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84 - PELO CONFINS DOS MUNDOS

"Se não fosse por você

Eu estaria sempre apaixonada e desapaixonada

Deitada nos quartos errados

E sabendo que não era o suficiente".

(Oh Wonder - In And Out Of Love)

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Desde que me vi sozinha no mundo, descobri o quanto o amor é uma força poderosa e, por vezes, letal. Ainda bem jovem fui vítima de um amor egoísta que custou o preço de minha vida, logo depois me tornei vulnerável por ter amado um deus que não merecia o meu amor. Então, descobri que estava grávida e assim eu soube o que realmente era o verdadeiro amor.

Alec, o mais novo dos guerreiros que seguia Cáel, parecia amar Eilyn, uma das garotas que fora destinada ao fatídico casamento. Eu só não sabia a qual espécie o seu amor pertencia, e por mais que eu desejasse proteger a garota de qualquer desilusão, jamais iria interferir no curso de seu sentimento, pois algumas situações há necessidade aprender por conta própria.

Alec me seguiu até à encosta marítima. A brisa cálida do mar nós envolveu em seu abraço suave quente. Os finos grãos de areia penetraram em nossos pés, a medida caminhamos em direção às ondas do mar.

Em silêncio, aproximamo-nos das águas e levamos um breve tempo contemplando a imensidão céu azul que se estendia acima de tudo, refletindo sua coloração no mar.

Logo em seguida, Alex interrompeu o silêncio e começou a falar em tom baixo:

— Estive pensando no que disse mais cedo, sobre homens e suas ações. Você disse que são raros aqueles que realmente se importam com as mulheres. Eu amo Eilyn, Erieanna, amo de todo meu coração e faria de tudo para protegê-la de qualquer mal. Acredita que eu seja uma dessas raridades que mencionou? — Seu rosto era uma confusão de incertezas. Ele temia decepcionar a jovem a quem amava.

Levei as mãos as minhas costas e endireitei a postura de modo a analisar o jovem guerreiro a minha frente. Alec era um bom rapaz, tinha o coração nobre e ainda não havia sido corrompido pela maldade dos homens. Talvez de fato fosse uma raridade, mas isso só o tempo iria revelar a verdade.

— Diga-me, Alec... você estaria disposto a deixar livre para viver longe de ti, caso ela assim desejasse? Seria capaz de se afastar para protegê-la? Respeitaria suas decisões, mesmo que elas signifiquem o distanciamento de ambos?

O guerreiro pensou por algum momento. Em sua face foi possível notar que seus sentimentos divergiam de sua razão.

— Sim, Erieanna, seria capaz de todas essas coisas e outras mais para proteger Eilyn. Se ela estiver segura e feliz, já é o suficiente para mim. Nada mais importa. — Sua voz soou nítida e segura. O rapaz de fato se importava com aquela garota.

Um sorriso de satisfação genuína brotou em meus lábios. Os homens não estavam perdidos afinal.

— Está no caminho certo, Alec. Há vários tipos de amor, mas nenhum deles é egoísta. Você é altruísta e seu amor também. Mantenha-se dessa forma e tudo dará certo no final. És muito jovem, ainda há um longo caminho a percorrer. Siga sempre o seu coração e não se deixei levar pela maldade humana. Seja melhor que os outros. Trate as mulheres com devido respeito. Não menospreze ninguém e assim conquistará o mundo. — Depositei minha mão em seu ombro e abri um largo sorriso.

Depois daquele diálogo, tornei a concentrar minhas energias na Natureza a minha volta. Estava me preparando para iniciar o ritual que nos levaria a liberdade, quando Alec questionou, pegando-me completamente desprevenida:

— Você ama o Cáel?

Um gelo subiu a minha espinha, pior um instante pensei em responder que sim, mas inevitavelmente me lembrei de Loki e já não tive certeza de mais nada. Para minha sorte, não precisei respondê-lo, pois o jovem completou em seguida:

— Ele te ama. Todos sabemos disso. Acho que ele te amou desde o primeiro momento em que te viu. Cáel jamais foi o mesmo depois que te conheceu. Ele sempre foi um homem bom, mas nunca amou qualquer mulher. Você foi a primeira e talvez a única a quem ele entregara aquele coração de pedra. Que bom que surgiu em nossos caminhos, Erieanna. Todos confiamos em você. — Seu olhar era de pura admiração e eu temi desapontá-lo com qualquer resposta.

Momentaneamente receosa, baixei meus olhos para as areias sob meu pé, escondendo qualquer reação que estivesse estampada em minha face.

— Alegro-me em saber que tenho a sua confiança. Irei necessitar dela, hoje mais do que nunca.

Rapidamente Alec recobrou sua compostura de guerreiro e ficou atento a todos meus movimentos.

Eu sabia exatamente tudo que viera fazer ali, as margens do mar. Um feitiço muito antigo deveria ser executado; um feitiço que garantiria a nossa tão esperada liberdade.

Inalei profundamente o ar para dentro de mim, conectando-me com a força majestosa da Natureza ao meu redor e deixei que os padrões ocultos ocupassem a minha mente. Um instante depois, senti uma energia primitiva me invadir: era a mãe Natureza me guiando.

Com meus olhos fechados, comecei a desenhar os padrões na areia. Meus braços pareciam mover por conta própria, executando as ações com demasiada maestria. Mas, embora estivesse sendo guiada por uma força major, ainda sentia que estava no comando da minha mente e espírito.

Quando conclui o padrão, abri os olhos e encontrei um círculo poderoso em torno de Cáel cujos olhos estavam arregalados evidenciando sua expressão de espanto. Eu não disse nada. Não queria romper a minha conexão com o oculto que me instruía.

Ainda calada, tirei a adaga da bainha presa em minha cintura, levei a lâmina em direção a palma da minha mão e fiz um corte reto em minha pele. O sangue vivido jorrou, implorando por liberdade. Segurei a mão de Alec e repeti minha ação. Ao vislumbrar o sangue escorrendo de sua carne, juntei nossas mãos, unindo-nos como um só.

— Falarei palavras antigas que jamais deve ser reproduzida em qualquer outra ocasião. Jamais as use ou pagará um preço muito alto por dizê-las em vão. — adverti, e por um momento, quase não reconheci a minha voz. Senti a vibração da minha garganta e minha boca se mexer, mas o som que saiu de mim pareceu-me diferente.

Talvez fosse a Natureza me usando.

Alce acenou com a cabeça, indicando que compreenderá o aviso e só então eu tornei a falar.

Todavia, quando eu enfim proferi as palavras do feitiço, não foi minha voz que saiu por meus lábios. Ao contrário, foi uma voz antiga e profunda que decretou o comando ao círculo de encanto, fazendo os padrões desenhados sobre a areia brilharem tão reluzente quanto o ouro.

Dominada pela energia poderosa que se apossara de mim, inclinei-me na direção de Alec, puxei-o levemente ao meu encontro, com a minha mão livre segurei seu rosto e soprei o ar para dentro de sua boca. Quando me afastei para olhar o jovem guerreiro, notei que seus olhos brilhavam tão azuis quanto os meus.

— Está feito. — Eu disse soltando nossas mãos. Já não havia mais sangue, apenas um leve sinal do corte que sumiria com o tempo.

— E agora? Qual o próximo passo? — ele indagou ávido para concluir aquela tarefa.

— Terás de mergulhar no fundo do mar. Deverá alcançar o solo e confiar na correnteza das águas que te guiarão. Há uma fenda entre as rochas, passe por ela depois nade até a superfície. Faça isso, depois retorne e me diga o que viu.

— O feitiço garantirá que eu suporte tanto tempo embaixo d'água? — Havia um certo receio em sua voz.

— Sim. Chegou o momento de confiar em mim, Alec. Prometo que não irei desapontá-lo. — Tão logo conclui frase, ele partiu em direção as ondas, adentrando ao mar.

Observei o jovem guerreiro até que ele desaparecesse de vista, imergindo sob águas. Dali em diante, nada eu poderia fazer a não ser aguardar por seu retorno.

Não tirei a vista das águas por nenhum momento. No céu as gaivotas sobrevoavam e também pareciam observar o desenrolar daquela situação. Não tive medo, pois sabia que Alec estava seguro. Tinha certeza de que retornaria com suas informações. E assim ele o fez.

Um bom tempo depois, quando minha pele começara a sentir os efeitos da prolongada exposição ao Sol, a cabeça de Alec apontou sobre as águas, e mesmo que estivesse longe, notei que estava bem.

Meu coração disparou em meu peito enquanto eu o observava nadar até a costa. A cada braçada do jovem, mais apreensiva eu ficava. Finalmente ele chegou até a mim, ofegante e molhado, porém em seus olhos havia o brilho de muita empolgação. Alec trouxera boas notícias. Sim, com certeza trouxera.

— Diga-me o que viu? — Não fui capaz de esconder o desespero que me abateu.

Ainda ofegante, o guerreiro sorriu, controlou a respiração e depois falou:

— Fiz conforme me instruiu. Mergulhei fundo, quase rente ao chão. Não senti a água pressionar meu peito, parecia que uma bolha de ar envolvia minha face, impedido que a água entrasse por minha boca. Deixei que a correnteza me guiasse e ela misteriosamente me levou até a fenda. Passei por entre as rochas, e num certo ponto, senti que as águas se tornaram mais geladas, até mesmo a força da correnteza se tornou mais forte, mais densa. Continuei seguindo a instrução e emergi até a superfície. Olhei para traz, na van tentativa de te conceder algum sinal, assegurando de que eu estava bem, mas não havia qualquer indício da ilha. Não havia você, nem as planícies. Não havia nada além da imensidão do mar. Intrigado, levantei meu olhar para o céu e encontrei nuvens cinzentas obstruindo a passagem da luz do Sol. Mag Mell estava invisível para meus olhos, porém tinha certeza que a ilha estava lá, atrás do manto de proteção. Percebi então que eu estava livre, já não habitava mais habitava no domínio de Manannán. Retornei, por fim, sabendo que podes de fato tirar a todos daqui.

Respirei aliviada. Realmente sairíamos dali e deixaríamos todo o caos daquele lugar para trás.

— Sei como deixaremos a ilha, no entanto ainda há uma imensidão de oceano nos separando de qualquer pedaço de terra. Não espera que fujamos a braçadas, espera?

Seu questionamento era realmente válido, só por essa razão não ri da sua incredulidade.

— Haverá alguém nos aguardando do outro lado, com um barco. Alguém que muito me deve, alguém em quem eu confio. — assegurei — Tenho tudo planejado, Alec. Dará tudo certo, meu jovem.

O rapaz sorriu satisfeito. A esperança brotou em nossos corações. Ambos estávamos ansiosos para deixar Mag Mell para trás e nunca mais retornar.

— Preciso que mantenha sigilo sobre o que aconteceu hoje. Não podemos deixar que ninguém saiba qual é o plano. Não confie em ninguém, nem mesmo em Eilyn. Conto com sua descrição. — pedi, já limpando os padrões desenhados na areia, escondendo todos os rastros do feitiço recém realizado.

— Não contarei a ninguém, eu juro.

Acenei com a cabeça. Eu confiava em Alec, pois sabia que ele desejava a liberdade na mesma medida em que eu.

Nosso pacto fora selado e então deixamos nosso segredo jazendo beira-mar. Partimos de volta a torre e carregando a esperança dentro de nossos corações.

***

Naquela noite, não consegui dormir. Apesar de todo cansaço, os eventos que sucederiam no outro dia mantinham a minha mente inquieta. Cáel, no entanto, pareceu não ser afetado por nossa fuga eminente, pois dormia pacificamente ao meu lado na cama. Deixei-o como estava e fui procurar abrigo em um lugar só meu.

A lua cheia brilhava intensamente no céu iluminando a natureza abaixo do seu manto negro. Não fazia frio. Havia no ar apenas o frescor da noite e o som dos animais noturnos que seguiam curso natural da vida.

A passos leve, caminhei por entre as árvores arrastando meu leve manto branco pelo chão. Meus pés descalços sentiam a aspereza e umidade do solo, conhecendo-me um acalento para minha alma aflita.

Ao chegar às planícies, o reflexo da lua cheia estampou as águas plácidas do mar. Sentei-me na beira do morro e cravei minhas unhas na grama macia abaixo de mim. A energia da Natureza se fez mais forte do que nunca. Senti-me viva e mais uma vez agradeci silenciosamente por ter vivido até ali.

Olá, Filha das Águas. — As ondas do mar se agitaram levemente, quando a voz oculta falou comigo.

— Olá. — sussurrei, fechando os olhos, apreciando aquela energia que me envolvia.

Sabemos que estas prestes a partir. Nós estaremos contigo, Filha das Águas, pois não abandonamos aqueles que fazem parte de nós. — A voz declarou sua promessa.

Abri a boca para agradecer, porém as palavras se perderam dentro de mim, ao notar as águas se agitarem e proferirem logo em seguida em tom sombrio:

Não confie nos homens, irmã. Não confie principalmente naqueles que escondem segredos e pensam que podem controlar o mar.

Pensei em pedir mais explicações sobre aquele estranho enigma, contudo senti uma mão tocar meus ombros e todos meus pensamentos se perderam quando ouvi a voz de Cáel próximo de mim.

— Então é aqui que veio se esconder. — Sentou-se ao meu lado.

Já não havia mais a voz oculta, até mesmo a energia misteriosa se dissipou no ar. Nas planícies restou apenas eu e o guerreiro que ocupava uma parte do meu frio coração.

— Não consegui dormir. — expliquei vagamente.

Cáel entrelaçou seus dedos no meu, concedendo-me o seu conforto.

Não sabíamos o que dizer um para o outro. Havia mais adiante um desconhecido que nos provocava uma inquietante sensação de incerteza. Acreditávamos que tudo daria certo, mas de fato não tínhamos qualquer certeza a nos agarrar.

— Eu amo você, Erieanna. Amo desde a primeira vez em que te vi. — o guerreiro revelou sem que eu pudesse prever.

Com o coração batendo acelerado em meu peito, segurei nosso olhar e me perdi na imensidão de seus olhos escuros que brilhavam mais que as estrelas no céu.

Cáel segurou meu rosto em suas mãos calejadas e continuou a falar:

— Eu te seguirei pelos confins dos mundos e jamais a abandonarei. Enquanto eu existir, enquanto eu respirar, eu serei seu; apenas seu. Estou em suas mãos, Erie. Amo-te como jamais amei qualquer outro alguém.

Meus olhos encheram d'água. Temi mais do que tudo magoá-lo. Cáel merecia muito mais do que eu poderia lhe dar.

— Acredite, Cáel, há uma parte de mim que te ama, mas há uma outra parte que ainda ama o deus que me concedeu minha filha. E por mais que eu tenha escolhido seguir adiante contigo, ainda não consigo retribuir seu amor na mesma intensidade, na mesma medida. Não posso iludi-lo e nem faria tamanha crueldade. Tudo que posso lhe prometer nesse momento, é que também estarei contigo pelos confins do mundo e tudo que o destino reserva em nossa jornada.

Ao contrário do que eu esperava, o guerreiro sorriu e havia verdade em seu olhar.

— Estaremos juntos, minha guerreira, e isso é tudo o que realmente importa.

Juntamos nossos lábios em um beijo que selava uma promessa. Sua barba raspou meu rosto e um arrepiou subiu por todo meu corpo quando sua língua tocou a minha. Por um instante, uma sensação familiar se incorporou em seu beijo, e quando abri os olhos, um leve brilho de malícia ocupava a face do guerreiro que me entregara seu coração. Soube, naquele instante, que eu também o amava, embora soubesse que meu amor jamais seria seu por inteiro, pois Loki sempre teria uma parte do meu coração.

Maldito seja o Deus da mentira por quem um dia eu me apaixonei.

***

Ocupamos o dia seguinte nos preparando para partir, organizando nossos pertences, decidindo o que seria necessário levar. Levantei um encantamento em torno da torre de modo a impedir que os comparsas de Manannán vissem nossos preparativos de fuga e nos deletasse para o deus dos mares. Não poderíamos levar muitas coisas, pois não haveria espaço no barco para transportar muita carga. Os guerreiros, portanto, decidiram levar as suas armas e suas bebidas, já eu levaria apenas a roupa do corpo e a filha que eu carregava em meu ventre.

Naquele dia, não houve comemoração alguma. Todos estávamos apreensivos com os acontecimentos que sucederiam, muitos temiam o que poderia acontecer caso tudo desse errado.

Quando o Sol começou a se esconder no Oeste da ilha, ambos juntamos nossos pertences e marchamos rumo a liberdade.

***

Percorremos o trajeto em silêncio, não havia clima para piadas e ninguém estava disposto a rir naquela ocasião. Ao chegarmos na planície, o brilho da lua já ocupava o céu. Cáel segurou minha mão quando descemos em direção às margens do mar onde encontramos Alec junto de mais quatro garotas desesperadas que não encontraram outra escolha a não ser fugir.

Eilyn, Nuala, Máirenn e Bellys estampavam em suas faces evidentes sinais de temor. Seus olhos ligeiramente arregalados, revelavam que tinham medo do que poderiam encontrar do outro lado da ilha, porém, para elas, nada parecia ser pior do que ficar em Mag Mell.

— Confesso que esperava por mais. — revelei um pouco decepcionada. — Entretanto, cada uma fez suas escolhas e ambos os lados não poderão se arrepender do futuro que escolheram viver.

Ninguém disse nada e nem precisou. Ao ver que ambas amigas seguraram as mãos uma das outras em sinal da mais devota união, eu soube que independentemente do que aconteceria, elas ficariam bem.

— Iniciarei o feitiço e isso concederá tempo caso alguém esteja atrasada. — expliquei para todos.

— Finn ainda não está aqui. — Escutei Geróid cochichar para Cáel.

Um estranho arrepio passou por mim, mas logo eu ignorei. Não queria ocupar minha cabeça com pensamentos ruins.

— Algo me diz que não devemos tardar por aqui. Se Finn chegar a tempo de fazer a travessia, ele irá conosco. Caso contrário, deverá permanecer em Mag Mell. Cada um daqui fez uma escolha, Finn também fez a dele.

Se alguém discordou do meu posicionamento, decidiu manter o pensamento para si, pois nada pode ser ouvido além do ruído das ondas do mar.

Realizei o feitiço da mesma forma que havia feito na manhã do dia anterior. Desenhei os padrões na areia e os sinais brilharam mais que as estrelas do céu. Vinculei meu sangue com todos os presentes e neles soprei meu ar para seus pulmões. Quando cheguei em Cáel, juntei nossos lábios em beijo curto, selando a promessa de que ficaríamos juntos e jamais nos separaríamos.

— A partir de agora deverão seguir ao Alec. Se ele mergulhar, deverão mergulhar também. Se ele nadar mais rápido, deverão fazer o mesmo. Se ele emergir rumo a superfície, emerjam também. Aconteça o que acontecer, não se afastem e não o percam de vista. Sigam minhas instruções e assim encontrarão a liberdade. Nos vemos do outro lado.

Todos assentiram com a cabeça sinalizando que haviam me compreendido.

Um por um, eles adentraram no mar seguindo o jovem guerreiro que já conhecia o caminho para além da proteção de Mag Mell.

Virei-me de costas para o oceano com a intenção de apagar o rastro do feitiço. No mesmo instante, um calafrio assombroso me dominou. Senti as ondas se agitarem atrás de mim em um padrão nada natural. Meus instintos aguçados me levaram a olhar em direção ao alto das planícies. Meu coração quase saiu pela boca, quando mais adiante, deparei-me com Manannán, o deus dos mares, nos encarando com as suas mãos levantadas em direção ao mar, libertando todo seu poder sobre as águas, tentando afogar as garotas e os guerreiros que estavam a fugir.

— Erieanna, devemos partir agora. Fomos descobertos. — Cáel advertiu desesperado.

Infelizmente eu não podia fugir. Soube, por alguma razão, que não conseguiria enfrentar Manannán se estivesse sobre as águas que eram de seu domínio. Com um grande pesar em meu coração, restou a mim apenas uma escolha a fazer.

Tomada pelo instinto primitivo que me guiava, ajoelhei-me no chão e espalmei as mãos abertas no centro do círculo, conjurando um escudo protetor na orla do mar impedindo que Manannán exercesse o seu poder. Imediatamente, as águas se acalmaram atrás de mim.

— Vá, Cáel, e diga a Morrighan o que aconteceu! — pedi, esperando que aquele cabeça dura me ouvisse ao menos daquela vez.

— Não vou sem você! — declarou obstinado.

Senti raiva de sua teimosia, mas no fundo sabia que se a situação fosse contrária, eu teria tido a mesma reação.

Pensei em obrigá-lo a partir, no entanto minhas ações foram interrompidas por algo que jamais preveria. Cernunnos desvaneceu a nossa frente e em seu olhar habitava o mais brutal ódio e reprovação. Ao seu lado, surgiu Finn, sorrindo vitorioso. E tudo se tornou mais claro que o Sol. Havíamos sido traídos por nossa própria gente. Finn havia nos traído. Maldição!

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(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

Olá pessoal, tudo bem?

Bem, estamos caminhando para reta fina da obra que está chegando ao seu fim! Quero agradecer a todas e todos que me acompanharam até aqui e que continuarão comigo até o final dessa jornada e quem sabe nas futuras histórias que se iniciarão por aqui.

Mas uma vez peço para não deixarem de acompanhar as postagens desse livro no perfil  para tentarmos ser notados pelo prêmio wattys 2021 (não custa sonhar né kkkkkk)

É isso gente, espero que tenham gostado do capítulo e até breve!

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