(Quero deixar claro, antes do capítulo começar, que o jogo e o placar do jogo, foram totalmente alterados e inventados! Não levem na realidade, e espero que não se ofendam!)

ℳ𝑎𝑛𝑢𝑒𝑙𝑎 ℳ𝑎𝑟𝑡𝑖𝑛𝑒𝑧 !

— Manuela, você vai querer ficar por aqui mesmo? – a voz da gaby invade meu quarto pela quarta vez. — A gente precisa ir!

— Eu tô pronta, saco – burrifo meu perfume e ajeito meu cabelo. — Não consigo identificar quem é mais chata entre você e a Maitê, sério. A única que salva é a Isadora, e olhe lá também, são paulina é insuportável.

— Tô ansiosa pra hoje – fala, enquanto um sorriso largo enfeita seu rosto e seu corpo dá pulinhos.

— Parece idiota – brinco enquanto saímos do meu quarto. Maitê se encontra deitada no sofá, toda largada. — Tá ansiosa pra que?

— Nossa, você saiu do quarto, meu bem?

— Olha que eu nem vou no jogo hein – abro a porta. — Tá ansiosa pra que, Gaby?

— Surpresa – é a única coisa que ela me responde. — Eu tô nervosa por você, amiga.

— Não tô entendendo – cruzo os braços.

— Vamos logo, não dá pra sair quando o jogo acabar – Maitê nos puxa pelo pulso e nós vamos até o uber.

Hoje tem jogo do palmeiras pela final da copa do Brasil, e nós estamos indo assistir. Palmeiras vai jogar contra o Flamengo. O jogo de ida, foi 2 a 0 pra eles, e hoje é o jogo de volta, que será no Allianz.

(•••)

Chegamos tem um tempo, estamos esperando o jogo começar, enquanto isso estamos conversando.

Tínhamos a escolha de assistir o jogo pela área vip, onde ficam os familiares dos jogadores, mas enquanto tivermos escolha, nós vamos estar com a torcida.

Eu amo a torcida, e eu posso afirmar que assistir jogo no meio da torcida palmeirense, deixa um 10 a 0 em assistir pela área vip.

— Tô com fome – digo em um tom baixo enquanto olho para cima, para ter visão das meninas já que estavam em pé e eu sentada. — Estou com um sentimento esquisito.

— Vai ter que esperar para comer, amiga. Agora só quando der o intervalo – gaby falou, ignorando a minha segunda fala.

— Você tá sentindo o que? – quem prestou atenção na minha segunda fala, foi a Maitê. — Acho que você já tá sentindo o nervosismo para o que vai acontecer.

Mas o que vai acontecer que elas tanto falam?

— Eu posso saber o que vai acontecer que vocês duas tanto estão falando? – cruzo meus braços, enquanto uma sobrancelha minha se ergue.

— Já falei, é surpresa! Mas acho que você vai gostar. – a loira exclama sorrindo. — E vai ficar com vergonha, com toda certeza!

— Tem alguém envolvido?

— Não vamos falar nada, curiosa! – maitê me dá um leve tapa no meu ombro e eu reviro os olhos.

Não falamos mais nada, apenas direcionamos nossos olhares para o campo, pois o jogo iria começar.

O juiz apita, e então o jogo inicia. Com poucos segundos, o Endrick recebe a bola e manda para o fundo da rede, sem chances do goleiro pegar, e isso leva nós e a torcida a loucura.

— SEEEGURAAAAA O MOLEQUEEEE – maitê BERRA e nós damos risada.

Para a surpresa de um total de zero pessoas, ele comemora o gol beijando a aliança e aponta para a gaby, que lhe faz um coração com as mãos.

— Capaz que você tem mais gols que muitos jogadores, sabia? – digo rindo, em um tom um pouco mais alto pelo barulho da torcida. — Esse moleque é foda!!

— Eu sou sortuda, até demais! – gaby responde, e nós três voltamos a fazer parte do barulho da torcida.

Pouco tempo se passa, aos dezessete ainda do primeiro tempo, o Veiga deixa o seu também. E clássico, chutou bandeirinha! Eu amo essa comemoração dele.

— TRIIII!! LIBERTADORES EU TRII!! – a mancha começa e não demora para preencher o som do estádio.

— BRASILEIRÃO NEM VOU FALAAARR! CHEIRINHO É O CARALHOOOOOOO, OS PORCO É OUTRO PATAMAARR!! – nos juntamos a torcida.

— Caralho, eu amo nossa torcida, não tem coisa melhor – Maitê diz e sua voz é falha. Eu acho que nós três vamos ficar sem voz.

— Como eu senti falta disso! – respondo sorrindo e nós nos juntamos aos pulos da torcida.

O juiz deixa apenas três minutos de acréscimo e em seguida ele apita, indicando o fim do primeiro tempo.

— Agora é só esperar, o quatro a zero vem e eles ficam no cheirinho mais uma vez. – falo rindo e me sento, fazendo um coque no meu cabelo.

— Olha que maravilha, a gente deixando eles no cheirinho, ganhando de virada e sua surpresa! – gaby diz antes de se sentar ao meu lado.

— Top momentos que iram ficar marcados na nossa vida para sempre – maitê brinca e faz o mesmo que nós, logo começamos a conversar enquanto não dava o tempo dos jogadores voltarem para o segundo tempo.

(•••)

Havia acabado de começar o segundo tempo. Com poucos minutos, o Raphael estava com a bola, puxando o ataque, e então ele passa a bola para o Richard, que ao receber, sofre uma falta forte vinda pelo Arrascaeta.

Nós percebemos que a coisa tá feia, quando ele grita de dor e da diversos socos no chão.

— Meu Deus – levo minha mão até a minha boca. Não consigo ver muita coisa, mas é visível que ele tá sofrendo.

— Será que vai ser grave? E se ele não conseguir mais jogar? Tô preocupada! – gaby diz mordendo as unhas enquanto olhar com preocupação para o local onde já tem atendimento.

— Quem tá preocupada sou eu! – quase grito, movendo meu pescoço para tentar ter uma visão melhor. — Anda, Richard! Levanta!

— Acho que não vai dar pra ele – maitê diz e isso me dá uma enorme vontade de voar nela.

— Cala a boca, Maitê! Lógico que dá, ele já tá levantando. – gaby responde por mim. — Você não pode achar coisa ruim! Imagina que é o piquerez ali.

— Credo, vira essa boca pra lá – ela arregala os olhos. — Perdão, é que eu não consigo não pensar no pior.

— Ele tá levantando, calma – digo ao ver que ele está se levantando, porém ele continua com uma expressão de dor.

Ficamos todas com a atenção presa nele, torcendo para que não seja nada grave e que ele continue no jogo. Poxa, ele estava tão bem.

— Eu odeio TODOS os flamenguistas, odeio tudo que envolva flamengo. – minha voz da uma falhada e nós damos risadas.

Richard levanta, da umas mancadas, mas aparentemente ele consegue continuar jogando.

Claramente, foi marcada a falta para o Palmeiras, e quem está na bola é o Richard e o Raphael.

— Já pensou, o Richard que bate a falta e faz o gol – digo sorrindo. — Seria incrível.

Ambas concordam comigo e o juiz apita, então é permitido a cobrança da falta, e quem vai bater é o Richard. Ele dá uma distância e chuta, a bola vai na direção do gol, em um ângulo perfeito e ela entra, marcando o terceiro pro verdão, nos deixando com o resultado de campeões.

Ele vem comemorar, obviamente, e após quase todos os jogadores pularem nele e darem diversos tapas, ele faz um coração e aponta pra mim, me deixando sem reação enquanto minhas amigas e a torcida vai a loucura.

— Foi pra você! Ele dedicou o gol pra você! O gol que nos deixa campeões, foi pra você! – maitê diz, claramente quase explodindo de felicidade.

Ele dedicou. Richard Ríos, dedicou o gol pra mim.

O jogo volta a rolar, e uma coisa me dá uma tremenda vontade de rir pra sempre. É nítido que o flamídia está desesperado! Os jogadores erram passes, bola de graça, chutam a bola para qualquer lugar, fazem de tudo para que o placar não aumente.

Mas o desespero deles não mudam nada, só ajuda, porque em um passe errado do De la cruz, a bola cai nos pés do Zé Rafael, que dá um passe para o Veiga deixar a bola perfeitamente na frente do gol, e quem completa, mandando para dentro, é o Flaco. Flaco faz o quarto do palmeiras.

E agora com toda razão do mundo, a torcida vai realmente a loucura. Nossa torcida canta e vibra, diferente da torcida do flamengo, que se encontra quieta.

— AAI QUE DELICIA, PAU NA BUNDA DELES, CABE MAIS, PRA MIM CABE MAAAISSS – tiro sarro enquanto dou tanta risada, mas tanta, que eu acho que vou ficar sem rir pelos próximos cinco meses.

— Eu também acho, dale porco, dale porco! Cabe mais uns três, eles já estão totalmente perdidinhos – gaby anima e me acompanha na risada, que logo a maitê se junta também.

O tempo vai passando e chega aos quarenta e cinco, o juiz deixa de acréscimo dez minutos. Tudo isso provavelmente pelo atendimento que teve ao Richard. Mas vamos concordar aqui né, o juiz tá querendo que o flamídia faça gol, enquanto não fazer ele não acaba o jogo, típico já.

E tempo de acréscimo vai passando rápido, nem nos ligamos e faltam apenas cinquenta segundos. Para o Palmeiras, enquanto o juiz não apita, é luta, lutar até o fim, então a bola chega aos pés do piquerez, que avança com a bola chamando gente pra área. Enquanto ia, foi interrompido pelo Varela, que nos dá um escanteio de graça.

Todos vão para a área, incluindo o Weverton. Raphael ajeita a bola, deixando um beijinho nela, e respira fundo antes de bater o escanteio. Quando chuta, a bola vai direitinho no meio da área, o Leo Pereira tirou, mas o piquerez se encontrava um pouco afastado após a batida do escanteio, e então ele pega a bola tirada pelo Leo e chuta, deixando, para a alegria palmeirense, o quinto gol do Palmeiras.

O Allianz entra em loucura por completo, é uma vibração tão forte, que chega emocionar. Mas, Maitê deve ser a mais emocionada, porque ele dedicou o gol para ela. Nós três temos gols dedicados em uma final importante.

— EU TE AMOO, MEU AMOORR – ela berra bem alto, não duvido que ele tenha escutado, pois ele sorri e beija a aliança.

O juiz apita, indicando o final do jogo e os reservas, equipe técnica e todos que tem direito correm para o campo, pois já estavam na beira do campo, só esperando para poderem invadir.

É uma felicidade indescritível para todos, campeões em cima do flamídia e de virada ainda, e melhor, GOLEADA!

Richard foi escolhido para ser intrevistado, por ter se destacado bastante na partida. Ele está no telão, todos estamos observando. A mulher o entrevista, e então chega uma pergunta que eu acho que não esperávamos.

"Tenho certeza que muitos torcedores que estão aqui querem saber a resposta dessa pergunta, então vamos lá, como está a vida amorosa? Saíram uns rumores, conta pra gente, o homem tá amando?"

Ele dá risada antes de responder, respirando fundo.

— Ah, acho que todos já sabem sobre a minha relação com a Manu! Ela é uma garota totalmente incrível, a nossa conexão é algo inexplicável. Com toda certeza do mundo é com ela que eu quero casar, ter filhos, ter a nossa casa, a nossa família. Minha certeza absoluta é que ela é a mulher da minha vida, ela significa tudo pra mim, é meu motivo para sorrir! Admiro tudo nela. É ela, sempre foi ela e vai ser ela pra sempre! Tô com dona, e uma puta dona! Eu te amo, Manuzie!! – ele diz e assente com a cabeça antes de sair do local e ir até os meninos, que o recebem com abraços enquanto pulam. E eu estou sem reação, não consigo expressar o que eu estou sentindo.

É um misto de felicidade, emoção, amor, vontade de chorar, tudo de bom!

Todos comemoram e é liberada a entrada dos familiares, então nós vamos até o campo correndo. Nossos olhares se encontram profundamente, e eu deixo um um sorriso sincero estampar o meu rosto, para combinar com o dele, que também sorri. Dou uma corridinha rápida e me jogo no seu corpo, o abraçando com força.

— Caralho, eu te amo! – é o que eu digo enquanto nos abraçamos. É isso que estou sentindo, são minhas palavras sinceras, eu realmente amo.

— Eu te amo bem mais! – Richard me responde enquanto aperta a minha cintura e sinto sua respiração profunda no meu ouvido. — Eu tenho uma surpresa pra você.

Saio do abraço com um enorme sorriso no rosto e fico olhando para os seus olhos.

— Quero que você vire pra lá e feche os olhos, princesa. – ele me pede e eu realizo o pedido, fechando os meus olhos e ficando de costas para o mesmo.

Estou nervosa, muito nervosa e ansiosa. Abro apenas um pouquinho os olhos, para dar uma espiada e vejo que tem muitos jogadores e pessoas da equipe na nossa volta, inclusive consigo ouvir os cochichos da Maitê e da Gaby, provavelmente estão perto, mas do outro lado. E eu ouço também a voz da Isadora, mas devo estar louca, porque ela não veio!

Balançando meu corpo para tentar afastar um pouco o nervosismo, ouço o Raphael falar "pronto", o que deixa meu coração quase pular pra fora.

— Pode virar, Manu! – Raphael me permite abrir os olhos e então me viro sorrindo, dando de cara com o Richard ajoelhado na minha frente com uma caixinha vermelha na mão direita, mas não estava estendida a mim. Meus olhos se arregalam e eu não consigo falar uma palavra sequer, estou definitivamente sem reação alguma. As luzes do estádio estão direcionadas a nós e ainda tem a torcida, que grita por nós.

— Bom, faz um tempinho que você apareceu na minha vida e de surpresa nos aproximamos muito rápido. Desde que nos falamos pela primeira vez, enquanto eu te esperava para subir pro apartamento da Mah, eu já sabia que havia me perdido. Depois daí, começamos a conversar todos os dias, nos víamos todos os dias, viramos duas pessoas que não conseguiam ficar um dia sem se ver. Ao longo desse tempo, fui percebendo que você despertava algo diferente em mim, você não era apenas uma amiga que sei lá, deixava meu dia mais feliz como qualquer pessoa, você é diferente. O que você desperta em mim, é amor. Quando eu estou com você, meus problemas somem, me sinto mais feliz e sinto que tenho a liberdade de ser quem eu realmente sou. Você me permite sentir o que é amar alguém, o que é sentir falta da presença de alguém que foi embora há minutos, sentir falta do meu porto seguro. Com o título conquistado hoje, é um momento que eu com certeza vou levar pra sempre, mas, eu também vou levar pra sempre esse momento que estou falando e admitindo para você que você é a mulher que eu amo e quero compartilhar a vida, os momentos bons e ruins, compartilhar tudo que tenho direito! Quero você ao meu lado, quero você compartilhando a vida comigo, quero ter a minha família com você! Estou fazendo tudo isso na frente de muitas pessoas, porque quero que todos saibam que a garota que eu amo pra caralho, é você, Manuela Martinez, que futuramente será sra. Montoya! – ele dá uma pausa e suspira, em seguida estende a caixinha pra mim, sorrindo.
— Namora comigo, gatinha?

As lágrimas que eu sentia já descem sem controle algum, eu pisco sem parar e minha boca está entreaberta, completamente chocada, eu não esperava.

O estádio comemora como se fosse um oito a zero no Corinthians, bagulho tá louco.

Passo a mão rapidamente no meu rosto e dou uma rápida passada com o olhar em todos que estavam na nossa volta. Meu olhar encontra minhas três melhores amigas, que estão emocionadas, sorrindo demais. Suspiro fundo enquanto olho para o Richard, que está ansioso e nervoso pela minha resposta.

— Claro que namoro, gatinho! – respondo, vendo que a expressão do Richard fica aliviada e então todos comemoram.

Ele se levanta sorrindo e rodeia minha cintura, me abraçando forte.

— Amo você, pra caralho. – ele sussurra no meu ouvido e faz carinho na minha cabeça.

— Eu também amo você, pra caralho! – saio do abraço e coloco minhas mãos nas suas bochechas, puxando o seu rosto para o meu e grudando nossos lábios.

— Você tem a obrigação de gostar da aliança, porque foi o maior rolo pra comprar, principalmente porque o Raphael, joaco e o Endrick foram junto. – Richard diz e abre a caixinha da aliança, me dando visão sobre elas. — Posso?

— Pode! – afirmo e então ele coloca a aliança no meu dedo, seguido de um anel solitário. Após ele terminar, beija minha mão e me entrega a caixinha. Então pego a dele e coloco no seu dedo, beijando também a sua mão. Nos abraçamos novamente e ele apoia o braço no meu pescoço.

Minha aliança contém detalhes delicados, o anel solitário também é maravilhoso e tem uma pedrinha lilás, super delicada também. A minha é mais fina que a dele e ambas são pratas.

— E SAIU A NOTICIA – endrick começa, fazendo todos rirem.

Sem com que a gente espere, nossos amigos TODOS nos abraçam, incluindo também os jogadores.

Finalmente, estamos namorando.

OIII AMOREES, TUDO BEM??

Por favor perdoem os erros! 💘

Espero muito que vocês tenham gostado, tá? Fiquei mó tempão escrevendo!

Same cycle tá pertinho de bater 100k de leitura, então eu vou preparar alguns capítulos pra fazer maratona!!

Meta: 150 votos e 200 comentários!

Respondam aqui o que vocês acharam do capítulo, e beijão, volto logo 💕