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𔘓 𝐁𝐀̊𝐑𝐃 𝐅𝐀𝐔𝐒𝐓

'✦ 𓂃⊹ 𝘍𝘢𝘶𝘴𝘵 — 𝘌𝘮𝘱𝘦𝘳𝘰𝘳.
'✦ 𓂃⊹ 1991.
'✦ 𓂃⊹ 𝙉𝙎𝙁𝙒.
'✦ 𓂃⊹ 𝖯𝖾𝖽𝗂𝖽𝗈 𝖽𝖺 zylydoguns
'✦ 𓂃⊹ 𝘎𝘢𝘵𝘪𝘭𝘩𝘰𝘴: 𝘴𝘦𝘹𝘰 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘪́𝘤𝘪𝘵𝘰, 𝘱𝘢𝘭𝘢𝘷𝘳𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘣𝘢𝘪𝘹𝘰 𝘤𝘢𝘭𝘢̃𝘰, 𝘮𝘦𝘯𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘢̀ 𝘢𝘶𝘵𝘰𝘮𝘶𝘵𝘪𝘭𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰, 𝘮𝘦𝘯𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘢̀ 𝘢𝘴𝘴𝘦́𝘥𝘪𝘰 𝘴𝘦𝘹𝘶𝘢𝘭, 𝘤𝘩𝘰𝘬𝘪𝘯𝘨 𝘬𝘪𝘯𝘬, 𝘣𝘪𝘵𝘪𝘯𝘨 𝘬𝘪𝘯𝘬, 𝘮𝘢𝘴𝘰𝘲𝘶𝘪𝘴𝘮𝘰.
'✦ 𓂃⊹ 𝙎𝙚 𝙫𝙤𝙘𝙚̂ 𝙣𝙖̃𝙤 𝙘𝙤𝙣𝙘𝙤𝙧𝙙𝙖 𝙤𝙪 𝙨𝙚 𝙨𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙤𝙣𝙛𝙤𝙧𝙩𝙖́𝙫𝙚𝙡 𝙘𝙤𝙢 𝙖𝙡𝙜𝙤 𝙘𝙞𝙩𝙖𝙙𝙤 𝙖𝙦𝙪𝙞, 𝙣𝙖̃𝙤 𝙡𝙚𝙞𝙖.

𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎: Antes do imagine de fato começar, eu, Hades Alucard, gostaria de deixar bem claro que não compactuo com nenhuma ação do Faust da vida real e eu simplesmente o odeio. Mas em Lords Of Chaos tivemos ele sendo interpretado pelo Valter Skarsgård, e sou apaixonada por todos esses irmãos. No filme ele estava um baita gostoso e bem mais bonito que a versão da vida real. 🫶🏼

ᝰ 𝐒𝐄 𝐕𝐎𝐂𝐄̂ 𝐐𝐔𝐈𝐒𝐄𝐑 𝐌𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐃𝐄𝐑, 𝐌𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐃𝐄 𝐀𝐆𝐎𝐑𝐀!

[💀]

𖤐 𝚂/𝙽 𝙿.𝙾.𝚅 𖤐

𝐄𝐑𝐀 𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐔𝐌 𝐃𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐀𝐕𝐄𝐑𝐀 aqui na Noruega, esse país frio, cinzento, depressivo e totalmente sem graça. A paleta de cores das nossas paisagens são bem amenas e extremamente não-expressivas, para falar a verdade eu detesto morar aqui porque quase nunca vemos o sol, faz muito frio e anoitece muito cedo. Para piorar, eu ainda moro no "interior", em Langhus.

Um dia tenho a plena certeza que terei um apartamento no centro de Oslo, isso significa mais oportunidade e mais gente para conhecer. Estou jogada no sofá do apartamento do meu irmão, vendo um filme de terror aleatório na TV enquanto ele está no quarto ajustando algumas coisas em sua guitarra. Ah, nem te falei!

Meu irmão é o famoso Euronymous, fundador do Mayhem. Ele pode parecer um pouco assustador e antisocial, mas acredite se quiser, ele é o melhor irmão mais velho que eu poderia ter, não tem palavras que possam descrever o quanto eu amo e aprecio a nossa relação.

Ele provavelmente me levaria para casa por volta das 17h, eu não poderia dormir aqui hoje porque ele vai para uma das festas que acontecem na loja de discos dele: Helvete. Que aqui no nosso idioma significa "inferno". E ele não me deixaria sozinha até a madrugada, é até meio injusto comigo.

Levantei-me e caminhei até o quarto dele, que até que era bem grande para um quarto de apartamento e tinham algumas coisas espalhadas e algumas caixas, eu sei que só está levemente bagunçado por conta da mudança. Logo mais esse apartamento vai estar um brinco de tão arrumado.

— Øystein... — choraminguei, me jogando pelos cantos do quarto dele.

— Øystein? — ele me questiona, ajustando as cordas de sua guitarra.

Revirei os olhos e bufei. Não estava reclamando.

— Euronymous...

— Agora sim! — ele esbanjou um sorriso. — Diga, maninha?

— Eu posso ir com você na festa do Black Circle? — questionei timidamente.

— S/N, você acabou de completar 18... — ouvi ele reclamar de uma forma não tão rude.

Levantei-me da cama e abracei seus ombros enquanto lhe dava beijinhos na bochecha.

— Vai, por favor! Por favor, por favor, por favor! — eu parecia uma criança irritante, mas não ligava muito para isso.

— Depende. Você acha que papai e mamãe vão deixar? — ele questiona.

— Acho que sim.

— Fez 18 mas continua sendo desatenta, né? — ele bagunçou meus cabelos com a mão esquerda. — Quem vai tomar conta de você?

— Eu vou!

Escutei uma voz feminina vindo do banheiro do quarto dele, uma voz totalmente reconhecível. Olhei para trás e vi Hades, minha cunhada.

Ela estava apoiada no alisar da porta do banheiro enquanto enxugava seu rosto delicadamente com a toalha vermelha. Estava com seus cabelos pretos soltos e uma leve feição de sono. Usava apenas uma calcinha e uma blusa do meu irmão, que ficava um pouco grande nela.

Hades é a guitarrista da banda de thrash e death metal chamada Necrorpse, começou a namorar com meu irmão à um tempo, fazem quase sete meses.

— Amor, veste uma roupa! — ele disse, meio envergonhado.

— Olha, eu tô na frente da minha cunhada e do meu namorado, não tenho nada a esconder não — ela apontou para seus seios e sua intimidade. — Tudo que eu tenho aqui ela tem também.

Rimos rapidamente, assim como meu irmão.

— Então, fica tranquila, docinho. A cunhada fica de olho pra ter certeza que nada de ruim vai te acontecer! — ela riu e me ofereceu uma piscadela.

— Se a minha irmãzinha realmente vai com a gente, então tenho que levar ela em casa para poder falar com nossos pais — ele me deu um beijo na bochecha.

— Exatamente. Vai logo para voltar e eu poder retocar a tinta, a sua raíz já está ficando toda castanha de novo!

Olhei brevemente e realmente me dei conta que o preto estava se esvaindo dos fios de cabelo do mesmo. Me despedi da minha cunhada e meu irmão me levou para casa. Durante o caminho eu pude ficar sentada no banco do passageiro enquanto conversávamos sobre assunto diversos e ouvimos um pouco de música. Eram por volta de 15h, Hades tinha acabado de acordar e ele nem mesmo parecia ter dormido.

Essa vida de artista com shows e festas deve ser muito complicada.

Chegando em casa, consegui a permissão de meus pais para poder sair — não que eu tenha explicado exatamente para onde eu iria e quem estaria lá —, e eles deixaram. Foi muito tranquilo em relação à isso, mas mal posso esperar pelo dia em que vou poder sair sem dar satisfação à ninguém. Vai demorar um pouco para eu morar sozinha, mas eu vou!

Eles me avisaram que a festa no Black Circle iria ocorrer por volta de 21h, mas antes disso iriam todos se reunir perto do depósito de bebidas para poderem se encontrar e irem direto para a Helvete. Eu estava ansiosa, essa seria a primeira vez em que eu iria voltar bem tarde para casa, por volta das duas da manhã mais ou menos.

Fiz o meu melhor para ficar bem arrumada para a festa. Eu não tinha muitas roupas e acessórios ainda, mas tinha coisas que meu irmão havia me dado, então as usei.

Optei por uma camisa do Krisiun — a banda tinha começado a pouco tempo mas eu gostei do som —, jaqueta jeans escura, saia vermelha num tom mais fechado e soltinha porém curta, um cinto simples de couro e meu all star preto, está um pouco surrado mas ele aguenta e eu gosto dele. Para os acessórios eu usei os poucos anéis que tinha e uma gargantilha que era como uma fivela.

Fui para sala, me despedi dos meus pais e olhei no relógio. Já eram quase 20h e só de pensar nisso, ouvi a buzina do carro de meu irmão. Então fui para fora apressadamente com sorriso no rosto, me sentando no banco traseiro do passageiro, pois Hades estava na frente.

Meu irmão usava usando uma blusa preta, jaqueta de couro, calça preta, cinto de bala e algumas pulseiras punk no braço. Minha cunhada usava um cropped preto e as alças formavam um pentagrama, uma saia preta solta e bem curta que deixava suas coxas bem aparentes, ela também usava coturnos pretos envernizados — que combinavam com meu irmão —, uma jaqueta de couro e vários anéis nas mãos.

— Pegou tudo, mana? — ele me questiona, olhando para trás enquanto ponho meu cinto de segurança.

— Peguei.

— Então, vamos! — Hades concluiu animada.

Durante o caminho eu pude ver a cidade na qual morava ganhar um pouco de cor — eram as luzes do centro que causavam esse efeito —, eu realmente não gostava daqui. Oslo deve ser mil vezes melhor.

Chegando no depósito, tinham vários metaleiros reunidos do lado de fora, e tinha mais um carro chegando com a gente. Nós descemos e meu irmão e Hades foram recebidos com louvor, como se fossem deuses. Percebi que vários daqueles caras estavam com suas possíveis namoradas e eles também me receberam muito bem.

Não estava todo mundo junto numa rodinha, estava cada um sentado num canto mas mesmo assim todos interagiam ali naquele estacionamento. Meu olhar foi direto aos cabelos loiros que eu não via a um tempo e imediatamente o abracei.

— Per! — eu gritei alvoroçada, me jogando em seus braços e o apertando.

— S/N! — ele disse contente. — Quanto tempo! Não esperava te ver aqui.

— O Euronymous finalmente parou de ser um chato e me trouxe com ele — eu disse, fingindo uma tosse em seguida.

— Aí, não me mete nisso não! — ele estava abraçando Hades quando gritou brincando.

— Mas quem convenceu ele foi a Hades.

— Tô contigo, hein! — ela fez um sinal de solidariedade enquanto sorria.

— Mas e aí, você tá melhor? — eu questionei. Logo percebi que ele estava usando blusas sem mangas longas, deixando bem visíveis suas cicatrizes pois ele se mutilava.

— Tô vivendo um dia de cada vez, né. Mas tô conseguindo, amiga — ele deu um sorriso. Era bom ver meu sueco favorito sorrindo e vencendo a depressão.

Enquanto eu conversava com Dead, um outro carro chegou, e nele estavam dois caras. Um em especial me chamou atenção, ele tinha um cabelo castanho escuro longo e liso, olhos verdes que eu pude captar de longe, uma boca bem desenhada, pele branca e uma altura notável. Notei também que ele usava uma jaqueta preta, uma camisa da Venom, calça jeans um pouco rasgada e coturnos nos pés.

Ele me olhou e eu parei de o encarar, mas voltei a olhar novamente, fazendo ele dar um sorrisinho idiota ao perceber que eu o estava observando — credo, será que pareço desesperada?

— Dead... quem é esse? — eu questionei ao loiro.

— É o Faust. Não conhecia ele?

— Faust? Baterista do Emperor? Caralho! — eu disse, surpresa, não esperava que ele fosse um dos amigos do meu irmão.

— É, ele é nosso amigo à uns dois anos. Por quê?

— Por nada.

— Por nada... — Dead me olhou com os olhos semi-cerrados. — Sei... sei...

Eu dei um sorrisinho e fui até o meio do pessoal, arrastando o vocalista comigo. Faust estava conversando com Hellhammer — o baterista do Mayhem —, Hades estava tomando cerveja a conversando com uns meninos que eu não soube dizer quem eram, mas eles eram estilosos. Dead ficava mais quieto, ele sempre foi mais do tipo que curtia ficar no próprio canto.

Meu irmão acabou me pegando pelo braço para me dar um abraço e anunciar a todos o que queria:

— Galera, essa aqui é a minha irmã, a S/N! — estava animado em me apresentar para o pessoal. — Espero que sejam gentis com ela, ou mato cada um de vocês.

Enquanto estávamos todos rindo e nos confraternizando, passou um cara e um grupinho de outros metaleiros na outra calçada. O clima mudou por completo, como se algo muito ruim estivesse prestes a acontecer. Meu irmão me abraçou mais forte e fuzilou o outro cara da calçada somente com o olhar.

Eu me senti no meio do fogo cruzado, não sabia explicar ao certo como eu estava por dentro naquela hora. Quando o grupo passou, meu irmão me soltou e respirou fundo:

— Pra quem chegou agora e não entendeu o que acabou de rolar, aquele é o Varg. Ele é um arrombado de merda e sempre tá tentando fazer alguma atrocidade comigo ou meus amigos. E eu nunca vou deixar ele fazer nada com vocês, ou com a Hades, e muito menos com a minha irmã.

— Não precisamos falar do Varg agora, galera. Já tá todo mundo aqui? Então vamos pra Helvete! — Hades deu um beijo na bochecha de Euronymous.

Fui até o carro de meu irmão novamente e dessa vez pedi para que Dead nos acompanhasse. Ele ficou sentado nos bancos de trás junto comigo enquanto íamos até a loja de discos para a festa. Durante o caminho, todos nós conversamos de forma animada sobre diversos assuntos, meu irmão dirigia sem tirar os olhos da estrada e os outros carros o seguia, mesmo que nós tenhamos conversado sobre várias coisas, ele não tocou no assunto do Varg ou algo do tipo, nada mesmo.

Talvez esse fosse o tipo de conversa que eu precisasse ter com Hades, ou quem sabe Dead.

Chegando na Helvete, meu irmão abriu e chamou todos para entrarem. Tinha uma porta vermelha de um material parecido com ferro que dava acesso à escadas que poderiam ser seguidas para chegarmos no local onde eles se reuniam. Eu sei que era bem simples no início, mas ele foi aumentando e limpando, deixando bem mais confortável para um grupo maior de pessoas.

Haviam agora várias mesas, vários sofás, toca-disco de vinil e toca fitas com caixas de som grandes, paredes cheias de desenhos e símbolos, bancada para preparar bebidas, estantes com livros e discos e ele tinha instalado alguns LEDs. Tinha de várias cores.

A loja estava dando lucro, a carreira dele com o Mayhem estava indo para frente. Eu ficava feliz por seu sucesso.

— Aproveitem, amigos, porque eu realmente estava precisando disso!

Alguém colocou algum disco para tocar na máquina, pude reconhecer em pouco tempo que estava tocando Transilvanian Hunger do Darkthrone. Eu fui tomar uma cerveja com Dead enquanto estávamos sentados num sofá cinza e brindamos.

— Dead, que lance é aquele do Varg? — eu questionei, dando um gole da minha Budweiser.

— Seu irmão nunca te contou?

— Não?

— O Varg era um cara que frequentava a Helvete de vez em quando, mas ele é bem sem noção, sabe? Tá toda hora tentando atingir o Euronymous de alguma forma só porque ele se recusou a deixar ele ser baixista do Mayhem numa época em que o Necrobutcher estava longe.

— Que filho da puta... — eu murmurei.

— Põe filho da puta nisso.

— E o Euronymous não tem medo de que ele faça alguma coisa com a Hades?

— Bom, meio que o Varg já tentou "pegar" ela, se é que você me entende. Mas ela sempre anda com uma navalha bem afiada — ele estava contando aquilo numa calmaria que me assustava. — Então ele saiu com duas facadas e um corte no rosto, por isso ele tem aquela cicatriz.

— Caralho, eu não esperava por essa! — eu disse, totalmente surpresa.

Enquanto estava conversando com o loiro, senti uma mão no meu ombro e ao olhar me deparo com meu irmão. Estava com uma corpse paint fresca no rosto e bem ao seu lado estava Faust, também com a pintura facial.

— Tira foto pra gente, mana? — ele questionou, me entregando uma câmera.

— Claro — eu disse, meio nervosa por sentir os olhos verdes do baterista em mim.

Fomos até um canto onde não tinham muitas pessoas, meu irmão tirou a jaqueta e pegou algumas correntes para incrementar seu visual pesado, e eu finalmente tirei a foto. Ele com certeza colocaria em algum porta-retrato na sala, ou quem sabe no quarto, aqui embaixo ou lá encima na loja.

— Aqui, ó! — eu entreguei à ele a câmera, que sorriu contente e mostrou a foto para Faust.

— Valeu, maninha — ele sorriu. — Aí, Faust, essa é minha irmã. Bom, tô indo ali falar com o pessoal da banda.

Ele deu um tapinha nas costas de Faust e foi lá para conversar com Necrobutcher, Hellhammer e Dead. E eu estava lá, parada e sem reação alguma com aquele gostoso que estava me comendo com os olhos desde um pouco mais cedo, eu realmente não sabia como reagir naquele momento.

Será que eu deveria falar alguma coisa? Mas e se eu soasse chata?

— Oi! — Faust disse, com um sorriso gentil nos lábios enquanto pegava uma garrafa de cerveja que estava na mesinha.

— Oi! — eu disse de volta.

— Eu não sabia que o Euronymous tinha uma irmã — ele comentou. — Você não se parece com ele, ele é feio.

Eu ri, assim como ele riu.

— Não fala assim do meu irmão mais velho! — eu fingi brigar com o mesmo e lhe dar um tapinha fraco no braço.

— Opa, opa! Não está mais aqui quem falou! — ele brincou, fingindo dar dois tapinhas na boca.

— Faz parte do Black Circle a muito tempo?

— Uns dois anos... você deveria vir aqui mais vezes. Tem uma galera legal que vale a pena você conhecer.

— Tipo?

— Tipo os amigos do seu irmão, eu...

— Nah, você não parece legal, tem cara de quem é agressivo e morde! — eu disse, brincando.

— Só vou te morder se você pedir.

Ele falou aquilo um pouco sério, com um sorriso cafajeste nos lábios. Não soube muito bem reagir na hora, meu cérebro queria acreditar que aquilo era somente puro cinismo da parte dele, mas não era. Faust estava sendo totalmente honesto comigo, eu conseguia até mesmo senti.

Senti um formigamento subir por minha coluna até minha nuca, eu estava uma pilha de nervos e podia sentir os pelos de meus braços totalmente arrepiados, só que é claro que eu não iria demonstrar aquilo.

Por sorte, ou muita ironia do destino, Hades veio até mim, colocando sua mão gentilmente em meu ombro e me chamando:

— Oi, cunha! Quer fazer uma corpse paint no rostinho, hm? — ela me questiona, com um sorriso no rosto.

— Acho que sim.

— Ótimo, vamos!

Eu peguei a mão de minha cunhada e fomos até o banheiro que ficava um pouco mais distante da área da festa. Mesmo assim as músicas podiam ser ouvidas de maneira bem clara. No momento em que entrei naquele cômodo cinzento e azulado senti como se um peso enorme tivesse sido tirado de meus ombros.

Resultado da ansiedade misturada com nervoso num pote de insegurança.

— Eu vi que você estava nervosa com ele, por isso te chamei aqui. Mas se quiser a maquiagem, eu faço!

— N-Não! Mas obrigada! — eu agradeci e me sentei na tampa da privada, respirando fundo.

— Olha, você não precisa se sentir nervosa com ele... ele não vai tentar nada contra você, é extremamente carinhoso e fofo! Você vai ver! — ela tentava me animar com suas palavras gentis.

— Cunha, você sabe que eu sempre fico me comparando, não é? Eu sei que o Faust teve uma namorada antes e eu queria tanto saber como ela era para ver se eu tenho alguma chance ou sei lá...

— Você tem total chance com ele, não precisa se preocupar. E, você não se parece com a ex dele.

— Como você sabe?

— Porquê eu sou a ex do Faust.

Meu mundo pareceu parar por breves instantes e eu fui totalmente capaz de ouvir até mesmo as batidas de meu coração e sentir minha respiração pesada. Eu sei que ela tinha namorado alguém antes do meu irmão, isso estava meio na cara, mas eu realmente não esperava que fosse a porra do Bård Faust!

De maneira exacerbada eu estava me exaltando por algo tão pequeno, não sentia que deveria me comparar com Hades, mesmo sabendo que isso era involuntário porque parecia já estar enraizado em mim, eu sempre me comparava com os outros, em tudo.

— E, por quê terminaram? — me arrisquei a questionar.

— Porquê eu e o Faust nos amamos só como amigos, e começamos a namorar numa época em que estávamos carentes e confusos.

— Mas, nunca pensou em voltar com ele?

— S/N, claro que não. Eu amo o Euronymous, ele é o cara mais incrível que eu já conheci!

Ficamos em silêncio por mais algum tempo, eu não conseguia acreditar que a ex do cara que eu quero pegar é a minha cunhada. Eu estava abismada, realmente não estava conseguindo processar o mínimo de informação naquele momento, mas não poderia a culpar por qualquer coisa, afinal de contas é algo do passado.

— Mas enfim, quer que eu faça a maquiagem?

— Não precisa, não precisa. Mas obrigada por falar comigo, cunha.

— De nada, linda.

Voltamos para a festa logo em seguida. Haviam se passado alguns poucos meninos e percebi que tanto meu irmão quanto Faust haviam retirado suas pinturas faciais, provavelmente no banheiro mais próximo. Voltei para conversar com Dead e um pouco com Necrobutcher, meu irmão conversava animadamente com alguns amigos de outras bandas enquanto Hades estava em seu colo e eles trocavam alguns beijinhos vez ou outra.

De repente veio Faust para perto de nós num sofá cinzento que estávamos sentados. Durante várias e várias conversas aleatórias ele pediu para colocar a mão em minha coxa — eu deixei, porque obviamente ele estava me pedindo —, e um calafrio percorreu minha espinha no momento em que senti seus dedos encostarem em minha pele macia.

No geral Faust falava sobre como era legal a vida de ser baterista da Emperor, dar algumas aulas de bateria por fora e vir às festas da Helvete. Ele era entrosado e divertido, bem que minha cunhada tinha dito.

— E você, S/N, toca algum instrumento que nem o Euronymous? — ele me questionou.

— Não sou tão talentosa quanto o meu irmão mas eu toco baixo e piano — eu disse da maneira mais simples que pude, minhas habilidades estão meio ruins ultimamente, mas nada que uma boa prática não resolva.

— Eu notei, por causa das unhas curtas — ele disse, pegando minha mão e passando o polegar pelo dorso, acariciando.

Por quê parecia que a todo momento aquele baterista idiota estava me apreciando? Parecia até que eu era uma obra de arte.

— Não gosto de ter unhas curtas, mas sei que são necessárias pra tocar os instrumentos.

— Suas mãos são fofinhas, combinam com você — instantaneamente ele começou a olhar para minha boca. — Seus lábios também são lindos, me pergunto se são tão macios quanto parecem ser.

Eu fiquei meio sem jeito de responder alguma coisa e torci para que alguém viesse nos interromper, mas dessa vez eu mesma tive que fazer essa proeza.

— Opa, minha cerveja acabou! Pega outra pra mim, por favor?

— Claro, já volto.

Ele percebeu que eu fiz isso para que ele tomasse um pouco de distância de mim ou meu próprio pulmão iria pregar peças em mim e me fazer desenvolver algum problema respiratório. Eu tenho que tomar realmente uma atitude, não dá para ficar sempre dependendo da iniciativa dos outros.

Enquanto pensava sobre o que fazer, percebi que led enorme do cômodo mudou de cor — ficando completamente vermelha. Começou a tocar Seduced By Evil da banda Sextrash. Agora mesmo que eu me sentia dentro de um dos círculos do inferno, já não bastava a música, ainda tenho essa luz vermelha e os caras curtindo o som, ou se pegando com alguma mina gostosa que ali se encontrava.

Olhei para o outro sofá cinzento onde estavam Euronymous e Hades. Ela estava sentada em seu colo lhe dando um beijo ardente enquanto segurava seus cabelos negros, as mãos de meu irmão estavam completamente dentro da saia dela, agarrando sua bunda.

Estando naquelas condições propícias para qualquer coisa, me levantei do sofá e fui até Faust, ele deixou a cerveja numa bancada, e eu finalmente disse:

— Se você quiser me morder, me morde agora!

Um sorriso malicioso tomou conta do rosto do baterista que replicou um:

— Com prazer, princesa.

Imediatamente a mão dele foi até meu pescoço, com seus dedos passando por lá e me puxando para perto para me beijar. Foi sem sombra de dúvidas o beijo mais selvagem da minha vida porque desde o início eu estava sem ar e a adrenalina fluía por minhas veias de uma forma que era totalmente incapaz de explicar. Os lábios dele eram macios e estavam sobre os meus, me levando a um delírio totalmente fascinante.

O beijo dele logo se soltou de meus lábios, me deixando puxar o ar necessário para meus pulmões, mas foram descendo por meu pescoço até poder me morder — não foi tão forte e nem tão fraco —, foi uma mordida na dose ideal de força. Só de sentir os dentes e a língua dele em minha carne eu estava entrando num estado de transe enquanto as mãos dele apertavam minha cintura com destreza.

— Quer transar? — ele questionou no meu ouvido, e eu me arrepiei.

— Quero.

— Vem comigo.

Ele pegou minha mão e fomos até a área dos banheiros. Tinham quatro banheiros todos unissex e bem limpos, meu irmão costumava ter o mínimo de cuidado com as coisas dele, não seria diferente com a Helvete. Eu estava esperando menos dele.

Chegando no banheiro, Faust trancou a porta atrás da gente e voltou a me beijar com todo aquele ardor e desejo, que parecia estar me consumindo também. Ele retirou minha jaqueta, a jogando encima da bancada do banheiro enquanto começava a me empurrar, até que minhas costas estivessem encostando na parede. Ele voltou a morder meu pescoço em pouco tempo, me fazendo abraçar o pescoço dele.

Os beijos foram descendo até minha clavícula, onde ele fez questão de levantar minha blusa para poder se separar com meus seios e começar a distribuir beijinhos pelos mesmos. Num determinado ele mordeu, não forte mas mordeu. E foi uma sensação que eu nunca tinha experimentado na vida, e para falar a verdade estava gostando bastante.

Faust continuou a traçar vários beijos até minha saia, onde ele apenas levantou a mesma e com uma mão, a colocou de lado.

— Só relaxa, princesa.

Nem mesmo tive tempo de responder pois ele já estava ajoelhado no chão com o rosto bem no meio das minhas pernas enquanto sua boca estava em minha buceta. Eu já estava sedenta por ele, e somente pela forma como eu estava molhada ele já deveria ter percebido. Mas puta que pariu! Ele é tão bom nisso que me deixa completamente desnorteada!

A forma como aqueles dedos longos estavam se enrolando e desenrolando em meu interior a medida que ele me chupava estava me levando nas alturas. Eu gemia descontroladamente enquanto sentia a boca dele em minha intimidade fazendo simplesmente maravilhas. Sem perceber, levei minha mão até os cabelos castanhos dele e apertei um pouco.

Eu conseguia até mesmo sentir a forma como ele estava praticamente grunhindo contra a minha buceta. Aqueles gemidos graves e vorazes que mostravam o quanto ele estava apreciando aquilo era uma sensação deliciosa. Eu estava ficando mais sensível a cada segundo que se passava e sentia que meu orgasmo estava se aproximando.

— Eu quero gozar no seu pau... — eu disse, mordendo levemente minha mão livre para não gritar caso alguém passasse perto.

— Você quer o meu pau, princesa? — ele retirou seus dedos melados de dentro de mim e deslizou perigosamente por cima de meu clitóris, me fazendo estremecer. — Você quer cada centímetro do meu pau dentro de você, hm?

— Quero... — eu assumi, com uma certa dificuldade.

Ele se levantou do chão e pegou uma camisinha que estava no bolso traseiro da calça, assim se livrando de seu cinto de bala em seguida. Eu conseguia ver o quão duro ele estava mesmo por baixo daquele tecido grosso e escuro. Quando ele abaixou a calça junto com a cueca eu pude me deparar com o tamanho de sua ereção, e só conseguia imaginar o quão bom deveria ser sentir aquilo tudo dentro de mim enquanto via ele colocando a camisinha.

Faust se ajeitou no meio de minhas pernas, me fazendo passar as mesmas ao redor dos quadris dele enquanto ele colocava minha calcinha de lado mais uma vez e se posicionava para poder me penetrar. Um gemido rouco e baixo, quase como um suspiro deixou os lábios do baterista no momento em que ele fez o que tanto almejava. Eu choraminguei baixinho com a sensação.

Era tão prazeroso que eu sentia que poderia até mesmo chorar.

Ele logo começou a movimentar os quadris num ritmo gostoso e que eu desejei que nunca acabasse. Estava se deliciando em observar meu rosto e meus seios "pulando" a cada movimento um pouco mais bruto de seus quadris. Minhas mãos estavam apoiadas em seus ombros e eu estava praticamente revirando os olhos.

— Você é tão apertada, hmmm — ele gemia enquanto tentava falar, e era extremamente sexy ouvir aquilo vindo dele.

Como eu estava segurando seus ombros, pude o trazer para perto sem dificuldade e comecei a beijá-lo mais uma vez. Nossas línguas se encostavam da maneira mais erótica possível, e o beijo era afoito, causando estalos pelo banheiro. Quando de repente eu sinto ele soltar uma das mãos de minha cintura e levar até meu pescoço, me enforcando.

Mas que caralho, Bård Faust! Pelo visto você sabe como tirar a porra do meu juízo!

O beijo dele naturalmente já conseguia me deixar sem ar, quem dirá com ele me enforcando! Eu estava ficando totalmente entregue as carícias dele e sinto que o toque dele me faria muita falta nas horas seguintes.

— Eu quero que você goze junto comigo, ouviu bem? — ele me questiona entre gemidos e eu afirmo da força que posso, algo como um murmúrio porém ele foi totalmente capaz de compreender.

Faust saiu de dentro de mim e colocou no chão, fazendo com que eu ficasse totalmente de pé, mas me virou. Meu corpo todo se arrepiou quando meu peito quente entrou em contato com a parede cinza e fria do banheiro. As pontas dos dedos da mão direita dele deslizaram por minhas costas até chegar em minha bunda, onde ele deu um aperto forte. Devo assumir que meu corpo se arrepiou por completo depois disso.

Eu empinei um pouco minha bunda do jeito que dava porque na verdade minhas pernas estavam tão moles quanto uma gelatina, suportar meu corpo de pé estava sendo totalmente complicado. Foi então que senti ele abaixar minha calcinha com uma mão, num movimento rápido e um pouco bruto que me deixou desnorteada. Logo ele estava dentro de mim novamente e no banheiro era possível ouvir meus gemidos, os gemidos dele e o som de minha bunda indo de encontro aos quadris dele.

Num ritmo cada vez mais constante, tornando aquele sexo cada vez mais viciante. Minha blusa ainda estava acima dos seios, então meu peito ainda estava em contato com a parede fria, e a saia estava quase que no início de minhas costas, deixando minha bunda toda exposta. Minha calcinha estava na altura de meus joelhos.

— Ah, isso! Isso, não para, não para! Por favor! — eu praticamente supliquei entre gemidos manhosos.

Faust tirou uma de suas mãos de minha cintura e levou até uma de minhas mãos que estavam na parede, entrelaçando na mesma. Enquanto a outra mão escorregou até meu clitóris, me masturbando com o dedo indicador e médio em movimentos circulares frenéticos que estavam fazendo eu praticamente me contorcer. Senti o baterista depositar beijinhos em meu ombro e se aproximar de meu ouvido e dizer entre gemidos:

— Goza comigo, princesa, hm?

Nossos corpos se encontravam na mais perfeita sincronia, como se tivessem sido feitos um para o outro, de tão perfeito que era nosso encaixe. Não demorou muito para aquela onda de prazer me atingir, enquanto eu gemia descontroladamente e minhas pernas fraquejavam — eu tive que fazer o maior esforço do mundo para simplesmente não cair no chão depois do orgasmo. Faust gemeu de uma forma extremamente satisfatória ao atingir seu orgasmo e preencher o látex da camisinha com sua porra quente.

Ficamos parados e ofegantes daquele jeito por um tempinho, enquanto ele abraçava minha cintura e repousava sua cabeça em minhas costas tomando fôlego e eu fazia o mesmo, mas encostada na parede. Ele logo saiu de dentro de mim e jogou a camisinha no lixo.

Agora ele estava me ajudando a me vestir, abaixando minha blusa, levantando minha calcinha e minha saia, ajustando meu cabelo e se certificando de que não havia me machucado.

— Desculpa se eu te machuquei alguma hora, princesa.

— Está tudo bem, não me machucou. Eu gostei pra caralho!

— Eu gostei pra caralho também!

— Acha que podemos fazer isso de novo? — eu questionei, meio receosa mas recebi um belo sorriso dele.

— Quando você quiser!

— Meu irmão só não pode saber! — eu rebati, rindo.

Nesse momento escutamos batidas na porta do banheiro, acompanhada da voz de quem eu já esperava que fosse:

— EU VOU CORTAR SEU PAU FORA POR TRANSAR COM A MINHA IRMÃ, FAUST!

[...]

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Incrível como eu mudo a cada imagine, do no Euronymous eu era namorada do Faust, no do Faust eu sou namorada do Euronymous KKKKKKKKKKK

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