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ღ 𝐊𝐈𝐑𝐊 𝐇𝐀𝐌𝐌𝐄𝐓𝐓

Kirk Hammett — Metallica.
❒ 100% original.
❒ 1996.
❒ SFW.
❒ Gatilho: morte.
❒ Pedido da Aryaggstark

•••

Quarta-feira, meio da semana. Dia 27 de Setembro de 1996.

Seus dedos delicados dedilhavam um baixo branco e já um pouco gasto. As notas que saíam do instrumento eram sutis, pois você não estava exatamente tentando obter alguma melodia, estava apenas passando seus dedos pelas cordas afim de se conectar com ele.

Sim, ele.

Clifford Lee Burton — Cliff —, seu falecido irmão. Hoje completavam dez anos desde sua morte. Todos os anos, nessa mesma data, você deixava de ficar tão alegre e agora que estava completando uma década desde que ele se foi era impossível continuar com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

Seu irmão havia revolucionado na cena do metal como nenhum outro baixista sequer sonhava em ter feito. Tocou no Metallica de 1982 até 1986 que foi quando faleceu devido a um acidente envolvendo o ônibus da banda.

Guardava o baixo favorito do irmão em suas coisas como se fosse seu bem mais precioso e nem ao menos o tocava, apenas quando queria encontrar uma maneira de "se conectar" com o moreno esguio e alto. Tinha seus outros baixos, e toda vez que o tocava, lembrava dele a ensinando por horas e horas a fio.

Pensava em como ele estaria hoje e como ele estaria feliz em te ver. Você agora era uma mulher de 22 anos, tinha apenas 12 anos quando seu amado irmão se foi e sentia sua falta todos os dias pois ele era seu "chiclete".

— S/N? — ouviu alguém bater na porta do quarto, que já estava aberta.

Ao olhar se deparou com seu cacheado favorito: Kirk Hammett!

Kirk era um dos melhores amigos de Cliff, e ele lhe deu todo o apoio necessário à 10 anos atrás naquele dia infernal. Enxugou suas lágrimas no velório do baixista, lhe contou histórias para dormir durante um ano, lhe deu um baixo novo.

E nunca, nunca mesmo, em hipótese alguma, ele a deixava sozinha no aniversário da morte de Cliff. Todos os anos ele marcava presença em sua casa, mesmo que fosse apenas para ficar lhe fazendo companhia e lhe amparar caso quisesse chorar.

Pôde observar melhor o guitarrista. Ele tinha cabelos curtos, estava no auge de seus 34 anos, tinha um cavanhaque, um piercing em formato de uma esfera prateada sob o lábio inferior e um piercing prateado no lado direito do nariz, uma pedrinha.

Usava uma camisa do Misfits e uma calça jeans escura junto de um coturno. Era estranho ver ele assim mais "rebelde" pois Hammett começou a ser um pouco mais "refinado" agora que estava na casa dos 30.

— Poxa, florzinha... você quer um abraço, não quer? — ele fez uma expressão de melancolia justo a um sutil sorriso frustrado.

Nada disse, apenas fez um sinal positivo com a cabeça. Imediatamente, ele caminhou até você e se sentou ao seu lado na cama, lhe puxando para seus braços.

A vontade de chorar era grande, sempre era. Mas com o tempo estava perdendo um pouco essa sensibilidade, entretanto era impossível não sentir o mínimo de angústia em seu peito ao ter memórias, mesmo que muito distantes, de seu amado irmão.

— Está tudo bem, minha linda, está tudo bem. Kirk está aqui, Kirk está aqui — ele deu um beijo no topo de sua cabeça e intensificou o abraço que estava dando em seus ombros.

— Eu queria ele... — disse tristonha, como uma folha de salgueiro chorosa.

— Eu também queria ele aqui com a gente, você sabe. Todos nós queríamos Cliff com a gente, S/N.

Todos da banda sofreram com a partida do baixista, mas principalmente Kirk e James que eram mais próximos dele. O guitarrista de cabelos cacheados dividia muitas loucuras e similaridades com Burton.

Fosse por suas ideologias e piadas sem graça e sem sentido, até seu amor por Misfits e H.P Lovecraft. Como os bons fãs de terror e ficção científica que eram, sempre iriam ser alucinados pelos livros daquele autor.

— Nunca vou te deixar — ele deu um beijo no dorso de sua mão, como se estivesse fazendo um carinho.

— Eu sei que não — apenas se ajeitou em seu abraço e ficou daquele jeito por alguns minutos.

Diálogo não era algo extremamente necessário, era opcional. O que importava mesmo era a presença e a forma como ele conseguia te acalmar.

Hoje era um dia triste, mais por conta de um acontecimento muito específico que completara uma década. Não era algo bom, mas também não era ruim.

— Cliff nunca vai morrer exatamente — o cacheado disse.

— Como assim?

— O corpo não é algo muito importante, a gente só morre de verdade quando somos esquecidos. E, Cliff? — ele sorriu ladino. — Ele é uma lenda!

— Lendas nunca morrem... — você murmurou, começando a ter um sorriso estampando sua face.

— Isso mesmo, nunca morrem — ele deu um beijo em sua bochecha para poder te alegrar um pouco.

E, sim. Funcionou.

— Se sente melhor? — ele questionou, observando seu rosto.

— Bastante. Obrigada, Kirk — deu um beijo na bochecha do guitarrista.

— Não estou fazendo mais do que minha obrigação. Eu disse que nunca iria te deixar em hipótese alguma, e eu realmente não vou!

— Eu te amo... — sussurrou para ele, sem ao menos perceber.

— Eu também te amo, boba — ele começou a aproximar seus rostos.

E quando menos se deu conta, haviam selado seus lábios. Ele levou a mão esquerda até seus cabelos, os segurando levemente para poder ter um contato melhor.

As línguas conectivas faziam um barulho de estalo pelo quarto e seus lábios macios sob os dele pareciam até mesmo o céu na Terra. Suas mãos estavam nos ombros de Hammett e ele sabia como a deixar desnorteada, pois a cada movimento de seus lábios, seu coração parecia saltar dentro do peito.

Após encerrarem o beijo, se olharam com um sorrisinho idiota nos lábios e logo depois um baita sorriso estampava o rosto de ambos.

— Acho que Cliff me mataria se soubesse que eu beijei a irmã dele — ele fechou os olhos enquanto ria de "nervoso".

— É, acho que ele mataria, sim — você fez o mesmo.

Abruptamente, James apareceu na porta do quarto, se deparando com os dois próximos de maneira um pouco íntima.

— Então, não é querendo atrapalhar o casal nem nada, mas a gente vai para o estúdio ficar fazendo jam¹ e eu queria saber se vocês estão afim de irem também — ele sorriu.

— É, galera, vamos lá! O Cliff não ia gostar que a gente ficasse triste — Lars apareceu na porta logo em seguida, aquele baterista baixinho dinamarquês sabia ser fofo.

— Vamos, S/N. Vamos ser os dois baixistas dessa vez — Jason apareceu na porta com um sorriso no rosto também.

Pois é, Jason Newsted, o atual baixista do Metallica. Havia entrado na banda em 1986 como baixista temporário, mas acabou encantando os fãs e se tornou o baixista fixo. Era fã da banda a muito tempo e também um grande admirador de Cliff.

Você nunca o enxergou como um substituto de seu irmão, e sim, como um sucessor. E ele era puramente digno de tal título.

— Vem, S/N, vamos! — Kirk havia se levantado da cama e agora segurava sua mão para que você também se levantasse.

— Vamos, vamos! — repetiu em seguida, se levantando da cama. Sempre que ia tocar, costumava pegar um de seus baixos, mas dessa vez pegou o baixo já gasto de Cliff.

Talvez, com o tempo, essa falta que sentia de seu irmão fosse passar e restasse apenas a admiração. Você não poderia se permitir chorar um rio por sua partida de novo, e Kirk não iria deixar.

Kirk era mesmo seu grande amor.

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Jam: No inglês, o verbo "jam" é utilizado muito no sentido musical como "improviso". Mas nesse sentido que eu falei no texto é como se eles fossem apenas tocar com seus instrumentos músicas aleatórias e fossem improvisar apenas por diversão.

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Sim, a Hades é uma vagabunda que ficou um tempão se atualizar. Sumi pra dar saudade, viu? 😘😘😘

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