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10. 𝘊𝘩𝘰𝘪𝘤𝘦𝘴



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𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗗𝗘𝗭
𝘝𝘰𝘻𝘦𝘴
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Pensar em como se irá morrer um dia não é algo normal a se fazer, mas eu nunca havia sido normal. Eu imaginava que um dia eu estaria lutando para salvar a vida de alguém e acabaria morrendo com honra ou que eu estaria no momento errado e na hora errada em algo ruim fosse acontecer, que eu cairia com sangue jorrando de mim nos braços de Daphne, que nos meus últimos momentos eu não estivesse só.

Porém, eu sabia que não seria assim. Não morreria com honra ou pelo menos um pingo de dignidade, ninguém me salvaria. Em uma luta mortal, seria apenas eu por mim mesma.

Entretanto, isso não mudaria meu pensamento, eu nunca deixaria de me por em risco por aqueles que necessitam e esse é o meu mal, porque, talvez, um dia irá chegar meu acerto de contas e não haverá ninguém lá para me defender. Novamente eu estaria sozinha.

Foi por isso que eu estava reunida com aquelas cinco garotas, pela minha imbecilidade e falta de sensatez, indo atrás de uma joia mágica real que ficara com uma criatura que já havia me caçado e matado um pobre pastor.

Mas lá estávamos nós, as seis paradas em frente ao celeiro, onde o Queimado foi acorrentado. Terra havia explicado que seu reforçara as vigas quando a mesma era mais nova, sendo o lugar afastado e ideal para prender a coisa.

Tudo naquele plano parecia ruim, mas não só porque de fato era, mas sim porque realmente parecia ter algo estranhamente errado.

O mal agouro que me cercara fez um arrepio subir por minha espinha, me fazendo olhar para Musa por reflexo. Ela também me olhava, como se também sentisse que havia algo de errado.

A cada puxada de ar, um mal estar me atingia, aquela sensação era algo assustador. O desconhecido era assustador. Não ter noção do que acontecia era algo que eu odiava, eu tinha sempre que estar um passo a frente.

Para piorar, a floresta estava silenciosa, como se todos os bichos e animais tivessem se escondido. Eles sabiam que havia algo de errado, eles também sentiam.

Recuei alguns passos, me afastando das garotas. Na mesma hora, foi como se um clique soasse em minha mente, despertando algo. A incerteza me atingiu com força, mas nem ela superou o mal estar que subiu por meu corpo e me atingiu em cheio.

Desnorteada, fui dando alguns passos sem um destino certo, apenas tentando me recuperar e me afastar daquela sensação, mas quanto mais eu andava, mais aquela sensação crescia e me consumia.

Então, quando o mal estar chegou a um ponto insuportável, eu mal consegui manter meu próprio peso, desabando sob meus joelhos. Eu mal conseguia ouvir os chamados de Terra por mim e Musa.

Eu estava em um transe, aquela agonia crescia e me consumia mais e mais. Até o momento em que passara de uma agonia para uma dor excruciante.

Não tinha como conter o grito altamente doloroso que escapou de meus lábios. Era insuportável, parecia que eu estava morrendo. Tudo se encontrava terrivelmente ampliado, eu sentia tudo.

Dava para ouvir os gritos das garotas, mas a única coisa em que meu corpo e minha mente focava era naquela dor. Não existia nada além dela.

Na tentativa em vão de me levantar, pude ver borrões do que acontecia, do que se encontrava em minha mente. Algo viscoso e quente grudava em minha calça, me ensopando.

Tentando focar, tive um vislumbre do que se encontrava em minha frente. Eram corpos; corpos despedaçados e estraçalhados.

O vômito subira com força e queimara minha garganta, não pude contê-lo, sequer tive a chance de tentar. A cada vislumbre do que estava em minha frente, meu corpo reagia em expulsar o que restou em meu estômago, mesmo que não sobrasse nada.

Minutos depois, quando fui limpar a boca notando que não havia mais nada a se por para fora, que eu cheguei a notar o que havia me ensopado e encharcado minhas mãos e roupas. Eu achei que fosse vômito, até notar o que realmente era.

Sangue; Eu estava em cima de uma enorme poça de sangue. Desesperada, comecei a limpar minhas mãos sujas em minha blusa, apenas em manchando mais.

O terror me atingiu tão rápido quanto o cheiro de ferro. Parecia que aquela agonia havia apagado meus sentidos e me cegado com a dor excruciante.

Então, como a garota que já passou por muito, eu fiz o que sabia fazer de melhor: eu fugi.

Confusa, aterrorizada e angustiada, eu recuei para longe, mal conseguindo me firmar em minhas próprias pernas. Eu não tinha noção de onde estava indo ou sequer onde eu estava, tendo perdido qualquer noção. O medo profundo havia me dominado e me conduzido para as profundezas da floresta.

Não importava o quão longe eu ia, aquela sensação não ia embora. Eu sentia meu coração batendo descompassado em meu peito, eu ouvia suas batidas desesperadas. Mas então, o clique soara novamente e mais uma vez eu me encontrava em um transe, porém, dessa vez era diferente.

Doce. Feminina. Distante.

Ela me chamava, me conduzia a entrar mais ainda na densa floresta e me perder totalmente nela. Eu já estava perdida, então que diferença faria?

Isobel... Isobel...
Venha Isobel... me ache...

A cada palavra, eu a sentia se aprofundando mais em minha mente. Havia alguém em minha cabeça. Eu tinha que tirá-la.

Fora então que eu ouvi, uma última vez o seu chamado antes de notar para onde aquela voz me levara. O mal agouro voltou com força total.

Só tivera tempo de me virar e erguer as mãos antes do queimado atacar, eu vira suas garras passar de raspão por minhas roupas ensanguentadas. De alguma forma surpreendente, eu havia a lançado para longe.

Não foquei nisso, mesmo com as pernas trêmulas, me pus a correr. Eu sabia que ela me seguiria, que tinha uma velocidade sobre-humana, mas eu não iria desistir. Não desistiria da minha vida assim tão fácil, eu não permitiria ser fraca.

Correndo sem rumo, eu a sentia cada vez mais próxima, eu sentia sua sede por sangue. O pavor me consumia lentamente, assim como a adrenalina. Era a segunda vez que aquela criatura me atacava e seria a segunda vez em que eu não deixaria barato.

Pela minha vida, eu irei lutar.

Não adiantaria correr, não quando ele era mais rápido. Eu tinha que formar um plano. Mas como eu pretendia ganhar dele se nem os especialistas que eram treinados arduamente em combate haviam ganhado, como eu iria? Eu só tinha minha magia e a adaga de Daphne.

A adaga de Daphne. Como eu havia me esquecido dela? Rapidamente eu a saquei, a retirando de sua capa improvisada que eu havia feito para não acabar me cortando.

Meu coração trovejava dentro do meu peito, com a adrenalina correndo solta por minhas veias. Felizmente, ela havia aguçado meus sentidos.

Eu corria desgovernada por um caminho aberto livre de árvores, uma estradinha. Então, ela havia aparecido, como se também estivesse no mesmo transe em que eu estivera momentos atrás.

Bloom apenas havia despertado com o grito furioso do queimado. A fazendo enxergar o que se encontrava em minha frente: eu, totalmente ensanguentada, correndo desesperadamente do queimado que me seguia com sangue nos olhos. Certamente ele queria vingança pelo corte profundo que eu havia feito em sua mão.

A ruiva olhou para mim desesperada, despertando seu fogo enquanto a criatura se aproximava mais e mais de mim. De nós.

O fogo não havia o parado.

Em um passo em falso, meu corpo foi levado ao chão, em uma queda brusca. Esse seria meu fim, tinha certeza. O mundo parecia conspirar ao meu favor. Então, só me restara uma coisa, dar um chance a Bloom.

— Bloom, corre!— gritei em sua direção, não tendo tempo de checar se a mesma executara o que lhe mandei fazer.

Quando o mesmo já estava próximo o suficiente para cravar suas garras em mim, ergui meus braços para frente novamente, em sua direção, rezando para que meus poderes não me deixassem na mão. Eu não sabia como havia o jogado longe da outra vez, mas eu rezava para que acontecesse novamente.

Aconteceu, ele havia ido parar longe, mas aquilo não mudara muita coisa, em questão de segundos ele ja havia retornada, graças a sua velocidade sobre-humana.

Novamente, suas garras estavam prestes a me rasgar ao meio, mas, também, novamente, eu tinha cravado a adaga de Daphne em sua mão, dessa vez a mesma tendo ficado presa. O mesmo voltara a me atacar com mais fúria ainda.

Entretanto, novamente, haviam impedido seu ato cruel.

Aisha surgia em meio às árvores, jogando uma onda brusca de água nele e o arremessando longe. Ele havia atingido um ganho de árvore enorme, tendo ficado pendurado no mesmo, ele atravessava seu corpo. O queimado estava morto.

Não me permiti suspirar aliviada, não quando aquilo não havia acabado.

Meu pé queimava com uma dor absurda, certamente eu havia o torcido ou deslocado.

— Meu Deus, o que aconteceu com você?— Aisha descera o pequeno morro apressadamente, vindo me ajudar junto com a fada do fogo.— De onde veio todo esse sangue, Isobel? Ele te acertou?

As duas me firmaram em pé, estando cada uma de um lado. Eu não conseguia por meu pé no chão, a cada toque ou contato uma pontada de dor irradiava e se espalhava por todo meu corpo.

— O sangue não é meu, relaxem.— murmurei, em um resmungo de dor.

Havia um certo alívio em seus rostos, como também preocupação. As duas começaram a conversar, observando o queimado. Realmente Bloom tivera um certo controle, na verdade um ótimo controle, mas isso não era a se discutir no momento.

— Podemos pegar logo a droga do anel mágico e minha adaga para irmos embora? Não podemos dar bobeira aqui, vai que há outros.— as lembrei, fazendo elas trocarem olhares.

As duas assentiram com a cabeça, tendo então as três se aproximando da criatura felizmente morta.

— Onde é que está?— a fada da água perguntou.

As três começaram a analisar a criatura, procurado por algo brilhante na mesma. Bloom encontrara, mas estava presa dentro dele, só nos restando a opção de enfiar a mão e tirar.

Ambas começaram uma mini discussão, sobre quem iria tirar, ressaltando o que cada uma havia feito. Sem paciência, me soltei delas e com cuidado me aproximei dele, xingando audivelmente quando tive que forçar meu pé para pegar equilíbrio.

A dor me deixará desnorteada por breves segundas, mas dessa vez eu não dei ouvidos a ela. Eu retirei o anel de dentro do mesmo, por que, afinal, o que era uma caquinha para quem já se estava na merda? Ou no sangue, para ser exata.

Aproveitando a deixa, retirei a adaga em um puxão, a limpando e guardando na capa improvisada. Lentamente, me virei para elas, guardando o anel em meu bolso, tratando de conferir se estava bem e seguro.

— Será que agora podemos cair fora?

As duas se entreolharam antes de me ajudar a descer e cairmos fora.

.09.2022

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4/5

Mais uma vez eu quase me esqueci de postar, me desculpem.

Hoje eu tive um dia muito aleatório, foram muitas emoções! Hoje, infelizmente, eu consegui me queimar três vezes com babyliss e agora parece que eu tenho um chupão enorme no meu pescoço, olhem q delícia.

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