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019. 🐐

ℳ𝑎𝑛𝑢𝑒𝑙𝑎 ℳ𝑎𝑟𝑡𝑖𝑛𝑒𝑧 !

Ele faleceu.

Passaram-se duas semanas desde que visitei meu vô no hospital, e ele faleceu há quatro dias.

Sim, vi meu vô pela última vez aquele dia.

Ele não voltou pra tomar o iogurte.

Sinceramente, eu preferia não ter ido no velório.

Aquele tanto de gente, gente que eu nunca nem vi.

Meu vô não merecia isso, ele não merecia.

Ele era alegre, feliz, sorridente, por onde passava espalhava sua alegria. Era brincalhão, adorava contar piadas. Todos adoravam ele, era uma pessoa colorida.

E ele se foi, me deixou e deixou a vovó.

Foi o meu segundo pai, uma figura paterna pra mim, que eu não estava preparada para perder. Cuidou de mim desde os meus treze anos, e aos meus vinte, o vi morrer.

Meu mundo está apagado. Estou completamente em preto e branco, por dentro.

Não vejo mais motivos para eu continuar aqui na Itália, minha vontade é nunca mais pisar aqui. Até porque, quando eu pisar aqui, vou lembrar do meu vô.

Vou lembrar dele naquele hospital, totalmente magro, sem cor, sem ser o meu velhinho colorido.

Mas, tenho certeza que meu vô não iria querer ver eu e minha vó assim, aliás, por palavras dele mesmo, a melhor memória era nós três sorridentes.

A minha melhor memória, com certeza é eu, você e a vovó! Aquele dia que brincamos os três juntos, nos sujamos inteiros de farinha, água e pó colorido. Ver vocês sorrindo é a minha melhor memória, nós três juntos, brincando e jogando cor um no outro, é a minha memória favorita, Manu.

A partir de hoje, quem me chamar de Manu vai ter que aguentar eu chorando.

E sabe o que está sendo o PIOR de tudo?

Minha vó.

Ela não quer sair da Itália, de jeito nenhum.

Já discutimos, me enfiei no quarto, chorei, sai do quarto, falei com ela, discutimos de novo.

Ela não está mais doente, mas vai ficar se ela continuar do jeito que está.

— Nina, desculpa – ouço a porta ser aberta. — Eu não queria ter discutido com você, me desculpa.

— Tudo bem, vó – me viro para poder encarar ela. — Pode me responder uma pergunta? – ela assente.

— Por que a senhora não quer sair da Itália? Por que não quer ir para o Brasil?

— Minha vida é aqui, nina.

— Eu não quero que a senhora fique aqui sozinha! E eu não quero ficar aqui, Itália se tornou o país que eu nunca mais vou querer visitar. – fungo.

— É esse o problema. Você não quer nunca mais vir aqui, e eu não quero nunca mais sair daqui. – pausa a fala enquanto se aproxima. — Foi aqui que tive os melhores momentos com o vô, quero ficar aqui, junto com a alma dele.

Ai.

Era melhor eu nem ter perguntado.

Eu claramente não tenho resposta, fico quieta olhando pra ela, sem resposta, com o rosto molhado e fungando o nariz.

— Você pode voltar para o Brasil, filha. Não se sinta culpada por não querer ficar aqui, eu sei que lá te faz bem. – faz carinho no meu rosto com o polegar. — Eu vou continuar aqui, te amando.

— Mas vó, eu quer-

— Eu quero ficar aqui, na Itália. Você quer ficar lá, no Brasil. – me interrompe. — Qual o motivo de você não querer que eu fique?

— Tenho medo de acontecer com você, o que aconteceu com o vô – me pego chorando. — Eu não quero, não quero perder você.

Perdi todos, perdi toda a minha família.

Só me resta ela.

Perdi meus pais em um acidente, com 13.

Perdi meu vô, segundo pai, com 20.

E minha vó? Não quero pensar.

— Vai pra onde te faz bem, mas vá em paz. Estou bem, estou aqui. Quando precisar, vou estar com você, nina. – me abraça. — É apenas distância, eu posso visitar você.

— Você me promete, que você vai me visitar no Brasil? Me promete mesmo?

— Prometo. – ela sorri. — Vou visitar você, visitar a Maitê, o Rapha. Atrapalhar você e o Richard, na casinha de vocês.

Quero morrer.

— Te prometo que vou ficar bem, e quero que você também fique. – me estende o mindinho. — Promete?

Minha forma favorita de demonstrar que me importo com alguém, é prometer algo de mindinho, de dedinho.

— Te prometo, de dedinho. – juntos nossos mindinhos.

— Eu amo você, Nela. – me deixa um beijo na bochecha. — Eu te amo, o vô te ama, e os pais te amam. Faça o que você tem vontade, estamos todos com você, independente de tudo.

Eu também amo você, vó. Amo muito. – me acomodo em seu abraço.

Só tenho ela na minha vida, se eu perder, eu me perco.

(...)

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É, ainda não aceitei que ele se foi também.

Não tô bem, chorei.

Deixando claro, não sei matar alguém, então pulei essa parte!

Perdão pelo capítulo curto, esse tinha que ser curtinho mesmo, porque no próximo ela vai estar voltando.

Postei antes da meta bater, porque sou boazinha ☝🏽

Meta de 40 votos e 110 comentários. 💕

Volto logo, bjao ❤

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