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CAPÍTULO 14 - Vingança



"𝐸𝑢 𝑡𝑒𝑛ℎ𝑜 𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑖́𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒

𝐸𝑢 𝑜𝑠 𝑜𝑢𝑣𝑖 𝑔𝑎𝑟𝑔𝑎𝑙ℎ𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑐𝑎𝑏𝑒𝑐̧𝑎

𝐸𝑢 𝑠𝑎𝑖́ 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛ℎ𝑎̃ 𝑎̀ 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚

𝐸𝑢 𝑝𝑢𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒 𝑒𝑟𝑎 𝑜 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙"

(...) 𝐸𝑢 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎̀ 𝑓𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑜𝑢𝑐𝑜

𝐸 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑎𝑡𝑟𝑎́𝑠"

(𝑨𝑼𝑹𝑶𝑹𝑨 - 𝑰𝑵 𝑩𝑶𝑿𝑬𝑺)

"Sete dias!" Essas palavras não deixaram de atormentar minha mente, assim que Ragad as proferiu de forma impiedosa contra mim.

"Sete dias." Eu tinha sete dias até estar morta. Sete dias para concluir minha vingança. Sete dias para achar Thorn, onde quer que ele estivesse. Sete dias até que as terras vikings, de uma vez por todas, tivesse meu corpo, a última batida de meu coração e meu último suspiro.

As lágrimas que estavam implorando por liberdade, queimavam meus olhos por estarem contidas. O nó em minha garganta, nunca esteve tão doloroso quanto na noite após saber que seria sacrificada por aquele que dizia, —fielmente — me amar.

Aquela casa estava me sufocando. Estar ali, num lugar que pertencia mais a Ragad do que a mim, dilacerava meu frio coração.

Desesperada, eu fugi de dentro daquelas paredes, daquelas lembranças presentes em cada cômodo da casa. As vozes ali dentro zombavam de mim, do meu fracasso, da maldita esperança que deixei florescer dentro de mim como uma erva daninha que agora tentava me matar.

Não levei meu casaco e nem preocupei-me em colocar um vestido mais quente, no momento em que parti apressada até às margens rio congelado.

Eu era uma tola! Sempre fui uma tola. Odiava os deuses, mas sempre recorria a eles e implorava por ajuda quando o mundo se fechava em torno de mim. Naquela noite fria enquanto neve branda caia do céu e tocava graciosamente minha pele, implorei mais uma vez para que Cernunnos salvasse-me. Implorei para outros deuses também. "Tola!" o vento pareceu sussurrar em meus ouvidos, pois nenhuma resposta veio ao meu encontro. Não escutei nada além do uivo do vento que  dilacerava minha pele. Nada além da noite fria e escura.

— AAAAAAAAAAAAAARGGGH! — urrei a pleno pulmão.

A terra estremeceu embaixo de mim. Uma fissura da grossa camada de gelo que cobria o rio, se abriu até a outra extremidade.

— AAAAAAAAAAAAAARGGGH! — rugi como um trovão. Era um brado de raiva, tristeza e principalmente, de dor.

Ao abrir os olhos, notei que minhas chamas haviam derretido metade do gelo que cobria o lago. Sentia-me como um vulcão bem perto de explodir. E eu queria explodir. Desejava mais que tudo fazer aquela ilha sucumbir junto a mim. Mas toda aquela gente, foram salvos pelo rosto de Thorn... Não podia permitir que matassem a única pessoa que se importou comigo.

As lágrimas ameaçaram retornar. No entanto, as forcei para dentro de mim. O melhor dia da minha vida, foi quando aprendi a não chorar. Não podia deixar as lágrimas rolarem naquela noite, pois seria como abrir uma cachoeira há muito tempo contida. Se uma gota do líquido salgado escorresse por meu rosto, sabia que não seria capaz de conter o torrencial de águas que estavam — por tanto tempo — trancafiadas por trás de meus olhos azuis. Então, mais uma vez, eu não chorei.

Todos meus pensamentos se voltaram para uma única pessoa: Björn. Estava decidido, minha vingança começaria com ele. Até o anoitecer do outro dia, meus pais estariam vingados.


Não consegui dormir naquela noite. Pesadelos estranhos tomaram conta da minha mente. No entanto, não desperdicei meu cérebro — que se negava a desligar — e comecei a planejar minha vingança. Ao raiar do dia, meus planos de vingança estavam todos devidamente construídos.

Logo que o sol se fez mais forte na direção leste, declarei início a minha vingança. Tinha apenas sete dias e não desperdiçaria nenhum deles.

Enfiei-me no melhor vestido cuja tonalidade vermelha fazia destacar meus cabelos negros e olhos azuis. Usei a  magia para retocar alguns aspectos do meu rosto demasiado cansado, a modo que minha beleza estivesse intacta, e segui em direção a minha vingança.

Conforme caminhava sentia o forte odor das ervas em que trabalhei durante a madrugada, invadirem meu nariz. O vento continuava firme no seu propósito de torturar-me, mas nem mesmo o doloroso frio nórdico poderia parar-me. Eu tinha uma chama aquecida dentro de mim e ela não seria apagada até que eu partisse desse mundo.

Cheguei ao centro do clã e todos os olhares dos homens se voltaram para mim. Apenas um deles interessava-me e para este lancei meu sorriso mais sedutor e dei a entender que o estava devorando com o olhar.

Björn caiu perfeitamente na minha armadilha, pois de imediato esboçou um sorriso felino.

Troquei uma breve conversa com o verdureiro e logo tomei meu rumo até minha caverna reclusa que por muito tempo, foi o meu refúgio.

Adentrei na estreita trilha que me levaria ao meu destino e não tardou muito até que escutei os passos de Björn ao meu encalço. Olhei por cima dos ombros e soltei um riso travesso. Para o viking que seguia-me, parecia que eu estava o desejando — e na verdade estava — mas não como ele imaginava. Desejava vê-lo implorando por piedade. Logo o miserável estaria beijando meus pés.

Cheguei a minha caverna e não tardou para que o homem a invadisse com sua arrogância viking. Virei-me para analisá-lo com cuidado. Ele carregava um olhar predador, mal sabia — em sua plena ignorância — que era a única presa acuada ao redor daquelas rochas. Seu cabelo loiro estava bem maior desde nosso último encontro: chegava abaixo dos ombros largos. O homem ainda parecia uma montanha, era de longe o indivíduo mais alto e o  mais forte que tive o desprazer de conhecer.

— Quanto tempo! — Sorriu malicioso fazendo as rugas se acentuarem em volta dos olhos claros. — Sua aparência está muito melhor agora que tomou o corpo de uma mulher. — completou sem um pingo de remorso em sua voz.

Eu não passava de uma criança quando Björn estuprou-me. Meu primeiro sangramento  havia acabado de iniciar, quando o desgraçado deflorou-me.

Senti meu sangue ferver ao lembrar do mal que o maldito causou-me: ele degolou meu pai; também estuprou minha mãe e a matou; Não haveria piedade para com ele em minha vingança. Muito em breve, acertaríamos nossas contas.

— Hoje será melhor que dá última vez. — Caminhei até ele mantendo um olhar sedutor em meu rosto. — Será bom, ao menos para mim. — sussurrei próximo ao seus lábios antes de beijá-lo.

O viking invadiu minha boca com sua língua asquerosa. Meu estômago se revirou de nojo, porém me esforcei em manter a situação sob controle. Deixei que suas mãos percorrerem meu corpo. Permiti que tocasse-me pela última vez. Eu era uma aranha e ele estava bem preso a minha teia.

Senti o exato momento que seu corpo enrijeceu e seus dedos ficaram travados em minha cintura.

Gargalhei contra seus lábios. Um riso cheio de maldade e promessas assombrosas.  

Procurei por seu olhar e quando eles se cruzaram com os meus, notei que uma expressão de terror estampava sua face.

— Está com medo querido? — indaguei docemente. O viking continuava petrificado. Mas seu coração batia em ritmo acelerado. — Deveria ficar. — Sorri maldosamente.

Afastei-me dele cantarolando baixinho. Björn continuava completamente imóvel, seus únicos movimentos, eram o piscar dos olhos.

— Deve estar se perguntando porque não consegue se mexer... — falei enquanto cobria o chão com um manto negro e organizava alguns instrumentos ao seu redor. — Misturei algumas ervas junto a magia e o resultado foi um efeito paralisante. Não pode mover um músculo sequer, mas sentirá tudo que irei fazer contigo. — expliquei e voltei meu olhar em sua direção.

Se o viking pudesse expressar qualquer reação, podia jurar que seria de medo.

— Venha! Vamos começar. — O arrastei até o chão que agora já estava pronto para recebê-lo. — Por onde começaremos... — sussurrei enquanto passava a lâmina afiada de uma foice pela extensão de seu corpo. — Aqui! — pousei a ponta da lâmina em seu órgão masculino que ainda estava protegido pela calça. Os olhos do homem agitaram-se indicando que estava apavorado. — Não vai precisar dele quando se tornar um eunuco. — pronunciei com escárnio.

Estalei os dedos e todas suas roupas saíram de seu corpo. Os pelos do viking arrepiaram-se em contato com o frio extremo de sua própria terra.

— Serei rápida. — sussurrei em seu ouvido. 

Inesperadamente, senti algo molhado tocando a ponta de meu nariz. Direcionei meu olhar para sua face e percebi que lágrimas saiam de seus olhos.

— Lágrimas? — indaguei debochada. — Eu não chorei quando se apossou brutalmente do meu corpo, mas aposto que muitas choraram e creio que não tenha se abalado. — Seus olhos petrificados permaneciam fixos ao meu.

Segurei seu membro de uma forma que sua extensão ficou esticada e proferi:

— Por minha mãe, por mim, por todas mulheres que estuprou, por todas que possuiu sem permissão... Hoje acertaremos nossas dívidas. — Peguei a foice afiada e não hesitei por nenhum momento quando, com um único golpe, cortei seu órgão masculino.

Björn continuou paralisado, mas sei que um urro ficou preso em sua garganta enquanto uma parte de seu corpo jorrava uma densa quantidade de sangue. Do mesmo modo como a garganta de meu pai que ele brutalmente cortou.

Estalei os dedos e a parte ensanguentada do corpo do viking que eu segurava em minhas mãos, aquela parte que machucou a mim e tantas outras mulheres, desfez-se no ar como poeira ao vento. O vento uivou mais forte. O mundo parecia estar me agradecendo por aquilo.

Por mais que fosse difícil de acreditar, não tinha a intenção de matar Björn . Não existia vingança melhor do que condená-lo a uma vida de eunuco, após ter violentado — pelo menos — uma centena de mulheres. Por isso deixei preparado uma mistura de ervas que aliadas a magia, estancaria o ferimento e o manteria vivo. O mais importante é que mesmo que desejasse acabar com minha vida, desgraçado não conseguiria se vingar de mim. Ragad jamais permitiria que machucassem seu sacrifício — que no caso era eu. Entretanto, meus planos foram alterados assim que coloquei os olhos em Björn. Desespero brutal o atingiu e fui capaz de sentir o exato momento em que seu coração amedrontado por puro terror, deixou de bater em seu peito.

"Vikings não eram tão guerreiros afinal." Pensei enquanto encarava o rosto aterrorizado do homem morto a minha frente.

Agachei-me e fechei os olhos do defunto. Posteriormente, não tive outra escolha a não ser queimar o cadáver.

Usei a magia do fogo  que serviu para habilmente incinerar o corpo.  Ninguém o reconheceria, pois não sobrou muito de sua carne para contar história. Enrolei-o no manto preto e com a ajuda dos meus dons, o levei até o meu penhasco. Não tive nenhum resquício de remorso quando lancei seu corpo ao mar. Talvez Björn foi o único que soube qual a sensação de ter suas preces ignorada pelos deuses.

Retornei para minha casa cheirando a morte. Não saberia dizer se algum dia o destino cobraria pelas vidas que tirei e que ainda iria ceifar. Também não me importava, aprendi desde cedo que o mundo é um lugar injusto e a vida cobra caro por nossas ações. Talvez a vingança fosse um ciclo vicioso sem fim.

Tomei um banho e ainda assim, podia sentir o odor pungente da morte impregnado a minha essência.

Em meus pensamentos só se passava uma única frase: encontrar Thorn. Não importa onde esteja, eu o acharia e nós poderíamos — enfim — ir para casa.

Casa. Não tenho um lugar no mundo, mas poderia fazer do lar de Thorn o meu.

— Eu te encontrarei Thorn — sussurrei com a esperança de que o vento levasse minha promessa até ele.

Eu te encontrarei, eu juro. Levei esse pensamento comigo, na tentativa de torná-lo real.

Nunca, libertar-me, foi tão difícil.

(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

Olá, tudo bom?

Peço desculpa se alguém achou esse capítulo pesado de mais, no entanto, em favor de Erieanna, digo que ela precisava dessa vingança.

Sempre me manterei aberta para quaisquer, criticas (desde que não sejam ofensiva), desabafos e sugestões. Então sintam-se a vontade para expor quaisquer comentários sobre a obra. De verdade, espero que estejam gostando.

Bjos e até quarta!

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