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𝟓 - 𝐎 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎 𝐄́ 𝐔𝐌 𝐋𝐔𝐆𝐀𝐑 𝐂𝐑𝐔𝐄𝐋

❝𝐸 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑜 𝑠𝑜𝑓𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑢𝑚 𝑑𝑖𝑎 𝑠𝑒𝑟𝑎́ 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜❞.

𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔𝖘 𝖉𝖔 𝕽𝖊𝖌𝖎𝖘𝖙𝖗𝖔𝖘 𝕯𝖗𝖚𝖎𝖉𝖆𝖘,

533 ɗ. Ƈ


"Eu não sou um animal! Eu não sou um animal! Eu não sou um animal. Repetia incansavelmente estas palavras em minha cabeça.

Sua cadela. — Lanyr, esposa de Ragad, bradou entredentes. — Você não passa de uma cadela que os homens usam para trepar! — ela rugiu furiosa.

Seus cabelos tão claros quanto o Sol estavam perfeitamente arrumados em uma bela trança. Ela era uma mulher bonita e uma esposa exemplar, porém, ainda assim, permitia que seu homem se deitasse com outras. Tudo que realmente lhe importava era manter sua família unida, pois assim, em algum dia do futuro, seus filhos herdariam todas as terras, bem como às riquezas de seu infiel esposo.

A escandinava que não me suportava, continuou seus xingamentos destinado à minha pessoa. Xingamentos que eu ignorei, assim como vinha fazendo nas últimas semanas desde que Ragad saiu em missão para criar laços com outros Jarls.

Fiquei ávida para começar o treinamento que me prometera, mas por extrema inconveniência do destino em agir ao meu favor, ele precisou se ausentar logo após eu ter cumprido com minha parte do acordo.

Então permaneci só, para lidar com toda a raiva de Lanyr, sendo brutalmente desferida contra mim.

— Isso é o que vai comer enquanto morar sob o meu teto. — Jogou a minha frente, um pequeno pote com aspecto exterior gorduroso, onde em seu interior havia literalmente restos dos alimentos; somente aquilo era destinado aos animais.

Olhei para o misero pote e depois para a sua face. Então esbocei uma careta de nojo.

— Não vou comer isso. Não sou um animal. — Desafiei-a, erguendo o queixo evidenciando minha obstinação.

Naquela altura, eu já me acostumara a ser tratada como alguém sem valor algum. Já vendera meu corpo em troca de botas, ou um prato quente de ensopado. Assim como cheguei a rastejar pelo chão encoberto de neve, cuja aspereza do solo gelado queimava o meu joelho, enquanto eu implorava por um velho pedaço de pele para me aquecer no bruto inverno das frias terras nórdicas. Fui humilhada por muito tempo. Decidi, portanto, que os tempos sujeição a humilhação, haviam chegado ao fim.

— Então vai passar fome! Cadelas comem restos, nada além de restos. — Lançou-me o seu tão habitual olhar de repugnância.

— Se eu sou uma cadela.... Bem, digamos que você só pode ser algo mais baixo que eu, pois o seu marido prefere minha presença, a sua. — repliquei, maldosamente, e desfrutei da sanção de orgulho que se apossou de mim.

Lanyr fechou os punhos evidenciando sua raiva. Seu olhar refletiu uma fúria impiedosa. Se pudesse, ela teria me matado naquele instante.

— Ele só quer trepar com você. Quando se cansar, nunca mais olhará para essa sua cara de escória. Quanto a mim, permanecerei ao seu lado até o fim, pois sou e sempre serei sua esposa, e principalmente, a mãe de seus filhos. — Estufou o peito em demonstração de orgulho.

Mas não havia orgulho algum em ser esposa de alguém que não lhe dava o devido valor. De nada adiantava caminhar de cabeça erguida por entre as pessoas que a olhavam com falsa admiração, quando às suas costas, imperavam risos de deboches ou singelas demonstrações de pena.

Lanyr poderia não gostar de mim, mas ao menos eu era sincera: a odiava e não fingia que tinha qualquer apreço a sua pessoa.

— Deves estar ciente do fato irrefutável de que, quando seu esposo retornar das explorações, é a mim a quem vai procurar e não a você. — declarei de forma arrogante. Despejei a verdade entre nós e deixei que o peso de minhas palavras a consumisse.

Lanyr. não mais capaz de controlar a fúria, abriu as mãos, e com extrema força, chocou-a contra meu rosto.

Senti meu pescoço estalar devido ao impacto brutal. Minha bochecha queimou por conta do forte atrito do tapa. Tive a certeza que as marcas de seus finos dedos, acentuaram-se em minha face.

— A verdade dói, não é? — provoquei, com um sorriso irônico desenhado em meus lábios.

A viking cerrou os punhos, e nem ao menos refletiu sobre suas ações, antes de fechar dedos e desferi-lo com demasiada força contra a minha boca, agressivamente. Senti o impacto forte dos ossos de sua mão se chocando contra o osso do meu rosto, e logo depois, o gosto de ferrugem impregnado no sangue preencheu meu paladar.

Lentamente, tirei os negros fios cabelo que grudaram em meu rosto e olhei-a com desdém. Não me importava de ser agredida, pois já passara por situações piores. Assim, soltei um forte riso carregado de escárnio, e o riso fez com que sangue saltassem dos meus lábios e espirrassem na impecável veste de Lanyr.

Notei, mais uma vez, a ira se formado em sua face. Observei cautelosamente ela esboçar o movimento de ataque, porém tive de impedi-la.

— Se eu fosse você, não faria isso. — Segurei seu punho com força, impedindo que sua mão fechada se chocasse contra mim.

Ela me encarou à medida em que respirava rapidamente e o gesto fez suas narinas se dilatar.

— Ragad não irá gostar de ver que sua preciosa mercadoria foi danificada. — completei ironicamente.

A mulher me olhou com tanta fúria, que se eu esticasse a mão entre nós, poderia sentir a energia da ira nos ligando.

A viking desvencilhou-se do meu toque com brusquidão, e pisando duro, deixou a cozinha sem nem sequer olhar para trás.

Ninguém vai me rebaixar! Ninguém!

Continuei a repetir em minha mente.

Queria dizer que depois da minha pequena vitória, tudo ficou melhor, mas estaria mentindo. Na vida de um escravo há poucas chances de se obter a melhoria, mas sempre... sempre as coisas podem piorar.

A vida tinha me ensinado que os homens, bem como as mulheres, às vezes, poderiam ser demasiados cruéis.

Os dias que se seguiram trouxeram com eles uma grande nuvem negra acima de minha cabeça. Eu nunca havia passado tanta fome antes, no entanto, naqueles assombrosos dias, eu vi a terrível face fome de perto e quase fui vencida por ela. Por mais que eu me alimentasse de ervas e raízes a qual sabia que eram comestíveis, tais alimentos não eram capazes de me fornecer energia suficiente para enfrentar os ciclos diários, muito menos dar contas inúmeras e incansáveis tarefas domésticas que Lanyr me obrigava a realizar. Eu estava com fome quando acordava e também dormia faminta. Em algumas noites, a dor do vazio em meu estômago era tão aguda ao ponto de eu acreditar que não sobreviveria para ver o nascer do Sol. Mas, contrariando minhas expectativas, eu permanecia viva todas as manhãs e assim continuava até o anoitecer.

Bastou apenas o transcorrer de algumas luas para que os ossos de meu corpo sobressaltassem. Eu era capaz contá-los em minhas costelas, e quando me deparava com meu reflexo na água do rio, não conseguia sequer me reconhecer. Estava sumindo aos poucos, temia que não sobrasse nada de mim, além dos meus pálidos olhos azuis e o escuro cabelo tão negro quanto a noite sem luar.

Achei que por conta de meu estado esquelético, homem algum me procuraria. Contudo, enganei-me terrivelmente.

Certo dia, um escandinavo, que também era um provável um fazendeiro que obviamente não fazia parte do grupo de guerreiros de Ragad, abordou-me no início da manhã, quando eu estava retornando de meu treinamento nas artes ocultas, e contra minha vontade, possuiu-me.

Não tive forças para lutar contra ele e também não tive energia suficiente para me erguer do chão quando o maldito terminou com seu prazer.

Lembro perfeitamente do cheiro da terra úmida tocando meu rosto em um sútil gesto de conforto. Recordo-me das folhas grudadas em minhas pernas em minhas pernas expostas e também guardo em minhas memórias a imagem das minhas unhas cravadas no chão frio em um último recurso de me manter sã.

Naquele dia as lágrimas que eu mantinha aprisionadas, tentaram se libertar com toda a força. No entanto, mesmo que me doesse, e ainda que o nó em minha garganta tentasse me sufocar, fiz com que o choro voltasse para dentro de mim.

Eu não chorei, não gritei e nada falei. Apenas encarei o maldito viking que me estuprou. Decorei seus traços, seu olho coberto de rugas, sua desgrenhada barba em tom de ferrugem e senti nojo quando ele sorriu com seus dentes amarelados. Gravei cada detalhe de sua face, pois prometi que o mataria. Um dia, com toda certeza, eu o mataria.

O miserável foi embora e me deixou ali, largada no meio da floresta, completamente violada, sentindo raiva dos homens e lamentando pelo mundo ser um lugar cruel.

Não aguentava mais sofrer. Eu era nova demais, e ainda assim, já havia vivido sofrimento por toda uma vida.

A esperança tinha ido embora há um bom tempo. Tudo que me mantinha em pé era a promessa da vingança. Um dia eu pagaria minha dívida com todos que me fizeram mal. Algum dia eu voltaria para casa.

Casa... Isso parecia ser tão distante

(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

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bjuss tia Lua

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