Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAPÍTULO 18 - A Velha


𝐷𝑒𝑖𝑥𝑒-𝑚𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑎𝑙𝑚𝑎, 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑒-𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑣𝑎𝑔𝑎𝑟

𝑆𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎𝑠 𝑏𝑜𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑣𝑒̂𝑚 𝑒 𝑣𝑎̃𝑜

𝐷𝑒𝑖𝑥𝑒-𝑚𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑎𝑟 𝑎 𝑢𝑚 𝑙𝑢𝑔𝑎𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑢 𝑐𝑜𝑛ℎ𝑒𝑐̧𝑜

𝑆𝑒𝑔𝑢𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑔𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑔𝑜𝑙𝑝𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑡𝑒𝑙𝑜

𝑂ℎ, 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑚𝑒𝑢 𝑙𝑖𝑥𝑜, 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑚𝑒𝑢 𝑡𝑜𝑚𝑜

𝑂ℎ, 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑚𝑒𝑢 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒, 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑚𝑒𝑢 𝑜𝑠𝑠𝑜

(𝑻𝑨𝑳𝑳 𝑯𝑬𝑰𝑮𝑯𝑻𝑺 - 𝑺𝒑𝒊𝒓𝒊𝒕 𝑪𝒐𝒍𝒅)

Nos últimos dias vinha questionando-me se eu era uma pessoa boa ou má. E a resposta de minha indagação silenciosa estava pendendo mais para segunda opção. O odor pungente de morte ocasionadas pelas minhas próprias mãos, se arrastava atrás de mim impedindo-me de acreditar que ainda havia bondade em meu coração amargurado. Nunca desejei sentir-me daquela forma, mas não podia evitar que meus próprios pensamentos me recriminassem. Porém, uma parte da minha consciência estava feliz por vingar-me de todos que fizeram mal — não só a mim — mas as muitas pessoas sozinhas no mundo; pessoas que não seriam mais humilhadas e massacradas por aqueles que lancei nos braços da morte. Esse era um pequeno conforto que aliviava — parcialmente — o peso da culpa em meu coração.

Mal sabia eu, mas naquele mesmo dia em que o Jarl levou-me para as masmorras — a prisão mais segura do clã — ele também trouxe-me uma visita que me fez repensar sobre todos meus conceitos acerca da maldade humana.

Eu até poderia ser uma pessoa má. No entanto, a velha que Ragad levou até minha cela, era mil vezes pior.

Senti a essência de sua alma sombria e vazia, assim que colocou os pés nas masmorras. Lembro que o ar entorno daquele ambiente se tornou pesado e uma sombra se espreitou ao redor da montanha em que nos encontrávamos.

De imediato, preparei-me para qualquer possível ataque e também construí um muro em minha mente para proteger-me de qualquer invasor.

Então ela chegou... Parecia uma doce idosa com suas bochechas rechonchudas rosadas por conta da exposição ao frio. Seu cabelo grisalho trançado até o meio das costas conferiam-lhe um ar de ingenuidade. No entanto, se olhasse com atenção para aqueles olhos castanhos cobertos por suaves rugas, poderia ver discretamente, o terrível mal que ela carregava dentro de si.

Observei enquanto Ragad sussurrava algo no ouvido da velha que apenas acenou com cabeça em sinal de concordância. O viking, sem dizer nada, abriu a cela e a deixou entrar. Por ele nenhum instante olhou em minha direção, nem quando saiu e me deixou sozinha com o monstro.

— Olá minha querida — A velha sorriu ainda representando seu papel de uma adorável idosa. — Estava curiosa para te conhecer... Os comentários que chegaram até a mim é de que seus dons são incríveis. — Forçou mais um sorriso amigável.

Não falei nada, apenas analisava minha inimiga, tentando achar uma brecha na sua armadura.

Ela semicerrou os olhos e me encarou por um bom tempo.

— Sabe... Sou como você, também tenho dons. — Um leve sorriso surgiu em seus finos lábios enrugados.

Não tardou muito para que eu percebesse o verdadeiro motivo pelo qual a velha estava ali. Ragad queria bloquear meus poderes, ou ao menos ter o mínimo de controle sobre mim, e a criatura a minha frente era a chave para que seus planos pudessem ser concretizados.

— Não se deixe enganar por essa casca. — Ela passou a mão pela extensão de seu corpo. — É só um disfarce. — Sorriu novamente fazendo com que as marcas de expressões se acentuassem em sua face.

Meu riso repleto de escárnio escoou pela cela.

— Jamais me deixei levar por seu disfarce. Sei exatamente quem é desde que pisou nessa masmorra. — Arqueei a sobrancelha com ar de perspicácia.

Minha constatação apagou seu sorriso do e rosto. Ela, imediatamente, mudou de postura e — para meu espanto — também alterou sua face.

Olhando para mim estava uma senhora baixa de postura encurvada cujos cabelos brancos desgrenhados batiam rente as coxas. Não se parecia nada com doce senhora que entrou na cela. E o que mais me impressionou foram seus olhos que mudaram do suave tom amarronzado, para completamente negros e sem pupila. Aquela era a verdadeira imagem da criatura. O mal em pessoa. Eu deveria ter ficado com medo, mas mantive-me firme. Permaneci em alerta para travar mais uma batalha.

— Não sinto uma gota de medo em você... — sua voz era estridente e ao mesmo tempo sobrenatural. — Interessante! — exclamou analisando-me dos pés a cabeça.

Não me mexi, nem desviei meu olhar do seu, quando falei num tom neutro:

— Vamos começar com o que seja lá que veio fazer aqui. Hoje foi um dia muito agitado. Quanto mais cedo começarmos, mais cedo partirá e, enfim, poderei descansar. — Desafiei-a com naturalidade.

A velha fuzilou-me com seus estranhos olhos negros como um abismo sem fim.

— Você não sabe com quem está lidando criança. — proferiu em tom baixo e ameaçador.

— Que tal se me mostrar? — Tentei provocá-la para que baixasse a guarda e assim pudesse atacá-la. No entanto, ardilosa como eu presumi que fosse, ela não caiu na minha armadilha.

— Quando acabarmos, é provável que nem se lembrará do seu nome. —  Ameaçou-me parecendo estar segura de sua vitória.

Não deixei que suas palavras me afetassem. Ela precisaria mais do que frases macabras para me assustar. Eu fui forjada pelo medo, não me abalava  com facilidade.

Então cela tornou-se um campo de guerra silencioso. O ar estava sufocante e o ambiente parecia ter se reduzido de tamanho enquanto ambas encaravam-se com intensidade.

Logo eu senti... Senti o roçar delicado e seguro de garras tentando penetrar as barreiras de minha mente. A velha não estava atacando, não ainda. Foi apenas um habilidoso movimento para reconhecer meu escudo. Era apenas um teste que acabou, também,  servindo ao meu propósito.

Quando suas garras negras tentaram penetrar meu bloqueio mental, eu pude identificar, vagamente, com que tipo de força iria lutar. Os pelos de minha nuca estavam ouriçados. O mal havia acabado de tocar-me com suas garras.

A criatura exibiu um sorriso maléfico. Provavelmente, achou que tinha compreendido a extensão de meus poderes, mas nem eu sabia o quanto de força oculta existia dentro de mim. A velha não seria a primeira a descobrir.

Sem delongas ela começou a forçar seu ataque. Repetidamente, suas garras negras arranhavam meu escudo, tentando rasgá-lo, trincá-lo, rompe-lo de alguma forma.

Qualquer pessoa que passasse pela cela, não seria capaz de ver a batalha que ocorria naquele minúsculo local. Éramos apenas duas pessoas encarando-se — talvez com o olhar vazio — completamente em silêncio. No entanto, em nossas mentes, uma luta ocorria e esta só teria uma vencedora.

Na medida que o tempo avançava, suas garras ficaram maiores e mais agressivas. Ao invés de arranhar, esmurravam brutalmente meu escudo que começava a falhar. Um pouco depois, notei que minha barreira começou a fraquejar. Ela era forte demais, eu não sabia até quando conseguiria manter-me firme ao ataque, talvez não fosse capaz de resistir por muito tempo.

Em meu corpo eu sentia minhas mãos transpirarem. Meu coração batia acelerado. Parecia que estava no meio de uma luta perdida e a velha pensava o mesmo, já que, bem no fundo da minha mente, eu a ouvi gargalhar. E por um momento, a criatura quase me venceu... Mas, inesperadamente, a face de Thorn surgiu em meus pensamentos e a imagem do viking foi o suficiente para que eu  resgatasse toda minha energia e reestruturasse com mais força, meu equilíbrio mental.

A velha também sentiu a mudança em meu escudo e sem pestanejar, continuou, com todo poder que tinha, a atacar-me incansavelmente.

Senti o exato momento em que ela, por uma fração de tempo, baixou a guarda para tomar fôlego e voltou a esmurrar meu bloqueio. Só precisei desse curto intervalo, para contra-atacar e invadir sua mente. A criatura não sabia, mas eu tinha vencido.

Penetrei seus pensamentos de mansinho, não tomei o controle de imediato, pois não queria que desconfiasse que eu estava dentro dela. Aos poucos fui adentrando naquele lugar sombrio que era sua mente. Eu me tornava parte de sua essência, e cada vez que ia mais a fundo, mais vislumbrava lembranças e pensamentos terríveis. Quando cheguei no íntimo de seu ser, eu vi algo que me aterrorizou... Logo eu que nada temia, encontrei-me horrorizada com as lembranças que a velha guardava no seu íntimo.

Todas as crianças que desapareceram sem deixar nenhum vestígio e que — ingenuamente — os vikings diziam ter sido levadas pelos deuses. Todas as dezenas delas, foram brutalmente assassinadas por aquela criatura que jazia conectada a mim. Aquilo que vi em sua cabeça, era o mal no seu estado mais bruto. A monstro não só matava as crianças em nome do seu deus, mas também comia suas carnes mortas, fazia dos inocentes o seu banquete. Eu não passava de uma ingênua mulher ao comparado com o ser desprezível que Ragad levou a minha cela. Era bem provável que nem o Jarl soubesse com quem estava lidando, porém, eu sabia. Decidi, naquele momento, que também a mataria. Deixaria o mundo livre daquele monstro. Não morreria antes de apagar sua existência na terra. Só assim, descansaria em paz.

— Escute com atenção o que vou lhe falar... — Iniciei meus comandos para velha que agora estava com o olhar desfocado, completamente pronta para me obedecer. — Quando sair daqui vai dizer a Ragad que eu estou sob seu controle, que docilmente permanecerei presa até o dia de meu Sacrifício. Dirá a ele que entrou na minha mente e alterou o curso de minhas ações e que, portanto, não sou mais um perigo. — Fiz uma breve pausa para que ela assimilasse o qua havia acabado de transmitir-lhe. — Só poderá partir, quando tiver a certeza de que o Jarl acreditou em você. Caso o contrário, pegará a adaga que ele carrega na bainha presa a cintura, e cortará sua própria garganta. — A velha continuou inexpressiva, apenas ouvia com atenção minhas palavras que estavam sendo registrada em sua essência.

Encarei a criatura com fúria. Tive que trazer à tona todo meu autocontrole para não matá-la ali mesmo, enquanto não podia se defender. No entanto, eu precisava dela para que meus planos dessem certo. Dessa forma, apenas ordenei:

— Mostre-me onde mora! 

A velha rapidamente obedeceu a minha ordem e mostrou-me seu casebre que ficava bem no centro daquela parte da floresta que as pessoas não frequentam, pois alegavam que era amaldiçoada. Elas tinham razão, a maldição era a velha.

"O mundo será um lugar melhor quando ela deixar de existir." Pensei.

— Ótimo! — proferi satisfeita. — Agora sairá dessa cela e se lembrará de todas minhas ordens. Também irá pensar que me venceu e que de fato, conseguiu me controlar. Depois, não sairá de sua casa, nem para buscar lenha. Em breve voltaremos a nos ver. — conclui como uma promessa e sai de sua mente sombria.

A velha despertou do transe e soltou uma alta gargalhada.

— Achou mesmo que ia me vencer criança? — indagou debochada. — Eu tenho mais de mil anos. Existo nessa terra antes de qualquer homem pisar sobre os gelos que a encobrem. Jamais me venceria! — Exibiu seu sorriso desdentado. — Embora devo reconhecer sua força... Você foi a pessoa que mais me deu trabalho. É uma pena que vai morrer. — Lamentou olhando para as unhas afiadas. — Poderia muito bem servir aos propósitos do meu deus. — Voltou seu olhar negro ao meu rosto. — Mas agora é tarde. — Deu de ombros. — Foi um prazer te conhecer. — Dito isso, ela voltou ao seu disfarce de uma boa senhora saiu e deixando-me, novamente, sozinha com meus pensamentos.

Sentei na cama acoplada a parede e esperei por um possível ataque que não veio. Ragad não adentrou em minha cela carregando uma irá mortal. Presumi, portanto, que a velha havia o assegurado sobre eu estar controlada. Meus planos deram certo afinal.

Ajeitei o travesseiro e me cobri com o grosso cobertor que Ragad deixou. Ele jamais permitiria que eu passasse frio. O Jarl me amava — do seu jeito errado, é claro — mas não poderia negar que seu coração só batia por mim.

A exaustão do dia e de todas minhas batalhas tomaram conta de meu corpo humano. Me permiti a ter um momento de descanso.

Minha luta ainda não tinha chegado ao fim. Meu grande plano estava só no começo. Contudo, naquela noite eu descansaria. Entretanto, antes que o dia raiasse eu estaria de pé, pronta para mais uma batalha.

Cada dia de vida era um dia a menos a caminho da morte. E o tempo — o maldito tempo — infelizmente, não parava. O que seria de mim no final?

(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

Olá, tudo bem? Espero que esteja gostando da história. Não deixe de votar e se quiser desabafar, é só escrever um comentário :)

Nos vemos ( se tudo der certo) na quarta!

Até logo!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro