma clara tentativa de colocar panos quentes na ferida aberta.

O que o amor por uma filha falecida não faz.

━━ Espero que seja uma ótima temporada, Lady Baela. ━━ desejou, tentando parecer o mais madura possível. Gostava de se divertir com os ciúmes da Targaryen, mas no momento a via como uma criança e a si mesma como mulher.

E entendia que ela poderia estar nervosa de sair do conforto da família e ir para um lugar novo. Já tinha experimentado isso antes e, nesse momento, estava perto de experimentar de novo assim que a rainha fosse notificada.

━━ Obrigada, Rhemma. ━━ agradeceu. No fim das contas, não se odiavam.



Nada vinha à mente, apenas palavras soltas, mas nunca um dia específico ou algo suficientemente detalhado para não parecer tagarela, nem tão escasso a ponto de parecer chata e entediante. A cabeça doía por causa de uma só carta, ainda tinha a da rainha para escrever.

A mulher ainda era sua parente mais próxima por laço sanguíneo e família. Ao menos oficialmente, mesmo que nunca tivessem sentido alguma proximidade.

Anotou em sua carta coisas básicas e retóricas como todas as anteriores. Falou sobre o tempo e da última vez que adoeceu, nada grave, mas servia como conteúdo, ao menos para não deixar a maior parte vazia além dos cumprimentos.

A carta para Alicent foi, sem dúvidas, a mais longa e mais trabalhosa. Contou detalhes minuciosos na esperança de que a rainha demorasse para lê-la por completo. Descreveu até mesmo as paredes de Pedra do Dragão e a forma como chovia fortemente com cada tempestade, de forma simples para que não parecesse tão animada.

No fim do parágrafo, informou em tom formal que já havia se tornado moça. Dobrou a carta e a selou, assim como seu destino sempre esteve.


AVISO: esse capítulo é mais curto mas terá um próximo dela em pedra dragão. Peço que vocês COMENTEM E VOTEM!!!!

Como tinha dito, um por dia mas não sabemos bem o que faremos por conflitos que estão vindo mas agendas.

Beijos, e espero que tenham tido uma ótima leitura <3

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