𔘓 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙
𖦹 T᥆꧑ Kᥲᥙᥣιtz — T᥆kι᥆ H᥆tᥱᥣ.
𖦹 𝟮𝟬𝟬𝟲.
𖦹 Orιgιᥒᥲᥣ.
𖦹 Nᥲ̃᥆ hᥲ́ gᥲtιᥣh᥆᥉.
𖦹 "𝗘𝘂 𝗺𝗲 𝗼𝗱𝗲𝗶𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝗮𝗺𝗮𝗿 𝘃𝗼𝗰𝗲̂."
🎸💟🤘🏼
𝐔𝐓𝐑𝐈𝐑 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐆𝐔𝐄́𝐌 pode ser um pouco mais difícil do que aparenta; já que temos que considerar o fato de nem sempre darmos o braço a torcer para o sentimento. Muitos preferem ficar na negação eterna ou recorrer ao bullying como uma forma de tentar mascarar tudo aquilo.
Sua situação não estava muito diferente no momento, levando em consideração de que estava se sentindo num romance no estilo enemies to lovers, que estava fazendo um sucesso no mundo literário com a chegada dos anos 2000. Sempre lutava contra o que sentia da forma que podia, fosse subjugando seu amado, fazendo um "bullying aceitável" ou repetindo frases negativas em relação à isso. Entretanto, estava ficando cada vez mais difícil tratá-lo como um lixo, quando na verdade só tinha vontade de abraçá-lo.
Seu amado era um guitarrista peculiar e tímido: Tom Kaulitz, que tinha um irmão gêmeo, Bill.
Aquele alemão desgraçado parecia ter alugado um apartamento em seu cérebro desde que se conheceram, no primeiro ano do ensino médio, e agora caminhavam para o final do terceiro ano. Sempre o destratava, até mesmo quando o garoto flertava com você, parecia que nunca dava o braço a torcer para Tom.
Entretanto, uma chama pareceu arder em seu coração depois de um ocorrido completamente inesperado. Um jornalista havia revelado uma piada que Kaulitz fez, dizendo que havia ficado com vinte e cinco meninas. A escola toda ficou tratando o guitarrista de forma desgostosa e totalmente rude, o que entristeceu seu coração. Portanto, recentemente havia estabelecido uma trégua em relação as ações anteriores.
O que talvez não tenha sido uma boa ideia, já que quase se beijaram na feira de ciências. Por sorte foram interrompidos por alguns colegas de classe que os chamaram para experimentar uns bolinhos que outra menina havia feito no momento em que seus lábios quase tocaram. Uma coisa que não sabia é que o menino passaria o resto do dia pensando sobre aquilo; assim como você.
O feriado logo após a feira chegou, e amanhã seria sexta-feira — dia em que recorreria à uma escolha que mudaria sua vida —, decidiu ir até a casa de sua melhor amiga; que diga-se de passagem era três anos mais velha que você. Chegando na mansão gigantesca e obscura no centro da amada cidade dos anjos, deu boa tarde ao porteiro e pediu para que pudesse entrar.
Quando chegou na porta da residência, ao tocar a campainha foi recebida por Elvira, a rainha das trevas.
— Minha borboletinha! Quanto tempo! — ela te abraçou, fazendo com que aquele perfume marcante invadisse suas narinas.
— Oi, tia! — retribuiu o abraço da mais velha. — Cadê o tio Ozzy?
— Está no estúdio, vai produzir material novo. E eu acredito que você tenha vindo para ver a Hades, né? — ela questiona. — Ela está lá encima com o Eddie, pode subir!
Você subiu as grandes escadas aveludadas e foi em direção ao quarto da Osbourne mais jovem, conseguia escutar música vindo de lá. E ao abrir a porta viu a morena e Munson tocando suas guitarras com maestria, performando um solo conjunto sem igual.
— Bravo, bravo! — bateu palmas, parada na porta quando seus amigos tocaram as últimas notas.
O quarto da morena era enorme e extremamente bem decorado, com diversos pôsteres de bandas, guitarras, discos de vinil e cortinas pretas de seda.
— S/N, que surpresa ver você aqui! — Eddie deixou a guitarra preta e vermelha de lado, indo te abraçar de forma apertada e que te tirava do chão.
— Eu realmente não esperava te ver na minha casa hoje, gata! — Hades deixou a guitarra ESP branca com detalhes de tabuleiro ouija de lado e foi te abraçar, juntamente à um beijo na bochecha.
— Eu meio que... preciso da ajuda de vocês...
— Porra, mas parece cego de rodoviária, hein. Só sabe pedir — Hades deu um gole da garrafa de cerveja Heineken que estava sobre a mesa de centro.
— Hades! — Munson a repreendeu.
— Desculpa, é o meu jeitinho — ela riu, assim como você.
— Mas é sério, preciso da ajuda de vocês.
— Beleza, só mandar o papo, gatinha! — Eddie se sentou numa cadeira próxima a cama.
— Amanhã, no show... tem como vocês tocarem uma música diferente do que a banda normalmente toca? — você questiona, meio receosa, enquanto brinca com os próprios dedos tentando descontrair o nervosismo.
— Hm... para que exatamente? — a Osbourne ergue uma sobrancelha enquanto fala.
— Eu... quero... abrir o jogo com o Tom... — disse relutante.
Nesse exato momento, os olhos castanhos do Munson e da Osbourne se arregalaram vagarosamente enquanto eles viraram seus rostos para encarar, e em seguida abriram sorrisos gigantescos enquanto pareciam se preparar para gritar de emoção, mas os conteve.
— Sem gritar, tá!? — riu. — Foi isso mesmo que vocês ouviram.
— Não acredito, meu pai! Depois de anos! — Hades bateu palminhas.
— Ensino médio acabando e ficha caindo, né? Isso aí! — o guitarrista sorriu.
— Mas pode deixar, a gente te ajuda, sim. Só falar qual música você quer que a gente repassa para o pessoal da banda!
Você sorriu ao saber que tinha melhores amigos tão compreensivos e que poderia contar com eles para tudo — até mesmo as coisas mais delicadas. Pensou bem e escolheu a música que eles tocariam amanhã, no show da Corroded Coffin. A banda em questão foi formada no primeiro ano do ensino médio, por Eddie Munson, sendo assim o líder.
A escola tinha aula extracurricular obrigatória, tinham que escolher entre teatro e música. Escolheram música e acabaram criando a banda, assim como Bill — irmão gêmeo idêntico de Tom —, que fundou Tokio Hotel.
Havia conhecido Eddie e Hades quando entrou na escola, e eles já estavam no terceiro ano. Fizeram amizade consideravelmente rápido, e também acabaram conhecendo Tom — estando completamente cientes do que acontecia entre vocês dois.
Num piscar de olhos, o dia passou e já era noite de sexta-feira.
Todos estavam indo à enorme casa de shows no centro da cidade, que ocorreriam as apresentações da banda My Chemical Romance, e em seguida a banda de seus amigos. Mesmo as bandas tendo sons completamente diferentes, a maioria das pessoas que iriam ao evento eram fãs das duas. Às 18:00h teria o show da primeira banda e às 20:30h teria a segunda.
Se arrumou da forma mais melindrosa possível, colocando um vestido preto e curto que ficava colado em seu corpo, jogando uma jaqueta jeans por cima, meias arrastão e all star vermelho um pouco surrado eram essenciais. Pegou um cordão com um pingente de cristal e uma chocker fina preta que ficava muito linda ao redor de seu pescoço. Ajeitou o cabelo da forma que pôde, passou seu melhor perfume e se maquiou.
Estava pronta para encarar seu destino.
Mostrou seu cartão na entrada, que indicava que era amiga dos integrantes de uma das bandas e ficaria mais próxima à grade, tendo uma visão melhor do palco. A casa de shows estava lotada, parecia que aquele mar de pessoas não tinha fim. Um frio atingia sua barriga à medida que olhava e não conseguia ver aquele rosto familiar.
— Demoramos, mas chegamos! — Bill apareceu ao seu lado, lhe dando um abraço.
Reparou que os outros meninos estavam ali também, incluindo Tom. Mas não estavam se falando tanto depois do "mal entendido" na feira de ciências.
— Você tá linda, S/N! — Georg disse, com um sorriso singelo.
— Obrigada! — agradeceu cordialmente.
Tom nem mesmo tinha te cumprimentado, nem mesmo te olhava. Sentia que aquilo era como um castigo, pois estava sentindo na pele tudo que ele havia sentido durante o ensino médio todo. Deve ser horrível ser desprezado por alguém que você verdadeiramente tem afeição.
De qualquer forma, tentou não pensar muito nisso e aproveitar o show que estava acontecendo. My Chemical Romance era uma banda ótima, e estava feliz por poder desfrutar da música ao vivo. Eles começaram tocando as músicas do álbum mais recente: The Black Parade.
A galera pulava, cantava e balançava seus braços para cima. Até que começaram a cantar as músicas do álbum anterior: Three Cheers for Sweet Revenge. Encerrando o show com a música "Helena".
Viu que atrás das cortinas, Hades e Eddie estavam se abraçando e cantando o refrão em plenos pulmões. Desejou estar assim com Tom, todavia, entendia que seu comportamento com o rapaz foi deveras oposto à qualquer sentimento carinhoso durante esses anos.
Depois dos meninos se despedirem, em poucos minutos o palco já estava pronto para receber a banda de seus melhores amigos. A galera vibrava e gritava pelos jovens que apareceram e tocaram seus instrumentos com maestria. Como dito anteriormente, a banda tocava um som bem diferente, algo como thrash e death metal, às vezes heavy metal clássico.
Você se divertia e aproveitava a música, um turbilhão de emoções passavam por sua música ouvindo as guitarras de Munson e Osbourne na música "Alison Hell" pois já tinha visto a setlist, e sabia que a apresentação estava prestes a se encerrar.
— Galera, nós queremos agradecer por todo esse amor que vocês têm dado para nós! Mas, agora eu vou pedir me despedir de vocês porque a banda ainda vai tocar mais uma música... só que com a Hades no meu lugar. Sei que pode não ser tão bom quanto eu, mas minha amiga é boa — ele brincou, fazendo todos rirem, inclusive Hades que lhe mostrou o dedo do meio. — É isso, vocês são foda!
O vocalista da Corroded Coffin se retirou do palco, recebendo gritos de alegria e muitas palmas.
— Bom, gente... oi, eu sou a Hades, e eu sou guitarrista da Corroded Coffin junto com o Eddie! — ela ajeitou sua guitarra. — Sei que a gente toca um som mais agressivo, mas agora vamos tocar um clássico do rock que eu tenho quase certeza que as pessoas gostam...
Você respirava fundo, imaginando o que teria que fazer a seguir. Olhou para o lado e viu Kaulitz fitando a guitarrista atentamente, aguardando o que viria a seguir.
— Gostar de alguém não é fácil... e a nossa querida S/N vai explicar isso para a gente! Ela tá bem ali na platéia! — no momento em que a Osbourne disse isso, as luzes se focaram em você.
Parecia que todos os olhos do mundo estavam sobre você agora, era complicado mas necessário.
— Se declara para ele logo, S/N! — Eddie se aproximou de um dos microfones no palco e disse.
Você sentiu seu rosto queimar, como se suas bochechas esquentassem e passassem para o nível de combustão. Tom te olhava incrédulo, tentando se convencer de que aquilo era verdade — ele parecia sonhar com aquele momento desde o dia em que te conheceu, mas já estava parando de acreditar que algum dia iria se tornar realidade.
— Tom... é estranho até para mim falar isso, mas... eu estou perdidamente apaixonada por você. E para falar a verdade, eu sempre estive...
— Por que você só me tratava como se eu não fosse importante para você então? — seu coração estava doendo em ouvi-lo falar aquelas coisas.
— Porque eu não conseguia aceitar, eu não queria aceitar. Nós somos diferentes e meu cérebro não queria compreender que eu e você podemos dar certo.
— Eu sonho com esse dia há anos, mas eu não esperava que fosse ser no meio da platéia... — o alemão suspirou, e deu um passo à frente, pegando sua mão. — Eu também estou perdidamente apaixonado por você!
Viu as bochechas dele ficarem rosadas, nunca o havia visto assim antes. Era adorável.
— Mas e aí, vão se beijar ou não? — Eddie questionou.
— Beija, beija, beija! — ouvia a plateia batendo palmas e gritando em puro êxtase por estarem presenciando uma cena de amor tão puro e fofo.
Sem hesitar, Kaulitz esticou os braços, como se estivesse te chamando para um abraço e você foi para o mesmo imediatamente, o enlaçando com seus braços e o puxando para um beijo. Os lábios macios de Tom estavam finalmente sobre os seus, sentindo o calor e o gosto de seu gloss labial de morango enquanto você sentia o piercing que ele tinha na lateral do lábio inferior, seu snake bite.
Desfrutava daquele momento como se o universo estivesse reservado cada segundo daquele beijo somente para vocês, e ele continuava te abraçando fortemente, sentindo até mesmo as batidas de seu coração. O público vibrava e aplaudia aquele ato de amor tão puro.
— Eita, é a minha deixa! Vamos nessa, Eddie! — Hades deu um tapinha no ombro do melhor amigo guitarrista, fazendo ele soltar as primeiras notas na guitarra.
A música em questão era "I Hate Myself for Loving You" da Joan Jett.
Todos batiam palmas e cantavam juntos, Hades cantava e Eddie se juntava à ela nos backing vocals em algumas partes específicas da música. Durante os dois primeiros refrões da música, nem mesmo prestaram muita atenção pois se beijavam intensamente — algo totalmente compreensível. Mas puderam ouvir todos cantando juntos.
Quando perto do terceiro refrão, pararam de se beijar pois necessitavam de ar.
— I think of you every night and day... You took my heart then you took my pride away... — Hades cantava encima do palco enquanto tocava sua guitarra animadamente.
A música já se aproximava do final, você e Tom estavam se abraçando e se olhando carinhosamente enquanto seus braços estavam ao redor do pescoço dele, e os braços dele estavam ao redor da sua cintura.
I hate myself for loving you
Can't break free from the the things that you do
I wanna walk but I run back to you that's why
I hate myself for loving you
Todos cantavam juntos, inclusive você e ele, que se olhavam, como se dedicassem cada mínima palavra dessa letra um ao outro. Enquanto Eddie improvisava um pequeno solo no final, você puxou Tom pela nuca para mais um beijo apaixonado — entre tantos que teriam naquela noite, e em qualquer outro dia, pois permaneceriam juntos!
— É isso aí, galera! E mais uma vez o dia foi salvo graças a Hades Osbourne! — a morena disse, sorridente.
— E Eddie Munson! — o guitarrista veio eufórico para seu lado, e disse juntamente ao microfone.
— Obrigada por ler meu livro de imagines, viu?
— Tchauzinho e até a próxima, pessoinha que está lendo! — Eddie ri abraçando a morena e assopra um beijinho.
[...]
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Recebi vários pedidos de imagine do Tom, então aqui está 🥹💕
E uma fotinha minha também porque faz um tempo que vocês não me veem e vai que esqueceram da minha aparência, né.
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