$ Capítulo 12 $
Jimin on.
— Jimin, o que acha dessa parte? — Beatriz perguntou. — Ele está no mundo da Lua.
— O quê? — perguntei.
— Sobre o trabalho, falta quinze minutos para começar. — olhei o que ela pediu opinião.
— Mude a segunda Lei, essa aqui se encaixa mais. — falei.
Estamos fazendo um trabalho, será um julgamento experimental, meu grupo está montando o caso para quem o professor vai escolher para ser o promotor.
— Terminamos. — Beatriz falou após mudar o que falei.
— Envia nesse e-mail. — o professor colocou o papel com o e-mail dele, enviou.
— Você está muito aéreo hoje, e fica suspirando triste direto. — Beatriz falou sua observação sobre mim.
— Estou bem. — já estamos na última aula.
— Certeza? Tem notícias de quando o Jungkook volta? — neguei. — É isso, está com saudade dele.
— Não estou. — estou sim.
— Você está, é normal sentir isso quando gostamos de alguém. — falou.
— É. — resmunguei abaixando a cabeça na mesa, quero logo ir para casa.
— Acabou o tempo. — o professor falou. — Escolher quem será o promotor e o advogado. — começou olhar a ficha de alunos. — Park Jimin.
Levantei a mão sinalizando onde eu estou.
— Promotor, escolha seu assistente. — não, porque eu? Detestei.
Falou o nome de uma aluna, ela será a advogada que vai defender as acusações do réu.
Dez alunos serão o júri, e ele escolheu a Jasmin como juíza.
— Seu assistente senhor Park? — perguntou.
— Beatriz. — ela me olhou negando. — Vai sim. — sussurrei para ela.
— Cinco minutos e começaremos. — analisamos tudo e qual abordagem fazer nas acusações. — Alguém quer ser o réu?
— Eu. — Kamila levantou a mão empolgada. — Se me mandar para a cadeia Jimin, vai ver só.
Você vai, não gosto de perder.
O que sobrou da sala só vai assistir, começamos o julgamento, ele escolheu a segunda melhor aluna da sala para ser advogada, então é um embate justo.
Mas eu sou o melhor, não vou perder.
Beatriz me ajudou muito, faltando dez minutos para acabar o júri saiu para decidir.
O júri voltou entregando o veredito em um papel pequeno que o professor deu para escreverem, vamos ver se a Kamila vai para a cadeia.
— O Júri votou, a réu é considerada em unanimidade, culpada. — Jasmin bateu o martelo que o professor deu. — Pelos crimes cometidos, é condenada a cinco anos de prisão.
— Parabéns, aos alunos envolvidos. — o professor falou. — Senhorita juíza o martelo.
— O senhor bem que poderia dar ele para mim. — ele negou. — Não venho mais na sua aula também, da próxima vez consiga aquela peruca que os juízes usam, a beca também seria uma boa.
— Senhorita Silva, está pedindo de mais. — voltamos para os nossos lugares. — Senhor Park, se decidir ser promotor será um dos melhores.
— Obrigado. — esse professor já é bem de idade, ele é um dos professores não coreanos, tenho mais duas, uma francesa, e uma americana.
— Encerramos a aula por hoje, vejo vocês na próxima semana, com a nota. — espero que a minha seja cem porcento.
Fechei o MacBook, peguei meu caderno e estojo, saí com as meninas. Paramos nos armários para pegar as coisas, guardei tudo na mochila.
— Tchau! Até amanhã! — falei.
— É mesmo, você não vai trabalhar hoje. — Kamila falou.
— Sim. — eu fui para o estacionamento e elas saíram da faculdade em direção ao prédio que moram.
Tae estava próximo ao meu carro falando com um rapaz menor que eu, fiquei afastado olhando para ver o que ele vai fazer.
— Mas você não está ficando com uma das brasileiras da sala de direito? — perguntou ao Tae.
É Tae, você não está?
— Ela não é importante. — sabe que eu nem fico surpreso. — Você é.
Meu Deus! Ele vai cair nessa? Só se for muito trouxa.
— Sou? — é trouxa, Tae até passando a mão no rosto dele, isso parece cena de filme.
Aqueles com o final triste.
— Sim, você é importante. — beijou o menor, que lábia excelente.
Que menino trouxa!
Aproximei, e os dois estão se pegando atrapalhando eu entrar no carro.
Fingi tossir, os dois pararam.
— Licença, mas eu quero entrar no meu carro. — os dois saíram da frente, abri a porta. — Ele está te iludindo, falou a mesma coisa "ela não importa, você sim" para metade dessa universidade.
Tae me olhou bravo, isso não me assusta.
— Vamos logo Tae, ou te deixo para trás. — entrei no carro fechando a porta, coloquei a mochila no banco de trás, enquanto ele ilude o menino mais um pouco eu coloquei o cinto.
Ele entrou cinco minutos depois, esperei ele colocar o cinto antes de sair.
— Ainda não vai ao trabalho? — ele gosta de fingir que nada aconteceu, cínico.
— Não. — respondi. — Por quê?
— Nada, só queria saber. — sei.
— E sua irmã? Já fala mais com você? — questionei.
— Sim, e o medo dela é por conta da cor do meu cabelo, duas meninas no orfanato batiam nela eram loiras, então ela associou a cor do cabelo com os atos. — é uma criança, na cabeça dela faz sentido. — Então amanhã irei aparecer com outra cor, estava pensando em azul.
— Vai ficar ótimo, como todas as outras cores. — ele troca mais a cor do cabelo que de roupa.
— Eu sei, talvez eu volte para o preto, quando vai pintar seu cabelo? — nunca. — Que tal rosa?
— Não vai pintar meu cabelo Tae. — cada coisa, ele já teve dois cortes químicos, sorte que foi nas férias.
— Então roxo? — foi falando as cores que iriam combinar comigo até em casa.
— Está entregue, e suas mãos não vão encostar no meu lindo cabelo. — falei.
— Você é ruim, ainda vou te convencer pintar o cabelo. — falou antes de sair do carro. — Tchau!
— Tchau! — fui para a casa, como sempre não demorou nada.
Como vou sair, deixei o carro parado em frente, saí e peguei minha mochila atrás, fechei o carro.
Entrei pelo portão social, hoje o dia está ensolarado, bem quente.
Abri a porta, entrei já tirando o tênis, coloquei a pantufa e fui para o quarto. Tirei o celular e o MacBook da mochila antes de pendurar atrás da porta.
Celular na cama e MacBook na mesa de estudo, agora vou tomar um banho frio.
Entrei no banheiro tirei toda a minha roupa, para entrar embaixo da água fria foi difícil, primeiro as mãos, os braços, e entrei com tudo.
Que água gelada, puta que pariu!
Só após meu corpo se adaptar a água que ficou tranquilo e eu consegui tomar banho, não fiquei tanto tempo para não gastar água atoa.
Saí me secando, enrolado na toalha escolhi qual roupa usaria. Peguei calça jeans preta, essa é até bem justa, e camiseta vermelha com a estampa de algum anime.
Calcei a pantufa, peguei meu celular e saí do quarto. Estava desligado até então, liguei ele, Jungkook mandou mensagem e me ligou.
Mandei mensagem mostrando estar vivo, agora ele deve estar dormindo acredito eu.
Não estava, meu celular começou a tocar.
— Olá anjo. — que saudade, acredito que se passar mais de três irei morrer.
— Oi Kook. — porque o apelido? Ele tem dois para mim, achei justo ele ter um também.
— O que está fazendo gatinho manhoso? — perguntou.
— Agora eu vou almoçar. — falei olhando a geladeira. — Você não deveria estar dormindo?
— Não, Hoseok já acordou e está cantando pela casa não deixando eu dormir. — falou mostrando estar irritado. — Então gatinho, minha mãe quer saber duas coisas.
Meu Deus! O que é agora? Não seja outro almoço, ela vai me matar de tanto comer.
— Diga. — meu kimchi acabou, preciso fazer mais.
Vou fazer Tteokbokki, é só fazer o molho dele e juntar o que vem no pacote, está pronto.
— Primeiro ela quer seu número. — coloquei no viva-voz para começar preparar o molho, e no balcão do fogão, mas longe para não acontecer nada. — Segundo, ela quer saber se pode ir com você encontrar a arquiteta e a decoradora?
— Sim, para as duas coisas, porque não? — vai ser ótimo, ela vai decidir tudo e eu não vou precisar olhar preço de nada, já estava preocupado com isso. — Espera, ela sabe que você deu a casa?
— Sim, por quê? — agora ela vai me achar interesseiro e oportunista.
— Ela não falou nada sobre isso? — perguntei levemente preocupado.
— Não, ontem ela me ligou para perguntar onde você morava. — qual o interesse? — Eu falei o endereço e ela sugeriu eu dar uma casa para você porque seu bairro é muito perigoso.
— Ela não está totalmente errada. — acontece alguns assaltos de vez em quando. — Então ela é a favor da casa? Jurava que ela iria me xingar de interesseiro e que só queria seu dinheiro.
— Ela já viu que você não é assim anjo. — ótimo! — Que horas você pretende ir?
Olhei o relógio, calculei o tempo que demoro para comer.
— Duas e quinze. — falei.
— Tudo bem, ela vai te encontrar lá. — falou.
Queria perguntar se ele já sabe quando vai voltar, mas na minha cabeça ele vai pensar que estou querendo que ele volte logo por eu estar morrendo de saudade, não que seja mentira, mas não quero que ele pense isso.
— Vou desligar gatinho, tchau! — é, tchau!
— Tchau! — ele desligou.
Suspirei triste, quando ele volta?
Coloquei a comida em um bowl, peguei o hashi e sentei para comer, comi apenas pensando em nada e tudo ao mesmo tempo.
O professor estranho que está substituindo a demônio, fica me olhando muito, isso causa calafrios na minha espinha.
Não é igual ao que Jeon causa, é ruim.
Ao terminar levei para a pia, lavei o que estava sujo colocando para secar, quando eu voltar irei guardar.
Peguei meu celular antes de ir para o quarto, deixei na cama, entrei no banheiro para escovar o dente e proteger minha pele do sol antes de sair.
Calcei o tênis da Louis Vuitton, ele é confortável, pelo preço deveria ser como andar nas nuvens.
Celular, cartão, chave do carro, tudo certo.
Consegui sair exatamente no horário que falei, coloquei o endereço da casa no GPS, não quero correr o risco de me perder.
Vinte minutos eu entrei na rua da casa, não é um bairro de ricos, mas não são pobres que moram nessas casas, comecei a olhar o número das casas.
Quarenta é a que estou procurando, passei pela casa trinta estou perto.
Olha aquela casa, que linda e grande, voltei a olhar os números, porque a quarenta é a maior casa da rua?
Jungkook eu vou te matar!
Eu li quantos metros quadrados estava no contrato que assinei, mas na minha cabeça de futuro advogado e não arquiteto ou engenheiro, era pequena.
Definitivamente eu não tenho noção de tamanho, uma simples estava de bom tamanho, tendo o meu nome na escritura da casa e não o nome da minha mãe já era suficiente.
Eu tenho certeza que na cabeça do Jungkook, essa casa é pequena.
Tem três carros já parados em frente, parei o meu atrás de um deles, saí do carro colocando o celular no bolso.
A mãe do Jungkook saiu de um dos carros, mas da parte de trás, então ela tem um motorista.
— Olá Jimin. — está até sorrindo gente, quem fez o pacto para isso acontecer?
— Olá senhora Jeon. — curvei-me brevemente.
— Só Antonietta por favor. — claro. — O que achou da casa? Eu falei para o Jungkook que deveria ser a que ele tem perto da minha casa, mas ele falou que você já tinha assinado os papéis.
— Eu achei bonita, só um pouco grande. — que exagero, eu vou morar sozinho nessa casa enorme.
— Grande? Essa é a menor propriedade que o Jungkook tem. — então está perfeita, não quero nem ver as outras. — Acredito que a arquiteta e a decoradora já entraram, vamos?
— Vamos! — menor? Meu Deus Jungkook.
O portão social estava apenas encostado, deixa o portão só encostado onde eu moro para você ver o que acontece.
Entramos, a garagem fica ao lado esquerdo, portão automático também.
A porta estava aberta, então entramos direto, duas mulheres conversando enquanto olhavam um iPad.
Tudo em branco as paredes, esperando as cores.
— Olá, eu sou a decoradora de interiores Kim Jennie. — a mais nova falou.
— Arquiteta e engenheira civil, Moon Byul-yi. — a com aparência de mais velha se apresentou. — Senhor Park e senhora Jeon.
— Isso. — confirmei. — Só Jimin por favor.
As duas são mais velhas que eu, é definitivamente muito estranho, mesmo que "senhor" seja usado para quem está uma posição de mais respeito que você, eu não estou, então não faz sentido.
Agora a Antonietta, continuem com senhora Jeon.
— Vou falar os cômodos da casa e você vai decidir qual vai querer decorar ou mudar primeiro. — a Moon falou.
— Tudo bem, parece bom para mim. — Antonietta está olhando tudo.
— O conceito desse andar é aberto, então de qualquer lugar aqui você vê os outros "cômodos". — Jennie falou.
— Como ela disse é aberto, nesse andar tem a cozinha, um banheiro social ou lavabo como preferir, dois cômodos que você vai decidir o que serão feitos com eles, sala de estar e jantar é integrada como pode ver. — só irei decidir onde colocar cada uma. — Em cima tem, quatro quartos, quarto presidencial como a Jennie chama, e uma sala de tv.
— Menor? — resmunguei, uma porra que é a menor. — Tem como diminuir o tamanho da casa?
— Senhor Jeon disse que você perguntaria algo assim, a resposta é não. — puto safado. — Por onde quer começar?
— O que esse quarto presidencial tem de diferente dos outros? — perguntei.
— Closet e o maior banheiro. — Jennie respondeu.
É muito grande, eu não sei por onde começar.
— Quer ajuda Jimin? — Antonietta perguntou, confirmei. — Vamos começar pela sala de estar e jantar, decidindo as cores de tudo em seguida os móveis.
Foi ótimo ela vir, eu iria ficar perdido nessa casa enorme.
Jennie veio com o iPad e mostrou a tabela de cores, eu não sabia que existia tudo isso de cor.
— Para ficar mais fácil Jimin, fale suas cores preferidas e ela mostra uma tabela com essas cores, vai ser mais simples para você. — é, isso aí sogra.
— Tons claros, azul-escuro, preto, cores muito alegres não. — como o amarelo que minha mãe escolheu pintar a casa.
— Só um minuto. — ela mexeu um pouco. — Aqui, vários tons de preto, azul-escuro e tons claros para mesclar.
— Jimin, eu tive uma ideia, e se você deixar a casa em tons claros, colocar todos os móveis em preto e azul-escuro o contrário também ficaria lindo. — Antonietta falou após olhar comigo o iPad.
— Gostei da ideia, podemos fazer isso? — perguntei para as duas.
— Claro, antes que escolha os móveis, precisa conhecer os fundos, é onde você vai poder mexer, quebrar e fazer de novo. — a arquiteta falou.
Fomos andando, então eu vi a cozinha, passamos por ela, uma porta de vidro de duas folhas.
Ela abriu e nós saímos, tem uma piscina vazia aqui.
Menor nada.
— Então, o que pretende fazer aqui? Vai manter a piscina? Quer fazer uma área de lazer aqui? — perguntou.
— Pode manter a piscina, como seria essa área de lazer? — ela me explicou tudo, como seria feito. — Eu assisti um programa que faz piscinas, e eles fazem umas cascatas incríveis, tem como fazer isso aqui?
— Boa ideia Jimin, então? — após esse "então" da senhora Jeon, é bom a resposta delas ser um "sim".
— Claro, quer uma mais moderna, algo rústico? — olhei tudo.
— Poderia fazer ela caindo do telhado da área de lazer, pode fazer isso? — na minha cabeça está ótimo.
— Eu vou montar o projeto de tudo que conversamos aqui, e falar com um especialista em cascata, te mando a resposta amanhã. — já?
— Agora podemos ir decidir os móveis. — isso vai dar trabalho. — Começar pela sala de jantar.
Voltamos para dentro, Moon ficou lá fora fazendo o projeto no próprio iPad.
— Quantos lugares quer a mesa? — quatro é bom.
— Quatro. — falei.
— Só? — Antonietta perguntou espantada. — E quando receber seus amigos?
Faz sentido, mas não sei.
— Quantos amigos está disposto receber na sua casa? Os que você pensar duas vezes pode excluir, não é todo mundo que podemos trazer na nossa casa. — ela está certa.
— Quatro. — falei.
— Contando com Jeon e você vai dar seis, viu que quatro não seria suficiente, que tal oito? — estou pensando quando for limpar.
— Não é muito? — poderia ser de seis. — Tudo bem, duas a mais não faz tanta diferença.
— Esses são os modelos de cadeiras que ficam bonitas nas cores que escolheu. — mostrou uma tabela com muita cadeira. — Pode dar zoom.
— Deixa eu ver. — comecei dar zoom em cada uma, duas me chamaram mais atenção. — Cadê o preço delas?
— Senhor Jeon disse para não te mostrar preço de nada, falou que você costuma não comprar se for muito caro. — pilantra.
— Safado. — eu iria decidir usando os preços.
Fiz minha mãe mandou nas duas, a que caiu eu fui na outra.
— Essa aqui. — mostrei.
— Tudo bem, oito cadeiras dessa, vou mostrar as três opções de mesas para essa cadeira. — tinha uma redonda, outra quadrada, e uma "oval" pode se dizer, foi a que eu escolhi. — Preta né?
— Sim. — confirmei.
Sabe que horas terminamos, nove horas da noite.
Deu um trabalhão escolher se as paredes teriam texturas, quais texturas? As cores para elas, cortinas, até a maçaneta eu decidi.
Isso foi porque a Antonietta estava junto para me ajudar, caso contrário eu ainda estaria escolhendo a cor de tudo.
— Bom, ainda faltam alguns detalhes. — brincadeira né? — Mas isso eu vou te mandando por mensagem e você vai decidindo.
— Claro. — saímos da casa, quero saber quem veio para cuidar desse jardim.
— Jimin, boas notícias. — Moon falou. — Falei com o especialista em cascata, ele disse que pode fazer, vai ter sua cascata.
— Ótimo! E quando ele pode mudar? — acredito que elas vão demorar um mês para arrumar tudo sogra, no mínimo.
— Em sete dias eu terminei tudo da pintura e móveis. — uma semana? Está brincando, né? — Minha equipe tem vinte pessoas, isso vai ser fácil.
Ah! Claro que vai ser fácil, vinte pessoas, ela deve estar cobrando muito caro.
— A área de lazer vai demorar um pouco mais, mas não vai atrapalhar sua mudança Jimin. — algo normal pelo menos. — Quinze dias entregamos sua área de lazer.
Esquece o negócio de normal.
— Vemos vocês no dia da mudança. — Antonietta falou. — Vamos Jimin!
— Vamos, tchau! — acenei para as duas.
Saímos da propriedade, não sabia que dava tanto trabalho fazer essas coisas "simples".
— Até mais Antonietta. — falei me despedindo. — E obrigado pela ajuda, não estaria saindo agora se a senhora não estivesse aqui.
— Até, não foi nada. — foi sim, ela não entende como sou indeciso nessas coisas.
O motorista abriu a porta para ela, ela acenou antes de entrar, acenei de volta.
Eu mesmo abri a porta para mim, não tenho esse luxo de motorista. Entrei no carro, tirei o celular do bolso, no GPS marca que estou próximo a faculdade.
Coloquei o cinto, ao sair da rua percebi o quão perto, virando a esquerda seguindo reto por quase um quilômetro, atravessa a avenida e aí está a faculdade.
Virei a direita para voltar para casa, para casa nova meio caminho andado, agora tenho algo importante para decidir, e muito mais difícil.
[...]
— Presente do Jungkook? — Beatriz perguntou após eu falar, estamos no intervalo e preciso de ajuda nisso.
— Exato, ele faz aniversário no sábado. — olhei o celular para ter certeza. — É sábado, não faço a mínima ideia do presente.
— Ele já tem você, para quê presente melhor. — Jasmin falou.
— Obrigado, mas preciso de algo que posso comprar em uma loja. — e rápido. — Ideias?
— Que tal um relógio? — Kamila falou, ela não está comendo hoje, só com uma lata de refrigerante.
— Ele tem uma coleção disso, vou excluir o que ele tem para ficar fácil, óculos escuros não, gravata não, sapato não, ternos, perfumes, carros, casas. — os dois últimos foram exageros, mas é só para elas terem noção.
— Isso que dá namorar um rico, ele tem tudo. — Beatriz falou.
— Ele não é meu namorado, mas você tem razão na última coisa, ele tem literalmente tudo. — difícil.
— Porque você escolheu essa mesa, se esse rapaz está dormindo aqui? — Kamila me perguntou apontando o rapaz com a cabeça abaixada ao meu lado.
— Acorda. — balancei ele, Tae levantou a cabeça.
— Que foi? Eu dormi três horas da manhã por estar estudando para a prova, me deixa dormir. — voltou abaixar a cabeça.
— Viu? É só o Tae de cabelo preto. — falei.
— Ele acabou com o meu apelido de "coreano loiro". — Beatriz reclamou. — Voltando ao presente, você se ferrou Jimin!
— É, fudeu legal para você. — Jasmin concordou.
— Muito obrigado pela ajuda, que presente eu dou? — resmunguei olhando o MacBook.
— Você deveria fazer uma pesquisa de campo. — quê? — Pergunta para a mãe dele, como foi a infância, brinquedos que ele não teve, você pode ter uma ideia assim.
— Boa ideia, mas ele sempre teve uma vida boa, brinquedos não faltou para ele. — falei. — Eu vou chorar se não encontrar um presente.
— Por quê? — Kamila perguntou após parar de passar a mão pelos fios pretos do Tae.
— O Jungkook está fazendo muita coisa para mim, e me fazendo muito feliz, essa seria uma forma de recompensar, mas ele é um rico arrombado e tem tudo. — falei com raiva.
— Estava tão fofinho até o "arrombado". — Beatriz falou, chutei a perna embaixo da mesa.
— Essa perna é minha. — Jasmin reclamou. — Culpa sua. — deu uma tapa na Beatriz.
— Para de me bater. — tudo doida! — Vamos voltar a declaração de amor fofinha do Jimin.
— Você pode dar um presente com valor sentimental, não material. — Tae falou após virar a cabeça para o meu lado ainda abaixada. — Algo que possa representar o sente em relação a ele.
— É, siga a ideia dele. — Beatriz falou. — Kamila deixa o cabelo dele quieto.
— Não, está tão macio. — continuou mexendo.
— Legal, agora o que pode representar o sinto por ele? — ano que vem se ainda estivermos nessa relação estranha, "feliz aniversário" vai ser o presente.
— Isso não podemos ajudar, os sentimentos são apenas seus Jimin. — Jasmin falou.
— É, droga! — fechei o Mac, nem consegui comer o que peguei, Beatriz comeu.
— E como foi ontem na sua nova casa? Quando vai se mudar? — ela perguntou.
— Foi cansativo, saí de lá nove e pouco, vou me mudar em sete dias provavelmente. — respondi. — Como a Antonietta estava junto foi mais fácil.
— Sua sogra foi? — Tae perguntou espantado.
— Sim, ela pediu para ir. — falei.
— A sogra ajudou, conquistou ela mesmo. — Kamila falou. — Como é a casa? Grande?
— É a menor propriedade do Jeon. — quero que elas tenham a mesma reação que eu.
— Deve ter uns dois quartos né? — Jasmin perguntou, confirmei sorrindo sem graça.
Dois? Dois mais três.
— Para você que mora sozinho é suficiente né? — claro. — Quando for se mudar pode chamar, nós ajudamos.
— Eu não, tenho um doença que não posso me esforçar. — Kamila falou. — Preguiça.
— Essa Kamila, ela vai ajudar sim. — Beatriz falou. — Vamos? Três aulas com o professor tagarela nos espera.
— Vamos! — saímos da mesa, Tae disse que vai ficar ali, vai ficar com alguém certeza.
Pegamos nos armários o livro e fomos para a sala dele, sentamos em nossos respectivos lugares.
— Três aulas, puta que pariu. — Kamila reclamou. — Ele fala muito.
— É só hoje, semana que vem volta ser duas. — Jasmin falou. — Em nome de Jesus, três horas ouvindo ele falar toda semana eu desisto de direito.
— Mentira. — Beatriz falou.
— É mentira mesmo, só estou fazendo drama. — cada coisa.
Ele entrou na sala cumprimentando todos, ele é legal, mas é muito conteúdo.
Desconcentrou três segundos, pode juntar suas coisas e ir embora, nesses três segundos ele fala de três assuntos, é loucura o quanto esse professor pode falar.
Abri o Mac e o livro na página que ele pediu, e mais uma, a partir do momento que ele entra na sala a aula começou, você pode chegar depois, quero ver se vai conseguir acompanhar.
Tivemos dois intervalos de dez minutos para banheiro e água, no último, três alunas chegaram atrasadas cinco minutos pegaram suas coisas e saíram.
Vida de universitário em direito, é difícil!
— Eu tenho certeza que uma saiu chorando. — Kamila falou quando saímos da sala. — Sei que eu choraria muito.
— Você sempre chora Kamila, se não entende você chora, se entende você chora de felicidade, emotiva. — Jasmin falou.
Pegando nossas coisas no armário e guardamos os livros, nossa sala foi a última a sair, quase uma hora agora.
— O Tae está saindo da prova. — Jasmin disse olhando o celular. — Falou para esperarmos, ele vai mostrar uma coisa.
— Eu tô com fome! — Beatriz reclamou.
— Também estou. — falei, ficamos na grade do estacionamento.
Passou quinze minutos vimos o povo de administração saindo, Tae por último com papéis na mão.
— O que você pretende mostrar? — perguntei.
— Minha linda nota. — virou os papéis mostrando o "100%" em vermelho. — Mereço aplausos.
— Parabéns, mas você poderia mandar por mensagem, eu estou faminta. — Beatriz falou.
— Por mensagem não tem a mesma emoção de esfregar minha nota perfeita. — doidos.
Enquanto eles discutem, preciso esperar Tae acabar de mostrar a nota para ir embora.
Acredito que o Jungkook volta antes de sábado, hoje ele já mandou "bom dia!" Perguntei o que ele iria fazer hoje, uma reunião com advogados na parte da manhã, era madrugada e ele acordado só para falar comigo.
Por isso é importante o presente ser perfeito, se eu não conseguir dar algo realmente sentimental e bonito vou me culpar pelo resto da vida, mesmo se nós nos separarmos.
Suspirei triste, droga! Sou péssimo com presentes.
— O Jungkook precisa voltar logo, Jimin já está ficando com depressão de tanta saudade. — Beatriz falou, olhei para eles.
— É mesmo, toda hora ele fica pensativo e termina suspirando assim. — Kamila me imitou. — Tenho certeza que na primeira aula eu vi lágrimas.
— Viu errado, entrou cisco no meu olho. — viu certo.
— A tá! — falaram.
— E eu nem suspiro desse jeito. — falei.
— Acabou de suspirar do jeito que falei. — coisa da cabeça dela.
Virei piada agora, palhaçada com a minha linda face.
Senti um beijo na minha nuca, quem me beijou?
— Quem foi o puto? — virei pronto para dar um soco na pessoa. — Jungkook?
— Sempre assustado né gatinho. — abaixei as mãos, levei meu indicador até a bochecha dele tocando. — Pode abraçar para sentir melhor.
— Porque não contou que vinha hoje? — abracei ele pelo pescoço e ele abraçou minha cintura, não posso chorar, senti falta das mãos dele em mim.
— Queria fazer surpresa. — beijou meu pescoço. — Senti sua falta gatinho.
— Também senti a sua falta. — falei o que estava preso na garganta todos os dias que ele passou fora.
— Só falou a pipoca. — ouvi Kamila falando.
Soltei dele, ele está aqui mesmo.
— E eu jurando que iria ver eles se pegando. — Jasmin reclamou.
— Hoje não. — Jeon falou.
— Como assim "hoje não"? Então outros dias pode acontecer? Não me dê falsas esperanças. — Kamila falou empolgada.
Ele ainda não tirou o braço da minha cintura, e eu gosto disso.
— Ah! Isso é para você. — pegou três sacolas no chão, entregou uma para ela. — Feliz aniversário!
— Obrigada Jungkook. — abraçou ele que ficou em choque tadinho.
— Solta Kamila. — Beatriz a fez soltar.
— Para você. — entregou a outra para o Tae. — Obrigado por levar Jimin ao evento.
— Você fique longe sem vergonha. — vai abraçar nada. — Quem já tentou beijar ele não pode abraçar.
— Eu estava bêbado. — grande coisa. — Obrigado Jungkook, seu namorado em miniatura ciumento está impedindo de agradecer direito.
— Uma bolsa da Prada. — eu não sabia que a voz dela poderia ficar tão fina. — Obrigada, olha que linda.
— Feliz em saber que gostou. — Jeon falou, quem não iria gostar?
— Quem tem um casaco da Gucci? É da nova coleção? — Jeon confirmou. — Obrigado, eu te abraçaria, mas o Jimin pode morder minha canela.
Sua sorte é que não quero soltar o Jungkook, caso contrário grudava teu pescoço atrevido.
— Então Jeon, meu aniversário é dia vinte de novembro, e eu amo tênis. — Beatriz falou.
— É, eu sei. — ele falou, tirou uma caixa da outra sacola e entregou para ela. — Jasmin é jóias. — entregou a caixa pequena para ela.
— Se vocês arrumarem namorados que não sejam nível Jeon, esqueçam de mim, Jimin aumentou o nível de aceitável com namorados de amigos. — Beatriz falou. — Obrigada Jeon pelo tênis, também estou com medo do Jimin então nada de abraços.
— Obrigada pelo colar. — Jasmin falou. — Põe em mim Beatriz.
— Folgada. — colocou o colar nela com uma única pedra. — Tchau! Casal mais lindo, mas eu preciso comer e ir trabalhar.
— Tchau! — Kamila falou acenando. — Onde vou usar essa bolsa?
— Beijinhos e tchau! — Jasmin falou se despedindo mandando beijos.
As três saíram, ficou o Tae.
— Eu vou de táxi, mata a saudade do seu macho, tchau! — me abandonando aqui com a fera, não me deixa.
Foi para perto da avenida um táxi parou e ele entrou, alguém saiu do carro do Jungkook, quem é?
— Quem é aquele? — perguntei para o Jungkook.
— Já vou te apresentar. — de social igual ao Jungkook, mas sem gravata com dois botões abertos, muito bonito!
— Anda Jungkook, me apresenta. — conheço essa voz.
— Gatinho, esse é quem me atormenta noite e dia, não me dá um descanso, meu sócio Jung Hoseok. — sabia que conhecia a voz. — Hoseok, esse é o gatinho Park Jimin, chame pelo apelido e eu te mato.
— Agressivo. — falou. — Olá Jimin, é um prazer conhecer o quebrador de coração de pedra.
— Oi! Não entendi a última parte. — fiquei boiando.
— Seja direto, Jimin não entende rodeios. — exato.
— O Jungkook tinha um coração de pedra, até você chegar e quebrar. — agora eu entendi.
— Coração de pedra né? — falei.
— Sim, mas agora ele está todo apaixonado por você. — minha bochecha ficando vermelha. — Muito fofo ele.
— É, mas é meu fofinho. — puxou eu para mais perto.
— Ciumento. — né menino? — Então Jimin, quer almoçar conosco?
— Desculpa, eu vou trabalhar, deixa para outro dia. — misericórdia faltar mais um dia.
— Pode faltar. — Jeon falou.
— Esquece isso Jeon, eu não vou faltar de novo, daqui a pouco ele vai me demitir. — falei bravo, não é só porque ele está me bancando que vou deixar de trabalhar. — Vejo você depois, foi um prazer conhecer você Hoseok.
— Digo o mesmo. — sorriso bonito.
Soltei-me do Jungkook e entrei no estacionamento, cheguei no carro abri a porta de trás colocando a mochila, fechei a porta e uma mão no meu pulso me virou, encostou meu corpo no carro.
— Não vai sem me dar um beijo. — está merecendo não. — Vai anjo, ficamos oito dias longe um do outro.
— Só um. — que foi? Dizer não para ele é difícil, se estivesse no meu lugar entenderia como é um sacrifício.
— Um e mais um. — passei os braços em seu pescoço, preciso ser rápido, falta pouco para o estacionamento encher de novo com a turma da tarde.
Ele me beijou, fechei os olhos sentindo meu coração acelerar em ter a boca dele na minha de novo, sua língua pedindo passagem devagar, eu cedi, como tenho cedido para tudo que ele está disposto me oferecer.
Parece que faz anos que não nos beijamos, mas passaram apenas oito longos dias.
Foi bem devagar o beijo, apenas para matar a saudade.
Estava tão submerso no que sentia, só despertei ao sentir sua mão quente apertando a pele da minha cintura.
— Senti falta dos seus gemidos. — sussurrou no meu ouvido. — Mas faça isso só para mim, gatinho.
— Kook. — nem sei o motivo para estar chamando ele.
— É, desse jeito, gatinho manhoso. — beijou o lóbulo da minha orelha. — Agora você pode ir.
— Tchau! — estou passando a não gostar de trabalhar, agora eu preciso deixar o Jungkook e ir atender aquelas pessoas.
— Tchau! — deu mais um selinho e um beijo na minha testa. — Dirija com cuidado.
— Sempre. — entrei no carro, coloquei o cinto, abri a janela para acenar para ele.
Saí da faculdade, eu vi ele, eu beijei ele, abracei, mas tive que deixar ele de novo.
Vida do apaixonado é difícil.
[...]
Ao chegar na cafeteria comi um pedaço de torta salgada, primeira refeição do dia minha, complicado ficar ansioso, não consegui comer na faculdade por estar com a cabeça ocupada pensando no presente.
— Agora pode me ensinar ficar no caixa Jimin? — Kamila perguntou, confirmei.
Ensinei para ela tudo, enquanto os outros preparam as coisas para receber os clientes.
— Vamos abrir. — senhor Choi falou.
Mais um dia de luta.
Fiquei mais uma vez fazendo os pedidos, só uma vez que troquei com o meu chefe, mas ele não gosta de fazer e pensa ser mais devagar.
Ele é, quem consegue fazer três prédios em cinco minutos sou eu.
Trabalhando você não vê as horas passando, só os meus pés que estão até doendo.
Peguei minhas coisas antes de sair, coloquei o boné na mochila, fui para o carro. Coloquei ela no banco do passageiro, o cinto e pude ir para casa descansar.
Não peguei trânsito, o horário de trânsito é seis horas, a maioria das empresas param essa hora, oito e pouco não têm tanto carro.
Abri o portão pelo controle, entrei com o carro, saí com a minha mochila e fechei o portão de novo.
Entrei em casa já sentindo um pouco do peso ir embora, eu preciso deitar e descansar meus pés.
Tomei um banho morno, deixei cair bastante água nas costas, isso vai aliviar a dor.
Escovei o dente ao sair, saí do banheiro após me secar, vesti uma roupa fresca e larga.
Na hora que deitei na cama até gemi, não estou com sono, apenas sinto dor nas costas e nos pés.
Ouvi a campainha, não vou levantar, pode ir embora.
E tocou mais três vezes, não demorou eu ouvi a porta abrindo, é o Tae ou Jungkook.
A luz do quarto está apagada, só a luz da Lua passando pela janela para iluminar.
— Gatinho. — é o Jungkook. — Não ouviu a campainha?
— Ouvi, mas não queria levantar para atender. — falei, ele acendeu a luz.
— Está cansado com o novo horário? — sentou perto de mim na cama.
— Sim, uma hora a mais de trabalho é de matar. — falei. — Pelo menos não estou lidando mais com as pessoas, mas isso é mais cansativo, estou cansado. — deitei a cabeça na perna dele.
— Onde está sentindo dor? — apontei meus pés. — Mais algum lugar?
— Costas. — agora que vi a sacola de papel. — O que tem na sacola?
— Coisas para você. — pegou ela. — Remédio para dor.
— Dá, preciso de um. — ele tirou a cartela e me deu, tirei um comprimido e tomei no seco.
— Creme que alivia a tensão, e dores musculares. — mostrou o frasco de plástico. — Vou fazer massagem nas suas costas e pés, tira a blusa e deita de bruços.
— Direto você né. — sentei na cama, simples assim.
— Está com vergonha? — confirmei. — Mas eu já vi o que tem embaixo dessa blusa.
— Foi diferente. — eu estava louco para gozar, se ele pedisse para eu pular da ponte eu pulava.
— Eu tiro, gatinho vergonhoso. — dessa vez suas mãos estão frias e minha pele quente pelo banho, me arrepiou inteiro.
Deitei de bruços, usando os braços como apoio para a cabeça.
O creme é gelado, começou a passar.
— Kook. — ele resmungou para eu continuar. — O que você gostaria de ganhar como presente?
— Nada. — "nada"?
— Como assim nada? — perguntei. — Mas eu quero te presentear.
— Não precisa anjo, sou alguém que tem o privilégio de dizer "não me falta nada". — rico. — O que faltava dois meses atrás eu já ganhei, tenho tudo.
— Tudo? Falta nadinha? O que você ganhou que estava faltando? — fica difícil saber o que é se ele não dá pistas.
— Você. — eu? E ainda não quer ganhar presente. — Não se preocupe com isso, não precisa me dar nada.
— Tá! — eu vou achar um presente. — Desce mais um pouco, isso, aí mesmo.
— Sem gemer gatinho, evite problemas para nós dois. — chato!
— Porque seu sócio saiu do carro só após todos irem embora? Ele não se mistura com pobres? — Jeon riu.
— Não anjo, foi por outro motivo. — tenho até medo de perguntar. — Ele está interessado no seu melhor amigo.
— Tae? — é doido. — Já deu os avisos para ele?
— Sim, eu falei tudo o que você falaria "ele é interesseiro e não se apaixona". — avisado ele foi.
O Tae é lindo entendo todos caírem babando aos pés dele, mas nossa amizade nunca me deixou ver ele com outros olhos.
E eu prefiro que isso continue assim.
— Mas parece que isso o deixou mais interessado, e ele disse que tem uma ideia para fazer a coisa do não se apaixona mudar. — eu nem ouvi a ideia, mas já digo, vai dar merda!
— Ele já te contou a ideia. — minha costa agora está pegando fogo, desceu para os meus pés.
— Não, mas já sei que deve ser uma ideia ruim. — estamos juntos nessa.
— Mais um para a lista do Tae de corações partidos. — resmunguei. — Espera, mas não entendi ele se interessar no Tae com não sair do carro.
— Faz parte da ideia, não conhecer hoje, ele é doido não tente entender, já desisti anos atrás. — falou.
Passei um tempo aproveitando a massagem, até ele dizer que já estava bom, eu discordo.
— Vou pegar o que trouxe para você de Paris. — levantou e saiu do quarto sentei na cama, a costa na cabeceira me mantendo reto, aproveitei para colocar a blusa de novo.
Voltou com uma caixa branca, tem um nome em francês na tampa, me entregou e sentou ao meu lado.
— O que é? — perguntei tirando a faixa dourada que mantinha fechada.
— Você não é muito fã de doces, mas esses você vai gostar. — Jungkook tem a mesma mania da mãe de me encher de comida, não posso ficar com a boca parada, sempre tenho que estar comendo algo.
Abri a caixa, eu já vi isso, mas não sei o nome.
— São macarrons, tem de baunilha, chocolate, e bluebarry. — nunca comi.
— São fofinhos. — peguei um de chocolate, mordendo para provar. — É gostoso.
— Gostou mesmo? Ou está falando isso para me agradar? — endoidou em Paris?
— Eu gostei, você que conhece minhas expressões tão bem saberia se eu não tivesse gostado. — coloquei o que sobrou na boca, vamos provar de baunilha agora.
— Não te perguntei, como foi na casa ontem? — é mesmo, bati no braço dele. — Porque me bateu?
— Porque me deu uma casa daquele tamanho? Vou levar um dia inteiro para arrumar. — coloquei o de baunilha na boca, e ele riu.
— Você fica fofo com as bochechas assim pelo macarron e me olhando com raiva. — nada de fofo. — Fica despreocupado com a arrumação, eu vou pagar alguém para limpar.
— Não precisa, eu mesmo gosto de limpar. — falei. — Aquela realmente é sua menor propriedade?
— Sim, agora tem as casas dessas rua, mas minha mãe não quer você nesse bairro, então é lá. — ela me ama.
— Vai ter cascata na piscina. — falei pegando mais um macarron de baunilha.
— É, eu vi tudo que você e minha mãe decidiram mudar na casa. — lógico, ele está pagando. — Na próxima semana você vai se mudar.
— Nem me lembre, vai dar um trabalho. — meu preferido é esse de baunilha. — Ainda não contei para a minha mãe, e ela ligou para saber se ninguém quis comprar a casa, disse que não vê a hora de se livrar dela, esquecendo que eu moro aqui.
— Dei uma casa para você na hora certa, quando pretende contar? — nunca.
— Quando já estiver na casa nova, vai que ela tenta me impedir. — não duvido de nada.
— Ela faria isso? — o que você acha? — Faria, e deu de macarron gatinho, não vai conseguir jantar desse jeito.
— Solta, é meu. — cada coisa. — Como assim janta?
— Eu pedi comida, agora me dê essa caixa? — neguei. — Isso é uma ordem anjo, me dê a caixa.
— E desde quando você manda em mim? Piadista. — falei rindo. — A caixa é minha, não te dou.
— Veja só, sabia que poderia estar enganado com você. — como é? — Vou precisar refazer o teste.
— Que teste? — perguntei fechando a caixa, agora eu espero a comida, mas não entrego meus macarrons.
— Nada, vou ver se nossa comida já está chegando. — pegou o celular olhando algo, fiquei bem no cangote dele para ver também, senti cheiro muito doce, encostei meu nariz no terno. — Porque está cheirando meu terno?
Não respondi e continuei cheirando, isso é floral, nenhum perfume dele é assim, é perfume de mulher já senti a Kamila com um parecido, ela gosta de uns bem adocicados.
— Quem você abraçou? Tem cheiro de perfume doce no seu terno. — não estamos namorando e já sinto chifres crescendo na minha cabeça. — Foi aquela oferecida? Se foi você pode desaparecer dessa casa safado!
— Você é muito paranóico gatinho. — segurou meu rosto. — Hoje eu só abracei você, e a Kamila, é dela o perfume, eu não sou fã de abraços para ficar espalhando abraços por aí.
— Eu não sou paranóico. — sou sim, se chama trauma de chifres, não quero ser corno de novo. — Vai dizer que se sentisse cheiro de um perfume que não é meu nem seu na minha roupa, não iria querer saber de quem é?
— Provavelmente seria do Taehyung, ou uma das meninas, então não. — quem vê pensa que não é ciumento.
Fica vendo ele mudar rapidinho esse jeito calmo e compreensível.
— Aquele entregador que me passou o número apareceu no café. — olhou para mim. — Até me chamou para sair.
— E você negou né? — viu?
— Óbvio, você é ciumento igual eu. — acredito que sou mais possessivo que ciumento, preciso mudar isso.
A parte que o entregador me chamou para sair no café é verdade, mas eu rejeitei.
Essa comida não vai chegar nunca?
— Nossa comida chegou. — falou se levantando. — Já volto.
Saiu do quarto deixando o celular para trás, peguei ele para ver como é o celular de um bilionário, mensagens ele salva o número das pessoas pelo que são, Instagram ele segue apenas eu.
Fui para a galeria, aprendeu como salvar fotos minhas, tem foto de uma menina também, parece ter menos de dez anos.
Deixou-me curioso, mas não irei perguntar nada.
Fui para a câmera e comecei a tirar fotos, não tem jogo, o celular dele não é tão interessante.
— O que está fazendo anjo? — assustei como sempre.
— Tirando fotos. — falei.
— Vamos comer, depois você tira mais. — ele nem se importou do celular estar comigo, não tem nada a esconder.
— Tudo bem. — desliguei entregando para ele, saí da cama calçando minha pantufa. — O que pediu?
— Bulgogi. — saímos do quarto e fomos para a cozinha.
— Passou o dia no hotel? — confirmou. — Seu sócio também ou ele já foi resolver os problemas familiares?
— Foi resolver os problemas familiares. — família complicada. — Ele vai mesmo tentar colocar o irmão dele na cafeteria, boa sorte!
Sabia que iria me arrepender, sentamos.
— Ele provavelmente vai ficar atendendo mesas. — meu chefe pode ensinar ele.
— O que você está fazendo agora que aumentou? — colocou minha parte na minha frente.
— Os pedidos, eu gosto de trabalhar porque assim não fico só estudando, mas é muito cansativo. — reclamei abrindo o que vou comer.
— Gatinho. — olhei para ele. — Já pensou em não trabalhar?
— O que vou ficar fazendo? — doido.
— Estudando, você gosta de estudar. — não sete horas por dia. — Não era para você saber isso, então finge surpresa quando minha mãe contar.
— Sou ótimo ator. — não sou, ainda posso entregar que o Jungkook me contou.
— Ela conseguiu uma vaga para você no maior escritório de advogados da Coréia, e o melhor. — engasguei com comida. — Está bem?
— Ótimo! — tô bem não, eu sei muito bem qual é esse escritório, é quase impossível conseguir trabalhar lá.
— Você começaria a trabalhar no segundo semestre do próximo ano. — é quando posso fazer estágio. — Porque não fica sem trabalhar até lá?
— Não sei, vou pensar. — ficar sem trabalhar? Sempre trabalhei, é estranho pensar em parar de fazer algo que já estava acostumado.
Passei comer pensando nisso, é difícil me imaginar em casa sempre sem trabalhar, vou ficar a toa.
Apesar que quando eu mudar, em uma casa daquele tamanho vou sempre arrumar o que fazer.
— Sabia que você fica fofo quando está pensando? — Jeon falou me tirando dos pensamentos. — Muitas expressões.
— Você me deixou pensativo. — voltei a pensar, só parei de pensar quando minha comida acabou. — Já terminou?
— Sim. — levantei, peguei as embalagens vazias e levei para o lixo, jogando fora. — Ei, seu irmão estudou o quê?
— Administração. — coloquei água para ferver, quero beber um chá antes de dormir.
— Porque ele estudou o mesmo que você? — ele não parece ser alguém ligado em administração.
— Meu pai quer ele trabalhando no hotel comigo. — ah! O problema das melhores famílias coreanas, querer que o filho mais novo siga os passos do mais velho.
— E ele quer isso? Ou ninguém quis saber a opinião dele? — apesar dele ser bem estranho, não parecer ser alguém ruim.
— Isso eu não sei, por quê? — perguntou.
— Ainda não tenho uma resposta conclusiva para a sua pergunta, preciso ter certeza antes. — falei. — O que vai fazer no sábado?
— Dia do meu aniversário? — confirmei. — Não irei trabalhar, talvez minha mãe faça um jantar, mas o resto do dia nada.
— Interessante seus planos. — peguei a água colocando na xícara com o sachê de chá. — Quer chá?
— Gosto de outro estilo, mas esse serve. — tem outro estilo de chá sem ser esse?
Peguei mais uma xícara colocando água e um sachê, coloquei na frente dele na mesa.
— Vai querer açúcar? Ou bebe sem igual o café? — perguntei me sentando.
— Sem. — imaginei.
— Não vai fazer nada mesmo? Sair com o Hoseok, ou mais amigos se você tiver. — nunca falou sobre mais ninguém sem ser o sócio, então eu não sei.
— Nada, e eu já rejeitei sair com o Hoseok, ele queria me levar em uma boate, eu não tenho mais idade para isso nem coragem de ficar com um monte de jovens suados cheirando bebida alcoólica, pulando para cima iguais uns doidos. — é nesse momento que eu lembro como ele é bem mais velho que eu. — Pareço um chato falando assim né?
— Sim, mas eu entendo, também não gosto de boates e festas com muita gente, o Tae costuma ir sozinho nesses eventos, ele conseguiu me levar uma vez em uma festa, deu merda e eu prometi que nunca mais pisava em uma festa. — deu polícia, nunca corri tanto na minha vida, fiquei com falta de ar.
Estudante de direito correndo da polícia, péssimo isso.
— Então não vai sair com Hoseok, ele não pretende aparecer na sua casa para encher o saco? — negou.
— Já o proibi de fazer isso, não irei fazer nada. — isso que é desejo de não fazer nada. — Mas se você quiser, pode ir à minha casa, aí não fazemos nada juntos.
— Era seu plano desde o início né? — confirmou. — Tudo bem, eu vou à sua casa não fazer nada.
— Vai ser bom não fazer nada com você. — agora desconfio que "nada" para ele seja diferente o significado que para mim.
Bebi o chá todo de uma vez após ficar morno, detesto queimar a minha língua.
— Preciso ir gatinho, você vai acordar cedo amanhã. — infelizmente, deveria escolher estudar a noite, mas eu trabalhava, de qualquer jeito iria precisar acordar cedo.
— Sim, obrigado pelos macarron eu amei. — não vai, fica comigo. — Te levo até lá fora.
Levantei e ele também, na porta ele calçou o sapato.
— Está com um biquinho lindo. — falou me olhando, nem percebi que estava de bico. — Você é uma graça gatinho.
Olha eu ficando com vergonha, sinto minhas bochechas quentes, coloquei as mãos cobrindo.
— Gosto de te ver vermelhinho, me faz lembrar uma coisa. — que coisa? Tirou as duas mãos do meu rosto para me ver. — Você assim e ofegante, quando tem um orgasmo.
— Fico nada. — bati no braço dele, agora eu estou realmente vermelho. — Safado.
— Só com você. — eu sei.
Saímos pelo portão social, esse carro eu não vi.
— Carro novo? — perguntei.
— Sim, Hoseok me deu de presente. — quem pode né, isso está dificultando eu achar um presente perfeito. — Tchau! Não vai dormir tarde anjo.
— Tudo bem, tchau! — deu um selinho e mais que se transformou em beijo, lento e profundo, nunca senti meu coração tão eufórico com essa categoria de contato humano.
Estávamos encarando um ao outro quando separou, sussurrei "só mais um" antes de juntar nossas bocas novamente, a culpa é dele que beija bem, sou inocente.
Suas mãos em minha cintura nos aproximaram mais, segurei na gola do terno preto.
Eu estou morando sozinho nessa parte da rua, então ninguém vai ver o que está acontecendo.
Ele apertou minha bunda me fazendo gemer em sua boca.
— Meu gatinho está sedento. — roçou devagar seus lábios nos meus. — Em breve vou cuidar de você.
— Que tal agora? — culpa dele também.
— Agora o gatinho vai dormir. — você é mal!
— Está sendo mal comigo. — beijou marcando a pele do meu pescoço.
— Quem tomou a iniciativa do segundo beijo foi você anjo, responsabilidade do resto das minhas ações é sua. — vai nessa! A culpa não é minha.
— Não é. — ele olhou para mim sorrindo.
— Até mais gatinho manhoso. — beijou minha testa.
Se afastou e foi para o carro, acenei antes dele entrar, ele piscou para mim e entrou, logo o carro se foi na rua vazia e quieta.
Entrei trancando o portão, fui para dentro de casa e fiquei descalço. Peguei as duas xícaras vazias e levei para a pia, lavei antes de guardar.
Fui para o meu quarto, escovei o dente e passei hidratante no rosto, me deitei.
Abracei meu coelho de pelúcia, apaguei a luz, agora vou dormir.
Excitado por culpa do Jungkook, sem vergonha!
[...]
Entrei na sala da primeira aula com o Mac e o livro, essa aula é em auditório pode se dizer, no meio como sempre.
O professor vai me ver, mas não vai perguntar nada, quem está na frente sabe tudo e quer sempre responder, os de trás não sabem.
Abri o Mac e o livro, comecei analisar o conteúdo que ele vai passar hoje.
— Bom dia! — meu coração, puta que pariu!
— Não chega do nada. — falei com a Kamila. — Meu coração é fraco.
— Jungkook está certo, gatinho assustado. — só ele pode falar isso sem vergonha.
— Não sou assustado, cadê a Beatriz e Jasmin? — perguntei, voltei a olhar o Mac.
— Jasmin está ficando com o Tae, a Beatriz passou no banheiro. — respondeu, tirou um pirulito do bolso. — Para você.
— Obrigado. — peguei, nem tomei café e já vou consumir doce, no próximo mês se o açúcar no meu sangue aumentar tem nome e endereço os culpados.
— O Jungkook disse que liberaram o hotel, então sua amiga aqui em poucas horas será uma milionária. — falou contente. — Ainda não estou acreditando, parece um sonho.
— Parabéns. — belisco ela. — Não é um sonho.
— Isso doeu, será que preciso ir ao hospital? — nem é exagerada.
Beatriz entrou na sala, subiu os degraus e entrou na fileira que estamos sentados, sentou ao meu lado.
— Bom dia! — falou.
— Bom dia! Assim que você chega Kamila, a próxima vez posso morrer de susto. — falei.
— Não, é chato assim. — não é o coração dela que está em jogo.
— Matou a saudade do Jungkook? — porque o olhar malicioso?
— Não muito. — queria ficar mais com ele.
— Certeza? — confirmei. — E essas marcas no pescoço?
— Que marcas? — perguntei, peguei meu celular, abri a câmera. — Puta que pariu! Eu vou matar o Jungkook.
— Está deixando o mino dele marcado. — Kamila falou. — Esperto, tem um monte de gente que fica te olhando, faltam quebrar o pescoço para olhar.
— Tem nada. — guardei o celular, tem apenas três marcas.
— Com certeza tem, meninos e meninas. — Kamila.
— Você e o Tae são os rapazes mais bonitos da faculdade. — Beatriz falou. — Não sou eu que afirmo isso, é opinião pública dos universitários.
— Onde viu isso? — perguntei.
— Está no site da universidade, saiu no início do segundo semestre, estudantes estrangeiras Jasmin está em primeiro e uma, qual o nome do país mesmo Kamila? — quis confirmar com a que está ocupada passando batom.
— Arábia Saudita. — respondeu. — Já deve ter visto ela, ela usa o hijab cobrindo o cabelo.
— Ela é a segunda mais bonita. — Beatriz falou, já vi ela mesmo.
— Estou em quinto lugar. — Kamila falou. — Beatriz em sexto.
— Só amigos lindos. — falei.
— Você está em primeiro e o Tae em segundo, ganhou pelo cabelo ser na cor na natural e o formato do rosto. — Beatriz comentou. — Tem muita gente de olho em você Jimin.
— Não percebi. — o Jungkook dando em cima de mim descaradamente no cassino eu não notei, ele precisou falar "estou interessado em você" para eu ver.
— Então o Jungkook fez bem em deixar essas marcas, porque o mino dele é só um porquinho lerdo. — Kamila falou.
— Eu não sou mino dele. — cada coisa.
Jasmin finalmente entrou, veio até nós sentando ao lado da Beatriz.
— Oi Jimin. — falou comigo.
— Olá! — o professor entrou, a aula começou.
Mudamos de sala mais três vezes, estávamos na aula antes do intervalo, faltavam poucos minutos para sairmos.
Todas as salas e corredores tem uma caixa de som no teto para a direção passar avisos, e pela primeira vez no semestre ouvimos a voz do diretor.
— Aluno, dono do carro com a placa. — falou os números, nome do carro e onde está estacionado. — Comparecer a direção imediatamente.
É meu carro!
— Sou eu, levem minhas coisas com vocês. — falei com as meninas.
— Tudo bem, te encontramos no refeitório. — Beatriz falou.
Saí da sala pela porta de trás, sem chamar atenção do restante, só a professora viu eu saindo.
O que será que aconteceu? Que ninguém tenha batido no meu carro.
Desci para a direção, estou no terceiro andar, e ela fica no segundo.
— Bom dia! — chamei a atenção da moça que você passa por ela antes de falar com o diretor.
— Bom dia! Você é o dono carro? — confirmei. — Pode entrar, estão te esperando.
"Estão"? Porque está no plural? Não é só o diretor?
— Obrigado. — bati à porta e entrei, é o conselho da universidade. — Licença.
— Pode se sentar. — o diretor apontou a cadeira. — Diga o nome e o que está cursando.
— Park Jimin, estou no segundo semestre em direito. — falei após me sentar.
Que merda eu fiz?
— Você tem excelentes notas senhor Park, melhor aluno da turma este ano. — falou após olhar minha ficha no sistema, usando um iPad. — Sabe o motivo de ser requisitado nessa sala?
— Não senhor. — estou quase morrendo.
— Eu vou te mostrar uma foto e você vai decidir se irá querer a presença de um advogado. — morri!
— Tudo bem. — ele apontou o telão da sala, apertou algo no teclado, apareceu uma foto minha com o Jungkook no estacionamento da universidade.
Foi ontem, ele está de costa para quem fotografou, mas é bem nítido a placa do carro, e nós dois nos beijando.
Eu só não morri, porque já me encontro desfalecido desde uns segundos atrás.
Posso resolver isso sem advogados, é só uma foto de um casal com dois homens se beijando, nada de mais.
Eu consigo resolver.......................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!
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