❒ Nikki Sixx — Mötley Crüe.
❒ 1989.
❒ SFW.
❒ Pedido da uchitawis
❒ Gatilho: palavras de baixo calão.

"Estressada, porém é meu amor"

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Sábado a noite em Los Angeles, Outubro de 1989.

Era o tão aclamado Halloween, e a cidade dos anjos se encontrava totalmente decorada e animada para a noite de todos os santos. Aquele era o evento mais aguardado do ano por Hades, que era a sua "colega de quarto".

Você e ela dividiam um apartamento espaçoso que se encontrava no centro, muito bem localizado por sinal. Estavam terminando de se arrumar, estava quase na hora de irem para a super festa que iria ter na casa do Vince.

Hades iria com sua típica fantasia de noiva do Drácula, e o Drácula seria seu namorado, Tommy Lee. Já você, estava fantasiada de Alice e Nikki seria o Chapeleiro Maluco, mas sem os cabelos ruivos.

— Você já terminou? — a morena questionou, vendo você passar gloss sentada no banquinho da penteadeira. — Daqui a pouco o Tommy está chegando, e ele não curte muito ficar buzinando.

— Não curte ficar buzinando!? — você ergueu uma sobrancelha enquanto ajustava a barra de seu vestido azul claro. — Curte até demais, eu diria.

— Olha, se você quiser que o síndico venha reclamar com a gente por perturbação de sossego alheio aí já não é comigo, viu. Tô falando pra ir logo pra gente não receber multa — ela estava com um espelhinho em mãos, terminando de passar o batom vermelho.

— Controla esse teu namorado aí! Ninguém mandou namorar um crianção daquele nível!

Sua língua era afiada. Não media suas palavras antes de dizer e ter noção do real peso delas. Às vezes era ácida demais com suas falas e isso corroía corações alheios.

Mas por sorte, quem te conhecia sabia que você era uma pessoa doce e muito amável. Não foi atoa que conseguiu fisgar o coração do Nikki, que era fortemente conhecido pela reputação de desprezível e ao mesmo tempo indomável.

— Tá bom, Alice no país das vadias, tá bom, vamos logo que ele já está chegando — Hades ficou caçoando de você enquanto pegava a bolsa.

Logo foi capaz de ouvir a buzina vindo lá de baixo. Ao olhar pela janela viu Tommy com a cabeça para fora da janela do carro enquanto buzinava repetidas vezes num ritmo bacana.

— Ô S/N, CADÊ VOCÊ!? EU VIM AQUI SÓ PRA TE VER!

— Ô TOMMY LEE, CADÊ VOCÊ!? QUERO QUE TU VÁ SE FODER! — cantou no mesmo ritmo que ele enquanto mostrava-lhe o dedo do meio sem pudor algum e ele ria lá embaixo.

Hades não conseguia fazer muita coisa além de rir da maneira como você e Tommy se tratavam. Na verdade, na forma como você tratava todo mundo com seu jeito levemente rude e animalesco de ser, só que no fim das contas você era um amorzinho.

Bastava ter paciência e disposição para poder aguentar os primeiros dias te conhecendo nos quais você sempre era um porre com estranhos até parar de se fazer de difícil e aceitar a amizade.

Desceram de elevador até o chegarem no primeiro andar onde o porteiro lhes desejou um feliz dia das bruxas e que vocês se divertissem. Ao entrarem no carro de Tommy, Hades o abraçou e o beijou enquanto você colocava seu cinto de segurança, sentada no banco de trás.

— Que nojo... — você fez uma careta que expressava "nojo". A melhor que você pôde fazer.

— Tá bom, limãozinho, tá bom... quando você ficar se comendo com o Nikki em público eu também vou falar isso — o baterista disse com um sorriso sarcástico nos lábios e você deu língua para ele.

Tommy e você eram como gato e rato, mas apreciavam a amizade um do outro. Na verdade, não se imaginavam de outra forma a não ser essa. Você sempre o chamava de "Bambu" porque ele era alto e fino como um.

E, ele sempre te chamava de "Limãozinho" porque quando você queria — na verdade quase sempre —, você era azeda como um limão, com suas piadas ou comentários desnecessários só que já faziam parte de você. Incontroláveis.

No carro, a caminho da festa você observava as ruas totalmente movimentadas. Várias e várias festas ocorrendo aqui e ali, grupinhos de crianças fantasiadas com bolsinhas na mão para pegar doces, adolescente em carros conversíveis indo a festas, estabelecimentos funcionando até sei-la-que-horas da noite. Estava tudo incrivelmente perfeito.

Não demorou muito para que vocês chegassem na casa de Vince. Tinham várias luzes em tons néon iluminando o local, rock n' roll tocando, meninas seminuas aqui e ali, rockstars de várias bandas — principalmente de glam — como Ratt, Cinderella, Def Leppard, Poison e por aí vai. Tinham abóboras no gramado com caretas bizarras e velas dentro representando o espírito do Halloween, estátuas de múmias, maçãs "envenenadas" nas árvores.

Vince era muito detalhista. E sempre que ele queria, ele fazia tudo sair perfeito até mesmo nos mínimos detalhes, com certeza que ele só chamaria decoradores de primeira pra organizarem a estética dessa festa.

Chegando na parte de dentro da casa, Nikki imediatamente veio te receber. Ele estava uma graça com seu cabelo cheio de laquê — como sempre —, meias listradas e coloridas, coturnos, luvas sem dedos, e um paletó estiloso com algumas correntes. Isso sem contar a maquiagem, mas ele usava maquiagem sempre então não era algo inédito.

— MEU AMOR! — ele foi te abraçar no mesmo instante, te tirando do chão e você o apertou contra si. Ele estava cheiroso, mas também cheirava a cigarro e algumas outras bebidas alcoólicas.

— GRANDÃO! — sempre chamava Nikki assim, pelo fato de que ele era bem mais alto do que você.

— Meu Deus, que nojo... — Tommy revirou os olhos brincando enquanto passava um braço ao redor dos ombros da Hades.

— Cala a boca! — você o advertiu na mesma hora.

— Eu sabia que quando eu falasse você ia ficar puta — ele riu junto com a namorada e Nikki riu junto.

A festa na casa de Vince rendeu boas risadas e momentos memoráveis como por exemplo: Tommy virando uma garrafa de uísque como se fosse água, Vince cantando a música da Barbie, Nikki passando trote para um sex shop e muitas outras coisas incríveis. Agora já eram quase duas horas da manhã e todos já estavam com mais álcool e drogas ilícitas no sangue do que o próprio sangue.

Nada melhor do que jogar uma partida de Uno, certo?

Você era do tipo competitiva. Era um doce de pessoa mas era competitiva e gostava de ficar implicando principalmente com Mick que era competitivo como você e gostava de lhe fazer raiva. Ainda mais até do que o Tommy, falando com mais exatidão.

— Uno! — você gritou confiante, segurando uma carta "6" azul.

O jogo seguiu seu sentido até chegar em Mick, que jogaria para você. E nisso, ele lançou uma "+4".

— Desgraçado! — você gritou, enquanto Hades pegava as quatro cartas que você tinha que comprar. — Nossa, mas eu vou te moer na porrada lá fora!

Tommy jogou uma carta de reverse, agora o sentido do jogo estava inverso, então você jogaria para Mick.

— Uno! — ele anunciou.

— Grita "uno" agora, filho da puta! — você lançou uma "+4" tomada pela raiva e com um pouco de satisfação ao ver a expressão de indignação se formar no rosto dele.

— A gata nem é competitiva, né? — Vince riu. Na verdade, todos estavam rindo, não só por estarem completamente drogados, mas também porque era engraçado ver você daquela forma.

O jogo seguiu, e a partida se encerrou com os três primeiros vencedores: Vince, você e Tommy.

Nikki te pegou no colo, no estilo noiva — sem motivo algum — e te levou para fora para respirar um ar puro. Se é que era capaz de ter ar puro naquela festa com aquele monte de cigarro, maconha e outras drogas.

— Amor, você está bem? — ele riu.

— Por que eu não estaria? — você abraçava o pescoço dele.

— Porque eu vi a forma como você ficou puta quando o Mick jogou uma "+4" pra você.

— É normal, né. Eu já sou uma pessoa estressada normalmente. No Uno eu fico mais ainda!

— Estressada, porém é meu amor.

Sutilmente, ele selou seus lábios. O beijo de Nikki tinha gosto de cigarro, LSD, vodka e mirtilos. Já o seu beijo tinha gosto de morango e cerveja.

Ele sempre soube beijar muito bem, aquilo não era um mistério. Toda vez que o beijava, sentia que o mundo ao redor não existia, estava sempre tão bem nos braços dele ou beijando ele que parecia que não existiam problemas no mundo.

Era tão grata pela vida ter te dado Nikki Sixx pra você chamar de "meu namorado".

— QUE NOJO! — vocês dois ouviram vozes familiares gritando aquilo.

Viraram-se e eram Tommy e Hades. Os dois estavam apoiados um no outro, rindo muito e dividindo uma garrafa de uísque enquanto observavam vocês dois.

— Até bêbados vocês conseguem ser idiotas! — Nikki riu com aquela situação e te colocou no chão.

Assim os quatro voltaram para festa. E você se sentia muito bem naquele lugar, naquele ambiente, com aquelas pessoas e principalmente com seu namorado. Não se sentia tão bem em qualquer lugar que não fosse aquele.

E era grata ao universo por ter feito Nikki te amar tanto, mesmo sabendo que às vezes você pode ser bem chata.

[...]

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Apareci de novo como se eu não tivesse sumido por dois meses. É isso aí, viu. Eu estava com a vida corrida que só e estava sem criatividade alguma para escrever. Mas agora estou de volta, então vou atender aos pedidos.

Eu costumo demorar um pouco para escrever porque quando vocês me dão um plot para o imagine eu não gosto de escrever só aquela cena e acabou, sempre gosto de escrever um "caminho" até chegar na cena que vocês me pedem.

Bom, é isso. Beijinhos e até o próximo imagine! 💖

E uma foto minha mais recente pra vocês me imaginarem melhor porque eu sempre apareço aqui nos imagines pra dar o ar da graça, de lei né. 😎