$ Capítulo 35 $
Jimin on.
— Vovó, você está viva! — abracei a mulher.
— Sim, meu pequeno. — fez carinho no meu cabelo.
— Por que vocês ficaram longe esses anos? — perguntei.
— Porque...
— Gatinho, acorda. — abri os olhos. — Vamos aterrissar, vem.
Desci da cama e sentei na poltrona ao lado dele, coloquei o cinto.
— Estava sonhando? — confirmei. — Era com seus avós?
— Como sabe? — ele passou o polegar na minha bochecha, uma lágrima.
— Resmungou "vovôs" ainda dormindo, e tem a lágrima. — olhei para ele.
— Eu sonhei que eles estavam vivos. — ficou surpreso.
— O que mais? — perguntou.
— Perguntei o porquê deles ficarem longe esses anos, quando eu iria ter a resposta, você me acordou. — passei a mão pelo meu cabelo.
— Sinto muito por te acordar. — pediu.
— Tudo bem! — senti aquele frio na barriga quando começou a pousar.
Finalmente em terras brasileiras.
Escovei os dentes antes de sair do avião, tirei uma foto aparecendo a bandeira do Brasil ao fundo.
Postei, "Olá Brasil!".
Jungkook igualzinho idol que não pode ser reconhecido com o namorado, máscara, boné, capuz, e óculos.
Saímos de mãos dadas, eu com o pequeno Café.
Tem fãs brasileiros esperando, Jungkook segurou o Café para eu acenar para eles.
Dei alguns autógrafos e tirei algumas fotos, depois saí do aeroporto e entrei direto no carro que esperava. Fomos para o hotel, estou em Fortaleza.
O hotel fica de frente para o mar, lindo!
Café parece cachorro com a cabeça perto da janela para ver tudo enquanto ainda estamos no carro.
No hotel Jin entregou o cartão e nós subimos.
Assim que cheguei no quarto, Jungkook foi pedir coisas para o Café, e eu fui tomar banho.
Tomei um banho relaxante, passei creme no corpo inteiro, limpei os piercings. Saí do banheiro de roupão, um pouco aberto em cima para ventilar meus mamilos.
Bateram à porta, abri e é o Tae.
— Tem um parque aqui perto, eu, Beatriz, Hoseok, Antonietta, vamos, quer ir? — olhei Jungkook colocando petisco para o Café. — Nossa, que gostoso! Esses piercings ficaram lindos!
— Obrigado! — pensei. — Jungkook pode ir?
— Pode, mas você sabe que ele teria que ficar todo coberto, né? — é mesmo.
— O que gatinho? — se aproximou. — Aonde vão?
— Um parque. — Tae respondeu. — Jimin quer que você vá, mas teria que ficar todo coberto.
— Não necessariamente. — como assim? — Em meia hora nós descemos.
— Okay! — a porta foi fechada.
— O que vai fazer? — perguntei.
— Pagar para fecharem esse parque, e só nós iremos ter acesso com todas as câmeras desligadas, mais um acordo para os funcionários ficarem quietos. — ser rico é outra coisa.
— Mas você não sabe se eles aceitam isso. — contestei.
— Todos tem um preço gatinho, todos. — me deu um selinho e pegou o celular dele. — A propósito, você está muito gostoso com o roupão mais aberto mostrando os piercings.
— Só vai elogiar? — me olhou.
— Um instante. — ele saiu falando no celular e com Café no colo, voltou em cinco minutos sem meu gato.
— Cadê meu filho? — perguntei.
— Com o avô. — se sentou na poltrona. — Vem aqui.
Fui até ele e sentei em seu colo.
— Só um instante. — colocou a ligação no mudo. — Eu vou negociar com o parque, e você, fique quietinho.
O que ele vai fazer?
Voltou a falar no celular, em inglês, e abriu o laço que dei no roupão.
Sorriu olhando meu corpo, isso faz minha auto-estima ir lá em cima.
Colocou dois dedos perto da minha boca.
Seus lábios se mexeram.
— Chupa. — deu sua ordem.
— Me obriga. — ganhei um tapa na coxa.
— Chupa agora, gatinho, ou te deixo sem gozar. — usou coreano para me repreender.
Não quero ficar sem gozar.
Seus dedos entraram em minha boca, comecei a chupar como se fosse um pirulito. Quando eu estava me divertindo, ele tirou, para levar até meu mamilo com piercing.
Passou devagar, até apertar entre os dois dedos puxando um pouco. Foi para o outro fazer o mesmo, sou muito sensível nessa área, depois do piercing fiquei mais.
Desceu passando pelo meu abdômen até estar no meu pau, um único dedo da base até a glande causando calafrio no meu corpo inteiro.
Usou o ombro para segurar o celular, uma mão na base, a outra sua palma começou espalhando o pré gozo, e minha mão foi até a boca.
Preferiu pegar o celular, colocou no viva voz e sobre a superfície mais próxima.
Voltou ao que fazia, de forma mais prazerosa e rápida. Tive que segurar nos braços da poltrona, mesmo sabendo que ele não me deixaria cair.
Eu me contorcendo em seu colo, e ele negociando com um sorriso no rosto.
— Ah... — me olhou bravo.
Culpa sua!
Apertou a glande, mordi o lábio.
— It was a pleasure doing business with you, bye! (Foi um prazer negociar com a senhora, tchau!) — vi ele desligando. — Eu disse quietinho.
— Mas...
— Ainda não permiti que falasse. — mandão.
— Vou continuar falando. — falei. — Não manda em mim.
— Não? — isso aí. — Então não farei mais nada. — cruzou os braços.
Que ódio!
— Tudo bem, eu termino sozinho.
Saí de seu colo e fui para a cama.
— Se fizer isso aqui, eu juro que vou te punir da pior forma, gatinho. — vou fazer.
— Não ligo. — me toquei gemendo.
Subindo e descendo, chupei meus próprios dedos antes de apertar meu mamilo. Fiz questão de gemer seu nome.
— Jungkook-ah. — consigo ouvir sua respiração.
— Você está fudido na minha mão! — que delícia.
Terminei chamando por ele.
— Eu vou tomar banho, gatinho pervertido. — foi para o banheiro.
Usei lenço umedecido para limpar a pequena bagunça; precisei limpar os piercings novamente. Vesti um shortinho preto solto com uma regata branca. Passei protetor solar, e fui escolher qual óculos iria levar para o parque.
Jeon saiu usando apenas bermuda, tão bonito!
Após ele colocar uma camiseta, nós saímos do quarto. Eu com o celular olhando umas coisas, a outra está unida ao do Jungkook.
Descemos e encontramos com quem vai ao parque.
— Por que o Do-yun não vai? — perguntei a Antonietta.
— Disse que está cansado e quer dormir, está no quarto dormindo com o Café fazendo o mesmo no meu travesseiro. — meu gatinho gosta de dormir. — Vamos?
— Sim. — saímos do hotel acompanhados por seguranças como sempre.
Em três carros diferentes fomos para o parque, foi apenas cinco minutos.
— Dava para ter vindo andando. — falei após sair.
— Concordo. — Jeon concordou comigo.
— A Jennifer não quis vir? — Bea me perguntou.
— Sei não, veja com o Tae. — estava ocupado terminando o que o Jungkook começou.
— Tae, a Jennifer não quis vir? — meu amigo parou de falar com Hoseok para responder.
— Ela está ocupada, assim como o Jin, eles estão aqui a trabalho, só nós viemos passear. — verdade. — Os dois estão na área do festival preparando as coisas para a parte do Jimin.
É mesmo, Jin avisou que iria fazer isso.
— Uma pena. — tadinha da Kamila.
Entramos no grande parque aquático.
— Olha o tamanho daquilo. — Tae apontou. — Quem vai arriscar descer?
— Tô fora. — Hoseok medroso falou.
— Eu vou. — falei. — Você vai amor? — perguntei ao meu namorado, amansando a fera.
— Acho que não. — está com medo?
— Eu irei. — até a Antonietta vai. — Os dois medrosos fiquem aqui.
Deixei meu celular com o Jungkook, para ele gravar eu descendo.
Como um instrutor falou para a Bea que se algum de nós tivesse com piercing seria melhor tirar, eu resolvi tirar.
Primeiro a regata, que Jungkook ficou segurando.
Comecei a tirar o primeiro, Tae e Hoseok olhando.
Jeon entrou na frente me cobrindo.
— Ciumento! — os dois falaram.
— Faltaram devorar o Jimin com os olhos e eu sou o errado ainda. — só fiquei rindo mesmo.
Tirei os dois e entreguei ao Jungkook.
Aí nós subimos, quanto degraus. Tae foi o primeiro a descer.
Sentei na beirada, não entendi absolutamente nada que o instrutor disse.
— Jimin, ele disse para você cruzar os braços no peito em X, e juntar as pernas. — Bea traduziu.
Fiz o que ele falou, logo senti duas mãos me dando um empurrão.
Gritei mais que criança quando vê fantasma.
O coração veio na boca, a adrenalina forte no sangue.
Frio na barriga, até entrar na piscina.
Saí da água colocando o cabelo para trás.
— Gravou amor? — perguntei ao Jungkook que me ajudou a sair da piscina.
— Sim. — sequei as mãos na camiseta dele e peguei o celular, assisti ao vídeo e logo postei.
"Primeira diversão no Brasil".
— Agora eu vou naquele.
Alguns o Jungkook foi comigo, outros ele só gravava e ria da minha cara.
Que bom que isso foi diversão para ele.
— Alguém está com fome? — Antonietta perguntou, todos levantaram a mão. — Então vamos comer.
Com toalhas enroladas no corpo fomos para o restaurante, ficamos na parte aberta.
O cardápio tinha em inglês, espanhol e português obviamente, então não foi necessário a Bea traduzir, só explicar exatamente o que era a comida.
Eu pedi algo que tive certeza que não teria frutos-do-mar, baião de dois e uma carne típica daqui.
Jeon pediu algo parecido com o meu, o restante foi em coisas com frutos-do-mar.
Caranguejo, camarão e moqueca de peixe.
Comidas com nomes difíceis, as coreanas também não são fáceis, mas como eu cresci ouvindo e falando, me acostumei.
Não quis nada alcoólico porque irei cantar hoje à noite, pedi suco de maçã, ajuda a voz.
Almoçamos em harmonia, eles conversaram bastante, eu estava concentrado na minha comida.
Óbvio que tirei foto do que iria comer, mas postei após terminar para dar a nota.
10, gostei das texturas e do sabor.
— Você já veio nesse estado, Bea? — Tae perguntou.
— Não, após sair de Minas e ir para São Paulo, fiquei lá até ir para a Coréia. — respondeu. — Nunca nem passei perto do Ceará.
— E as outras meninas? — Antonietta perguntou.
— Jasmin é filha de cearense, ela já veio visitar parentes, Kamila é nascida e criada em São Paulo, nunca saiu de lá até nossa ida para a Coréia. — que legal.
— Como se conheceram? — Hoseok perguntou.
— Jasmin era minha vizinha quando eu tinha uns dez anos, e nós íamos no mesmo parquinho brincar, um dia a Kamila se machucou perto de nós duas, desastrada desde criança. — ela deveria ser uma fofura. — Eu cuidei do machucado dela, aí descobrimos que ela morava umas casas depois da nossa, somos amigas desde então.
Isso me deu uma ideia, mandei mensagem para a Kamila.
Kami, você fingiu se machucar para chamar a atenção da Bea, quando criança?
Eu sei que ela é doida o suficiente para fazer isso.
— E vocês dois, como se conheceram? — Antonietta perguntou para mim e o Tae.
— Pode? — confirmei.
Eu não lembro exatamente como aconteceu, então será bom ele contar.
Minha infância ainda está muito fragmentada, não lembro de tantos detalhes, e tem rostos que eu não tenho um nome para colocar, isso tem me frustrado, estou pensando em passar novamente no médico e começar a fazer terapia.
Porque o Jungkook disse que o Jimin que acordou não tem barreiras como o antigo, e eu vou me machucar ao lembrar de tudo. Eu já estou todo traumatizado, cheio de feridas e cicatrizes que inflamam se mexer, não posso piorar isso.
— Eu fui ao hospital fazer exames que meus pais exigiram após me adotar para descobrir se eu não tinha nenhuma doença, se tivesse, para tratar logo. — eu prestando atenção. — Mas acabei ficando no mesmo quarto que o Jimin enquanto era tratado de uma infecção, ele todo fofinho encolhido, os avós acompanhando.
— Assim se tornaram amigos. — ele confirmou.
— O que o Jimin tinha? — Jeon perguntou, fazendo carinho na minha mão.
— Ele tinha dificuldade para respirar, então parava no hospital com falta de ar, e ficava lá respirando com ajuda de aparelhos. — não gostei de saber isso. — Você nunca mais teve depois que passou um ano com seus avós, né Jimin?
Confirmei mesmo sem saber.
— Ia muito ao hospital, Jimin? — Antonietta perguntou para mim, confirmei. — Nasceu doente?
— Acredito que sim. — por quê eu não consigo lembrar?
— Ele nasceu com sete meses, a progenitora forçou o parto. — Tae contou. — Foram muitos tratamentos até ele conseguir ser uma criança normal, que podia brincar sem se sentir muito cansado.
Não tô gostando de saber.
— Kook, quero cama. — sussurrei em seu ouvido.
— Tudo bem, gatinho. — ele mexeu no celular, e logo Lisa apareceu ligando para ele, atendeu e só ouviu. — Eu vou voltar ao hotel, quer ir gatinho?
— Sim, descansar para hoje a noite. — nós levantamos. — Se divirtam!
— Iremos, bom descanso! — Tae falou sorrindo.
— Obrigado! — coloquei minha regata seca, e saímos do parque, coloquei uma toalha no banco do carro para não molhar.
Voltamos ao hotel, e subimos direto para o quarto.
Eu entrei para tomar banho.
Por quê eu tinha dificuldade para respirar?
Lembra Jimin.
Forcei minha memória, buscando uma lembrança específica.
Minha cabeça começou a doer, como se minha mente não quisesse me dar essa memória, lutando contra a minha vontade, querendo me proteger.
— Me deixa lembrar! — resmunguei sentindo lágrimas saindo dos meus olhos se juntando com a água. — Eu quero saber.
Meu corpo doeu, e minhas pernas fraquejaram assim que eu tive a lembrança.
— Mamãe sai de cima de mim, eu não consigo respirar. — lutava para tirar a mulher de cima de seu frágil peito.
— Se você tentar contar aos seus avós novamente, ficarei em cima de você até que morra sem sentir o ar.
Permaneceu até ver o menino ficar inconsciente e parar de se debater.
Chorei de soluçar, meu peito doeu como se ela estivesse sentada em cima novamente me punindo.
— Jimin não consegue respirar. — encostei na parede e fui deslizando até estar encolhido no chão. — Kook.
[...] Autora on.
Jungkook está preocupado com o namorado, Jimin ficou incomodado com aquela conversa, e depois confirmou ao querer ir embora.
Enquanto o loiro estava no banheiro, Jeon andava de um lado para o outro.
Seu peito estava doendo, não entende porque sempre sente isso quando Jimin está machucado ou em crise.
Apertou mais, e ele colocou a mão no peito.
Pensou estar louco quando sua mente sussurrou.
"Ajuda ele".
Entrou no banheiro, e viu Jimin encolhido.
— Gatinho. — entrou ali desligando a água, pegou o loiro no colo.
— Jimin não... — tentava respirar. — Jimin não consegue.
— Não consegue respirar meu anjo. — confirmou.
Tirou Jimin do banheiro e o deitou na cama, Jimin tossiu e puxou o ar desesperadamente.
Abraçou o braço de Jungkook e voltou a chorar.
— Por que machucam o Jimin? — Jeon fez carinho nos fios loiros.
— Eu não sei, meu anjo. — abraçou o menor. — Ninguém mais vai te machucar.
Jeon ainda sentia seu coração apertado, seu anjo precioso estava machucado.
— O que você lembrou? — perguntou.
— Ela sentava no peito do Jimin como punição. — respirou fundo controlando a raiva. — Jimin tinha só cinco anos.
— Era um bebê.
O empresário ficou com Jimin abraçado até o mais novo parar de chorar.
Dormiu em seguida, Jeon o vestiu com um pijama mesmo dormindo.
— Eu te amo! — beijou a testa do anjo machucado. — E prometo que farei aquela que te machucou se arrepender de ter nascido, te dou minha palavra que ela nunca mais vai encostar um dedo em você.
Velou o sono do menor, viu ele se agitar quando tinha um pesadelo, Jeon o acalmava. Só parou de ter quando o mais velho deitou ao seu lado, o fazendo deitar com a cabeça em seu peito ouvindo o coração.
Jimin se acalmou e continuou dormindo.
Jungkook tentou entender de todas as formas o porquê Jimin sofreu tanto, passar boa parte da vida sendo saco de pancada de quem deveria o proteger.
Isso não entra em sua cabeça, o menor sempre foi a coisinha mais preciosa do mundo.
Não merecia passar por isso.
O loiro começou a dar sinais que estava acordando perto das seis horas, esfregando sua cabeça no peito do outro, passando a mãozinha reconhecendo onde estava deitado.
— Acordou gatinho? — perguntou baixo.
— Hum. — só resmungou.
— Você ainda vai querer ir ao festival? — perguntou.
— Sim. — passou a desenhar círculos. — Que horas são?
— Agora são quase seis. — continuou deitado. — O Jin pediu para você estar pronto às sete horas para ir fazer a passagem de som.
— Então preciso levantar. — sentou na cama. — Kook, eu não consigo lembrar como cheguei na cama.
— Eu te peguei no banheiro e te trouxe para cá. — começou a fazer sentido. — Lembra o que causou?
— Infelizmente sim. — levantou. — Vou tomar um banho rápido.
Entrou no banheiro, mas voltou.
— Onde colocou meus piercings? — perguntou.
— Estão em cima da pia do banheiro, em uma caixinha transparente. — Jimin entrou.
Tomou seu banho, lavou e hidratou seu cabelo. Cuidou de sua pele tatuada e suas jóias. Escovou os dentes, e saiu de roupão do banheiro.
— Você vai comigo, ou depois? — perguntou.
— Com você. — respondeu. — Já vou tomar banho.
Jimin se concentrou em pegar roupa na mala, não vestiu nada apertado e nem pesado, pelo calor que sentia. Se perfumou e sentou na cama, ficou mexendo no celular.
Viu que alguém o capturou entrando no parque, e era fã pela legenda.
"Agora já sei quem roubou o coração do Jimin, mas como ele ainda não revelou quem é, vou respeitar sua decisão e cortar o namorado da foto".
O loiro comentou agradecendo, viu páginas de fofoca oferecendo dinheiro para a pessoa vender a foto sem corte.
Jeon saiu de calça, colocou camiseta em cima e calçou tênis.
— Vamos, amor? — levantou.
— Um minuto. — se perfumou. — Vamos!
O mais velho segurou o rosto de Jimin com as duas mãos.
— Você está bem, gatinho? — está preocupado.
— Sinceramente? — confirmou. — Não, e sinto que estou piorando.
— Não acha melhor cancelar hoje e ficar descansando? — pensa que Jimin está forçando demais.
— Eu não quero decepcionar quem veio para me assistir. — Jeon já imaginava que era esse o motivo.
— Gatinho, seus fãs te amam, e se preocupam com a sua saúde, não ficaram decepcionados em saber que você está cuidando dela. — consegue ver que Jimin está para desabar.
— Só hoje eu vou, essa semana cancelarei toda minha agenda pública. — melhor que nada.
— Tudo bem. — deu um selinho no loiro. — Lembre que estou com você, não sofra sozinho, pode me colocar para sentir suas dores.
— Eu te amo! — sem Jeon ele teria desabado há muito tempo.
— Eu te amo mais! — beijou a testa do menor.
Saíram do quarto, Jin e Jennifer no corredor.
— Está melhor, Jimin? — Jin perguntou, mesmo que a resposta seja óbvia.
— Eu vou melhorar! — respondeu isso. — E cancele minhas aparições públicas da semana, pode postar uma nota após o show que o motivo é cuidar da minha saúde.
— Okay! Vai anotando Jennifer. — a secretária anotando. — Algo mais?
— Eu não vou voltar à Coréia assim que o show acabar, vou amanhã de manhã. — está cansado demais.
— Jennifer e eu iremos com a equipe do Yoongi, temos reunião com a Channel, o contrato vai chegar você estará no avião, assina e me manda de volta. — informou. — Após eu postar a nota, se quiser você mesmo postar um story.
— Irei postar. — pensou. — Assim que eu chegar na Coréia eu quero passar no médico, um psicólogo também.
— Anotado! — Jennifer falou.
— Só isso.
Foram de carro até o local do festival, Jimin entrou pela parte para artistas.
Só teve um aquecimento de voz e foi fazer a passagem de som, pessoas se reuniram para ver, viu seus fãs brasileiros.
Chamou Jennifer.
— Como fala "obrigado por assistirem"? — a brasileira o ensinou.
Agradeceu em português, antes de ir se arrumar.
Vestiu o que prepararam para si, um bory vermelho com muitos recortes e gola alta. Na parte debaixo uma calça preta de vinil.
— Está fazendo barulho quando eu ando. — saiu falando da calça, Jeon sentado, olhou o loiro.
— Já resolvo isso. — a stylist pegou vaselina. — Afasta um pouco as pernas.
Passou entre as pernas do blogueiro, enquanto ele fazia inalação.
— Anda novamente. — andou e não ouviu barulho. — Melhorou?
— Sim, obrigado! — Jennifer voltou com o inalador para perto do nariz e da boca.
— Se senta, irei preparar seu cabelo. — sentou e o homem começou a mexer no seu cabelo.
— O que irei usar nos pés? — perguntou.
— Bota. — a stylist mostrou.
— Jimin, só faça a inalação agora. — Jin avisou.
Prestou atenção ao que o cabeleireiro fazia, colocou mechas vermelhas entre seus fios loiros.
E logo deixou seu cabelo dividido ao meio, gostou de como ficou após passar a chapinha e fixador.
Enquanto a maquiadora fazia seus olhos, outra pessoa segurava o inalador.
— Inalação acabou. — ouviu Jin.
— Pode abrir os olhos, Jimin. — a maquiadora avisou, abriu. — Quer mudar ou adicionar algo nos olhos?
Observou o espelho.
— Não, tá perfeito! — admirou o trabalho da maquiadora. — Terminamos? — negou e fez o restante do rosto.
— Calce a bota para colocar os acessórios. — colocou a bota off white. — Anéis e brincos.
Escolheu e colocou.
— Como estou, amor? — perguntou virando para o namorado.
— Está lindo! — elogiou. — Perfeito!
— Obrigado! — agradeceu. — Yoongi já está cantando?
— Entrou faz vinte minutos. — saíram do camarim e foram para o palco.
Jimin viu o namorado colocando máscara, ajeitou para o outro.
Ficaram assistindo Yoongi cantar.
— Até que ele canta bem. — Jeon falou com Jimin.
— Meu ciumentinho! — acha engraçado o ciúmes do namorado.
— Olá, Jimin. — um homem cumprimentou ele.
Jennifer traduziu.
— Ele é o assistente de palco. — Jimin entendeu. — Está dizendo que é a hora de você colocar o retorno.
— Okay! — colocou e a base ficou presa na parte de trás da calça, o retorno no ouvido, mas um lado sem para conseguir ouvir o que ainda diziam.
— Microfone. — branco. — Ele disse que se você quiser na música que aumente o retorno, você aponta para cima.
— E abaixar para baixo? — confirmou.
— Agora disse que se precisar de algo urgente, aperte o botão vermelho no microfone que você vai conseguir falar direto com ele. — testaram. — Ele sabe o básico de inglês, fica tranquilo.
— Sempre fico nervoso antes de cantar. — fechou e abriu a mão controlando. — Algo mais?
— Se precisar que aumente seu microfone o comando é o mesmo, mas aponte para a sua garganta. — entendeu.
— Jimin, entrando em três, dois, um.
— Jimin. — Yoongi o chamou no microfone, ouviu a multidão gritando.
Entrou sorrindo, foi até Yoongi.
— Oi gente! — Jennifer o ensinou.
Percebeu que os brasileiros são mais animados que as pessoas dos Estados Unidos.
— Vocês estão bem? — perguntou. — Desculpe, meu português não é tão bom. — ouviu o tradutor falando. — Estou muito feliz de conhecer mais brasileiros, convivo com quatro e elas me mostraram como o povo do Brasil é maravilhoso!
Esperou o tradutor falar, viu que tinha intérprete em linguagem de sinais também.
— Vamos cantar Yoongi! — o rapper que só admirava o loiro falando com o público confirmou.
Jeon olhando de longe aquilo.
— Se você fosse o ciclope, Yoongi estava morto. — Jin provocou.
— Pode ter certeza disso.
A música começou e Jimin cantou, tirou um lado do retorno ouvindo a multidão cantando mais alto.
Sorriu e continuou cantando, na parte do rap, aproveitou para pegar coisas que os fãs estavam jogando.
Viu uma bandeira do Brasil com a carinha do Café no meio, a fã jogou para ele, abraçou a bandeira e voltou a cantar.
Terminou de cantar bem feliz com a energia dos brasileiros.
— O palco é seu! — Yoongi falou antes de deixar ele sozinho.
Colocou o microfone em um pedestal, e amarrou a bandeira ali.
Apertou o botão vermelho.
— Água. — ligou novamente, o assistente trouxe a garrafa, abriu e tomou boa parte. — Obrigado!
A banda começou a tocar a próxima música. Iniciou cantando lentamente como a música pede, se concentrando nos sentimentos que está transmitindo.
Teve a pausa onde a banda começa acelerar, voltou a cantar.
— I won't love you. (Eu não vou te amar.)
Tirou o microfone do pedestal e foi andando, cantando sobre não aceitar mais ser perseguido.
A multidão pulando e cantando com ele, sorria.
Fez os agudos com segurança, até terminar a música.
— Eu gostaria de cantar mais, mas Yoongi quer o palco de volta. — o tradutor passou. — Porém, uma amiga me apresentou um pouco das músicas de vocês, incluindo o funk.
Ficou esperando a tradução.
— E ela me disse que vocês iriam gostar se eu dançasse. — ouviu a gritaria quando tiveram a tradução. — Mas achei melhor chamar quem entende do assunto.
Chamou a cantora que dança muito funk, de todas que assistiu, gostou mais dela e pediu para Jin a chamar.
Cumprimentou a moça com beijinho na bochecha, Kamila o fez se acostumar com isso.
O microfone voltou ao pedestal.
A música com batida contagiante começou, Kamila ensinou essa pessoalmente a ele. Dançou como a amiga ensinou, acompanhando a cantora.
Quando a música terminou agradeceu a cantora e ao público.
— Obrigado Brasil! — se curvou e saiu. — Preciso de água.
Bebeu, recebeu uma toalha, passou no pescoço enquanto tiravam o suor de sua testa e bochecha com lenços.
— Gostou amor? — perguntou ao empresário.
— Você ainda vai me matar fazendo essas coisas. — sorriu.
— Faz inalação e depois Jennifer irá te levar ao espaço da Samsung. — foi para o camarim fazer inalação, Jungkook acompanhando.
— Terminou, Jennifer. — mostrou.
— Então vamos.
Saíram dali e com os seguranças foi levado para o espaço da Samsung, entrou de mãos dadas com Jungkook.
— Tem bastante gente aqui. — comentou com o mais velho.
— Sim, o espaço da Samsung é o maior. — de todas as marcas. — Lisa está me ligando, vai ficar bem com a Jennifer?
— Vou sim, pode ir atender. — o outro se afastou. — Preciso tirar as fotos, Jennifer.
— O painel é por aqui. — levou o blogueiro até o painel para fotos.
Tirou suas fotos, se concentrou em postar. Marcou a responsável pela roupa, cabelo e maquiagem, além da Samsung.
— Jimin. — guardou o celular e prestou atenção em quem o chamou, parecia um grupo de adolescentes.
— Oi! — eles sorriram para o coreano.
— Se junte a nós.
— Está falando para você se juntar a eles. — se aproximou dos adolescentes.
Alguns usavam o básico de inglês que sabiam para falar com Jimin, e outros preferiam usar Jennifer para traduzir, mas Jimin conseguiu se comunicar bem com todos.
— Temos que ir, vamos dançar para um DJ. — a menina falou.
Após a foto eles saíram. Não demorou e um rapaz se aproximou dele.
— Está gostando da estadia no Brasil? — perguntou, esse sabia inglês fluente.
— Sim, o povo é muito receptivo e alegre. — pegou a bebida que Jennifer trouxe para ele. — Você fala inglês muito bem, aprendeu com alguém de um país de língua inglesa?
— Por que a pergunta? — não entendeu.
— Minhas amigas são fluentes em inglês, mas o sotaque é o mesmo por ser do Brasil, e você não tem. — agora fez sentido.
— Minha mãe é canadense, com ela que aprendi. — explicou. — E o seu inglês é muito parecido com o do meu namorado.
— Ele é coreano? — perguntou.
— Só os pais dele, ele nasceu aqui. — respondeu.
Conversou mais com o influenciador. Socializou bastante ali, fez novos amigos brasileiros.
— Antonietta, a senhora trouxe convites para meu aniversário? — perguntou.
— Sim, você quer? — confirmou. — Pegue os nomes que amanhã alguém entrega para seus convidados.
— Okay! E disponibiliza a passagem, os convidados de fora irão ficar no J.K. Swan? — quer ter certeza que irão ter onde ficar.
— Vão, Jungkook disponibilizou cem quartos para os convidados. — informou. — Mas se precisar demais, ele libera.
— Tudo bem. — desligou. — Jennifer, anota os nomes dessas pessoas que conversei e passa para a Antonietta, fazendo um favor.
— Sim, senhor. — Jeon se aproximou.
— Quer ir na roda gigante, meu anjo? — perguntou ao loiro.
— Sim.
Foram para lá, entraram. Jimin tirou a máscara de Jeon.
— Bem melhor! Amo seu rosto. — não demorou para começar a subir. — Dá para ver tudo daqui.
— Você está melhor, gatinho? — olhou o namorado.
— Um pouco, foi bom ver meus fãs. — respondeu. — Mas isso não anula o que senti mais cedo.
Deitou a cabeça no ombro do mais velho, recebendo carinho em seu cabelo.
— Vamos superar isso juntos!
[...] Jimin on.
Ao chegar no hotel, eu e Jungkook subimos para o nosso quarto.
Família e amigos ainda ficaram no lugar do festival, só meu sogro que nem saiu do hotel.
Jeon buscou café, o gato dormia em seu colo, foi posto na cama, permaneceu dormindo.
— Amor? — me olhou. — Preciso de ajuda.
— Com o que, meu anjo? — se aproximou.
— Tirar esses apliques vermelhos do meu cabelo. — fiquei quietinho enquanto ele tirava e colocava na minha mão.
— Pronto! Seu cabelo está parecendo um ninho. — olhei no espelho atrás da cama.
— Você que deixou ele assim! — estava perfeito. — Vou tomar banho e lavar o cabelo.
— Tudo bem!
Levantei, tirei a calça e o bory.
— Jennifer vem pegar isso. — dobrei e entreguei para ele, mais os acessórios com a bota.
— Pensei que era seu. — comentou.
— Não, é emprestado pela marca. — entrei no banheiro.
Usei lenços para limpar meu rosto, toda maquiagem foi embora.
Entrei embaixo do chuveiro, o banho não foi longo, a parte que demora é o cabelo.
Quando saí, limpei os piercings, passei creme nas tatuagens.
— Amor. — de roupão. — Passa creme na tatuagem das costas.
— Disse que conseguia sozinho. — cruzou os braços. — Que só precisava da minha ajuda por estar com a patinha machucada.
— Velhinho rabugento! — revirou os olhos.
Pegou o pote de creme, colocou um pouco na mão. Deixei cair a parte de cima do roupão, e ele teve acesso às minhas costas.
— Está quase cicatrizado. — falou. — Se tivesse diminuído o doce, estaria totalmente cicatrizado.
— Deixa meu doce quieto. — pode nem exagerar um pouco no doce que ele já vem falar isso.
— Claro gatinho. — suas mãos subiram para os meus ombros, onde ele começou a fazer massagem.
— Vou dormir em pé se continuar. — falei, ele parou. — Quem disse que era para parar?
— Você é único gatinho. — voltou a fazer massagem, relaxei o pescoço, ele beijou. — Pedir um chá calmante, e fazer isso até você dormir.
— Depois que eu comer, né? — tô com fome! — Podemos pedir pizza? Ou lanche? Kamila disse que eu deveria experimentar.
— Eu peço, mas pizza ou lanche? — pensei.
— Os dois. — parou de novo, apontei meus ombros, voltou.
— Gatinho, é quase meia-noite, está um pouco tarde para comer tudo isso, vai atrapalhar seu sono. — preocupado.
— Mas eu quero os dois. — falei bicudo.
— Escolhe um, na próxima vez que viermos ao Brasil você come a outra opção. — chato!
— Pizza. — pensei. — Não, lanche. — difícil escolher. — Melhor pizza mesmo, ou será que lanche?
Fiquei nesse dilema uns minutos.
— Quero os dois amor. — pedi manhoso.
— Um só. — insuportável.
— Por favor! Os dois. — não custa nada. — Vai amor, pede os dois, eu tô com fome! E se eu ficar doente depois com vontade de comer o que não quis pedir? Vai ter que buscar aqui no Brasil.
— Parece um bebê birrento. — não acho. — Eu peço os dois, mas não reclame depois de dor, ou que comeu demais.
— Te amo! — me afastei de suas mãos. — Pode ir pedir, vou me vestir.
— Ligar na recepção para eles pedirem. — pegou o telefone do quarto.
Abri minha mala, peguei um pijama e vesti. Usei uma toalha para deixar meu cabelo úmido, passei creme, e óleo nas pontas, suficiente.
Desodorante, e perfume, prontinho para jantar.
— Pedido feito. — excelente.
Deitei na cama ao lado do Café, peguei o controle e fui procurar o que assistir enquanto me alimento.
Comecei a assistir Masha e o Urso.
— Isso não é para crianças com menos de cinco anos? — perguntou.
— Se tirar dezesseis anos, eu fico com cinco. — já você, vai ficar com dezenove.
Velhinho.
— Um bebê. — sou sim.
Três episódios depois bateram à porta, ele foi atender. Voltou com uma caixa e uma sacola de papel.
— Vem bebê. — levantei e fui até a mesa, sentei.
— Caixa engraçada. — na Coréia é quadrada.
— Pega refrigerante no frigobar. — levantei e fui pegar, voltei com duas latas. — Seu lanche, e a pizza.
Vem em um saquinho branco, abaixei um pouco a parte do saquinho, mordi.
— Gostoso! — empurrei minha lata na direção dele, parou de pegar um pedaço de pizza, abriu para mim, peguei.
Prestei atenção no desenho.
Um pouco eu comia do lanche, e da pizza.
Notei ser observado, olhei o Jungkook.
— Eu sei que tô me sujando todo, para de me olhar. — ele sorriu.
— Parece um bebê. — me deixa. — Mas é meu bebê!
— Sim, seu bebê. — voltei a comer.
Voltei a olhar a televisão até pensar em algo.
— Amor. — coloquei mais da maionese verde, não tem na Coréia.
— Fale gatinho. — por que é tão bom comer? Sempre fico feliz comendo.
Quer dizer, agora eu fico feliz comendo.
— Estou pensando em colocar outro piercing. — fiquei atiçado para ser mais furado.
— Onde? — perguntou.
— Umbigo, o que você acha? — perguntei de volta.
— Você já disse que iria furar o umbigo e apareceu com os dois mamilos furados. — verdade.
— Mas agora é sério. — falei. — Então, o que acha? Ficaria bonito, ou feio?
— Você é perfeito! Seria apenas um acréscimo na sua beleza sem fim. — amo quando ele me elogia. — Vai ficar bonito!
— Furar depois da minha festa. — quero comer bastante besteira na festa. — Você poderia colocar um piercing.
— Empresário com piercing? Não é legal, gatinho. — às vezes ele é tão conservador que nem parece namorar um blogueiro gay afeminado.
— Grande coisa, não pode deixar que sua profissão coloque empecilhos para que você não faça coisas novas. — difícil. — Abra sua mente, amor, e você tem tatuagem.
— Mas ninguém vê. — eu vejo, muitas vezes.
— Ainda assim, um piercing no lábio seria perfeito! — só de imaginar. — Então pelo menos, fura a orelha?
— Para de querer me furar. — não. — Minha orelha é furada, só não uso brinco.
— Por quê?
— Foi só uma loucura de adolescente para irritar minha mãe, consegui, e ela me deixou de castigo. — bem feito.
— Ela não deixava você furar a orelha? — perguntei.
— O problema não era esse, era o lugar que eu queria ir para furar, por ela seria num estúdio profissional, com pessoas prontas e estudadas. — onde o Jungkook furou essa orelha? — Furei na casa de um amigo, com agulha de costura, minha mãe quase me bateu naquele dia.
— Com razão, você quase perdeu a orelha. — besta. — Então não usa brinco porque não quer?
— Sim. — tudo bem.
— Então o piercing pode colocar? — negou. — Por que amor?
— Porque não. — namorar gente mais velha tem pontos negativos e ser muito cabeça dura é um deles.
Na verdade, é o único.
Afinal eu namoro Jeon Jungkook.
— Chatinho!
Continuei comendo até terminar, foram três pedaços de pizza e o lanche.
— Para você. — colocou duas caixas pequenas na minha frente, enquanto eu limpava as mãos com lenços.
— Mais presente? — confirmou.
— Ontem não te entreguei porque nem tivemos tempo. — abri a primeira caixinha, um lindo colar.
— Essa pedra. — parece algo extremamente caro.
— Vem da Índia. — sabia que era caro. — Seria seu presente de natal, mas chegou mais cedo.
— Eu amei! É lindo! — peguei a outra e abri. — Brincos de diamante.
— Sim, e isso embaixo. — olhei mais duas jóias de argola.
— O que é? — perguntei.
— Piercings de diamante. — respondeu.
— Por essa eu não esperava, são perfeitos! Obrigado amor. — coloquei na mesa. — Quer que eu coloque para você ver?
— Sim.
— Vou lavar a mão e escovar os dentes. — levantei e fui até o banheiro, lavei a mão, passei fio dental, depois escovei os dentes.
Saí e ele entrou. Sentei, tirei a blusinha do pijama. Um piercing de cada vez.
— É sensual você fazendo isso. — olhei e ele está encostado na parede me olhando.
— Obrigado! — agradeci.
Peguei uma das jóias, limpei, e com cuidado comecei a colocar.
— O que achou? — perguntei após colocar as duas.
— Muito lindo! — vou acreditar, mesmo que a cara diga "quero te comer". — Perfeito!
— Meu namorado tem bom gosto! — ele sorriu.
— Com certeza, precisa de muito bom gosto para namorar uma beldade assim. — fiquei tímido. — E você gostou?
Confirmei.
— São lindas. — comecei a tirar. — Mas só para ocasiões especiais, não dá para ficar andando por aí com mais de vinte mil no mamilo.
— Vinte mil? — sim. — Claro gatinho.
— Quanto custou, Jungkook? — perguntei.
— Não se fala valor de presente. — sem vergonha.
— Tudo bem! — guardei na caixinha e coloquei o meu, é de prata.
— Quanto pagou no seu? — perguntou.
— Eu não paguei nada, você pagou. — usei o cartão que ele me deu. — Você não fica olhando o que eu compro?
— Se você usou o cartão de débito, eu não fico sabendo. — rico. — O de crédito a Lisa fica sabendo, ela que cuida disso.
— Ela faz tudo? — negou.
— Apesar de ser minha secretária pessoal, não faz tudo, tem coisas que eu mesmo resolvo. — vesti a blusinha do pijama. — E tem outras que o secretário dela resolve.
— Sua secretária tem um secretário? — confirmou.
— Foi necessário para ela não ficar sobrecarregada quando demiti a segunda secretária. — quem é essa?
— Que segunda secretária? — levantei e subi na cama, peguei Café no colo, continuou dormindo.
— A Judy. — ainda não sei quem é. — Não se lembra dela, bebê?
— Não. — respondi.
Jeon subiu na cama, ficou ao meu lado, tirou Café das minhas mãos e colocou na caminha dele, amassou e dormiu de novo.
— Gatinho, ela era uma secretária que você não gostou desde a primeira vez que viu, eu demiti após ela tentar colocar coisas ruins na minha cabeça sobre você. — entendi.
— Se já demitiu, tudo bem.
— Bebê, você não se lembra de tudo sobre nós, né? — perguntou. — Pode ser sincero.
— Não, desculpa. — pedi.
— Tudo bem, meu anjo. — me abraçou. — Por que não me contou isso?
— Não queria te preocupar. — respondi.
— Porque falou que lembrava tudo? — questionou.
— Tive medo que quisesse me deixar após saber que eu não lembro de tudo. — expliquei. — Quem iria querer ficar com alguém que nem lembra como foi o pedido de namoro?
— Foi na Torre Eiffel. — falou.
— Isso eu sei, mas eu não lembro o que você falou, como pediu, e me sinto culpado por isso. — na verdade, me sinto um namorado horrível.
— O que mais não lembra? — olhei para ele. — Pergunta errada, vou reformular. — exatamente. — O que você lembra?
— Como nós conhecemos, o dia que foi na faculdade, nós dois no restaurante, você indo me buscar todos os dias, o aniversário da Rosé, mas o que aconteceu com a oferecida, só sei porque Tae me contou, eu não lembro disso. — contei das minhas memórias. — Me lembro de estar na sua casa, mas como cheguei lá eu não lembro. — deve ter sido de carro. — Um sábado que passei na sua casa, torno a repetir, não lembro o que aconteceu lá.
— É só isso? — neguei.
— Lembro de você apagar um número de telefone da minha mão, mas não sei quem escreveu. — puxei mais memórias. — Aí durante um tempo eu não tenho imagens de me encontrar com você.
— Eu fui para Paris. — ah!
— Okay! Lembro de ir em casa decidir as coisas com a sua mãe, mas nada do que foi falado. — está uma confusão. — Seu aniversário eu lembro, não lembro o que falei quando confessei o que sentia por você. — vamos acelerar. — No aniversário do seu irmão, lembro de uma mulher de vermelho me aplaudindo, mas o que fez ela me aplaudir não sei.
— Vou te contar com detalhes, do início. — lá vamos nós.
Jeon ficou duas horas me contando com detalhes sobre nós dois.
— Algo mais? — confirmei.
— Por que minha palavra de segurança é "biscoito"? — perguntei.
— Não sei, você escolheu sozinho. — não fez sentido. — Quer mudar? Criar novas lembranças?
— Sim. — pensei. — Eu não gosto de morango, então vai ser morango.
— Tudo bem! Mais alguma coisa? — com certeza.
— Na nossa primeira vez juntos após namorados, você... — como diz isso?
— Pode falar gatinho, tenha em mente que não vou rir ou zombar do que falar. — okay!
— Você disse que eu tinha ficado excitado assistindo meus amigos beijando estranhos, como isso aconteceu? — desviou da real pergunta.
— Aconteceu que você propôs isso para eles, muito safado! — discordo. — Agora faz a pergunta real.
— Deixa eu formular ela. — pensei. — Eu já sei da moça me aplaudindo, e você citar ela na nossa primeira vez, como quem me assistiu. — agora é a hora. — A visão do bar para a área VIP, não era nada boa, para ela conseguir me ver, tinha que estar posicionada de forma exata para onde sentamos e ter a certeza que ninguém ficaria no parapeito, tampando a visão, você armou aquilo?
Se afastou para me fazer olhar para ele.
— Bebê, eu não armaria algo relacionado a sexo sem ter o seu consentimento e conversar antes, não armei que ela te assistisse. — que alívio. — Mesmo sabendo que você gosta disso, preciso do seu total consentimento para toda cena que faremos, entendido?
— Sim. — bem melhor. — Mas você a conhecia né?
— Isso sim, conheço ela. — sabia. — Ela é uma velha amiga.
— Já fez sexo com ela? — negou.
— Mas ela já me viu fazendo sexo com a namorada dela. — isso foi chocante. — Relacionamento aberto, desde que ela decida com quem a namorada irá fazer sexo.
— Por que aceitou fazer isso? — perguntei.
— Quer a resposta real, ou que eu minta?
— A real, vai, me conta. — cruzei os braços esperando.
— Apostei com ela que era melhor de cama, e faria a namorada dela esguichar cinco vezes. — bati nele. — Isso foi há três anos gatinho, dessa vez doeu.
— Cachorro sem vergonha. — me lembrei de algo. — Mas um instante, o que é esguichar?
Kamila já falou disso, que ela é sensível assim como Jasmin, mas Bea nem tanto.
E lembrei que Tae conseguiu fazer Bea esguichar, isso eu não queria ter lembrado.
— Esqueci que você nunca fez sexo antes de mim. — exatamente. — Esguichar é quando uma pessoa com buceta, alcança o limite do prazer, e faz sair um líquido incolor.
Buceta, nunca tinha ouvido essa.
— Como uma torneira?
— Quase, só que diferente de uma torneira, não é toda vez que abre que vai sair água. — interessante. — Voltando, homens héteros não costumam se preocupar muito com isso, não acham nem o clitóris. — ele parou. — Você sabe do clitóris né?
— Isso eu sei, tive educação sexual e tinha uma foto ilustrativa no livro, foi o mais próximo que já cheguei de uma, como você chamou? — pensei. — Buceta.
— Então, fazer alguém esguichar para muitos homens é algo impossível, só sabem fuder de qualquer jeito, gozar bem rápido e ir dormir. — nossa.
— Que triste! Ainda bem que meu namorado se preocupa mais comigo. — e continue assim. — Então apostou que fazia ela esguichar. — palavra estranha. — Cinco vezes?
— Sim, por isso eu fiz sexo com ela. — bati de novo.
— Puto! — me olhou bravo.
— Não pode chamar seu dominador de "puto". — eu acho que posso sim.
— Putinho pode? — ficou mais bravo. — Desculpa.
— Bem melhor.
— Por falar a verdade. — completei.
— Você é terrível! — sei disso.
— Mas você conseguiu o que apostou? — perguntei.
— Fazer ela esguichar? — protegeu o braço que bati. — Sim.
Bati no outro.
— Safado! — uma safadeza fora do comum. — Como você ganhou, o que ela te deu?
— Consegui comprar o negócio dela de bebida. — negócios e sexo.
Eu tenho certeza que isso é crime.
— Mas isso é crime, usar sexo para negociar mais barato, sem falar que foi uma aposta. — só piora.
— Sei que é crime. — e ele ainda confessa.
— Você não faz mais isso, né? Porque esse negócio de namorar criminoso só dá certo em filme, na vida real eu posso acabar morto, porque alguém que você fez negócio vai me usar como seu ponto fraco. — ele tá pálido. — Está tudo bem?
— Claro bebê, agora vamos dormir. — me fez deitar.
Ele apagou a luz. Fiquei de costas e ele abraçou, conchinha.
— Boa noite, amor! — falei.
— Boa noite, gatinho! — fechei os olhos.
Estava quase dormindo.
— Como sabe que é meu ponto fraco? — perguntou.
— Se amamos alguém, ela já é nosso ponto fraco. — respondi. — E dizem por aí, que você morreria por mim, não sou apenas seu ponto fraco...
— O que mais você é?
— Posso ser a causa da sua morte...............
O bory que Jimin usou, com a calça de vinil.
Esse Jimin é piadista, causa da morte, jamais faria isso.
Ou faria?
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro