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028. 🐐

ℳ𝑎𝑛𝑢𝑒𝑙𝑎 ℳ𝑎𝑟𝑡𝑖𝑛𝑒𝑧 !

— Você vai passar na casa da Maitê sim, garoto! Você não tem escolha. – falo, enquanto reviro os olhos.

Oh Deus, por que fez os homens tão difíceis?

— Garoto? – me olha e franze o cenho, me olhando com indignação, mas logo volta com a atenção ao transito. — Garoto?

— Amor, você vai passar na casa da Maitê. Eu preciso pegar algumas coisas e você não tem a possibilidade de escolher se quer ou não passar. – mudo a minha fala, bufando.

— Passar lá pra que? Você tem roupa na minha casa – responde batendo os dedos no volante.

— Você sabe que eu não gosto de sair sem maquiagem, e outra, o jantar vai ser com vários jogadores e também outras pessoas muito importantes, não vai ser só os nossos amigos. – justifico.

— Para de se importar tanto com o que os outros vão achar sobre você, eu já te disse mil e uma vezes que você é a garota mais linda desse mundo – Richard revira os olhos apoiando sua mão sobre a minha coxa.

— Tá bom, amor. Se for chorar manda áudio, tá? – brinco.

— Vai se fuder então, vagabunda. – brinca de volta e damos risada. — Mas eu tô falando sério, tá?

— Mas gatinho, eu não gosto – levo minha mão até sua nuca, acariciando-a. — Passa lá, é rapidinho, prometo.

— Passo, Manuela, passo. – são suas últimas palavras antes de voltar com sua atenção ao trânsito e irmos até o apartamento da Maitê.

Em pouco tempo, chegamos, por eu estar “morando” com a Maitê, o porteiro liberou nossa entrada sem avisá-la antes. Então, subimos até o apartamento, mas quando entramos, não era muito agradável.

— Caralho, Piquerez… – ouvimos vindo do quarto da Maitê quando entramos, além disso também ouvimos o barulho da cama rangendo, e eu juro, que quase soltei uma grande risada.

Eu e o Richard nos olhamos e colocamos a mão na boca para segurar o riso, e eu o pego pela mão e saímos do local, indo até o “meu” quarto, fechando a porta em seguida.

— Acho que a gente veio na hora errada – minha voz sai embargada por eu estar segurando o riso. — Rápido, me ajuda!

— Mas você quer que eu pegue o que, amor? – ele me pergunta, seu tom de voz é baixo, assim como o meu.

— Vai naquela mala e pega umas bolsas menores, é onde eu guardo as minhas maquiagens. – aponto para a mala. — Só isso, o resto eu pego.

— Não é mais fácil pegar as malas?

— Não né, eu voltar pra cá depois!

— Quem disse? Vai morar comigo agora, não vai mais ficar aqui não – me responde como se fosse óbvio e aperta minhas bochechas, me obrigando a fazer biquinho e sela nossos lábios antes de ir até a mala que eu havia apontado.

— Vou? – pergunto confusa. Nem eu estava sabendo que eu não ia mais morar com a Maitê.

— Aham, vai. – assente. — Seguinte, primeiro nós pegamos só as coisas mais importantes, depois a gente volta e pega o resto. E vamos logo, eu não quero ouvir o Piquerez e a Maitê fudendo, não vou conseguir olhar para os dois depois.

— É, eu também não. – concordo e mexo em uma das malas, pegando o que eu precisava e umas coisas mais importantes. — Pronto, já pegou?

— São só essas? – questiona, me mostrando minhas bolsas que guardava minhas maquiagens. Balanço a cabeça em concordância. — Então pronto.

— Beleza, vamos então, em silêncio – aponto para a porta e ele se aproxima, em seguida abro a porta do quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível, e então saímos do quarto, conseguindo ouvir os gemidos da Maitê.

Quando estávamos na sala, quase conseguindo sair em silêncio, a porta do quarto da Maitê abre, chamando nossa atenção e então nós vemos Piquerez e a Maitê saindo do cômodo aos beijos, cambaleando parede por parede do corredor.

Provavelmente nem nos viram, porque continuaram com o que estavam fazendo até o banheiro, fechando a porta.

Então, abrimos a porta de entrada em silêncio e fechamos, conseguindo sair do apartamento sem com que eles nos notasse.

— Nunca mais, vai tomar no cu – Richard diz rindo.

— Não vou conseguir tirar da minha cabeça agora, constrangedor – chamo o elevador.

— Ainda bem que com a gente isso não vai acontecer né, porque eu sou bem prevenido, diferente da sua amiga.

— Ainda bem, imagina, alguém entra na sua casa do nada, acho que eu me enfio em um buraco e não saio nunca mais. – falo, enquanto minhas palavras se misturam com risos. — Ela foi meio burrinha sim de ter deixado a porta aberta, mas de qualquer jeito eu tenho a chave.

— Acho que eles iriam ouvir você abrindo a porta, né!?

— Sei lá, são meio surdos – dou de ombros. — O jantar é que horas mesmo?

— Oito.

— Beleza, são quatro, acho que dá tempo, né?

— Porra, se não der você tem algum tipo de problema.

— Nossa, levei pro coração.

— Brincadeira, amor. Vai dar tempo sim, princesa, relaxa. – me puxa pelo pescoço e sela nossos lábios rapidamente, antes do elevador apitar, indicando que chegou. — Desculpa.

— Hum – reviro os olhos sorrindo.

— Hum?

— Hum, desculpo. – lhe abraço, ficando confortavelmente ali até o elevador abrir e nós sairmos.

(•••)

— Quando eu terminar pode te chamar? – pergunto indo até a sala, onde Richard se encontrava jogando.

Já era pra mim, com esse jogo ele vai fingir que eu nem existo.

— Richard – chamo. — RICHARD!

— O QUE!?

— Quando eu terminar de tomar banho, eu posso te chamar? – pergunto novamente, cruzando os braços.

— Oxi, não, eu vou tomar com você – desliga o controle e levanta. — Vamos.

— Oxi digo eu, não vai tomar banho comigo não, louco – franzo o cenho e pisco lentamente.

— Coitada – dá risada de mim. — Vai, amor, esquentar a água, só vou pegar minhas coisas que eu vou usar.

— Eu não tenho mais poder de escolher alguma coisa não?

— É pra ser sincero? – questiona e eu assinto, desacreditada. — Sinceramente, não. Vai fazer tudo comigo sim, me namora agora, não vai nem sair de perto pra beber água sozinha.

— Ah pronto, mas tá fácil mesmo.

— VAI LÁ ESQUENTAR A ÁGUA MULHER, TÁ PERDENDO TEMPO – ele aumenta o tom na brincadeira do nada, o que me causa um susto e eu dou um pulo.

Reviro meus olhos uma última vez e me viro, indo até o banheiro e ligando o chuveiro.

Retiro minhas roupas e entro debaixo do chuveiro, permitindo finalmente o meu momento de descanso.

O que não dura muito, porque não demora para o Richard abrir a porta do banheiro e se juntar a mim.

(•••)

— Amor, vem aqui – minha voz ecoa pelo banheiro, por estar aqui me arrumando.

— Fala – se encosta na porta.

— É muito sério – viro para ele, grudando meus olhos nos seus. — Você me amaria se eu fosse uma minhoca?

— Ah não, não deve ser possível. – dá uma risada sarcástica e eu cruzo meus braços. — Não, eu não te amaria se você fosse uma minhoca.

— Que? Você não iria me amar? Você não me ama?

— Eu te amo, meu bem, mas eu não te amaria se você fosse uma minhoca.

— Tá bom então. – me viro para o espelho novamente. — Sai daqui.

— Vai ficar bravinha porque eu não iria te amar se você fosse um bicho nojento? – tira sarro da minha cara.

— Eu já entendi, Richard. Me dá licença.

— E se eu não quiser? Quero ficar aqui.

— Problema seu, eu estou me arrumando aqui, e você precisa terminar de se arrumar também. – lhe empurro para fora do banheiro.

— Vai logo aí, gatinha. A gente precisa sair. – ouço sua voz ir ficando mais distante.

Acho engraçado. Não me amaria se eu fosse uma minhoca.

Finalizo a minha maquiagem com o gloss, e então estou pronta. Escovei o meu cabelo, está lisinho e lindo! Estou com uma calça larga, que tem um tecido fininho, branca, e uma blusa de croche verde, e nos meus pés estou usando uma sandália branca.

Para ficar totalmente pronta, vou até o quarto do meu namorado e coloco meu colar prata, que tem um coração e alguns anéis. Burrifo meu perfume e dou uma última olhada no espelho.

— Tá pronta? – Richard pergunta entrando no cômodo, mas quando me vê seus olhos se arregalam.

— Tô pronta sim, me olhou assim por que? – pergunto franzindo o cenho, confusa. — Tô muito feia?

— Feia? Meu amor, eu acho que nunca vi uma pessoa tão bonita como você, você tá linda! – caminha até mim e rodeia suas mãos pela minha cintura, deixando um selinho nos meus lábios. — Linda, gostosa, cheirosa, tudo de bom.

— Ah, amor, obrigada! – sorrio boba. — Você também tá lindo! Gostoso.

— Disso eu sei né, eu sou sempre gostoso e lindo. – diz sarcasticamente e eu ergo uma sobrancelha. — Brincadeira, obrigado, linda. Podemos ir já? Endrick falou que tá quase todo mundo lá.

— Uhum, podemos. – junto minha mão com a dele e apago a luz do quarto, logo saímos do apartamento do Richard e fomos até o nosso destino.

Oiiiee, tão bem??

Então gente, eu fiquei pensando, e acho que não vou fazer mais a maratona, porque pra mim é meio complicado, então eu vou apenas soltar pra vocês os capítulos que tenho prontos e já vou escrever mais! Em agradecimento aos 100k de leituras que bateu esses dias. Muito obrigada 💗

Por mais que não tenha meta, votem e comentem bastante pra mim, por favorzinho 💗💗

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