$ Capítulo 1 $
Jimin on
Eu odeio a faculdade!
Não é ódio pelo que eu estou estudando, e sim pela quantidade de livros que eles mandam comprar.
Se fossem baratos pelo menos, mas não, são quase um rim, nem cabem mais livros no meu armário. Precisei comprar outro de um aluno que estuda arte, e só precisou comprar pincéis.
Devia ter escolhido arte, agora estou aqui me matando para carregar esse chumbo. Ainda preciso ouvir Tae ficar tagarelando na minha orelha sobre um evento que ele vai, estou mais preocupado com a nova lista que irei receber amanhã de livros para comprar.
— Você ouviu Jimin? — voltei para à Terra, estava fazendo a conta por quanto posso vender meu rim.
— Óbvio que não, estou calculando, por quanto irei vender meu rim na deep web para algum mercado de órgãos. — falei, paramos no meu armário um e guardei os dois chumbos, peguei outro chumbo para a próxima aula.
— Eu falei que você vai comigo no evento. — eu ri. — O que é engraçado?
— Você, eu não vou em evento para vovôs ricos. — respondi. — Eu não preciso disso, e tenho namorada. — mostrei a mão com a aliança.
— Você precisa sim, e você é mais corno que a Mayra Cardi. — falou.
— Eu não sou corno, e quem é essa? — perguntei.
— Se você lesse os sites de fofoca que te mando saberia, é uma influenciadora que foi corna dezesseis vezes. — respondeu. — Acredite em mim meu amigo, nem sei como consegue andar com a cabeça tão pesada.
— Cala boca Taehyung. — Bati no braço dele, entrei na minha sala e ele vai subir para o segundo andar, estuda administração.
Mais uma aula e poderei ir para casa, descansar? Quem me dera! Trocar de roupa, almoçar e correr para o trabalho.
Vida de pobre cansa.
[...] Mais tarde na cafeteria.
— Jimin por favor, faça isso por mim. — Tae está implorando.
Sim, não basta na faculdade, ele também trabalha no mesmo lugar que eu.
— Não e não, vai logo levar esse pedido. — coloquei o café no balcão para ele levar.
— Chato! — saiu com o café.
Meu uniforme é calça social preta, blusa social branca e boné preto com o nome do café em letras brancas.
— Obrigado, volte sempre. — falei para a moça sorrindo, ela se foi.
Não volte nunca mais, mal-educada.
— Jimin. — meu chefe chamou minha atenção, olhei para ele. — Seu turno já acabou, pode ir.
— Obrigado senhor Choi. — curvei educadamente, fui até o lugar que guarda as coisas dos funcionários, peguei minha mochila e saí pelos fundos.
Andei até o ponto de ônibus, tirei o boné colocando na mochila. Meu ônibus não demorou para chegar, entrei.
— Está fugindo de mim, Jimin? — levei um susto com a voz de Tae no meu pescoço. — Não conseguiu.
— Não fugi de ninguém. — eu fugi.
Sentei-me em um lugar vazio, meu amigo se sentou ao meu lado.
— Então Jimin, o evento é amanhã. — Amanhã é sábado, não tenho aula e não trabalho. — Vai ser às 19:00 horas.
— Não posso, vou sair com a Eun-bi. — isso é verdade.
— Não cansa de ser boi? — eu não sou corno.
— Nem vou te responder. — falei.
— Vai comigo só para me acompanhar, não vai cair bem eu chegar sozinho, irá parecer que estou querendo só dinheiro. — menino insistente.
— Mas você quer só dinheiro. — doido.
— Não quero, quero amor, carinho, e dinheiro. — interesseiro. — Por favor, eu faço o que você quiser, mas vai comigo.
— O que eu quiser? — confirmou. — Quero sua jaqueta da Gucci.
— Nem fudendo. — então não vou. — Ta! Ela é sua.
— Obrigado. — falei sorrindo.
— Como a Eun-bi não percebeu? — o quê?
— Não entendi. — olhei para ele.
— Exatamente, ela não entendeu. — estranho.
Mais vinte minutos cheguei ao meu bairro, me despedi do meu amigo e desci. Três minutos andando já avistei minha casa, ela se destaca das outras por ser amarela.
Não moro com meus pais, eles moram em uma fazenda no interior de Daegu, a propriedade era dos meus avós paternos, mas os dois faleceram faz três anos.
Essa casa eu já morei com meus pais, por isso a cor, pela minha preferência seria algo menos chamativo, mas minha mãe jurou arrancar minha cabeça se eu ousar pintar de outra cor.
Entrei tirando o sapato, coloquei na sapateira perto da porta, calcei minha pantufa.
Queria um gatinho, assim não iria ficar tão sozinho em casa.
Fui para o meu quarto, era dos meus pais por ser suíte, peguei para mim quando se mudaram. Esse eu pude decorar do meu gosto.
Tem duas paredes cinzas, metade do teto também é cinza na diagonal e a outra parte do quarto é branco.
Uma das paredes cinzas está minha cama no meio do quarto, ao lado esquerdo um guarda-roupa branco do chão ao teto e bem grande, meus pais me deram após não deixar eu transformar o outro quarto em closet.
Ao lado direito da cama está a janela que dá para o quintal, tenho uma mesa grande com meu notebook, mais livros da faculdade e muito papel, amanhã irei organizar.
Coloquei a mochila atrás da porta no gancho, fui para o banheiro, eu precisei de um banho e depois jantar.
Após tirar o cansaço com água quente saí do banheiro enrolado na toalha, peguei meu pijama na gaveta do guarda-roupa e já vesti.
Eu digo pijama porque uso para dormir, mas é apenas bermuda de moletom cinza e uma blusa branca bem maior que eu.
Peguei meu celular, respondi às mensagens dos meus pais, olhei a conversa com a Eun-bi, só visualizou e não mandou nada.
Será que eu fiz algo de errado e não percebi? Quando ela responder, eu pergunto se fiz algo.
Fui para a cozinha preparar meu jantar, uma das exigências do meu pai para me deixar morar sozinho é cuidar da minha alimentação, e não viver de besteira.
Tenho feito isso bem, e espero continuar fazendo para não perder o privilégio de morar sozinho.
Atualizei minha série enquanto preparava meu jantar, Law and Order – Special Victims Unit (SVU). Um professor indicou essa série, é bem longa, mas eu gosto.
Sentei à mesa para comer, ainda assistindo.
Após comer lavei a louça, peguei uma garrafa de água e levei para meu quarto, acendi a luz, coloquei na minha mesa de estudo que já tem um copo com canudo de inox.
Escovei o dente e agora vou revisar tudo que foi passado hoje.
Até o final da faculdade nasceu cabelo branco, e eu ainda estou no segundo semestre, pretendo estar pelo menos vivo na formatura.
Parei de pensar na minha vida difícil de estudar e prestei atenção nas anotações que fiz, busquei mais conteúdos na internet sobre o assunto.
Passei três horas sentado estudando, quando iria dar meia-noite resolvi dormir, levantei me esticando.
Fechei a cortina, pretendo dormir até tarde amanhã e essa janela pode estragar meus planos.
Deitei me cobrindo com edredom, está frio? Não, mas eu não durmo sem algo me cobrindo.
E o meu coelho de pelúcia, ganhei do meu avô um ano antes dele falecer, e como eu era muito apegado nele, gosto de dormir com o coelho.
Apaguei a luz pelo interruptor ao lado da minha cama, fiz isso para não ter que levantar para apagar após deitar.
Dormi e sonhei com alguém me sufocando, acordei no meio da noite assustado e excitado.
Qual o meu problema? Não é normal querer isso, eu sei que não é.
Eu sou um esquisito mesmo, merda.
Voltei a dormir me culpando por gostar, e ignorando a ereção que tive devido ao sonho.
[...] 10:00 horas da manhã.
Estou tomando meu café, sou um dos poucos coreanos que come pão de manhã, acho comida muito pesada logo cedo.
Ouvi a campainha tocando, levantei e fui ver quem era, abri a porta.
— Sabia que estaria acordado. — Tae entrou direto.
— Pode entrar Tae. — falei com sarcasmo.
— Sua felicidade em me ver, está me emocionando. — limpou uma lágrima inexistente.
— O que faz aqui tão cedo? — voltei para cozinha, me sentei para terminar meu pão.
— Trazer sua jaqueta. — mostrou a sacola de papel, colocou na mesa. — E também te ajudar escolher o traje, precisa estar chique.
— Quem precisa se arrumar é você, eu não quero um velho rico. — falei.
— Aí que você se engana, você não quer, mas precisa. — Qual a parte do "eu namoro" ele não entende? — E antes que diga "eu tenho namorada", eu vi a santa saindo da casa de um cara quando estava vindo para cá.
— Isso não prova nada. — a quem eu estou querendo enganar?
— Prova que você é corno, ela beijou ele Jimin, acorda para a vida. — me deu um peteleco na testa. — Termina com ela e vai achar alguém que te dê valor, não coloque mais chifres na sua cabeça também.
— Mas eu não dei motivo para ela me trair. — agora estou triste, por isso ela não respondeu.
— Não precisa de motivo, isso é do caráter dela. — falou. — Ou da falta dele, ela ainda vai se arrepender pelo que fez para você, mas no momento vamos nos preocupar com a sua roupa.
Estava mastigando o último pedaço quando ele me arrastou para meu quarto, quase morri engasgado com pão.
— Sempre acho incrível como seu quarto está organizado tão cedo. — onde? Está uma bagunça.
Mas comparando com o do Tae, o meu está maravilhoso.
— Sente aí que vou procurar algo nesse guarda-roupa enorme. — sentei na cama, peguei meu celular na mesa de cabeceira, mandei mensagem para Eun-bi.
Não vou poder ir ao nosso encontro de hoje, mas amanhã preciso falar com você urgente, naquela praça perto da minha casa.
Não precisa responder, ignora como as outras mensagens, mas pelo menos apareça amanhã.
15:00 horas sem falta.
— O que está fazendo? — Tae perguntou.
— Mandei mensagem para Eun-bi desmarcando o encontro de hoje. — respondi.
— Como se ela fosse aparecer. — falou. — Nos dois últimos ela te deu um bolo, o que te faz pensar que ela iria aparecer hoje? Você é muito neném inocente Jimin.
— Eu não sou neném. — discordei. — É só para eu não sair como ruim que não avisou nada, mas marquei de falar com ela amanhã.
— Você vai terminar, né? — confirmei. — Glória a Deus, finalmente deixou de ser trouxa.
Voltou tagarelar das minhas roupas falando que eu deveria usar mais as que minha mãe me obriga comprar, eu prefiro as largas que compro com meu dinheiro.
— Usa essa calça. — jogou em cima de mim a calça preta social.
— Mas essa fica muito justa no quadril. — falei após ver qual era.
— Essa é a intenção, não sei porque faz agachamento se não quer mostrar o resultado. — falou revirando minhas blusas.
— Eu não faço pensando nisso, só faz parte da sequência que eu sigo. — Faço em casa mesmo, não gasto meu suado dinheiro com academia.
— Acredito muito. — a bagunça que ele está fazendo, a parte da minha personalidade que tem um leve toc está gritando nesse momento. — E essa blusa.
Jogou a blusa branca em mim, é gola alta de manga comprida, justa também.
— Sua cintura gostosa vai ficar bem marcada. — qual o problema dessa criatura?
Eu dou meu jeito de esconder sem ele reclamar, com o tempo me acostumei com esse doido.
— Como você vai terminar, pode arrumar alguém lá. — vai sonhando.
— É só velho rico, e eu até agora me entendo hétero. — ele riu.
— Jimin, antes de você namorar, faltava babar ao ver os jogadores de basquete da nossa escola sem camisa. — mas eles eram bonitos. — E o professor de educação física você ficava todo alegrinho perto dele, safado.
— Ta! Talvez bissexual, mas isso não muda o fato que eu não pretendo sair com um velho rico. — falei. — Estou estudando para ser advogado, e não cuidador de idoso.
Até parece que vou me sujeitar a ficar com um velho sem dente, com o pé na cova, só por precisar de dinheiro.
Vender meu rim é bem mais fácil que isso, já vi o site que tem comprador.
— Vamos ver isso a noite. — falou. — Agora que já te ajudei vou embora, seis e meia eu passo aqui, meu pai deixou pegar o carro dele.
— Você vai dirigir? — confirmou. — Estou me sentindo meio gripado. — comecei a tossir falsamente.
— Para de graça, eu melhorei seu chato. — não acredito. — Só deixei o carro morrer uma vez na última vez que estive dirigindo.
— Claro. — talvez eu peça um táxi.
Ele foi embora após encher meu saco mais meia hora falando como pode entrar para o "Velozes e Furiosos" de tão bem que ele está dirigindo, eu duvido.
Organizei meu guarda-roupa de novo, dessa vez por cor. Deixei o que ele quer que eu use separado.
Aproveitei a coragem e organizei minha mesa de estudo, deixei tudo bem certinho.
Após limpar a casa e lavar roupa, fiz meu almoço. Quando terminei de comer fui ficar vegetando no sofá assistindo televisão, nada para fazer mesmo.
Só levantei quatro horas da tarde para ver a nova lista de livros, fui para meu quarto. Sentei na cadeira de frente com o notebook, abri o site que disponibiliza a lista já com o link de onde comprar.
— Vai ser barato! — resmunguei confiante.
Abri o site e na turma de direito, escolhi o segundo semestre, quase caí para trás ao ver os preços dos livros.
— Fazendo as contas. — comecei a calcular no celular. — É, eu vou vender uma parte do meu fígado também.
Mas me recuso sair com o velho rico, meus órgãos estão em bom estado, vai valer um bom dinheiro.
Recebi uma ligação da minha mãe, atendi.
— Olá filho, como estão as coisas? — sinto que ela quer saber algo.
— Estão bem, a senhora não costuma ligar nesse horário e nem sábado, precisa de algo? — perguntei, ainda olhando o site dos livros.
— Sim, você ainda está namorando? — perguntou, ela nunca gostou da Eun-bi.
— Até amanhã sim, mas irei terminar por quê? — perguntei.
— Tem uma amiga minha aqui perto que tem uma filha da sua idade, que precisa de alguém, ela gostou das suas fotos e quer te conhecer. — de novo isso? Puta que pariu, eu não tenho paz.
— Mãe, já disse para a senhora parar de querer que eu namore as filhas das suas amigas, não quero muito obrigado. — duas vezes por ano ela faz essa ligação.
— Mas filho, eles são ricos, se você engravidar a moça pode ficar com metade da fortuna, a maior fazenda é deles. — e eu lá quero ser fazendeiro.
— Quando a senhora diz que eu posso, se a refere a quem? Eu mesmo, ou a senhora? — ela só pensa em dinheiro. — Está tentando enriquecer me usando.
Hoje está só piorando, respira que vai ficar tudo bem.
— Se esse é seu plano falhou, não vou me casar por dinheiro pensando em te enriquecer. — desliguei em seguida, em breve ela manda mensagens me xingando por fazer isso.
Agora sabem porque não quero voltar a morar com meus pais, ela falava o dia inteiro sobre me casar com alguém rico e engravidar a moça.
Meu pai não é como ela, por ele eu nem me casava, só ela tem essa pira de enriquecer me usando.
Desliguei o notebook, deitei na cama abraçando meu coelho, dormi para esquecer isso.
[...]
— Por que você está de jaqueta, Jimin? — Tae perguntou após eu entrar no carro. — Não ficou ruim, mas ainda prefiro que mostra suas curvas.
— Vai ficar querendo, e ela está aberta. — falei.
— Você está muito muxo, sua mãe ligou? — o preço que pago por ele me conhecer tão bem.
— Sim. — respondi simples. — Quer que eu conheça a filha de um fazendeiro rico e engravida a moça.
— Sua mãe está ficando um pouco neurótica com isso, antes eram só duas ligações por ano, essa já é a quinta do ano. — eu não notei. — Sua mãe é homofóbica né?
— O que você acha? A mãe dela condena toda relação entre pessoas do mesmo sexo, ela é igual. — respondi.
Ele resmungou algo, mas eu não entendi.
Trinta minutos para chegar no lugar, Tae não deixou o carro morrer nesse tempo. É um hotel com cassino, só gente muito rica mesmo em um lugar assim.
Não é um "nossa eu tenho dois milhões", é um "eu sou bilionário".
Eu sou pobre e estudante, o que me torna mais pobre, o que estou fazendo aqui?
A rua do hotel está cheia de carros caríssimos, estacionamos na rua ao lado que está menos movimentada.
Tae está com algo parecido com minha roupa, calça social preta, blusa gola alta preta e um casaco de pelinho imitando pele de bicho, mas não matou nenhum animal para fazer.
— Vamos amorzinho, pretendo sair daqui com alguém para me bancar. — falou após sairmos do carro.
Caminhamos até o lugar, é um evento aberto até às nove horas, depois eles vão fechar e ninguém mais irá entrar.
Tae falta comer os dedos de ansiedade, eu estou muito tranquilo.
Entramos e fomos direto para o cassino, e muitos velhos jogando para todo lado, quero saber como Tae descobriu isso aqui.
— Vamos para o bar, é o melhor lugar para observar as presas. — presas dele, eu fiquei como presa nesse lugar.
Sentei no banquinho por já estar cansado, amo lugar que tem cadeira para eu sentar, detesto ficar em pé.
— Duas margaritas blue por gentileza. — Tae pediu para o barman.
— Você está dirigindo, e eu não quero. — falei.
— Só uma então, e as margaritas aqui não têm tanto álcool, você vai voltar dirigindo. — essa é nova.
Cinco minutos depois Tae estava com sua margarita azul.
— Vou andar, não suma de vista. — falou e saiu.
— Está sozinho? — outro barman perguntou.
— Agora sim, mas vim com meu amigo. — respondi.
— Está atrás de algum rico? — está querendo saber de mais moço.
— Ele está, eu só estou acompanhando. — falei.
Ele foi atender seis moças que chegaram, devem querer um velho rico também.
Voltei pensar como irei comprar meus livros, eu só vou receber no início do mês que vem, e até lá já preciso estar com os livros. O dinheiro que meus pais mandam chegam na mesma época, com diferença de dois a três dias.
Eu me fudi!
Vai estudar direito, é legal, vou matar quem disse isso.
E ainda faltam oito semestres para eu acabar a faculdade, eu queria ser bacharel em direito, mas isso exige mais livro e mais dinheiro.
Não tenho isso, comprar para terminar a faculdade está difícil.
Talvez eu possa trancar a faculdade, trabalhar mais até ter dinheiro para comprar todos os livros e aí voltar a estudar.
— Um milhão por seus pensamentos. — levei um susto.
Essa foi quase em Deus, por pouco precisava de dinheiro para o funeral.
— Desculpa te assustar. — chequei meus batimentos cardíacos no pescoço, escola de samba fica com inveja.
— Tudo bem. — olhei para o dono da voz que quase me mandou para o céu.
Lindo, muito lindo mesmo e como assim ele não é velho? Deve ser alguém igual o Tae, eu não sou rico ele parou na pessoa errada.
— A oferta de um milhão ainda está de pé. — tentador na minha situação.
— Não é nada de mais, só pensando na faculdade. — tenho que parar de contar sobre minha vida para desconhecidos, costume feio.
— Posso te pagar uma bebida? — ou ele é rico, ou não percebeu que sou pobre.
— Obrigado, eu não bebo. — recusei educadamente.
— Tem bebidas sem álcool, é só pedir. — é rico, mas ele não é velho. — Meu nome é Jeon Jungkook, qual o seu?
— Não sei se devo dizer meu nome para um estranho, desculpa. — só porque é lindo e rico, pensa que vai conseguir meu nome.
— Jimin, você tem caneta? — isso Taehyung, parabéns sua anta.
— Claro Taehyung, sempre ando com uma caneta. — falei, eu ando mesmo. — Toma, agora some interesseiro.
— Assim vai magoar. — saiu.
— Jimin né, qual o sobrenome? — eu esqueci de você criatura insistente. — Tenho certeza que se eu pagar seu amigo me fala até seu tipo sanguíneo.
— Pode ter certeza, ele vai falar até que horas eu nasci se você pagar. — bicha interesseira. — É Park.
— Park Jimin, seu amigo está aqui para conseguir algum velho rico, você também quer o mesmo? — não me olha assim, minhas pernas estão tremendo.
— Não, só vim para acompanhar ele. — respondi.
— Uma pena, estava disposto a ser o seu velho rico. — cara engraçado, espera não é piada?
— Você nem é velho. — falei.
— Acredite gatinho, para você eu sou velho. — para de olhar como se fosse me devorar.
Estou parecendo um bichinho encurralado, ele é o lobo faminto.
— Se me permite perguntar, quantos anos você tem? — perguntei.
— Trinta e quatro. — mentiroso, esse cara é uma piada.
— É mentira né, você não parece ter nem vinte e cinco. — falei.
— Obrigado, mas essa é minha idade. — estou chocado. — E você gatinho, quantos anos têm?
— Vinte. — respondi.
— Eu disse que seria velho para você. — falou.
— São apenas números. — mas é uma boca aberta mesmo.
Olha o sorrisinho de canto, muito lindo, estou até emocionado.
— Você namora? — apontou a aliança na minha mão.
— Até amanhã sim. — ele me olhou confuso. — Vou terminar.
— Por quê? Não está feliz com seu relacionamento, gatinho? — pode se dizer que sim.
— É isso, e minha cabeça repleta de chifres. — além de pobre, sou corno, o que eu fiz de errado Deus?
— Como ele pode trair alguém tão lindo? — como assim "ele"? Eu tenho tanta cara de gay assim?
— É ela, ela me traiu. — me olhou espantado, devo ter mesmo.
— Você não é gay? — o que te fez pensar que eu era?
— Sim, talvez bissexual, ainda estou tentando entender. — respondi. — Mas deixarei isso para lá por enquanto, tenho coisa mais importante para resolver.
— Entender quem somos sempre é mais importante, gatinho. — agora que percebi.
— Eu não sou gatinho, e só falo isso porque você é rico, eu um mero pobre estudante estou decidindo qual rim irei vender. — ele riu, qual a graça? Não ria da minha pobreza carinha bonito.
— Você é engraçado gatinho, e um pouco lerdo estou te chamando assim faz um bom tempo e só agora você notou. — não sou lerdo, só levo um tempo maior para raciocinar coisas simples.
— Tenho dificuldade para notar coisas simples. — falei.
— Eu notei, um desses outros que estão aqui já teriam percebido meu interesse, mas você ainda parece estar processando eu estar do seu lado. — como ele sabe? — Parece que com você precisa ser mais óbvio.
Olha eu ficando com vergonha em segundos.
— Estou interessado em você, gatinho. — motivo da causa da morte: Jeon Jungkook é muito explícito.
— Você me deixou com vergonha. — virei o rosto tentando não mostrar meu rosto vermelho.
— Você é uma gracinha. — quer me ver explodir de vergonha por acaso.
Uma mulher se aproximou de nós, parece conhecer o Jeon.
— Licença, precisamos ir senhor Jeon. — falou com ele olhando o iPad na mão.
— Pode avisar o motorista para preparar o carro, já estou indo. — falou sério com ela, ela se retirou.
Secretária pessoal pelo jeito, para trabalhar uma hora dessa.
— Se tiver interesse em um "velho" rico, é só me ligar gatinho. — pegou minha mão anotando seu número com uma caneta. — Até breve.
Saiu me deixando pasmo, como assim um velho rico está interessado em mim?
E olha que eu nem pedi a Deus, mas obrigado mesmo assim.
Preciso achar o Tae, quero ir embora para salvar o número dele.
Nada pode dar errado agora......................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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