CAPÍTULO 30 - Ajuda.
Em algumas ocasiões na minha vida, cheguei pensar que o tempo possuí prazer em brincar com os indivíduos, pois, quando se precisa que ele transcorra devagar, o arteiro acelera e traz à tona aquilo desejamos evitar. Todavia, quando a situação é oposta, ele simplesmente desacelera e adia o momento em que aguardamos com ansiedade.
No meu caso, desejei que o dia do banquete em Sessrumnir demorasse a chegar. Porém, como se quisesse me punir por algo, o ardiloso tempo passou tão rápido, como um piscar de olhos, e tudo que me restou foi apenas me preparar para enfrentar Freya que, com toda a certeza, já havia afiado suas garras na intenção de me atacar.
No dia do banquete, eu, como de habitual, não fazia ideia de como deveria me trajar para aquela ocasião, ou tampouco sabia a maneira a qual deveria me portar em tal célebre evento. Como não sabia quais surpresas que aguardavam em Sessrumnir, confesso que até desejei que Loki aparecesse em meu quarto, pois ao menos eu conseguiria extrair qualquer informação a respeito do que ocorria em tal banquete. Mas, infelizmente, fazia três dias que eu não o via.
Três dias e nada de Loki. Sua ausência não me deixava feliz. Muito pelo contrário, estava preocupada. Seu desaparecimento só podia indicar um fato: ele estava tramando algo. Sua ameaça ainda me assombrava e, lamentavelmente, eu nada era capaz de fazer em relação a descobrir o que o deus da mentira estava articulando com sua mente deveras ardilosa.
Apesar de ainda pensar muito em Loki, naquele dia, dissipei todos os meus pensamentos em relação ao deus e me concentrei apenas em minha presença em Sessrumnir. Claramente, eu necessitava de ajuda e só existia uma pessoa em Asgard que poderia me auxiliar: Acme. Ela poderia me evitar pela eternidade se fosse possível, entretanto, naquele dia, eu precisava, com urgência, de sua companhia e até mesmo de seus conselhos. Sem outra escolha, tive de descobrir em que localização do majestoso palácio dos deuses Aesir, situava-se ficava seus aposentos da jovem grega. Ao deter tal informação, imediatamente no parti ao encontro daquela que dizia ser minha amiga.
Foi preciso subir apenas dois lances de escada e contornar somente dois corredores até que eu encontrasse o quarto de Acme. Ainda me sentia insegura a respeito da decisão a qual tomara, no entanto, não havia outra possibilidade de sanar as infindáveis dúvidas que me assolavam. Soltei um longo suspiro, antes de erguer minha mão com os punhos fechados e batê-los na porta daquele quarto.
Não sei ao certo se o fato de que eu estava apreensiva interferiu na minha percepção do tempo, mas tive a impressão de que uma eternidade se transcorreu, até que a jovem a quem procurava abriu aquela porta, revelando verdades que, a princípio, eu não consegui compreender.
Tão logo me deparei com a imagem de Acme, seus verdes — que por sinal não carregavam o habitual brilho jovial — arregalaram-se em demonstração de espanto. Ela, com toda a certeza, não esperava me ver.
— O que está fazendo aqui? — indagou, claramente confusa.
Para o meu espanto, a beleza da jovem grega estava ofuscada por um semblante de cansaço. Havia, também, uma sombra arroxeada em torno de seus olhos e os cabelos que outrora lembravam lustrosos fios dourados, naquele momento encontravam-se presos numa simplória trança mal presa.
— Sei que está me evitando, mas preciso da sua ajuda. — Segurei o meu olhar no seu, tentando descobrir qualquer por qual razão ela se encontrava naquele estado lamentável.
Acme continuou a bloquear a entrada para seu quarto, ponderando se me deixaria ou não adentrar no cômodo. Ficamos nos encararmos por um logo momento, até que finalmente a jovem tomou a decisão:
— Entre. — Abriu os braços de modo a me conceder a passagem para o interior de seu aposento.
Por breves instantes, meu olhar recaiu em seus braços. Neles, haviam as mais diversas marcas de agressão. Franzi o cenho ao vislumbrar os cortes de variados tamanhos e profundidades estampados ao longo de seu antebraço. Senti o sangue esquentar sob minha pele. Desconfiei que Thor estava a machucando e aquilo era inadmissível. Se minhas suspeitas fossem reais, eu encontraria uma forma de lhe retribuir a gentileza e pouco me importava com o fato dele ser o filho de Odin. Eu o faria sofrer.
Sem perceber meu estado de fúria, Acme tratou de fechar a porta atrás de si. Completamente imóveis dentro daquele quarto, tornamos a nos encarar, como se fossemos completamente estranhas. Ambas pareciam temer as palavras que sairiam de nossos lábios. O assustador mudo do silêncio pairou naquelas quatro paredes à medida em que eu olhava seriamente para jovem com as costas apoiadas na porta, respirando pesadamente, devolvendo-me um olhar repleto de segredos.
— Basta, Acme! Desejo saber o que está acontecendo e não me venha com mentiras esfarrapadas, para isso já tenho o Loki! — bradei, enfurecida.
A loira arregalou os olhos verdes e mordeu os lábios, apreensiva. Porém, decidiu permanecer em silêncio.
— Estou esperando! — ordenei, impaciente, diminuindo a distância entre nós.
Tive a impressão de que ela perdera a capacidade de falar. Nenhum murmúrio ousou a deixar seus lábios.
— Você disse que era minha amiga. Eu não tenho muita experiência com amizades, mas estou certa de que amigos não evitam uns aos outros e tampouco guardam segredos. — Fitei-a com frieza, era evidente o fato de que a nossa relação havia me desapontado. — Não posso ser sua amiga, se continuar agindo dessa forma. Não posso nutrir laços de amizades com alguém que aos poucos se afasta de mim. — revelei, esperando que decidisse me contar a verdade que escondia com tanto afinco.
Seus olhos se encheram de lágrimas. Logo em seguida, um choro histérico se libertou de sua garganta. Imersa em seu desespero, Acme passou por mim e sentou-se na cama de dossel, chorando alto, mantendo as delicadas mãos cobrindo o rosto.
Seus soluços ecoaram pelo quarto e eu não soube acalmá-la. Não era o meu forte lidar com mulheres fragilizadas. Então, fiquei estancada no meio daquele quarto, totalmente impotente, observando minha única amiga se despedaçar diante de meus olhos.
— Eu sinto muito. — sussurrou, em meio aos soluços. — Eu tenho sido uma péssima amiga.
O seu sincero pedido de desculpas, conseguiu penetrar a pequena fissura do meu coração de gelo. Tomada pelo súbito desejo de acalmá-la, caminhei até Acme, sentei-me ao seu lado e segurei uma de suas mãos.
— Diga-me o que está se passando em sua vida. Deixe-me te ajudar. — pedi, brandamente, acariciando sua mão na esperança de confortá-la.
Acme respirou fundo na vã tentativa de ficar mais calma. Contudo, não foi capaz de interromper as lágrimas que incessantemente desaguavam de seus olhos.
— Thor está me preparando para vencer os desafios dos deuses e conquistar a imortalidade. — começou a narrar em meio a soluços entrecortados. — Treinamos todos os dias com espadas, adagas, combate físico e até mesmo os sentidos de paladar, olfato e visão. Começamos o treinamento assim que o Sol nasce e só o concluímos ao cair da noite. Eu não durmo direito há muito tempo e mal tenho tempo de me alimentar decentemente. A cada dia, a cada combate, uma nova cicatriz surge em meu corpo. — Respirou, profundamente, inalando o ar para seu peito. — Eu não sou uma guerreira, Erieanna. Meu pai é um comerciante e minha mãe uma eximia senhora do lar. Fui adestrada para ser uma esposa e não uma combatente. Não sirvo para o que Thor espera de mim. — confessou, melancólica, quase sem forças para falar.
Jamais compreendi os verdadeiros motivos que levaram a bela moça a insistir na busca da imortalidade. Sempre acreditei que se ela não estava bem com tal missão — a qual aparentemente foi obrigada a aceitar —não via razão para que seguisse adiante.
— Então por que não desiste? — Franzi o cenho, desejando que me fornecesse uma boa explicação sobre o fato de ter decidido a acabar com sua felicidade e, aos poucos, com sua vida.
Acme, no entanto, não soube o que responder. Isso ficou evidente quando ela me lançou um olhar vazio, enxugando as lágrimas que molharam seu rosto. Um silêncio se abateu entre nós, antes dela finalmente encontrar uma resposta. Acme soltou um longo suspiro e então confessou:
— Porque eu não quero desapontar ao Thor.
As palavras que escaparam de seus lábios saíram tão baixas quanto um ruído. Seus olhos se fixaram no chão e um rubor tomou sua face. Acme se envergonhou por ter compartilhado o seu segredo.
— Se ele te ama de verdade, aceitara de bom grado a sua desistência desses malditos testes. Thor precisa acatar sua decisão, ainda que isso os separe. O verdadeiro amor não é egoísta, Acme. Ele deve te deixar livre, mesmo que tal escolha destroce seu coração, pois garantir seu bem-estar e sua felicidade devem ir além de tê-la por perto e vê-la definhar. O amor verdadeiro é, acima de tudo, altruísta. — Aumentei a intensidade do aperto em sua mão e olhei no íntimo de seus olhos verdes. — Não aceite menos que isso, querida. Lembre-se, egoísmo não é uma forma de amor. — adverti, em tom sério e frio. Acme necessitava ouvir aquelas verdades, ainda que as magoassem.
Seus olhos sutilmente se arregalaram, e ao continuar segurando sua mão, senti que seu coração começou a bater em um ritmo acelerado.
— Eu já tomei todas as decisões que deveria tomar. Ficarei aqui e aceitarei meu destino seja ele qual for. — Ergueu o queixo, agarrando-se a toda coragem que existia dentro de si. — Além do mais, já nem tenho mais um lar para retornar. Asgard é tudo o que me restou.
Ao concluir a frase, ela alinhou a postura tentando parecer forte, mas eu soube que, por trás daquela fala destemida, havia uma jovem se afogando em medo.
— Estarei aqui por você, para qualquer decisão que venha a tomar. — Cravei meus olhos nos seus, tentando de expor que eu entraria em uma guerra por ela, caso se fosse preciso.
— Obrigada. — minha amiga agradeceu com sinceridade.
— Diga-me quais são esses Testes dos Deuses? — Tentando extrair qualquer informação necessária para poder ajudá-la com aquela infeliz missão
Acme tombou os ombros para frente, soltando um pesaroso suspiro de derrota, antes de me responder:
— Ninguém sabe. — lamentou desapontada. — Thor está me preparando para qualquer situação, desde combate físico até a identificação de venenos. Só saberei sobre os Testes no dia de Sumarmál.
— Mas já? Está tão perto! — exclamei, ao me dar conta de que Sumarmál seria celebrado a uma Lua, marcando início da roda da vida.
— É por isso que estou treinando incansavelmente. Tenho que estar preparada até lá. — esclareceu, visivelmente cansada.
— Posso te ajudar no treinamento. Será bom para ambas, já que fui convidada por Odin a me tornar uma Valquíria. — Chacoalhei os ombros indicando que não me importava de treinar com ela.
Acme, com certeza, não tinha conhecimento daquela informação, pois uma expressão de espanto tomou conta de sua face que me fitou boquiaberta
— Como assim, uma Valquíria? Que história é essa? — questionou, exasperada.
Não tive outra escolha a não ser narrar toda a conversa que tive com Odin e sua estranha proposta. Contei todos os detalhes, pois minha intuição dizia que Acme era alguém em quem eu podia confiar.
— Pelos deuses, Erieanna! Isso é muito surreal! — exclamou, Acme, assim que terminei de relatar a negociação que tivera com o deus supremo dos Aesir. — De onde eu venho, há algumas mulheres semelhante as Valquírias, elas são denominadas como Amazonas. São conhecidas por serem guerreiras fortes e obstinadas que não se submetem a homem algum. Dizem que são filhas de Ares, o deus da guerra de quem herdaram a coragem e audácia. Eu sempre admirei as Amazonas, mas nunca tive qualquer habilidade para ser comparadas com elas. Já você... — Sorriu a me olhar profunda admiração— és uma verdadeira guerreira, não se rebaixa a ninguém e defende seus princípios mesmo que isso custe a sua existência. Você desafia os deuses, luta pelo que acredita ser o correto, não aceita desaforo e nem que lhe deem ordem. Além disso, sabe lutar com o corpo e a mente. Loki sempre fala muito bem de ti. Parece, minha amiga, que ser uma Valquíria, sempre fez parte do seu destino. — concluiu, demonstrando que ficara feliz por mim, porém também se desapontou por não ser parecida comigo.
— O modo como se expressa, faz-me compreender que não acredita em si própria. — retruquei, aborrecida.
— Realmente não me levo em grande consideração. Acredite, esta é a primeira vez em que preciso empunhar uma espada. Fui criada para ser uma esposa não uma guerreira. Sei manusear agulhas e talheres. Não sou forte como você. — rebateu, com certa rispidez.
— Esta em uma batalha perdida se não acreditar em si mesma. Saiba que força não é tudo numa luta. Ser forte não serve de nada se não tiver inteligência. Se fosse considerado apenas a força bruta, guerras seriam determinadas na primeira batalha, não seriam necessárias várias delas para se obter a vitória. Um exército verdadeiramente forte é aquele que sabe usar a inteligência a seu favor. São as estratégias, mediadas pela inteligência, que vencem uma guerra. A força, minha cara, é apenas um mecanismo que fornece subsídio para alcançar a vitória. Não se engane, força não é tudo. — Lancei um olhar irritado a Acme que prestava atenção em tudo que eu falava. — Se fores inteligente, já tem o suficiente para vencer qualquer teste que os deuses colocarem no seu caminho. Precisa acreditar em você, minha querida. Caso contrário, se já perdeu a batalha para si, jamais conseguirá vencer qualquer outro desafio, por mais simples que ele seja, está fadada ao fracasso. — aconselhei, esperando que a jovem acatasse meu conselho.
Acme preferiu não informar o que pensou a respeito de tudo que eu disse. Seu olhar ficou vago por algum momento, antes dela indagar:
— Vamos falar de você — Subitamente alterou o rumo da conversa — Para que precisa da minha ajuda?
Fechei os olhos e soltei um longo suspiro.
— Acredito que já deve ter ido a Sessrumnir, de saber como transcorre celebração por lá, o banquete e tudo mais... Estou à procura de informações e, também, espero que me ajude a escolher um traje para essa ocasião. — expliquei, tentando a soar a mais segura possível.
Acme me lançou um pequeno sorriso de compreensão.
— Não ocorre nada de diferente do que presenciou em Valhalla. O palácio de Sessrumnir está localizado na floresta de Fólkvangr que se encontra dentro dos limites de Asgard. A única diferença entre tais celebrações, é que, nesse dia, algumas Valquírias optam por fazer parte da comemoração. Todos se banqueteiam e ficam bêbados, como de costume. É exatamente o mesmo que ocorre no banquete de Odin. — Balançou os ombros com indiferença. Entendi, portanto, que não deveria esperar nada de muito adverso naquela noite.
— Que tipo de vestido devo usar? — Esfreguei as mãos uma na outra em sinal de nervosismo.
Rapidamente, uma expressão de puro êxtase tomou conta de seu rosto. Acme bateu palmas animada e logo se pôs em pé.
— Você deve ir exageradamente muito mais bonita que a Freya. — Torceu a boca ao falar da deusa. — Nós temos que tirar o foco das atenções da deusa da sedução. Ela está precisando diminuir aquele maldito ego que ostenta, está cada vez mais difícil aturar sua postura cética de que é a mulher mais linda dos nove mundos. — Revirou os olhos, indignada. Presumi, assim, que eu não era a única que a não gostar de Freya.
— Então preciso de algo que imponha minha presença. Quero mostrar para todos que eu não tenho pretensão de ceder brandamente as vontades da líder das Valquírias. — afirmei, convicta. Tinha certeza de que Acme pensaria em algo que conduzisse com a tal situação.
— Hum... — A bela loira me olhou, prolongadamente, mantendo a mão no queixo, batendo os pés em um ritmo frenético. — Já sei! — exclamou, depois de algum tempo. — Preto! Você deve ir de preto. — assegurou, convencida.
— Trajar vestes negras não é uma forma de afronta aos einherjar? — questionei, claramente confusa com a aquela sugestão de veste.
— E desde quando se importa com o que pensam de você? — Cruzou os braços abaixo do peito. — Naquela noite, quando entrou pelos portões de Valhalla trajando um vestido negro, você deixou sua marca em Asgard. Ninguém espera que siga quaisquer regras. É assim que fará história nesse mundo, Eri. Fazendo o que ninguém mais faz. — Finalizou o discurso exibindo um largo sorriso.
Minha amiga tinha razão. Se eu quisesse impor presença perante Freya e os demais deuses, deveria deixar minha impressão cravada no âmago daquele banquete para que ninguém duvidasse de minha obstinação, tampouco da minha força.
— Está certa. Preto é a melhor opção.
Acme, de imediato saiu à procura do necessário para garantir o sucesso de minha apresentação no famigerado salão de Sessrumnir.
※
Os preparativos para a noite do banquete ocorreram em meu quarto. Por incrível que pareça, Thor não se contrariou por Acme ter passado a tarde toda me auxiliando. Foi graças a sua ajuda que, logo após o entardecer, eu estava devidamente trajada em um vestido preto bem parecido com aquele que usei em Valhalla, cujo tecido era tão leve quanto as teias de uma aranha, que chegava a ser translucido. Havia também duas fendas que exibiam boa parte das minhas coxas. O modelo que fora habilmente escolhido para o banquete de Sessrumnir tinha bordados dourados em toda extensão da cintura. Quanto ao cabelo, Acme o prendeu no alto de um jeito sofisticado, propiciando em minha imagem um ar de elegância e sedução, deixando toda extensão do meu pescoço até os ossos abaixo dele, expostos.
Contemplei meu reflexo no espelho, percebendo que realmente estava preparada para enfrentar Freya, bem como todos os deuses. Aquela seria uma longa noite.
Antes de sair do quarto, soltei um longo suspiro que foi interrompido por uma batida na porta.
— Entre. — eu disse, imaginando que se tratava de Thor, o deus prontificara em me transportar até a Sessrumnir.
— Olá, Eri. — Todavia, fui surpreendida pela voz de Balder.
Quando virei meu corpo de modo a fitar a face do deus, notei que seus olhos brilharam como as estrelas nó céu e seus lábios se abriram em uma expressão de admiração.
— Você está... — Por um instante, suas palavras se perderam no ar. — linda! — exclamou, atônito.
Meus lábios de curvaram em um sorriso.
— Obrigada, Balder. Mas devo confessar que não esperava por sua visita.
O deus sorriu e encurtou a distância entre nós.
— Imaginei que não. — Segurou uma de minhas mãos e a levou aos lábios. — Pedi para que Thor para que me deixasse te levar a Sessrumnir.
— Ah! Fico feliz que tenha vindo, sinto-me mais à vontade em sua companhia. — declarei, expressando a minha total sinceridade.
Balder continuou a segurar o sorriso no rosto quando me olhou de cima para baixo e, em seguida, elogiou-me novamente:
— Creio que eu já disse que está esplendorosamente linda! — Um brilho sedutor tomou conta de seu olhar.
— Sim já disse. Obrigada. — agradeci, sem jeito, alisando o vestido em meu corpo.
— Vamos?
— Sim. — respondi, levando as minhas mãos ao entorno de seu pescoço.
Então, sem aviso algum, Balder enlaçou minha cintura e desvaneceu, levando-nos para Sessrumnir.
Um mal presságio se instalou sob minha pele quando parti em direção a tal celebração. Naquele momento, pressenti que ruim aconteceria. Mas, independentemente do que sucederia em tal banquete, eu estava preparada para enfrentar qualquer situação. Não deixaria Freya me rebaixar, poderíamos até travar um embate, e, por mais que ela fosse uma deusa, não permitiria que me derrotasse. No fim, eu sairia vitoriosa daquele lugar.
Os jogos, definitivamente, haviam começado
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(CAPÍTULO SEM REVISÃO)
Desculpem pelo atraso na postagem. A faculdade está me sugando até a alma.
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