〢𝗦𝗘𝗩𝗘𝗡
︲seven︲forgotten detail︲
As lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto. Minhas costas apoiadas na porta me ajudam a manter o equilíbrio, se caso tentasse andar, minhas pernas cederiam antes que eu desse o primeiro passo. Tendo em mente que não conseguiria chegar até o meu quarto, apenas escorrego vagarosamente até estar sentada no chão, com as pernas dobradas e a cabeça tombada para trás, também apoiada na porta. Meu peito doía pela lembrança de minutos atrás, uma lembrança tão boa, feliz e que nunca poderia ser repetida. Facas afiadas doeriam menos, isso posso ter certeza. Minha amizade com a Lydia era tudo para mim, me ajudava a manter minha cabeça sã com tudo o que acontecia a minha volta. Ela era meu porto seguro, a paz dos meus dias. Minha âncora.
Jackson era um caso diferente, mas ainda sim, igual. Um irmão que me divertia nos meus piores momentos, nas minhas crises e em tudo que envolvia negatividade. Saber que ele foi embora e eu não pude vê-lo uma última vez faz meu coração arder, pela saudade e por não poder abraçá-lo mais uma última vez. Isso me faz lembrar que não sei o que aconteceu com ele, e isso eu não deixaria passar. Iria descobrir, de um jeito ou de outro.
Pensar nele me acalmou, o choro cessou e ao abrir os olhos com um pouco de dificuldade, todos os problemas vieram a tona. Minha vingança teria que ser deixada de lado, por pouco tempo, apenas até conseguirmos nos livrar dos dämonfeuer, e isso também me levou a lembrar que teria que ligar para Tissa, para assim, saber do detalhe importante que por alguma razão, eu não me recordava. Outro tópico importante nesta lista de problemas, é Scott e seus companheiros. Saber que eles também estavam envolvidos no sobrenatural me deixa angustiada, com medo do que eles poderiam encontrar pelo caminho — existe muita coisa ruim neste mundo, e eles não fazem nem ideia da metade —. E neste tópico podemos adicionar o fato deles quererem saber da minha história, o que logicamente eu adiaria até o último minuto. Eu sei que fingir que nada aconteceu não muda o passado, mas eu prefiro pensar que sim.
Contudo, as lembranças eram um lembrete de que tudo realmente acontecerá num passado nem tão distante.
Minhas forças se esvaiam a cada segundo, a dor latejante devido a mordida me lembrava de que o acontecido de minutos atrás foi real, e não apenas um pesadelo pregado pela minha imaginação fértil. Não conseguia me mexer, acredito que esse seja o meu fim. A morte não me pareceu ruim, até eu me lembrar do que deixaria para trás. Flashback's de todos que estavam sempre comigo se passavam diante os meus olhos, e de alguma forma, isso me deu forças para me arrastar pela terra cheia de folhas secas, não sabia para onde estava indo ou em que direção, mas em algum lugar eu chegaria. Minhas esperanças aumentaram quando avistei uma luz no meio de toda aquela escuridão, com dificuldades, continuei arrastando-me até o que parecia ser uma cabana. Entretanto, quando estava a poucos metros, eu já não aguentava mais, minhas vistas estavam ficando borradas e meus braços sem forças. Prestes a apagar, ouvi passos se aproximarem.
No final, de qualquer maneira, eu tive que deixar todos.
Respirando fundo, apoio minhas mãos no chão gélido para dar impulso, assim, conseguindo me levantar completamente. Ando calmamente em direção ao meu quarto e vou direto para o banheiro para tomar outro banho relaxante. Não demoro muito, pois preciso falar urgentemente com Tissa, antes que Derek invada minha casa apenas para me ameaçar e fazer seus comentários desnecessários.
Pego o celular e disco o número tão conhecido por mim, espero que ela esteja acordada, ao julgar pela hora, presumo que esteja se arrumando para dormir.
— O que você quer? Eu estou indo dormir e espero que seja importante para me incomodar a esse horário! — dois segundos chamando e logo escuto sua voz. Uma nostalgia me atingiu. A paz passou pelo meu corpo tranquilizando-o e a sensação de estar em casa prevaleceu. Sorrio verdadeiramente feliz e com a saudade apertando o coração. Sim, eu senti saudades dessa rabugenta, apesar de não ter se passado nem dois dias, direito.
— Eu sei que sentiu saudades, Tissa. — consegui dar um sorriso, mesmo que a saudade me torturasse, fazendo-me arrepender de ter saído do meu verdadeiro lar. Forço-me a sair dos meus pensamentos e foco apenas no agora.
— Que voz é essa? O que houve? — ela questiona preocupada. Eu deveria saber que ela iria perceber ter algo de errado, ela sempre sabe.
— Odeio o fato de você me conhecer tão bem. — resmungo revirando os olhos, contrariada enquanto caminho até a minha cama, logo me sentando nela, me encosto na cabeceira macia e observo a lua pela janela aberta. — Não aconteceu nada grave, só alguns desentendimentos com Lydia... Após eu salvar eles de vários dämonfeuer.
— O quê?!
Eu contei-lhe toda a história, desde o momento em que fui salvá-los na floresta até às explicações na clínica veterinária. Tissa me conhecia melhor que ninguém, então não precisava falar muito para compreender que fiz aquilo que pensei ser o certo. Também disse-lhe que as informações que passei para eles, com certeza, estavam incompletas. Faltava algo, mas eu não conseguia me lembrar, era como se um bloqueio me atingisse sem eu poder reverter.
— Quais foram as informações que lhes disse? — questionou.
— Sobre suas forças, aparência... — franzo a testa tentando me lembrar o que mais dissera. — ...o sopro de fogo.
— Somente isso? — ela perguntou, sua voz estava tensa. Percebi que tentou esconder sua preocupação, entretanto não funcionou.
— Porque esse tom de voz, Tissa? — questiono curiosa, e consequentemente, preocupada. Ela nunca ficaria assim por nada, o que quer que fosse, não era coisa boa.
— Yennefer, eles se alimentam de humanos.
︲sete︲detalhe esquecido︲
︴⑇ ᵒⁿᵉ Ham... Oi? KKKKKKKKKKKK meu deus gente me desculpa pela demora, sério mesmo.
︴⑇ ᵗʷᵒ Espero que não tenham desistido da história... 😌✊
︴⑇ ᵗʰʳᵉᵉ Então, o que acharam?
︴⑇ ᶠᵒᵘʳ Votem e comentem, xoxo!
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