
𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟖
— CAPÍTULO 18.
ATO 2.
AUTORA: point of view
A MADRUGAVA CHEGAVA E BRIAN, CAMILLE E DOM SE APRONTAVAM PARA IR ATRÁS DE BRAGA. Eles trariam Peter de volta. Já estavam ao lado de fora, devidamente aprontados. Os homens foram contra Cami ir junto, mas ela estava irredutível e ninguém a impediria. Dominic terminava de preparar o carro junto de Brian, mas Camille mal os escutava. O mundo ao seu redor parecia embaçado, sufocado pelo pânico que lhe apertava o peito como um torniquete.
Peter. Seu filho. Filho de Sarah. Nas mãos daquele desgraçado. O coração batia forte, descompassado, enquanto sua mente se afogava em imagens do pequeno, perdido, assustado, chamando por ela. Onde ele poderia estar? Quem especificamente está com ele? Por ele? São inúmeras perguntas. E como contaria a Daniela? Inferno.
A irmã de sua melhor amiga confiou nela, confiou no desejo de sua falecida irmã e deixou Peter com Camille, aos seus cuidados. E aos nove anos ele é sequestrado? Se sente a pior mãe do mundo. Isso se realmente é uma.
Suas mãos trêmulas levaram a apertar seus próprios dedos. 'Será que eu poderia ter evitado isso?' Pensou. O medo de não ser capaz de resgatá-lo é um tormento que estava consumindo por inteiro.
─── Vocês vão encontrá-lo, Cami. Eu sei que vão. ─ Mia falou amorosa na frente da mesma.
Na frente da casa dos Toretto, a rua estava vazia pela madrugada, apenas com os quatro presentes. E a mais velha sorriu para irmã mais nova, sem ânimo nenhum ou alegria.
─── Ele deve estar assustado, Mia. ─ Cami falou com a voz baixa sentindo seus olhos arderem ─ Chamando por nós. Por mim. E eu não estou lá por ele.
─── Mas você vai estar, vocês vão achar ele. ─ Ela afirmou firme, camuflando o medo temeroso como o da irmã.
Camille assentiu engolindo choro, em um estalar sentindo toda sua dor se transformar em raiva. Em fúria. Braga poderia ter ido atrás de qualquer um deles, mas foi atrás de Peter, de uma criança. Seu ódio crescia mais ainda tornando-se mais determinada ainda.
─── Agora não é só sobre encontrar o Peter, é sobre fazer Braga pagar. Ele vai pagar Mia. ─ Cami engoliu seco com sua raiva crescendo ─ Se ele achou que poderia tocar no meu filho e sair ileso, ele não sabe o que o espera.
Mia assentiu, dando total razão. Ela também queria que o desgraçado pagasse, mas algo nos olhos da irmã, um vislumbre de vingança. A fez ter medo.
─── Eu entendo, Cami. ─ Começou com a cautela ─ Mas não deixa o ódio te cegar, você não pode perder o controle agora.
─── Controle? ─ Rebateu com os punhos cerrados ─ Eu perdi o controle no momento que levaram meu filho embora. E eu só quero uma única coisa, trazer o Peter de volta e acabar com quem ousou tocar nele.
Mia sentiu seus olhos arderem de nervosismo, por todo acontecimento, sentindo-se impotente por não poder ajudar, então, fez o que poderia. Pulou nos braços da Irmã. A abraçando forte, apertando contra si. Dando todo carinho e apoio que conseguisse, para Cami saber que não estava e nunca estaria sozinha.
A Toretto mais velha suspirou leve com o carinho, retribuindo a abraçando de volta com toda intensidade que a irmã lhe dava. Dom com cautela, chegou até às duas, vendo elas se afastarem. Se colocando ao lado de Camille, vendo Mia os olhar com ternura.
─── Como eu me despeço dos meus irmãos mais velhos? ─ Exclamou carinhosa.
─── Nós voltaremos. ─ Dom respondeu no mesmo segundo.
Com firmeza. Convicção.
─── Vem cá. ─ Pediu amoroso.
Ele abraçou Mia, fortemente, a tempo de puxar Camille fazendo ela participar do abraço. Ele abraçava as duas com carinho. Um abraço de família. Um abraço de despedida, afinal. Estavam indo para uma guerra. Onde não sabiam como podia acabar.
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Após dirigir grande parte da madrugada, em carros separado, Camille, Dominic e Brian. Já tinham ultrapassado na fronteira dos EUA. E entrado no México. Agora estavam parados em um deserto, esperando ansiosamente pôr Gisele. Ela faz parte do plano.
Cami estava encostada no capô do carro de Brian, ao seu lado, com o homem a envolvendo em um abraço. Amoroso e protetor. Garantindo a todo momento que ela sentisse seu apoio, assim como Dominic parado ao lado deles em seu carros. Os dois viam como a mulher estava, a sede de resgatar Peter logo só aumentava.
E como se fosse um alívio em meio a um sofrimento, um carro branco veio em direção deles. Gisele. Camille se separou de Brian, andando em passos rápidos até o veículo que foi estacionado perto deles. Ela tinha uma última esperança que Peter poderia sair do carro junto de Gisele, mas infelizmente, ele não saiu. Apenas a mulher, sozinha.
─── Achei que não fosse aparecer. ─ Cami confessou nervosa.
─── Você salvaram minha vida, agora eu estou pronta para retribuir o favor. ─ Ela falou com um simples sorriso de agradecimento.
Dominic andou até elas, se colocando atrás da irmã e trocando um breve aceno com a mulher.
─── Isso vai ajudar vocês a chegarem até o Braga. ─ Gisele contou entregando o papel na mão da Toretto ─ Mas, Cami. Ir até lá é suicídio...
─── Sabe o que é suicídio? Eu deixar o meu filho sozinho. Não tenho escolha. ─ Cami respondeu sem hesitar.
Agora não era só apenas sobre vingar Letty, é sobre Peter. Sobre acabar com Braga por ter mexido com a família deles.
─── Ele tem sorte de ter uma mãe como você. ─ Gisele afirmou.
Ela deu alguns passos se aproximando mais de Camille, pegando no rosto da mesma e lhe dando um carinhoso beijo na bochecha. Ao se afastar, segurou na lateral do rosto da mulher e sorriu amorosa para mesma.
─── Ve con díos. ─ Desejou.
Camille olhou agradecida, elas trocaram um último olhar antes da mulher se afastar e entrar dentro do carro novamente e ir embora. Gisele Yashar. Sem dúvidas ficaria marcada na vida da Toretto, diante todo esse cenário. Mas não com o mesmo carinho e apreço que a conheceu, não agora.
─── É aqui que minha jurisdição termina. ─ Brian falou quando viram os irmãos se virarem para ele.
Camile andava em passos firmes e decididos até seu carro, com um único pensamento em sua cabeça. Acabe com Braga.
─── E aqui que a nossa começa.
Ela entrou no carro dando uma batida forte na porta, colocando seu cinto e pronta para dar partida. Os homens logo seguiram, pois agora ela lideraria. E os três tinham dois objetos.
Um. Pegue o Peter.
Dois. Acabe com Braga.
E nada tiraria essa determinação deles.
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Braga é um desgraçado, mas. Um desgraçado religioso. Camille teve que segurar o riso sarcástico quando viu que o endereço acabava em uma igreja, não imaginava que um homem como ele fosse devoto ao catolicismo assim como eles. Porém, é o que parece.
Como Gisele havia os ajudado, eles chegaram minutos antes de Braga na igreja, entraram e conversaram por poucos segundos com um padre, logo depois o despistando. E se escondendo no canto escuro do sagrado lugar, rezando em desculpas mentalmente por estar armada assim como irmão e o namorado.
Cami tem uma doze nas mãos, em posição. Brian uma glock 22 e Dominic alguns passos afastados deles no mais escondido possível, segura uma shotgun. Todos a espera de um sinal de Braga, e quando mais esperavam. Ele apareceu.
A Toretto apertou a arma em suas mãos, sentindo uma raiva descomunal em seu corpo ao ver Campos - agora Braga - entrando no lugar, entrou uma mala ao Padre que parecia temeroso mas pegou o objeto, enquanto o homem se ajoelhou. O Padre o benzia.
Camille teve que se segurar para não apertar o gatilho. Está tão perto. Em sua mira. Sente tanta raiva que poderia matar Braga, mesmo nunca tendo cogitado matar uma pessoa. Isso é algo que abomina, mas ele mexeu com os seus. Com seu filho. Quando pegasse Peter, ela certamente daria um jeito do homem pagar por todo estresse e tristeza causados, mesmo que ele estivesse preso. Pagaria por isso.
Quando o Padre terminou de o 'abençoar', ele se retirou com a mala, durante o tempo que Braga ficou ajoelhado rezando. As portas da igreja se fecharam em um alto barulho, mostrando que o homem havia saído. E essa foi a deixa deles.
Cami saiu na frente, os liderando. Feito uma viúva negra. Ela andava com a arma apontada para o homem, sua expressão em puro ódio. Sombrancelha cerradas, lábios firmes e olhos brilhando de raiva. Se colocou atrás dele, pondo o cano de sua arma na nuca do homem e engatilhando o objeto.
─── Quem rouba criancinhas não merece perdão. ─ Camille debochou alto.
Braga assim que tinha sentido o gélido cano em sua nuca havia parado de rezar, ouvir a voz da Toretto o calou também. Ao abrir os olhos, virou rosto vendo Brian com uma arma apontada para ele e Dominic com sua shotgun em seu pescoço. Ambos dois com as feições mais sombrias possível.
─── Chica. Querem me prender... aqui mesmo? ─ Ele ironizou os olhando e de rabo de olho, tentando ver Camille mas falhando quando ela lhe deu uma cutucada com a arma.
─── Queremos mais que isso. ─ Brian respondeu.
─── Onde tá ele? ─ Dominic pediu impaciente.
Braga sorriu.
─── Querem o menino, apontando tudo isso pra mim? Hermanos. Não somos diferentes, vocês não são heróis...
Camille ergue sua arma ao alto e disparou, Braga tremeu pelo susto enquanto poeira e cascalhos caiam sobre eles dois pelo furo no teto. Ela não estava brincando. Se curvou ao lado dele, chegando em seu ouvido.
─── Tem razão, por isso que você vai voltar pela fronteira. ─ Ela falou com um sussurro.
Brian olhou sua mulher com certa admiração, Camille se ergueu dando um chute nas costas de Braga o fazendo cair e se afastando. Controlando toda raiva e fúria que sente no momento, sabia que ele não falaria tão fácil. E o O'Conner tinha um plano para trazer Peter, entregariam Braga a polícia. Mas antes, ele falaria. Precisava falar.
Ela acreditava e confiava em Brian, e a polícia tinha informações que eles não tinham. Sem contar que prendendo Braga, Dom tinha uma chance de poder ter sua liberdade. Apostou nisso. Mas em primeiro, porque seu filho era mais importante. Brian andou até Braga, o pegando feito um saco de batatas e o algemando.
─── O Fênix é meu. ─ Dominic avisou.
Camille assentiu.
─── Todos seu. ─ Ela deixou claro logo se virando ao homem algemado ─ Onde ele está? ─ Perguntou direta.
Braga olhou, com presunção. Seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso que tentou reprimir mais não conseguiu, satisfeito com toda agonia da mesma.
─── No meu bolso.
Camille avançou no mesmo e lhe deu um soco, Dominic ao menos se mexeu e Brian tomou um susto. Ela se afastou ouvindo o homem resmungar de dor e vendo seu lábio cortado, suspirando satisfeita embora sua feição demonstrasse outro sentimento.
Mas logo retomando a consciência de que precisavam sair de lá mais rápido o possível, precisava entregar Braga e de pistas sobre Peter. Afinal, a polícia já estava prestes a descobrir onde fica o esconderijo dele. No fundo, Camille sentia que estava perto de seu filho.
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Eles saíram da igreja, dirigindo em alta velocidade, dessa vez Brian liderava com Camille atrás e Dominic em último. Braga estava com Brian em seu carro, já que certamente Cami terminaria o serviço se levasse ele.
Em poucos minutos dirigindo rápidos feito um raio, chegaram novamente ao deserto e como esperado. Disparos. Camille agachou a cabeça quando o vidro da janela de seu carro explodiu por uma bala que por pura sorte não a atingiu, ouvindo mais disparos e sentindo eles contra seu carro. Sua respiração começou a ficar descompensada, sua testa brilhante em suor pela adrenalina.
Precisa sair viva. Precisa de seu filho.
Alguns carros entraram na estrada de terra, esbarrando em seu carro fazendo ela ficar desengonçada, entretanto, conseguindo sair de perto deles e desviar com precisão. Assim como Brian que fez primeiro e Dominic, logo depois dela.
Saltou longe tentando se afastar dos carros, pulando no banco ao lado de dentro. Com outro carro batendo na mesma. Camille gritou irritada. Acelerando o devolvendo a batida com força o fazendo capotar. Mas logo outro se aproximou, e ela o empurrou para longe.
─── Inferno. Dominic cuidado com a cavalaria. ─ Pegou rádio preso ao banco e avisou ao irmão.
Haviam capangas em carros para todos os lados, não tinha para onde escapar.
─── Brian, bem atrás de você. ─ Dominic avisou com um grito no rádio.
Camille viu. Pisou no acelerador indo fundo no carro que perseguia o namorado, batendo contra ele o fazendo ir longe. Ele foi capotando até uma ladeira, caindo ao final da mesma. Eles conseguiram se afastar e ficar alguns na frente segundos dos homens, os fazendo aliviar. Mas, ficar em alerta. Tinham milhares de carros atrás deles.
─── Dom, Cami. Túnel. ─ A voz de Brian avisava frenético pelo rádio ─ Vão para o túnel.
Camille pisou no acelerados com tudo que tinha, pegando sua pistola presa na cintura. Colando seu carro com de um capanga, ela deu um disparo na janela do mesmo o fazendo se afastar, e dando mas alguns disparos nos pneus de outro carro. Enquanto Dominic com sua shotgun cuidava dos outros.
─── Brian, Cami. Se mandem daqui, vai. ─ A voz alta de Dominic sobressaiu no veículo.
Camille pisou com força no acelerador, vendo o enorme paredão de rochas. O túnel está escondido. Brian estava na frente tudo dependia dele. A Toretto mesmo com medo, respirou fundo. E viu pelo retrovisor. Fênix. A seguindo com um carro, colado no dela. Então pisou com mais força, acelerou mais ainda.
O O'Conner foi o primeiro a quebrar a fraca parede onde exatamente ficava o túnel, passou lá em um vulto seguindo seguido por Camille e Fênix que estava em sua cola.
Ela corria rápido pelo túnel escuro, com ele parecendo um labirinto e gritou irritada quando Fênix bateu me deu carro. Ela precisou fazer uma curva estreita quando Brian fez, para não dar de cara com uma parede. E mesmo assim, Fênix ainda estava muito perto.
Fênix desviou dela, e das vigas pelo túnel ficando colado ao carro de Brian na frente. Dando chance de Cami agora ficar em sua cola. A Toretto ardilosamente desviou da viga mas se manteve afastada, quando viu que ele entrou na frente de Brian. Merda. Bateu com raiva no volante.
Mas ela o pararia, mesmo que precisasse fazer algo extremo. Era o fim do túnel, não tinha saída. Camille pisou com força no acelerador, batendo no carro de Brian que bateu no de Fênix e quebrou enorme parede de rochas os jogando para fora.
A Toretto fechou os olhos quando sentiu o carro capotar, girando e girando. Várias e várias vezes. Quando parou de cabeça para baixo, Camille gemia de dor sentindo todo seu corpo doer. Seu rosto sujo de poeira e ferragem, o gosto metálico de sangue em sua boca, seu carro todo amassado e quebrado. E um enorme corte em seu braço esquerdo. Profundo suficiente para precisar de pontos e cuidados médicos. Tossindo ela soltou o cinto de seu carro sentindo muita dor, se arrastando pela janela sentindo seu corpo se machucar mais pelos cacos de vidro.
Tateou por sua arma na cintura e pegou, se levantando com muito esforço, sentindo que um caminhão havia passado por seu corpo.
Olhou os carros capotados, seu coração apertou vendo carro de Brian todo amassado de cabeça para baixo assim como o dela.
Mancando andou até ele e viu o namorado do machucado ao chão, com Fênix apontando uma arma para ele.
Quando Cami pensou em disparar, o carro de Dominic veio pelo ar. Fênix se virou atirando contra o carro mas nada adiantou, Brian deitado ao chão o segurou pelo pé, impedindo de sair. E o veículo colidiu nele. O matando e prendendo seu corpo junto ao carro capotado de Brian. Camille arregalou os olhos, sua boca se entreabriu pouco chocada com a cena a sua frente. Dominic saiu do carro, vendo o corpo do homem já sem vida. Ele olhou a irmã, procurando se ela estava bem. E então eles ouviram gemidos de dor.
Camille olhou para o lado vendo Brian perto deles ao chão, com a mão na barriga. Enquanto Braga estava em pé ao lado do carro, também machucado. Sem pensar duas vezes, ela correu até o namorado sendo seguida pelo irmão.
─── Ei, ei. Calma, querido. ─ Cami pediu o pegando pelos ombros e encostando no carro ─ Me deixa ver.
Ela abriu alguns botões da camisa, vendo o enorme corte na barriga dele ao lado esquerdo. Maior e bem mais profundo que o dela. Merda. Ele é o que mais precisa de um médico.
Camille respirou fundo, tirando a jaqueta e a camiseta ficando apenas de top preto. Rasgando sua e pressionando contra a ferida ouvindo Brian gemer de dor.
─── Me desculpa, pressiona assim. ─ Ela instruiu pegando a mão dele.
Brian assentiu amoroso, olhando a feição dela toda machucada e suja, sentiu-se impotente. O cheiro de gasolina se misturava à poeira do deserto e enchia o ar. O carro deles ainda rangiam levemente, de Fênix e Dom estavam de pé. O de Brian e Cami, no entanto, estavam virado, fumaça saindo do motor destruído.
O O'Conner tentou se mexer, o rosto contraído de dor. A lâmina de luz do sol deixava exposto o corte profundo em sua barriga. Camille sentiu o peito apertar.
─── Isso nunca deveria ter acontecido com você, Cami. ─ Murmurou Brian, os olhos azuis carregados de culpa.
Camille pressionava a camiseta contra o ferimento dele, ignorando a ardência dos próprios machucados.
─── Não foi culpa sua. ─ Disse ela, firme, mas com a voz mais suave que o próprio vento ao redor ─ Eu estou aqui. Vamos sair dessa.
Brian observou seus olhos, a coragem desenhada neles. Sua bravura. Pela primeira vez desde que os capangas de Braga os encurralaram, ele sentiu algo além da dor. Sentiu esperança. Camille e sua esperança.
Sirenes de polícia ecoaram pelo deserto, o barulho exagerado dos helicóptero sobrevoando eles era alto. Camille olhou nervosa, se virando para o irmão me pé atrás deles.
Agora com a morte de Fênix, e toda sujeira que fizeram até capturar Braga. A polícia não poderia ser tão cordial com Dominic.
─── Cê' tem que sair daqui. ─ Brian falou com a voz cortada pela dor.
Dominic se aproximou deles, se agachou na frente do loiro. Com a expressão mais suave ao rosto.
─── Eu não vou mais fugir. ─ Afirmou.
Brian olhou admirado, assim como fez com Camille minutos atrás. Maravilhado. Os Toretto possuem uma coragem e braveza gigante que ele admiraria pelo resto de sua vida.
─── Quero perguntar uma coisa. ─ Brian falou com a voz mansa.
─── Fala.
─── Você sabe que eu ganharia aquela corrida se você não trapaceasse. ─ Falou convencido.
─── Bateu forte com a cabeça. ─ Dominic debochou do mesmo.
Camille não conseguiu prender o leve riso assim como o loiro, mas o riso de Brian cessou logo por um gemido de dor.
─── Qual é?! Não me faz rir. ─ Pediu.
Enquanto os carros de polícia e helicóptero se aproximavam, Camille lembrou de Braga. Deu um último olhar a Brian, que assentiu para mulher compressivo e pressionou seu machucado sozinho no momento em que ela se levantava. E Dominic a acompanhava com os olhos.
Ela andou em passos decididos até Braga, pegando em seu colarinho com força e bateu ele contra o carro capotado ouvindo grunhir de dor. Camille não se importava. O sangue pulsava em sua cabeça, sua respiração era um turbilhão de fúria e determinação.
─── Cadê meu filho, seu desgraçado. ─ Camille perguntou brava e deu um soco em seu rosto fazendo a cabeça do mesmo ir para trás ─ Onde ele está? Diz agora. ─ Mandou.
Braga riu feito um louco, os olhos escuros fixos nela, um sorriso debochado brincando nos lábios. Ele achava que podia vencê-la. Achava que poderia quebrá-la.
Camille não perdeu tempo. Seus punhos cerrados encontraram o rosto dele com força novamente, fazendo sua cabeça pender para o lado. Braga cuspiu sangue e soltou uma risada rouca.
─── Cadê ele? ─ Camille vociferou, sua voz carregada de desespero e ódio.
Braga apenas sorriu, o olhar repleto de crueldade.
─── Você nunca vai encontrá-lo.
A resposta atingiu Camille como uma lâmina afiada. Ela apertou o maxilar, respirando fundo para conter o turbilhão dentro de si.
O medo a envolveu com força, uma sombra densa sobre ela. Um pavor sufocante que, talvez, Braga, estivesse dizendo a verdade. Talvez ela nunca mais visse seu filho. Talvez fosse tarde demais.
Mas não podia permitir que esse pensamento vencesse, ela inclinou seu rosto para perto dele. Seus olhos ardendo e a respiração entrecortada.
─── Por quê? ─ exigiu, sua voz agora mais fria, cortante.
Braga ergueu os olhos para ela, finalmente deixando escapar a verdade que ela nem imaginava.
─── Porque ele está morto.
CAPÍTULO NÃO REVISADO
PERDÃO POR ERROS ORTOGRÁFICOS.
perdão ao descaso com a história, dei uma desanimada por diversos motivos e isso ocasionaram em atualização lentas. Mas eu tô tentando melhorar isso, sempre que Ride or Die for atualizada eu alertarei uma semana antes
no mural.
Gostaram do capítulo? Braga mexeu num vespeiro e Camille Toretto vai explodir ele... assim como Owen... ops 🤭
Não se esqueçam de votar e comentar bastante, todo voto é comentário me incentiva muito! <3
Com esse último capitulo, finalmente entraremos no terceiro ato da fanfic, agora estaremos no 5 filme passado no Rio de Janeiro. Ansiosa por esse, e o 6 vai ser incrível ;)
até a próxima atualização!
amo vcs <3
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