ℳ𝑎𝑛𝑢𝑒𝑙𝑎 ℳ𝑎𝑟𝑡𝑖𝑛𝑒𝑧 !

3 semanas depois.

— Nossa, como você é insuportável.

— Af, mas amiga, me entende vai!

A Maitê não cala a boca, ta a meia hora falando que o Piquerez não gosta mais dela.

— Maitê, não tem como ele não gostar mais de você, ele te vê todo dia e demonstra que gosta. Surtou assim do nada por que ein?

— Amiga, ele vai me pedir em namoro quando a gente completar 1 ano de ficantes?

— Verdade, tá passando dos limites já. Vou falar com ele, burro também

— Vai ter uma festa na casa do Veiga hoje, te avisaram?

Raphael veiga estava me procurando há um tempo atrás para me dizer que meu vô está em um estado péssimo, com mais chances de morrer do que viver.

— Ah amiga, não me contaram não. -me levanto da cama, caminhando até o banheiro.

— É hoje as 19, vamos? -ela pergunta vindo atrás de mim.

— Você já sabe minha resposta né?

— Manuela, eu te entendo, entendo super de você não querer curtir enquanto seu vô não está bem, até já decorei sua fala. "Não consigo aproveitar a vida enquanto quem cuidou de mim está morrendo." Mas amiga, eu tenho certeza que o vô iria querer você aproveitando a sua vida do que ficando trancada dentro de casa.

Mentira não é.

— É que eu...

— Eu sei. Mas vamos, por favor. Te prometo que seu vô vai ficar bem e vai adorar saber que você está feliz.

— Af, tá. -respondo revirando os olhos e Maitê me abraça fortemente.

— Faz quanto tempo que você não beija?

— Ah, sei lá.

— Vai beijar bocas hoje?

— Sai dessa, vou beijar quem? O Raphael?

— Vai ter vários jogadores lá, gata. Até eu vou beijar.

— Ué, e você e o Pique? -pergunto confusa.

— A gente não namora, só fica. -caminha até a cozinha. — Ser fiel a ficante é foda né?

— Entendi, se ele aceita na boa né, quem sou eu pra falar alguma coisa.

— Ele vai beijar também, relaxa.

— Relaxa estou, não é meu homem, é seu.

— O Richard vai também...

— E eu com isso? Não aguento mais esse caralha ai, sério. -me junto com ela na cozinha e me apoio no balcão.

— Por que não fica com ele? Só você não percebe que ele quer faz tempo.

Mas nem se eu me odiar profundamente.

— Não fico com o Richard nem se eu estar querendo morrer, ele é só meu amigo.

Após minha fala, Maitê ri pelo nariz e sai da cozinha, com uma xícara na mão.

— Gosta de deixar as pessoas falando com as paredes né? Chata.

— Geralmente quando elas estão falando mentiras que nem cachorro acredita, eu deixo mesmo.

— Não entendi tá? -novamente ela ri. — Aí, qual é hein?

— Nada, linda. Você vai demorar para se arrumar? -questiona sentando no sofá.

— Acho que sim, por que?

— Então vai tomar banho, são cinco e trinta e quatro. -diz e eu assinto, indo até meu quarto.

Não sei por que tanta implicância entre eu e o Richard, tem alguma coisa que eu não sei?

(...)

— Vamos logo minha filha, você quer sair de casa quando a festa acabar? -Maitê me apressa pela milésima vez.

— Terminei já, saco

— Ui, tá linda! Se arrumou assim pra quem?

— Me arrumei pra mim mesma. Capaz que eu vou me arrumar pra alguém. -passo meu gloss e burrifo meu perfume por último.

— Você vai levar bolsa? -ela pergunta e eu nego. — Nem eu, vou levar só meu celular no bolso da minha calça.

— Vou fazer o mesmo.

Estou com uma calça preta de couro colada, acompanhada de uma blusa sem alsa que vai até minha barriga de comprimento, na mesma cor que a calça. Nos pés eu estou de vans, clássico meu ja.

Fiz minha maquiagem de sempre e no meu cabelo eu lavei, fiz escova e fiz babyliss, mas depois soltei um pouco os cachos, para deixar apenas leves ondas.

— Podemos ir? -pergunto e Maitê assente.

Saímos de casa e chamamos o elevador.

— A gente vai ir como? -pergunto me escorando no espelho do elevador.

— Piquerez vai vir buscar. -reviro os olhos e a garota ri.

Logo o elevador abre e nós saímos, indo até a portaria.

— Boa noite porteiro -digo com um sorriso.

— Boa noite senhorita, vão curtir a noite?

— Vamos sim! -respondo ainda com um sorriso. — Até amanhã!

— Até!

— Amo que você é educada até com quem você não conhece, amo seu jeito, Manu.

— Ah amiga, assim você me deixa com vergonha -cruzo minhas mãos na minha frente, fazendo pose de criança envergonhada, de brincadeira.

— Boa noite donzelas. -primeira fala do Piquerez ao nos ver.

— Boa noite mula. -digo abrindo a porta de trás.

— Boa noite amore. -Maitê deposita um selinho no garoto. — Tem muito jogador lá?

— Tem e bastante.

— Ué, você já foi lá?

— Já sim, sai de lá pra vim pegar vocês só.

— Hum, entendi. -murmuro e me encosto no banco do carro.

O carro do Piquerez tem cheiro de carro novo sempre, impressionante que o cheiro não vai embora nunca.

Enquanto estávamos no caminho, lembrei do Ravi.

Ele foi preso pelo que fez comigo e não pode chegar perto de mim quando for solto. Não sei por quanto tempo ele vai ficar preso, nem quero saber, não me interessa nada sobre esse canalha.

Não aconteceu nada muito grave comigo, só me deixou diversos roxos no corpo. Não duvido que quem ver na rua acha que eu tive uma noite meio agitada.

Vou tentar aproveitar hoje, por mais que eu não vou conseguir muito pensando no meu vô, mas vou tentar.

Me perdi nos meus pensamentos e logo chegamos na casa do Rapha.

— Podem descer, vou estacionar o carro e já entro. -Piquerez diz e nós duas assentimos, descendo do carro.

— Vou beijar mais boca do que nunca, vou sair acabada daqui. -Maitê diz enquanto entramos no local.

— Eu vou ficar na minha, mas vou ficar perto de você, não conheço ninguém.

—Pode ficar, eu seguro sua mãozinha enquanto você beija, Manuzinha.

— Vai se fuder. -mostro meu dedo do meio pra garota, que dá risada e puxa minha mão.

A casa está LOTADA. Mal consigo me movimentar aqui dentro.

— Puta que pariu ein, o Raphael é amigo de tanta gente assim? -berro ao lado da Maitê.

— Jogador ne amiga, normal. Mas eu também acho que está bem lotado, não consigo andar

— Nem eu, me guia.

Fui puxada pela Maitê até algum lugar, não sei onde, só fui. Quando chegamos percebi que era onde estava todos os nossos amigos.

Maitê começou cumprimentando os meninos, então fui pelo lado contrário e cumprimentei as meninas.

— Oi gaby, oi Isa, estão muito divas! -deixo um abraço em cada uma.

— Oi amiga! Obrigada, está linda também!

— Nossa ein, se eu fosse homem, eu te comia. -Gaby deixa um beijo na minha bochecha e eu dou risada.

— Se você fosse homem, eu dava.

Vou até os meninos e começo pelo Endrick.

— Fala aí criança, como você tá? -pergunto me aproximando.

— Estou bem, velha.

— Ah que bom, estou bem também, obrigada por perguntar! -digo e vou pro lado, me aproximando do Rapha.

— Eai, Rapha! Tá gatão. -deixo um abraço no mesmo. — Está bem?

— Oi Manu! Obrigado, você está gatona também. -ele diz me dando um abraço de volta. — Estou bem sim, não vou te perguntar como você está porque acabei de ouvir aqui do lado.

— Obrigada! -agradeço o elogio rindo, agora vou até o Richard.

Uau.

— Oi Ricardão! -digo para o garoto, que estava mexendo no celular. — Ei? Terra chamando?!

Fui ignorada.

— Ou?? Estou falando com você! -ignorada de novo, então me afasto. — Amiga, vamos beber?

— Nossa, Manuela querendo beber, essa é nova. -Maitê diz e pega minha mão. — Não tem como negar.

Vamos até onde tinha bebida e a Mah quem pede, nem sei o que ela pediu, só vou tomar.

Um garoto chega na Maitê e começa a dar ideia, não consigo enxergar quem é, mas sem demora eles já começam a se pegar.

Nossa, mas tão rápido assim? Acho que eu sou de outro mundo.

Meu. Deus.

Maitê está beijando o Gabriel Barbosa. O gabigol.

Chocada.

— Eai princesa, está acompanhada? -uma voz grossa se aproxima de mim, me dando um susto. — Ui, foi mal, não era para te assustar.

— Oie! Não estou acompanhada não, relaxa. -respondo sorrindo.

Yuri alberto.

— Bom saber... -ele diz se aproximando e puxando uma cadeira para se sentar ao meu lado. — Já pediu bebida?

— Já sim! Minha amiga pediu para mim.

— Entendi! E como você chama?

— Manuela, prazer.

— Prazer, Yuri. Acho que você já me conhece, mas tudo bem.

— É, conheço! -respondo com um sorriso.

— E como vai a vida?

— Bem mais ou menos, mas acho que bem. E você? -pergunto me apoiando na bancada, não tirando o sorriso do rosto.

Vamos concordar que o Yuri é um gostoso? Que homem.

— Estou bem. A gatinha pode contar o que aconteceu para estar mais ou menos, ou não se sente confortável? -ele pergunta dando um gole na sua bebida.

Acho que eu estou caindo no papo desse homem.

— Nada demais!

— Então ta bom, contando que você fique bem logo. Está pensando em ficar com alguém hoje? Ou tá de boa?

— Ah, depende. Nem sei. -sorrio e percebo que ele se aproxima.

— Depende da pessoa? -coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

Não estava preparada pra essa parte, o que eu faço?

— É... depende da pessoa... -respondo olhando pra sua boca, e ele logo coloca um sorriso no rosto.

Meu Deus, eu já vou beijar? Acabei de chegar.

— Posso? -Yuri pergunta em um tom baixo e eu assinto.

O que eu estou fazendo da minha vida.

Logo ele sela nossos lábios lentamente, apertou minha cintura e nos aproximou para mais perto. Nossas línguas se movimentavam em um ritmo lento. Ele subiu uma mão para meu pescoço e o apertou um pouco, me fazendo suspirar um pouco mais fundo. Sinto ele fazer o mesmo e separa nossos lábios, me deixando dois selinhos.

Fazia tanto tempo que eu não beijava, que eu nem sei se eu ainda sei beijar.

— Nossa, você é diferente. -ele diz com um sorriso e se encosta na bancada.

— Diferente? -questiono confusa.

— Não sei explicar, você beija diferente das outras garotas

— Eu levo como um elogio ou eu levo como um comentário de que eu beijei mal?

— Elogio, óbvio. Foi um diferente melhor.

— Entendi, vou levar o elogio pra casa então. -solto um sorriso e percebo que a Maitê está ao lado, apenas olhando.

— Pelo jeito sua amiga chegou. A gente se vê por aí, gatinha. -me deixa um selinho e se afasta com um sorriso.

— Olha lá, pra quem não iria beijar, começou a festa bem. -se aproxima com dois copos na mão. — Você arrasou.

— Aí amiga, foi do nada que ele chegou, eu nem estava preparada, só estava olhando você com o Gabriel. -digo pegando o copo que a garota me entregava.

— Começamos bem, e olha que ainda é só o começo. -puxa minha mão, nos levando para o meio da festa onde a galera estava dançando.

Oiee, estão bem??

Olha que milagre, a Manu saiu de casa e beijou na boca, amaram?

Próximo capítulo é a continuação da festa e se preparem.

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Meta baixa porque já estou de férias e vou conseguir escrever mais.