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ღ 𝐀𝐍𝐃𝐑𝐄𝐀𝐒 𝐊𝐈𝐒𝐒𝐄𝐑

☇ Aᥒdrᥱᥲ᥉ Kι᥉᥉ᥱr — Sᥱρᥙᥣtᥙrᥲ.
☇ 1990.
☇ 100% ᥆rιgιᥒᥲᥣ.
☇ 𝗦𝗙𝗪.
☇ 𝗡𝗮̃𝗼 𝗽𝗼𝘀𝘀𝘂𝗶 𝗴𝗮𝘁𝗶𝗹𝗵𝗼𝘀.

𝐀𝐂𝐀𝐋𝐌𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐌𝐄𝐔 𝐆𝐔𝐈𝐓𝐀𝐑𝐑𝐈𝐒𝐓𝐀 𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐎

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𝐄𝐑𝐀 𝐈𝐍𝐈́𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝟏𝟗𝟗𝟎, e a cidade de São Paulo estava começando a despertar, fosse para trabalhar, estudar ou qualquer outra coisa relevante. O relógio marcava quatro e meia da manhã.

Os primeiros raios solares iriam começar a aparecer no céu em poucos instantes, e você estava bem acordada junto de Andreas nas escadas do prédio em que moravam. O pessoal do Sepultura havia acabado de voltar do exterior pois haviam feito sua primeira turnê internacional, pela Europa e os Estados Unidos após o lançamento do terceiro álbum da carreira: Beneath The Remains.

Como a carreira havia dado esse "up" eles decidiram deixar Belo Horizonte e morar em São Paulo. Já haviam se apaixonado pela capital à uns anos atrás quando tinham feito um passeio e foram à uma loja de discos que ficava no centro, junto à uma ida para a galeria do rock. Max, Igor e Paulo estavam em seus apartamentos, dormindo em suas camas confortáveis com o blecaute fechado para vetar qualquer claridade que pudesse atrapalhar seus descansos.

Andreas e você não haviam conseguido dormir aquela noite, e você o encontrou nas escadas do prédio. Gostava de ir lá para pensar na vida durante as crises de insônia ou a falta de sono mais simples que tivesse, só não esperava que fosse encontrar seu amigo paulista lá também.

— S/N, a turnê foi foda demais... a gente conheceu tanta banda legal! — Andreas dizia rindo e olhando para o teto enquanto vocês dois estavam lado a lado nos degraus.

— Eu sei que foi legal, eu 'tava lá, bobo — você riu, dando um tapinha no ombro dele.

— Ih, real, né. Foi mal, tô me sentindo meio desligado ultimamente, juro — ele disse, passando a palma da mão no próprio rosto, deslizando devagar.

— Percebe-se. Mas tem que voltar 'pra realidade — você o repreendeu de maneira amigável. — 'Cês 'tão gostando da vida de rockstar, né?

— Pra caralho! É tão incrível ver um monte de gente te dando atenção, e pedindo autógrafo e querendo saber mais sobre a música que você produz... aqui no Brasil tratam a gente com indiferença... — ele dizia cabisbaixo. — Só que... lá fora... cara... lá fora nós somos quase deuses.

— Deuses nível big four?

Big four era o nome dado ao grupo composto por quatro bandas que eram: Metallica, Megadeth, Anthrax e Slayer. Extremamente conhecidos por serem praticamente deuses do metal.

— Um dia a gente chega lá. Te prometo! — Andreas era calmo, totalmente pacífico e podia passar horas falando e ouvindo sobre algo sem se cansar da forma mais plena que poderia ficar.

— Tá prometido então, hein — você sorriu, olhando para o teto branco do prédio e vendo as luzes que eram ativadas por sensor de presença.

Estava começando a ficar claro, via a luz da manhã começando a dar as caras, invadindo as escadarias do prédio pela janela que havia ali perto.

— S/N... — ele lhe chamou timidamente.

— Diga, meu bem?

— Você acha que eu sou um bom guitarrista? — ele estava brincando com as pontas dos próprios dedos sem olhar para você.

Andreas era ansioso e nervoso. Às vezes custava a acreditar em si mesmo e duvidava muito de seu próprio potencial, mesmo tendo em mente que era completamente capaz de atingir as maiores façanhas.

— É claro que sim! Você sabe que é um bom guitarrista!

— É que, sei lá... os guitarristas lá da gringa. Meu, eles são tão bons e eu olho pra eles e fico aqui pensando... eu nunca vou ser como eles, tá ligado? — seu paulista favorito estava triste e inseguro, você tinha que agir o mais rápido possível para colocar um sorriso naquele rostinho lindo.

— Andreas, não fala isso. Você não precisa ser como eles, você tem que ser do seu jeito. Seu jeitinho guitarrista paulista idiota de ser! Você é talentoso, tem uma boa técnica... qual é, você sabe que é capaz! — colocou a mão no ombro dele, o deixando mais tranquilo.

Como se já não fosse o suficiente o fato de ele estar agora rodeado de caras extremamente competentes e com anos de estrada, aquilo tudo se somava à síndrome de vira-lata que é algo que infelizmente estava enraizado em mais da metade da população brasileira. Isso já era totalmente cultural; achar que tudo que é do exterior é melhor, sendo que somos totalmente capazes de fazer de uma forma alternativa, ou de forma tão boa quanto.

— Não sou nada... tenho muito para aprender ainda — o mais velho ficou corado e deu um sorrisinho de canto sem mostrar os dentes.

— Você vai aprender e vai ser bom. Não bom como eles, mas bom para você, bom do seu próprio jeito! — você disse, pegando a mão dele e depositando uma carícia sútil.

Você se virou de lado, da forma mais confortável que conseguiu e o abraçou, colocando sua cabeça no peito dele. Isso o deixou surpreso por breves instantes antes de conseguir formular alguma pergunta.

— O que 'cê tá fazendo?

— Acalmando meu guitarrista favorito.

— Eu sou seu guitarrista favorito? — ele questionou, surpreso e com as bochechas coradas.

— Você é. E, adivinha? — você sorriu, fazendo carinho no ombro dele. — Sempre vai ser!

— Af, você é muito boba! — ele cobriu o rosto com uma das mãos enquanto ria de vergonha num misto com felicidade e timidez. — Eu te amo, sabia?

— Eu também te amo, meu guitarrista lindo!

As escadas estavam mais claras do que antes porque o dia de fato já havia chegado. Isso significava que era a hora de irem para seus apartamentos, se enfiarem no meio de seus lençóis e fecharem o blecaute para dormirem o sono dos justos por um período de tempo.

— Já está com sono agora? — você zombou. — Eu tinha dito que ia conversar por você até dar sono e eram só uns minutinhos, agora o dia já até amanheceu.

— Eu tô, sua boba, eu tô — ele riu, fazendo você se levantar para que ele levantasse logo em seguida.

Subiram às escadas, indo até o sexto andar do prédio, onde ficavam seus apartamentos. Antes de Andreas entrar no apartamento dele, que era bem ao lado do seu, ele te deu um abraço.

— Boa noite, ou bom dia, tanto faz. Durma bem, viu? — ele dizia, dando beijinhos no topo de sua cabeça. — Obrigado por isso.

— Boa noite ou bom dia, e não precisa me agradecer, bobinho.

Ele realmente não precisava agradecer, afinal de contas os amigos são para essas coisas. Para te ajudar quando você não tiver a quem recorrer. Para segurar sua mão quando você estiver prestes a cair.

Isso é o que fez um amigo de verdade.

[...]

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Estou no aguardo do momento em que vou voltar no tempo e viver a época de ouro do Sepultura.

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